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Cas� 4- Sistem� Ocular Medicin�- terceir� term� Raque� Guimarãe� Annelys� Ferreir� Farmacologi� Adenoma� A Hipófise pode ser acometida por adenomas, um tumor benigno que pode causar sintomas que diminuem a qualidade de vida como dor de cabeça, perda da libido, ou perda parcial da visão. Ele pode se apresentar de duas formas: · 1) Macroadenom� hipofisári� nã� funcionant� : sem aumento da produção hormonal. Não cursam com uma síndrome hormonal característica, quando detectados muitas vezes se apresentam como grandes macroadenomas com significante extensão extra ou supra-selar, sintomas compressivos (cefaléia, distúrbios visuais) As opções terapêuticas para os ACNF são a cirurgia, radioterapia e drogas. A necessidade e a urgência de tratamento dependerá do tamanho do tumor e, principalmente, da presença ou não de sintomas neuro-oculares. A cirurgia tem sido considerada o tratamento de escolha para os ACNF por ser o método mais eficiente para se conseguir redução tumoral e, conseqüentemente, descompressão das vias ópticas e da hipófise normal Devido ao seu habitual efeito limitado em reduzir o tamanho dos adenomas clinicamente não-funcionantes (ACNF), análogos somatostatínicos (SRIFa) e agonistas dopaminérgicos (DA) devem ser considerados, principalmente, para os casos não resolvidos com a cirurgia ou com contra-indicação cirúrgica, nos quais se aguardam os efeitos da radioterapia. Tratament� medicament��: Sua maior finalidade seria propiciar redução das dimensões tumorais, evitando-se assim a necessidade de cirurgia ou radioterapia, mas os resultados desse tratamento têm sido, em geral, insatisfatórios. ● agonistas dopaminérgicos: A introdução dos DA na terapia medicamentosa dos ACNF foi baseada na observação de que receptores dopaminérgicos estavam presentes in vitro nas células desses tumores. ● análogos somatostatínicos:efeitos benéficos da terapia com octreotida foram variáveis e infrequentes, correlacionando-se pobremente com a presença dos receptores somatostatínicos SSTR. Melhora da visão e da cefaleia podem acontecer dentro de poucas horas do início da terapia com a octreotida, na ausência de qualquer mudança no volume dos ACNF. Isso sugere que a octreotida poderia exercer efeitos diretos sobre a retina ou o nervo óptico. Poderia também refletir efeitos da droga sobre a vasodilatação cerebrovascular ● análogos do GnRH :essas drogas tiveram um efeito nulo ou exacerbaram a secreção hormonal, sem modificar o tamanho do tumor · 2) Macroadenom� hipofisári� Funcionant�: aumento da produção hormonal * a hipofise é delimitada pela sela tursica (osso esfenoide) quando há neoplasia ela cresce para cima 3)Microadenoma� : São tumores com menos que 1 cm de diâmetro, que raramente danificam os tecidos próximos à glândula pituitária. Podem provocar sintomas se liberarem em excesso um determinado hormônio na corrente sanguínea. Muitas pessoas podem ter pequenos adenomas que nunca são diagnosticados porque nunca crescem o suficiente ou secretam hormônios em quantidades suficientes para provocar sintomas. 4)Macroadenoma� : São tumores com mais de 1 cm de diâmetro. Esses tumores podem afetar a saúde de uma pessoa de duas maneiras. 1º: por provocarem sintomas se produzem quantidades elevadas de um determinado hormônio. 2º: eles podem provocar sintomas pressionando o tecido da pituitária normal ou nervos periféricos, como os nervos ópticos. Tumores de hipófise Podem ser tratados com medicamentos, cirurgia ou ambos. “A cirurgia, na maioria dos casos, é indicada para os casos de tumores grandes, com compressão de estruturas vizinhas”. Tumores produtores de prolactina, mesmo que considerados grandes, podem ser inicialmente tratados com medicamentos: enquanto para pequenos tumores produtores de GH (hormônio do crescimento), a cirurgia é a primeira indicação de tratamento. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Os fármacos podem retardar o crescimento do tumor, porém a paciente terá que remover cirurgicamente Tratament� medicament�s� Metas dos tratamentos: reversão da hipersecreção hormonal e suas manifestações clínicas, bem como a regressão de uma eventual sintomatologia neurológica ou neuro-ocular provocada pela compressão tumor sobre o quiasma óptico e outras estruturas para-selares (sela túrcica) ● Agonistas dopaminérgicos: Atuam diretamente ao nível dos receptores D2 da dopamina nas células lactotróficas normais e adenomatosas inibe a angiogênese, e por conseguinte inibe a síntese e a liberação de prolactina e diminuindo a atividade neuronal dopaminérgica (inibe a atividade neuronal da celula). Os agonistas dopaminérgicos representam a opção terapêutica mais eficaz e segura, tanto para micro, como para macroprolactinomas. Por sua maior eficácia, melhor tolerabilidade e maior comodidade posológica em comparação aos demais agonistas dopaminérgicos, a cabergolina representa a droga de escolha. Bromocriptina, Pergolida e a cabergol: Age principalmente nos receptores D2/3, inibindo a liberação de prolactina pela adeno-hipófise. - Classicamente tem sido considerada a droga de escolha no tratamento dos prolactinomas Efeitos colaterais da BRC - náuseas, vômitos, sonolência e risco de reações fibróticas nos pulmõs, retroperitônio e pericárdio. As reações adversas a BRC são geralmente leves e transitórias. No entanto, 5 a 10% dos pacientes são forçados a interromper o tratamento, em decorrência, sobretudo, de sintomas intensos ou persistentes de náuseas, vômitos, tonturas e/ou hipotensão postura. Lisurida - Tem eficácia similar a BRC, mas causa mais efeitos colaterais . Quinagolida - Único agonista não derivado do ergot, em comparação a BRC apresenta eficácia similar, melhor tolerabilidade e, como mencionado, maior seletividade pelos receptores D2 (43-45). Por isso, em pacientes intolerantes e resistentes a BRC, propiciou normalização da PRL em, respectivamente, 67% e 35% dos casos Pramipexol e Ropinirol : São seletivos para D2/3 e mais bem tolerados , e não mostram flutuações na eficácia associada à levodopa, com bem efeitos adversos (comportamento compulsivo, como vício em apostas, alimentos e excesso sexual, sonolência, alucinações). Rotigotina: É um agente novo, entregue como adesivo transdérmico, com eficácia e efeitos adversos similares. Apomorfina: Administrada como injeção, mas é a última opção de fármacos pois possui efeitos adversos graves (alterações de humor e comportamentais, disritmias cardíacas e hipotensão). *Uma vez suspenso o tratamento com os DAs, habitualmente observa-se recidiva da hiperprolactinemia que pode ou não se acompanhar de reexpansão tumoral . No entanto, a persistência de níveis normais de prolactina foi relatada em 10 a 25% dos pacientes (sobretudo naqueles com microprolactinoma) após a suspensão do tratamento prolongado com BRC ou cabergolina . Tem-se, por isso, recomendado a suspensão do tratamento com o DA a cada 12 a 24 meses para avaliar se a hiperprolactinemia persistirá ou não *Não recomendado na gravidez ● Análogos somatostatínicos Somastotina é um pepitídeo que inibe a liberação do hormônio de crescimento e do hormônio estimulador da tireóide da adeno-hipófise, além da liberação de insulina e glucagon pelo pâncreas; Ela também diminui a liberação da maioria dos hormônios gastrointestinais e reduz a secreção gástrica de ácido e a secreção pancreática. Octreotida: fármaco de ação prolongado usado no tratamento de carcinóide e outros tumores secretores de hormônios ; também tem ação na acromegalia . ● O uso destas drogas em pacientes com adenomas secretores de TSH baseia-se no fato que vários desses tumores contêm receptores para somatostatina e que a administração aguda de somatostatina e seus análogos levou a um rápido decréscimo nos níveis séricos de TSH (em média, 60%), na maioria dos casos ● O efeito antiproliferativo dos análogos da somatostatina deve-se a mecanismos diretos de ação sobre os receptores específicos, desencadeando as vias de sinalização que inibem o ciclo celular, taiscomo a ativação de fosfotirosina fosfatases, a redução da produção de AMP cíclico. Os mecanismos indiretos envolvem a supressão de fatores de crescimento locais e hormônios que estimulam o crescimento tumoral, Lanreotida: tratamento de tumores tireoidianos Pasireotido: síndrome de Cushing *Os análogos somatostatínicos (SRIFa) são as drogas mais eficazes para o manuseio da acromegalia, tendo como principal inconveniente o elevado custo do tratamento. A octreotida LAR atualmente desponta com a melhor opção ● Análogos do GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina ) Em 9/11 (82%) pacientes, essas drogas tiveram um efeito nulo ou exacerbaram a secreção hormonal, sem modificar o tamanho do tumor. Para os adenomas produtores de GnRH nem os analogos de somatostatina, nem os dopaminérgicos tem efeito sobre eles. Para isso tenta-se os análogos de GnRH ( exerce a mesma função do hormonio). No entanto, como esse fármacos tem uma meia vida elevada, eles vão estimular o tempo todo o receptor, ativando um mecanismo de defesa celular, a qual vai desssensibilizar os seus receptores. ● Drogas Inibidoras da Esteroidogênese Adrenal Atuam várias etapas da estoioidogênese Cetaconasol: O principal efeito é sobre a enzima 17,20-liase, mas ele também inibe a ação da l lb-hidroxilase, 17a-hidroxilase, 18-hidroxilase e a colesterol-desmolase. Também atua na liberação da ACTH atuando no hipotálamo- impedindo a liberação do hormonio lebrador de corticotrofina CRH O uso do cetoconazol permite uma rápida resposta clínica sobre as alterações cushingóides clássicas, bem como reversão ou melhora importante da hiperglicemia, hipocalemia e/ou hipertensão Efeitos colaterais. O cetoconazol geralmente é bem tolerado. Em 4 estudos, envolvendo 52 pacientes, observou-se elevação das transaminases em 15%, ginecomastia em 13%, distúrbios gastrointestinais em 8%, edema em 6% e erupção cutânea em 2% 6) PROLACTINOMA: São os tumores hipofisários secretores mais comuns (até 60% dos casos) e predominam no sexo feminino. Acarreta:distúrbios gonadais (amenorréia, infertilidade), disfunção sexual (diminuição da libido, disfunção erétil), osteoporose prematura, galactorréia muito incômoda ou crescimento tumoral durante o seguimento 7) ACROMEGALIA: Os adenomas hipofisários secretores de GH são responsáveis por 95% dos casos de acromegalia ● Hipersecreção persistente de GH ● Doença rara ● Mais frequente entre 30 e 50 anos ● Síntese periférica de IGF-1 (fator de crescimento similar à insulina), que induz a proliferação e inibe a apoptose celular ● Para diagnostico: niveis elevados de GH e IGF-I em amostra de sangue coletado. Ressonancia magnética da hipófise será necessária para localizar e mensurar o tumor. ● Classicamente, a cirurgia por via transesfenoidal é considerada a terapia de escolha para os adenomas secretores de GH. Outras opções são a radioterapia hipofisária e o tratamento medicamentoso, à base dos análogos somatostatínicos e/ou agonistas dopaminérgicos . Essas opções podem ser utilizadas isoladamente ou em associação, buscando a normalização dos níveis sanguíneos de GH e do IGF-I, consequente melhora dos sintomas e da perspectiva e qualidade de vida do paciente. 8) DOENÇA DE CRUSHING Os adenomas secretores de ACTH são a causa da doença de Cushing A grande maioria (90%) desses tumores é constituída de microadenomas (<1cm) e tradicionalmente têm como tratamento de escolha sua retirada cirúrgica por via transesfenoidal. Outras opções são a radioterapia hipofisária, a adrenalectomia bilateral e drogas que reduzem a cortisolemia ou antagonizam os efeitos periféricos do cortisol OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: · Discutir as diferenças entre macroadenomas hipofisários funcionantes e não funcionantes discutidos no ponto 1 e 2 · Classificar, caracterizar e discutir o emprego de fármacos no tratamento de macreoadenomas hipofisários não funcionantes. Devido ao seu habitual efeito limitado em reduzir o tamanho dos adenomas clinicamente não-funcionantes (ACNF), análogos somatostatínicos (SRIFa) e agonistas dopaminérgicos (DA) devem ser considerados, principalmente, para os casos não resolvidos com a cirurgia ou com contra-indicação cirúrgica, nos quais se aguardam os efeitos da radioterapia. ● agonistas dopaminérgicos: A introdução dos DA na terapia medicamentosa dos ACNF foi baseada na observação de que receptores dopaminérgicos estavam presentes in vitro nas células desses tumores. ● análogos somatostatínicos:efeitos benéficos da terapia com octreotida foram variáveis e infrequentes, correlacionando-se pobremente com a presença dos receptores somatostatínicos SSTR. ● análogos do GnRH :essas drogas tiveram um efeito nulo ou exacerbaram a secreção hormonal, sem modificar o tamanho do tumor Classificar, caracterizar e discutir o emprego de fármacos no tratamento de macreoadenomas hipofisários funcionantes. Geralmente, preferencia é usar fármacos para prolactinomas ( respondem melhor). Os demais : adenomas secretores de ACTH (responde pouco aos fármacos, cirrugia mostrou-se mais eficaz) e TSH( respondem menos ao fármaco, recomendado fazer cirurgia). Os que secretam GH responde aos análogos de somastotina, mas ainda é preferível a cirurgia. Adenomas secretores de GH= usa-se análogos de somatostatina sao mais eficazes Adenomas secretores de Prolactinoma= agonistas dopaminérgicos Adenomas secretores de Gnrh= análogos de gnrh Hipersecretor de tsh= agonistas dopaminérgicos e análogos de somatostatina( são melhores nesse caso) Hipersecretores de ACTH= usar Drogas Inibidoras da Esteroidogênese Adrenal Análogos de antagonista nos receptores de GH · Discutir o mecanismo de ação de drogas empregadas para os tratamentos. Agonistas dopaminergicos : agonistas de receptores D2, via que a dopamina utiliza fisiologicamente para agir sobre o lactótrofo e inibir a secreção de prolactina. A ação da dopamina sobre as células lactótrofas inibe a síntese de DNA e a divisão da célula neoplásica. A bromocriptina atua ainda na diminuição da captação de glicose que auxilia na diminuição do volume tumoral. Agonistas sintéticos da somatostatina agindo de forma análoga a somatostatina. A somatostatina é secretada pelo hipotálamo e funciona como inibidora da secreção do hormônio do crescimento (GH ou somatotrófico) pela hipófise. Acredita-se que a somatostatina atue inibindo a produção de RNA e DNA elementos sem os quais não há proliferação de células neoplásicas; suprimindo a insulina provoca diminuição da glicólise anaeróbia, e consequentemente a mitose; suprimindo a geração de GH diminui a síntese hepática do IGF-I provocando a diminuição da proliferação celular maligna, a diminuição da neoangiogênese tumoral e o aumento da apoptose. Os análogos de GnRH ( exerce a mesma função do hormonio). No entanto, como esse fármacos tem uma meia vida elevada, eles vão estimular o tempo todo o receptor, ativando um mecanismo de defesa celular, a qual vai desssensibilizar os seus receptores. Análogos de antagonista nos receptores de GH que se liga seletivamente aos receptores do hormônio de crescimento na superfície das células, bloqueando a ligação do hormônio de crescimento endógeno e impedindo a ação do GH. Cetoconazol é uma droga inibidora da esteroidogênese adrenal e gonadal que atua em várias etapas da esteroidogênese, bloqueando as reações catalizadas pelo citocromo P450. Deste modo, impede a síntese de hormônios esteroides. Anatomi� Ocula� OLHOS: São órgãos da visão responsáveis pela transdução da visão, refratando e focalizando raios luminosos que incidem sobre a retina. Estão situados no crânio com uma distância suficiente para se obter uma visão binocular. O olho é formado pelo Bulbo do olho + nervo óptico. Bulbo do Olho: Contém o aparelho óptico do sistema visual. O bulbo do olho propriamente dito tem três túnicas: -Túnica fibrosa (camada externa), formada por esclera e córnea; -Túnica vascular (camadaintermédia), formada por coroide, corpo ciliar e íris; -Túnica interna, formada por retina, que tem parte óptica e não visual Esclerótica (esclera): A esclera é a parte opaca resistente da túnica fibrosa do bulbo do olho. É o local de inserção dos músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho. A parte anterior da esclera é a “parte branca do olho”. Córnea: É a parte transparente da túnica fibrosa. A convexidade da córnea é maior do que a da esclera e, portanto, ela parece protrair-se do bulbo do olho quando vista lateralmente. A córnea é totalmente avascular e nutrida por leitos capilares periféricos e líquidos existentes sobre suas faces externa e interna (líquido lacrimal e humor aquoso). A córnea é muito sensível ao toque; sua inervação é realizada pelo nervo optico. O líquido lacrimal também provê oxigênio absorvido do ar. O ressecamento da superfície da córnea pode causar ulceração. O limbo da córnea é o ângulo formado pela interseção das curvaturas da esclera e da córnea na junção corneoescleral. Corioide A corioide, está situada entre a esclera e a retina. Forma a maior parte da túnica vascular do bulbo do olho e reveste a maior parte da esclera. Nesse leito vascular pigmentado e denso, os vasos maiores estão localizados externamente (perto da esclera). Os vasos mais finos são mais internos, adjacentes à camada fotossensível avascular da retina, que supre com oxigênio e nutrientes. *CURIOSIDADE: por ter sangue nos seres vivos essa camada é responsável pelos “olhos com reflexo vermelho” observados em fotografias com flash. Corpo ciliar é uma dilatação da corioide, muscular e vascular ele une a coroide à circunferência da íris. Além de ser o local de inserção da lente. A contração e o relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar controlam a espessura ,logo, o foco da lente. Os processos ciliares (pregas na face interna) secretam humor aquoso. Íris- A íris, que está sobre a face anterior da lente, é um diafragma contrátil fino com uma abertura central, a pupila, para dar passagem à luz. Quando uma pessoa está acordada, o tamanho da pupila varia continuamente para controlar a luz que entra no olho. 2 músculos involuntários controlam o tamanho da pupila: o músculo esfíncter da pupila circular, estimulado pelo sistema parassimpático, diminui seu diâmetro (miose pupilar), e o músculo dilatador da pupila, radial e estimulado pelo sistema simpático, aumenta seu diâmetro (midríase). Retina- A retina é a camada neural sensitiva do bulbo do olho. Macroscopicamente, é formada por duas partes funcionais: uma parte óptica e uma parte cega. -A parte óptica da retina é sensível aos raios luminosos visuais e tem dois estratos: estrato nervoso que é sensível à luz e o estrato pigmentoso são formados por uma única camada de células, que reforça a propriedade de absorção da luz pela corioide para reduzir a dispersão da luz no bulbo do olho. -A parte cega da retina é uma continuação anterior do estrato pigmentoso e uma camada de células de sustentação. Imediatamente lateral ao disco do nervo óptico está a mácula lútea. É uma pequena área oval da retina com cones fotorreceptores especiais que é especializada para acuidade visual. No centro da mácula há uma depressão, a fóvea central, a área de maior acuidade visual. Além dessas tunicas , encontra-se Cristalino ou Lente que situa-se posteriormente à iris e anteriormente ao humor vítreo. É uma estrutura biconvexa e transparente recoberta em uma cápsula. O crsitalino é fixado pelas fibras da zônula ciliar que se inserem ao corpo ciliar circundante. O músculo ciliar do corpo ciliar modifica o formato da lente. A estimulação parassimpática através do nervo oculomotor (NC III) causa contração do músculo ciliar, semelhante a um esfíncter. Basicamente o olho é dividido em 3 compartimentos: - Câmera anterior: entre a íris e a córnea -Câmera posterior: entre íris e o cristalino - Espaço vítreo: fica atras do cristalino sendo circundado pela retina. ele é preenchido pelo Humor vítreo- um líquido aquoso, substância gelatinosa transparente. Além de dar passagem à luz, o humor vítreo mantém a retina no lugar e sustenta a lente. - Humor aquoso: presente nas câmaras anterior e posterior. Essa solução aquosa transparente fornece nutrientes para a córnea avascular e a lente. A pressão intraocular (PIO) é um equilíbrio entre a produção e a drenagem de humor aquoso. *CURIOSIDADE: Em algumas pessoas tem-se a produção excecissa do humor aquoso, aumentando a pressão intraocular podendo levar a um glaucoma. A compressão da retina e das artérias da retina pode causar cegueira se a produção de humor aquoso não for reduzida para manter a pressão intraocular normal. Disco optico ou ponto cego: onde ha saida do nervo optico ( axonios das celulas ganglionares) e vasos sanguineos Estruturas oculares acessórias: Protegem o bulbo do olho ou capacitam os movimentos do bulbo do olho, pois é a parte funcional do olho. Órbitas: uma escavação óssea do crânio onde se encontram os bulbos oculares. São formadas pelos ossos frontal, malar, maxila, nasal, esfenoide, etmoide e lacrimal que formam seu arcabouço Pálpebras: pregas reforçadas de pele e músculos esqueléticos orbiculares, tornando-as móveis. Estas protegem o bulbo do olho contra ressecamento ao piscar, movimentando o líquido pela superfície do olho. A comissura medial possui a carúncula lacrimal, que produz a “poeira do sono”. Os tarsos são estruturas que regulam a forma da pálpebras e as glândulas tarsais produzem uma secreção oleosa que inibe o colabamento das pálpebras. Túnica conjuntiva: É uma membrana epitelial mucossecretora que reveste a superfície interna de cada pálpebra e a superfície anterior do bulbo do olho. Essa túnica possui a túnica conjuntiva do bulbo, sendo a que reveste externamente o bulbo do olho. Aparelho lacrimal: Consiste na glândula lacrimal que secreta o líquido lacrimal que é conduzida por ductos ao saco da conjuntiva. O líquido lacrimal é uma secreção mucosa lubrificante que possui uma substância bactericida chamada de lisozima, que diminui a probabilidade de infeções. Quando o líquido é produzido em excesso, forma lágrimas. Músculos extrínsecos do bulbo: São os 6 músculos que fazem o movimento do bulbo do olho. 4 músculos retos movimentam o bulbo do olho nas direções superior, inferior, lateral e medial e 2 músculos oblíquos rodam o bulbo do olho em torno de seu eixo. Vascularização do bulbo do olho: 2 artérias ciliares penetram na esclera e seguem pela corióide e corpo ciliar até a íris. A artéria central, ramo da artéria oftálmica, entra no bulbo em contato com o nervo óptico. Passando por ele, divide-se em superior e inferior com cada um deles dividindo em ramos temporais e nasais para irrigar a parte interna da retina. A veia central drena o sangue do bulbo do olho. Disco optico ou ponto cego: onde ha saida do nervo optico ( axonios das celulas ganglionares) e vasos sanguineos Funções do bulbo do olho: 1. Transmissão de raios luminosos através de meios transparentes do bulbo do olho; 2. Refração de raios luminosos através de meios de densidades diferentes; 3. Acomodação da lente para focar raios luminosos; 4. Constrição da pupila pela íris para regular a quantidade de luz que entra na cavidade posterior; 5. Convergência dos bulbos dos olhos, de forma que a acuidade visual seja mantida. VIA OPTICA: A via óptica começa após a fototransdução pelas células fotorreceptoras da retina que geram um estímulo visual. Esse estímulo sai do olho por meio do nervo optico (axonios das celulas ganglionares) atraves do disco optico. O nervo óptico possui fibras nasais e fibras temporais e leva o estímulo visual até o quiasma óptico, ocal onde as fibras nasais se cruzam e as temporais não se cruzam. Ou seja, as informações do campo visual medial vão sempre cruzar para serem interpretadas do outro lado do encéfalo. É um campo contralateral ( quandochega no quiasma óptico cruza para o lado contralateral do encéfalo para ser codificada) e o outro homolateral, onde as informações do campo visual lateral serão sempre codificadas no mesmo lado . Através do trato óptico, as fibras saem do quiasma e algumas vão ao mesencéfalo para realizar a parte motora ocular e as outras maiorias das fibras vão ao núcleo geniculado lateral do tálamo. No tálamo, ocorrem sinapses com os nervos da radiação óptica que conduzirá a mensagem ao córtex cerebral do lobo occipital para o processamento da imagem. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO: Reconhecer as estruturas que compõem o olho: todas as estruturas acima discutidas. Descrever a via óptica e os nervos envolvidos no processo Os nervos envolvidos no processo de transdução e de movimentação ocular são: II par: óptico III par: oculomotor IV par: troclear VI par: abducente PPM Semiologi� ocula� 1)Acuidade visual: É o grau de aptidão do olho para identificar detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. 2)Sinais e Sintomas a serem observados durante essa avaliação: Lacrimejamento; Inclinação persistente de cabeça; Piscar contínuo dos olhos; Estrabismo (olho vesgo); Cefaleia (dor de cabeça); Testa franzida ou olhos semicerrados; 3)Escala de Snellen: A forma mais simples de diagnosticar a limitação da visão e medir a acuidade visual -A escala utiliza sinais em forma de Letra E, organizados de maneira padronizada, de tamanhos progressivamente menores, chamados optotipos. Em cada linha, na lateral esquerda da tabela, existe um número decimal, que corresponde à medida da acuidade visual. Objetivo: Rastrear indivíduos com indicação de avaliação com oftalmologista. OBS: A tabela de Snellen também pode ser aplicada em indivíduos que já fazem uso de lentes corretivas, porém o paciente deverá se manter com as mesmas durante o teste. Preparo do ambiente para realização: Ambiente calmo; bem iluminado e sem ofuscamento (a luz deve vir por trás ou dos lados da pessoa que vai ser submetida ao teste), a Escala de Sinais de Snellen deve ser colocada numa parede a uma distância de cinco metros da pessoa a ser examinada; o profissional responsável pela triagem deve fazer uma marca no piso com giz ou fita adesiva, colocando a cadeira de exame de forma que as pernas traseiras desta coincidam com a linha demarcada; Deve-se verificar, ainda, se as linhas de optotipos correspondentes 0,8 a 1,0 estão situadas ao nível dos olhos do examinado; Seguir o procedimento: Lavar as mãos Se apresentar ao paciente e explicar sobre a tabela e seu objetivo. O profissional deve explicar e demonstrar o que vai fazer. Posicionar o paciente sentado, confortável (distância de 5m da tabela), que deverá ter sido colada em uma parede branca. O profissional deverá ensinar o examinado a cobrir o olho sem comprimi-lo e lembrá-lo que, mesmo sob o oclusor, instrumento utilizado para cobrir um dos olhos durante a avaliação, os dois olhos devem ficar abertos. Os optótipos podem ser mostrados com um objeto que aponte. Para apontar o símbolo a ser visto, o profissional deve colocar o objeto em posição vertical A medida da acuidade visual sempre deve ser realizada primeiramente no olho direito. O início do exame deve ser com os optótipos maiores, continuando a sequência de leitura até onde a pessoa consiga enxergar sem dificuldade. O profissional deve mostrar pelo menos dois símbolos de cada linha. Se o paciente tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior. A acuidade visual registrada será o número decimal ao lado esquerdo da última linha em que a pessoa consiga enxergar mais da metade dos optótipos. Exemplo: numa linha com 6 optótipos, o examinado deverá enxergar no mínimo 4. 4)Encaminhamento para o oftalmologista: 1º- Encaminhamento prioritário: Acuidade visual inferior a 0,1 linhas; Quadro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante, dentre outros sinais e sintomas); Trauma ocular recente; 2°- Critérios para encaminhamento regular: Acuidade visual inferior ou igual a 0,7 Estrabismo Paciente com mais de 40 anos de idade, com queixa de baixa acuidade visual para perto (ex: não consegue ler, não consegue enfiar linha na agulha); Paciente diabético; História de glaucoma na família; Outros sintomas oculares (prurido, lacrimejamento ocasional, cefaleia) DURANTE A UTILIZAÇÃO DA TABELA: a) Explicar ao avaliado que ele terá um olho coberto, depois o outro, para avaliar qual dos dois olhos tem problema ou não. b) Cobrir o olho com o oclusor sem fechar ou apertar os olhos. Os dois olhos devem estar abertos. c) Os sinais para a leitura (letras “E”) devem ser apontados com lápis preto, verticalmente a 2 cm abaixo do sinal. d) Explicar ao alfabetizando a importância de falar de forma clara e verdadeira “não enxergo” quando não estiver enxergando o sinal apontado. e) Se o alfabetizando usa óculos, realizar o teste com os óculos (o olho coberto pelo oclusor deve manter-se aberto); f) Testar sempre o olho direito (OD) primeiro; g) Utilizar um lápis preto em posição vertical, para apontar o sinal a ser visto, passando em cima e repousando abaixo do sinal – a aproximadamente dois centímetros. Começar de cima para baixo, mostrando dois ou três sinais de cada linha, alternando os “E” posicionados na horizontal e vertical; Testar mais da metade dos sinais da linha que o avaliado conseguir enxergar com precisão; Se o avaliado tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior; Estimular o avaliado durante a aplicação do teste, incentivando-o mesmo que ele ou ela apresente pouca capacidade de visão; 5)Exame Ocular Externo: - Iniciar a inspeção - Com o auxílio do foco luminoso, faz-se a inspeção: posição do globo ocular; posição da fenda inter-palpebral; bordas palpebrais; pele palpebral; conjuntival bulbar; carúncula; conjuntiva tarsal (após eversão das pálpebras, sendo que para a superior pode-se utilizar um cotonete ou algum outro objeto pequeno que dê apoio, para facilitar a manobra); limbo esclero-corneal; córnea; câmara anterior; íris; pupila. 6) Movimentação (motilidade) ocular: testa-se o funcionamento dos 6 músculo extra-oculares (é o exame clínico dos pares cranianos III, TIV e VI) Extrínseca: movimentação dos globos oculares e elevação da pálpebra superior; nervos III (oculomotor), IV M(troclear) e VI (abducente) – avalia a função dos músculos. Intrínseca: diâmetro da pupila (miose e midríase) e reflexo fotomotor; sistema nervoso autônomo (simpático e Dparassimpático), 3º par. 7) Propedêutica instrumentada Exame de fundo de olho (oftalmoscópio). Campimentria (Campo visual com foco luminoso) - nervo optico. O exame do campo visual representa a expressão clínica do estado visual das vias ópticas, iniciando nos elementos receptores sensoriais dos cones e bastonetes e terminando no córtex visual. Dois tipos de campimetria são importantes em oftalmologia: a perimetria manual (perimetria de Goldmann) e a automatizada ou computadorizada. O primeiro tipo é de importância fundamental para o médico não especialista, pois permite detectar alterações na extensão do campo visual do paciente, ao passo que a perimetria automatizada se aplica mais à investigação do glaucoma, uma vez que objetivo testar a sensibilidade de determinados pontos no campo visual. Reflexo Consensual, fotomotor (foco luminoso em um olho, observando o outro). Fotomotor direto e consensual. 8)PARA AVALIAÇÃO PUPILAR: Isocoria:pupilas simétricas (iguais) e reagentes a luz; Miose:ambas as pupilas estão contraídas e não reagem a luz; Midríase:ambas as pupilas estão dilatadas e não reagem a luz; Anisocoria:Uma dilatada e outra contraída (assimétrica); : queda da pálpebrasuperior; PtoseDistúrbios ópticos que não deixam que os raios de luz paralelos entrem exatamente AMETROPIAS: na retina. 9) TERMOS: Hipermetropiadificuldade de enxergar de perto. : Imagem formada atrás da retina - imagem sem nitidez. Astigmatismo:refração desigual nos meridianos - imagem borrada. Presbiopia:perda de elasticidade da cápsula do cristalino - dificuldade de visão de perto. Miopia:imagem formada na frente da retina, com limites imprecisos. Dificuldade de enxergar de longe. Perda parcial da acuidade visual. Sensação de corpo estranho:desconforto, quase sempre acompanhado de dor, por alterações na córnea ou conjuntiva (corpo estranho, cílios virados, abrasão coreana, conjuntivite) Queimação ou ardência:desconforto que leva o paciente a lavar os olhos repetidas vezes (erro de refração não corrigido, sono insuficiente, fumaça, poeira) Dor palpebral:dor superficial localizada (celulite, inflamação da pálpebra). Dor ocular:dor não localizada, visceral, irradiação para região frontal (glaucoma). Prurido:coceira nos olhos. (Alergia, blefarite seborreica- infecção da pálpebra)blefaro- pálpebra Epífora:lacrimejamento. Excesso de secreção de lágrima ou distúrbio do mecanismo de drenagem. Xeroftalmia:olho seco. (Xeroscomia, xerosdermia) Vermelhidão ocular- sintoma muito comum. Conjuntivite, hemorragia subconjuntival, pterígio. Ambliopia:perda parcial da visão ou dificuldade da visão. Mas de maneira global Amaurose:perda total da visão; - perda súbita da visão. Anopsia:perda total da visão; - perda gradativa/progressiva da visão. Hemeralopia (cegueira noturnabaixa acuidade visual quando a intensidade luminosa ): diminui (hipovitaminose A, miopia de grau elevado). Diplopia (visão dupla):Olha um banco e vê dois. Fotofobia:hipersensibilidade a luz acompanhada de desconforto ocular. (Albinismo, sintoma comum da enxaqueca) Nistagmo:movimentos involuntários repetitivos e rítmicos dos olhos. Hemianopsia:perda parcial da visão. (Metade do campo da visão se perde). Escotoma:redução ou perda da visão dentro de um campo visual normal. “Pintinhas” aparecem assim que levanta rapidamente. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO - Descrever e demonstrar o exame clínico dos pares cranianos III, IV e VI (motilidade ocular e reflexos pupilares) Movimentação (motilidade) ocular: esta-se o funcionamento dos 6 músculo extra-oculares (é o exame clínico dos pares cranianos III, TIV e VI) Extrínseca: ovimentação dos globos oculares e elevação da pálpebra superior; nervos III (oculomotor), IV M(troclear) e VI (abducente) – avalia a função dos músculos. Intrínseca: iâmetro da pupila (miose e midríase) e reflexo fotomotor; sistema nervoso autônomo (simpático e Dparassimpático), 3º par. PARA AVALIAÇÃO PUPILAR: Isocoria:pupilas simétricas (iguais) e reagentes a luz; Miose:ambas as pupilas estão contraídas e não reagem a luz; Midríase:ambas as pupilas estão dilatadas e não reagem a luz; Anisocoria:Uma dilatada e outra contraída (assimétrica) Ptose: queda da pálpebra superior - Definir os sinais e sintomas de alterações da visão ponto2 - Descrever e demonstrar o exame do par craniano II (campimetria e acuidade visual). Campimentria (Campo visual com foco luminoso) - nervo optico : O exame do campo visual representa a expressão clínica do estado visual das vias ópticas, iniciando nos elementos receptores sensoriais dos cones e bastonetes e terminando no córtex visual. Dois tipos de campimetria são importantes em oftalmologia: a perimetria manual (perimetria de Goldmann) e a automatizada ou computadorizada. O primeiro tipo é de importância fundamental para o médico não especialista, pois permite detectar alterações na extensão do campo visual do paciente, ao passo que a perimetria automatizada se aplica mais à investigação do glaucoma, uma vez que objetivo testar a sensibilidade de determinados pontos no campo visual. Para o exame da acuidade visual utiliza-se a escala de Snellen (ponto 3) Saúd� Coletiv� Medidas de frequência de morbidade: Incidênci�: Expressa o número de casos novos de uma determinada doença (ou agravo à saúde) ocorridos durante um período de tempo específico, em uma população sob risco para desenvolver essa doença. Fórmula: número de casos novos de uma doença em uma população durante um determinado período/ número de pessoas expostas ao risco no mesmo período ( sadias no início do segmento) x constante Denominador: exposição ao risco - incluem-se os indivíduos que estão suscetíveis/expostas ao risco de contrair determinada doença ou agravo - ex: quem é a população de risco para câncer de penis? para acidentes de trabalho? Prevalênci�: medida de ocorrência/ frequência que mede a proporção de indivíduos de uma população que apresenta um dado agravo à saúde - é influenciada por: doentes que imigram, curas, óbitos, doentes que emigram, doentes novos (incidência) - Então, as condições de evolução aguda ( ex: gripe) ou as rapidamente fatais Patologi� 1) Adenom� hipofisári� • O adenoma hipofisário, também conhecido como adenoma pituitário, é um tipo de tumor benigno da hipófise, que é uma glândula localizada no cérebro e que é responsável por controlar a produção de hormônios como cortisol, prolactina, hormônio do crescimento e hormônios que estimulam o funcionamento dos ovários e dos testículos, por exemplo. • Esse tipo de tumor é raro e, por ser benigno, não coloca a vida em risco, no entanto pode causar sintomas que diminuem a qualidade de vida como infertilidade, diminuição da libido, produção de leite ou sintomas neurológicos como dor de cabeça ou perda parcial da visão. 2) Duas partes são identificadas na hipófise : a adenohipófise ( lobo anterior ) e a neurohipófise ( lobo posterior ), e está localizada na fossa hipofisial do osso esfenóide. Tumores da hipófise não podem crescer muito, já que está situada no interior de uma região óssea. Assim, quando há expansão de tumores hipofisários, eles tendem a crescer para cima, comprimindo o quiasma óptico e nervos ópticos, causando com frequência sintomas visuais. Neoplasia� 3) Aspect�� clínic�� 3.1) Característica� Diferenciação: O termo diferenciação refere-se ao grau em que as células neoplásicas assemelham-se às células normais. -As neoplasias benignas apresentam células bem diferenciadas, ou seja, semelhantes às células do tecido de origem. -As neoplasias malignas apresentam células com grau variável de diferenciação. -As células anaplásicas apresentam variação de tamanho e forma. As principais características da células anaplásicas são: a) Pleomorfismo; b) Núcleo hipercromático; c) Relação núcleo-citoplasma aumentada; d) Aumento no tamanho e número dos nucléolos; e) Mitoses atípicas. Ritmo de crescimento: Genericamente a maioria das neoplasias benignas cresce lentamente e as malignas crescem rapidamente. As neoplasias benignas crescem por expansão, permanecendo no local de origem, sem infiltrar ou invadir tecidos vizinhos ou provocar metástase para outros locais. As neoplasias benignas são geralmente circunscritas por uma cápsula de tecido fibroso que delimita as margens do tumor. Devido à cápsula, os tumores benignos formam massas isoladas, palpáveis e móveis, passíveis de enucleação cirúrgica. Entretanto, alguns tumores benignos são localmente invasivos e recidivantes, como os ameloblastomas e mixomas. As neoplasias malignas são invasivas provocando destruição dos tecidos adjacentes e podendo desenvolver metástase da região e à distância. É preciso ressaltar que alguns tipos de câncer evoluem de uma lesão inicial conhecida como carcinoma in situ. Neste estágio as células tumorais estão restritas ao epitélio e não romperam a membrana basal com conseqüente invasão do conjuntivo. As ressecções cirúrgicas nesta fase são menores com um maior índice de cura. Metástase: Metástase é a presença de células ou massas tumorais em tecidos que não apresentamcontinuidade com o tumor primário. É a principal característica das neoplasias malignas e a disseminação das células tumorais ocorre através dos vasos sangüíneos, linfáticos ou cavidades corporais. As principais vias de disseminação são: A) Disseminação através de cavidades e superfícies corporais: Esse tipo de disseminação ocorre quando células neoplásicas penetram em uma cavidade natural, como a peritonial. Outras cavidades corporais podem estar envolvidas como a pleural, pericardial e subaracnóide. B) Disseminação linfática: As células tumorais são transportadas pelos vasos linfáticos. 4) NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO ● Baseia-se na origem (epitelial, mesenquimal ou embrionária), no comportamento (benigno ou maligno) e na morfologia da neoplasia. ● Assim, uma neoplasia epitelial ou mesenquimal (não epitelial) benigna é denominada utilizando-se um termo designativo do órgão ou tecido afetado acrescido do sufixo "oma". ● Exceções: Em medicina, é comum utilizar os termos "Hepatoma", "Linfoma" e "Melanoma" como designações correntes para neoplasias malignas, ainda que pelo sufixo empregado possa parecer se tratar de neoplasias benignas. ● Nomenclatura das neoplasias malignas são de acordo com a origem embrionária do tecido. Se for de origem do ectoderma -tecido epitelial- e endoderma – sistema digestório; revestimento das vias aéreas:CARCINOMA e se for de origem mesoderma- basicamente tecidos conjuntivos; músculos: SARCOMA ● Quando a neoplasia apresenta componentes epiteliais e mesenquimais igualmente neoplásicos, recebe a denominação "Tumor misto". ● As neoplasias de origem embrionária podem ser classificadas em "Teratomas" (ou "Embriomas" ou ainda "Tridermomas"),"Mixomas" (ou "Meristomas") e blastomas (nefroblastoma, retinoblastoma, etc.) ● Os Teratomas são neoplasias compostas de tecidos oriundos dos três folhetos embrionários (endo, meso e ectoderma). Compõem-se de vários tecidos diferentes, estranhos ao local (mistura de dente, cabelo, glândulas, músculos, etc.), sendo mais freqüentes nas gônadas ou em tecidos próximos à linha mediana. Os Mixomas são neoplasias oriundas de tecido mixomatoso (totalmente indiferenciados, comparáveis ao tecido germinativo embrionário). 5)Aspect�� morfológic�� Definir neoplasia; neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem. Neoplasias podem ser benignas ou malignas. Citar o comportamento das neoplasias benignas e das malignas; As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos (feito por uma cápsula fibrosa). Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. O lipoma (que tem origem no tecido gorduroso), o mioma (que tem origem no tecido muscular liso) e o adenoma (tumor benigno das glândulas) são exemplos de tumores benignos. As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro. Esquematizar a nomenclatura das neoplasias benignas e malignas *verificar item 4 �siologi� Ocular Para que possamos enxergar, a luz precisa chegar até a retina e ser transmitida até o córtex visual. Entretanto, para isso ela deve seguir as seguintes interfaces: 1) a interface entre o ar e a superfície anterior da córnea 2) interface entre a superfície posterior da córnea e o humor aquoso 3) entre o humor aquoso e a superfície anterior do cristalino 4) entre a superfície posterior do cristalino e o humor vítreo Processo em que a luz refletida pelos objetos no meio externo é traduzida em uma imagem mental. É dividido em 3 etapas: 1. A luz entra no olho, atravessa todas as camadas até encontrar a retina. A lente (cristalino) a focaliza na retina; 2. Os fotorreceptores da retina transduzem a energia luminosa em um sinal elétrico; 3. As vias neurais da retina para o cérebro processam os sinais elétricos em imagens visuais. 1ª ETAPA : -A luz entra no olho pela pupila, na qual controla a quantidade de luz que chega aos fotorreceptores na retina por meio da alteração de seu diâmetro (reflexo consensual). Essa luz que entra é focalizada na retina ( na região da fóvea- contém exclusivamente cones, sendo o ponto de maior acuidade visual) por meio de alterações feitas na forma do cristalino. -A luz sofre dois tipos de refração: córnea-cristalino e cristalino-fóvea. -O cristalino pode adquirir duas formas diferentes: a côncava, cujos raios não irão convergir para focalização na fóvea (não obtendo nitidez na imagem); e a convexa, em que os raios convergem para um foco da imagem na retina. Na miopia a imagem visual não é focada diretamente na retina, mas à sua frente e na hipermetropia há passagem desse ponto focal além da retina. Processo de acomodação: Mudança de forma da lente para focalização na retina, dependente da resposta de contração e relaxamento da musculatura ciliar, que está em contato com a lente pela zônula ciliar. Ocorre da seguinte forma: Musculatura relaxada -> as zônulas puxam a lente -> lente plana = visão distante; Musculatura contraída -> libera a tensão dos ligamentos da zônula -> lente arredondada = visão próxima. 2ª ETAPA : Etapa que ocorre a conversão da energia luminosa em sinais elétricos pelos fotorreceptores – fototransdução. -A luz atravessa 5 células (neurônios) distintas: 1)Células ganglionares 2) Células amácrinas 3) Células bipolares 4)Células horizontais 5)Células fotorreceptoras. obs: No epitélio pigmentado há o impedimento da reflexão dentro do olho para o humor vítreo. -Fotorreceptores: Responsáveis pela transdução da visão. Tem 2 tipos: Cones Bastonetes. Bastonetes: Funcionam na presença de pouca luz, responsáveis pela visão noturna, principalmente pelas cores preto e branco. Cones: Responsáveis pela visão de alta acuidade e pela cor colorida durante o dia em que a quantidade de luz é alta. Pigmentos visuais: Estrutura presente nos discos das células fotorreceptoras, responsáveis pela transdução da visão. -Bastonetes: apresentam rodopsina como pigmento visual; -Cones: apresentam 3 pigmentos semelhantes a rodopsina, responsáveis pelas cores primárias, sendo as fotopsinas. Fototransdução acontece nos discos dos cones e bastonetes (envaginações da membrana que abrigam células epiteliais pigmentadas). As células possuem os seguintes pigmentos : Rodopsina: composta por: Opsina – proteína; Retinal – molécula derivada de vitamina A que absorve a luz. Ausência de luz: retinal unido ao sítio de ligação da opsina – rodopsina inativa; Presença de luz: retinal muda sua conformação, se desligando da opsina e sendo liberado ao epitélio pigmentado – processo de descoramento – rodopsina ativa. Ausência de luz: Com a rodopsina inativa (11-cis-retinal), a concentração de GMPc é alta, fazendo com que os canais CNG (dependente de ligante - GMPc) se abram, permitindo o influxo de Na+ e Ca2+ , e que os canais de K+ continuem abertos, tendo efluxo de potássio, causando uma despolarização. Por fim, os canais de Ca2+ dependentes de voltagem tornam-se abertos, liberando o neurotransmissor glutamato na fenda sináptica com as células bipolares. Presença de luz: A rodopsina torna-se ativada, libera o retinal (descoramento – todo-trans retinal) e inicia-se a ativação da proteína G transducina. Com isso, a concentração de GMPc diminui (devido a hidrólise dessa molécula, ficando inativa), o que fecha os canais de CNG (dependente de ligante – GMPc), não obtendo entrada de cátions. O efluxo de K+ continua, gerando uma hiperpolarização e a diminuição da liberação de glutamato na fenda sináptica. O retinal presente no epitélio pigmentado torna-se inativo antes de retornar aos bastonetes para combinar-secom a opsina. O potencial de ação gerado pela despolarização e liberação de glutamato atinge as células bipolares. Com uma despolarização nas células bipolares, o potencial de ação retorna e passa para as células ganglionares. Estas células recebem as informações por meio dos campos visuais. 3ª ETAPA : O nervo óptico sai do olho e irá conduzir o impulso gerado através do encéfalo para a interpretação da mensagem e formação da imagem. O nervo possui fibras nasais e fibras temporais. Inicialmente o nervo, através das fibras, sairá do olho pelo disco óptico e desembocará no quiasma óptico, local onde as fibras nasais se cruzam e as temporais não se cruzam. Através do trato óptico, as fibras saem do quiasma e algumas vão ao mesencéfalo para realizar a parte motora ocular e as outras maiorias das fibras vão ao núcleo geniculado lateral do tálamo. No tálamo, ocorrem sinapses com os nervos da radiação óptica que conduzirá a mensagem ao córtex cerebral do lobo occipital para o processamento da imagem. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO: Descrever as estruturas do olho e o papel de cada estrutura na visão. OLHOS: São órgãos da visão responsáveis pela transdução da visão, refratando e focalizando raios luminosos que incidem sobre a retina. Estão situados no crânio com uma distância suficiente para se obter uma visão binocular. O olho é formado pelo Bulbo do olho + nervo óptico. Bulbo do Olho: Contém o aparelho óptico do sistema visual. O bulbo do olho propriamente dito tem três túnicas: -Túnica fibrosa (camada externa), formada por esclera e córnea; -Túnica vascular (camada intermédia), formada por coroide, corpo ciliar e íris; -Túnica interna, formada por retina, que tem parte óptica e não visual. Cílios: localizados na borda da pálpebra, os cílios são pelos que tem a função de proteger o olho. Conjuntiva: é uma membrana mucosa e transparente. Ela cobre a parte anterior do olho e a superfície interior das pálpebras. Córnea: é um tecido transparente que cobre a pupila, responsável por ajustar o foco da imagem junto com o cristalino. Uma curiosidade: a córnea não tem vasos sanguíneos. Coroide: camada do globo ocular, constituída por uma rede de vasos sanguíneos. Sua função é suprir a retina de oxigênio e outros nutrientes. Cristalino: lente transparente e flexível, localizada atrás da pupila, cujo formato pode ser ajustado para focar objetos em diferentes distâncias, num mecanismo chamado de acomodação. Esclera: camada externa semirrígida (parte branca do olho), que dá o formato ao globo ocular e protege as camadas internas mais delicadas. Fóvea central: localizada no centro da retina, permite perceber, através das células cônicas, os detalhes dos objetos e das cores. Humor aquoso: líquido transparente que preenche o espaço entre a córnea e o cristalino, cuja função é nutrir essas partes do olho e regular a pressão interna. Humor vítreo: líquido que ocupa o espaço entre o cristalino e a retina. Íris: fino tecido muscular que apresenta, no centro, uma abertura circular ajustável chamada de pupila. Mácula lútea: ponto central da retina que distingue detalhes no meio do campo visual. Músculos ciliares: ajustam a forma do cristalino. Nervo óptico: estrutura formada pelo prolongamento das células nervosas que formam a retina. Transmite a imagem capturada pela retina para o cérebro. estruturas acessórias: Pálpebras: dobras de pele e músculo, cobrem os olhos durante o sono e, ao piscar, espalha as secreções lubrificantes na superfície do olho. Possuem fileiras de cílios que tem como função proteger o olho da luz, poeira e outras agressões do meio externo. Cílios: auxiliam na proteção contra os corpos estranhos, a transpiração e dos raios luminosos; Músculos extrínsecos oculares: inseridos na superfície externa, garantem os movimentos coordenados dos dois globos oculares; Aparelho lacrimal: produção de lágrimas através da glândula lacrimal. Fazem parte também os ductos e canais que transportam e drenam a lágrima. Explicar como os fotorreceptores convertem energia luminosa em potenciais de ação. *verificar segunda etapa - Discutir a via visual – da retina ao córtex visual. *verificar segunda e terceira etapa https://www.infoescola.com/glandulas/glandula-lacrimal/ Histologi� O olho é constituído por três túnicas dispostas concentricamente: (1) � camad� extern�, formada pela esclera (ou esclerótica) e pela córnea; -ESCLERA: camada opaca formada por fibras colágenas e elásticas. -CÓRNEA: transparente, avascular e sem vasos linfáticos e formada por 5 camadas: epitélio, camada de Bowman, estroma, membrana de Descemet e endotélio. (2) camad� médi� o� túnic� vascula�, constituída pelo coróide, pelo corpo ciliar e pela íris; -CORIÓIDE: altamente vascular, permeado de tecido conjuntivo frouxo rico em células e fibras colágenas e elásticas. -CORPO CILIAR: revestido pelo epitélio ciliar, um epitélio simples cúbico abaixo do qual há uma grande concentração de células pigmentares. A superfície do corpo ciliar voltada para a câmara posterior do olho é irregular e muito pregueada. Em secções histológicas, as pregas são observadas como prolongamentos de diferentes comprimentos, denominados processos ciliares. O epitélio dos processos ciliares é responsável pela secreção do humor aquoso. Dos processos ciliares partem delgadas fibras que prendem o cristalino aos processos. Seu conjunto é denominado zônula ciliar, ou zônula ou ligamento suspensor do cristalino. A função das fibras é manter o cristalino suspenso em sua localização e, por meio de seu tracionamento ou sua distensão, modificar a convexidade do cristalino, permitindo a acomodação da visão (focalização). No interior do corpo ciliar há feixes de músculo liso -ÍRIS: A íris é um disco pigmentado situado entre a córnea e o cristalino e circundado por humor aquoso. A periferia do disco é contínua ao corpo ciliar e na porção central do disco há um orifício, a pupila. A íris tem duas funções importantes: permitir a passagem de raios luminosos originados do exterior e regular o diâmetro da pupila. A superfície anterior da íris é revestida por uma camada descontínua de fibroblastos e melanócitos. O revestimento de sua superfície posterior é contínuo com epitélio do corpo ciliar e dos processos ciliares, e abaixo desse revestimento há uma camada com grande concentração de células pigmentares. O corpo da íris é composto pelo estroma e por músculo liso. O estroma é formado de tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e pouca quantidade de células pigmentares. A cor da íris, observada externamente, depende da quantidade de melanina no seu estroma. A íris apresenta feixes de músculo liso dispostos em dois grupos principais que formam os músculos constritor da pupila e dilatador da pupila. (3) � camad� intern� o� retin�, que se comunica com o cérebro pelo nervo óptico. A retina e o nervo óptico são partes do sistema nervoso central, tanto por suas estruturas como por suas funções e origens embriológicas, apesar de se localizarem fora do crânio. 3.1) RETINA: membranas com função de transformar o fóton que atravessa várias camadas até atingir os cones e bastonetes em estimulo nervoso. A porção da retina situada na região posterior do globo ocular apresenta, do exterior para o interior, as seguintes camadas de células responsáveis pela recepção de radiação luminosa e transmissão de potenciais de ação para o cérebro: 3.1.2) Camada das células fotossensíveis: os cones e os bastonetes -Os bastonetes são células finas, alongadas e formadas por duas porções distintas . A região mais próxima da base da retina, perto das células pigmentares, o segmento externo é constituída por micro vesículas achatadas, semelhantes a discos empilhados como se fossem moedas. Está ligada ao restante da célula por uma constrição. A região da célula unida ao segmento externo é chamada de segmento interno. Nele, junto à constrição, há um corpúsculobasal, do qual se origina um cílio que se projeta no segmento externo. Esse segmento é rico em glicogênio, e há muitas mitocôndrias localizadas perto da constrição.São extremamente sensíveis à luz, são os principais receptores para baixos níveis de luminosidade. -Os cones também são células alongadas que contêm segmentos interno e externo, corpo basal com cílio e acúmulo de mitocôndrias. No segmento externo, também são observados discos empilhados, mas estes são invaginações da membrana celular. São elementos de percepção da luz em intensidade normal e possibilitam grande acuidade visual. Os bastonetes são mais sensíveis à luz; porém, possibilitam apenas uma visão menos precisa. 3.1.3) Camada dos neurônios bipolares, que unem funcionalmente, por sinapses, as células dos cones e dos bastonetes às células ganglionares. É constituída por células de morfologia variável, as quais, de modo geral, dividem-se em dois grupos: ■Células bipolares difusas, que estabelecem sinapse com dois ou mais fotorreceptores, alcançando até seis ■Células bipolares monossinápticas, que estabelecem contato apenas com o axônio de uma célula cone. Essa célula bipolar estabelece contato, pela sua outra extremidade, apenas com uma célula ganglionar. 3.1.4) Camada das células ganglionares, que recebem sinapses de axônios dos neurônios bipolares e enviam axônios que formam o nervo óptico. Os neurônios da camada das células ganglionares estabelecem sinapse com as células bipolares. Os outros polos dessas células enviam axônios em direção a uma região da retina para onde convergem todos os axônios das células ganglionares, chamada de papila do nervo óptico. Neste local, os axônios se agrupam e formam o nervo óptico. A região da papila é também chamada de ponto cego da retina, pois não apresenta fotorreceptores. As células ganglionares são típicas células nervosas, com núcleo grande e pouco corado e citoplasma rico em ácido ribonucleico (RNA). As células ganglionares também existem em um tipo difuso, que estabelece contato com várias células bipolares, e um tipo monossináptico. 3.1.5) Outros tipos de células estão presentes nas camadas da retina, além dos cones e bastonetes. Os principais são: ■Células horizontais, cujos prolongamentos se dispõem horizontalmente (i. e., paralelamente à superfície da retina) e estabelecem sinapses entre vários fotorreceptores ■Células amácrinas, que estabelecem sinapses com as células ganglionares ■Células de sustentação do grupo de células da neuróglia, dos tipos astrócito e da micróglia ■Células de Müller, que são muito frequentes, grandes e muito ramificadas. Elas têm funções equivalentes às da neuróglia, servindo para sustentar, nutrir e isolar os neurônios da retina. 4) Alé� desse� envoltóri��, � olh� apresent�: 4.1) cristalino, ou lente, uma estrutura biconvexa transparente, avascular e elástica que é mantida em posição graças a um ligamento circular. 4.2) Em frente ao cristalino há uma expansão pigmentada e opaca da camada média, que o recobre em parte, a íris ( prolongamento da camada coróide, com regiões ricas em melanócitos) 4.3) A zônula ciliar ( fibras formadas por fibrilas de elastina e matriz polissacarídica que possibilitam focalizar objetos em resposta ao músculo ciliar), que se insere sobre um espessamento da camada média, o corpo ciliar. 5) O olh� te� trê� compa�timent��: 5.1) a câmara anterior, situada entre a íris e a córnea; 5.2) a câmara posterior, entre a íris e o cristalino; 5.3) e o espaço vítreo, situado atrás do cristalino e circundado pela retina. *Nas câmaras anterior e posterior existe um líquido que contém proteínas: o humor aquoso. O espaço vítreo, que é limitado pela retina e pelo cristalino, apresenta-se cheio de uma substância viscosa e gelatinosa, o corpo vítreo. 5.3.1) Humor vítreo/corpo vítreo -substância viscosa e gelatinosa transparente com raras fibrilas de colágeno. Ocupa a região que se localiza atrás do cristalino. Seu componente principal é água e os glicosaminoglicanos altamente hidrófilos, em especial o ácido hialurônico. Contém poucas células, que participam da síntese do material extracelular. 6) O cana� d� Schlem�, revestid� po� célula� endoteliai�. Esse canal se comunica com pequenas veias da esclera, para as quais o humor aquoso é drenado. O processo é contínuo e explica a renovação constante do conteúdo aquoso das câmaras do olho. 7)A Fóve� é uma depressão onde as células são reduzidas e há mais bastonetes, serve para aumentar a acuidade visual ( a luz se forma com mais facilidade por chegar mais perto dos cones e bastonetes ) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO: - Identificar as principais estruturas do olho (esclera, córnea, coroide, cristalino, íris, zônula, retina e corpo vítreo). -a camada externa, formada pela esclera (ou esclerótica) e pela córnea; -camada média ou túnica vascular, constituída pelo coróide, pelo corpo ciliar e pela íris; -A zônula ciliar se insere sobre um espessamento da camada média, o corpo ciliar -RETINA: membranas com função de transformar o fóton que atravessa várias camadas até atingir os cones e bastonetes em estimulo nervoso. -O espaço vítreo, que é limitado pela retina e pelo cristalino, apresenta-se cheio de uma substância viscosa e gelatinosa, o corpo vítreo. -Descrever histologicamente as principais estruturas do olho, relacionando-as com a função. -ESCLERA: camada opaca formada por fibras colágenas e elásticas. Tem a função de proteção do globo ocular. -CÓRNEA: transparente, avascular e sem vasos linfáticos. A córnea atua como camada protetora da parte frontal do olho e também ajuda a concentrar a luz sobre a retina, no fundo do olho. -CORIÓIDE: altamente vascular, permeado de tecido conjuntivo frouxo rico em células e fibras colágenas e elásticas. Responsável por irrigar parte da retina. -cristalino, ou lente, uma estrutura biconvexa transparente, avascular e elástica que é mantida em posição graças a um ligamento circular. Tem a capacidade de acomodação visual. -ÍRIS: A íris é um disco pigmentado situado entre a córnea e o cristalino e circundado por humor aquoso. A íris tem duas funções importantes: permitir a passagem de raios luminosos originados do exterior e regular o diâmetro da pupila. A superfície anterior da íris é revestida por uma camada descontínua de fibroblastos e melanócitos. O revestimento de sua superfície posterior é contínuo com epitélio do corpo ciliar e dos processos ciliares, e abaixo desse revestimento há uma camada com grande concentração de células pigmentares. O corpo da íris é composto pelo estroma e por músculo liso. O estroma é formado de tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e pouca quantidade de células pigmentares. A cor da íris, observada externamente, depende da quantidade de melanina no seu estroma. A íris apresenta feixes de músculo liso dispostos em dois grupos principais que formam os músculos constritor da pupila e dilatador da pupila. -A zônula ciliar fibras formadas por fibrilas de elastina e matriz polissacarídica que possibilitam focalizar objetos em resposta ao músculo ciliar, que se insere sobre o corpo ciliar. -RETINA: é uma das membranas do seguimento posterior do olho, que tem a função de transformar o estímulo luminoso em um estímulo nervoso e enviá-lo ao cérebro, para que as imagens sejam lidas. Região interligada com o Sistema Nervoso Central, através do nervo óptico. a) Camada das células pigmentares: Células cúbicas com grânulos de melanina fortemente corados em marrom. b) Camada dos cones e bastonetes: Células fotosensitivas. Plexiforme externa: região de sinapses. c) Camada das células bipolares: células organizadas em várias camadas com núcleos redondos pequenos e bem corados. Plexiforme interna: região de sinapses. d) Camada das células ganglionares: formada por células nervosas em duas ou três camadas. Recebem sinapses de axônios dos neurônios bipolares e enviam axôniosque formam o nervo óptico.
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