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Prisões e medidas cautelares

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Medidas Cautelares 
 
Introdução ..................................................................................................................................................................... 1 
Medidas Cautelares Diversas Da Prisão ................................................................................................................... 1 
Princípios (Prisões) ................................................................................................................................................... 3 
Considerações Gerais ................................................................................................................................................ 4 
Espécies De Prisão ........................................................................................................................................................ 4 
Temporária: ............................................................................................................................................................... 4 
Flagrante ................................................................................................................................................................... 5 
Decorrentes De Ordem Judicial ................................................................................................................................ 8 
 
Produzido por: Giovanna Calvano 
Fonte: Aulas da Profª Mayara Tachy para Concursos (GranCursos Online) 
 
Introdução 
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO 
• Art. 282 e seguintes; 
• Podem ser questionadas via habeas corpus (vide tópico específico); 
• Introduzidas em 2011, após um sistema binário (prisão/liberdade) que não apresentava um meio termo; 
• Medida cautelar é gênero que abrange as medidas reais e pessoais, sendo as pessoas divididas entre prisão e 
medidas não detentivas; 
• Aplicação cumulada ou isolada: 
• Legitimidade para imposição de cautelares: em REGRA, apenas pela autoridade judicial, mas, 
excepcionalmente, a autoridade policial pode aplicar: 
o Imposição de FIANÇA (pena não superior a 04) e obrigações acessórias; 
o Afastamento do Lar, quando o Município não for sede de comarca e houver urgência. 
• Forma de decretação: 
o Antes do Pacote Anticrime, o juiz podia decretar de ofício após a deflagração da ação penal, mas, na 
fase pré-processual, apenas mediante requerimento/representação; 
o Após: NÃO pode decretar de ofício em hipótese nenhuma, MAS: 
▪ Pode redecretar de ofício (segundo o CPP); 
▪ Há celeuma sobre a possibilidade de converter de ofício; 
▪ Exigem MOTIVAÇÃO1; 
• “Contraditório” prévio - 05 dias, §3º, art. 282, mas pode ser excepcionado; 
• Inaplicabilidade: pena cominada ao crime não for de prisão – homogeneidade da pena; 
• Características: 
o Necessidade; 
o Adequação; 
o Prioritária em relação à prisão; 
o Vinculada ao processo; 
• Medida Cautelar x Protetiva: 
 
1 5) As medidas cautelares diversas da prisão, ainda que mais benéficas, implicam em restrições de direitos individuais, sendo 
necessária fundamentação para sua imposição. 
 
CAUTELAR PROTETIVA 
Tem natureza cautelar em relação ao 
feito 
Pode ser satisfativa 
É vinculada ao feito É autônoma 
 
• Espécies de medidas: 
o Comparecimento periódico; 
o Recolhimento domiciliar; 
o Suspensão da função pública ou de atividade financeira/econômica utilizada como instrumento do 
crime; 
o Internação provisória - inimputável/semi; 
o Fiança; 
o Monitoração eletrônica; 
o Proibição: 
▪ de acesso ou frequência a certos lugares; 
▪ de contato com certas pessoas; 
▪ de se ausentar da comarca; 
 
Fiança 
● Competência: 
○ Autoridade Policial: PPL não superior a 04 anos, salvo o crime de descumprimento de medida protetiva 
(11.340/06) 
○ Juiz: + de 04 anos; 
● E a audiência de custódia? Nesse intervalo de 24h, a fiança pode ser concedida e, se paga, nem haverá 
realização; 
○ E se não for paga? O juiz da custódia pode conceder a liberdade provisória sem fiança, pode aumentar 
ou reduzir o valor, pode decretar a preventiva; 
● Hipossuficiência: CJF, Enunciado 14: Em caso de hipossuficiência, o não pagamento da fiança NÃO PODE 
SER MOTIVO legítimo a impedir a concessão da liberdade provisória. 
○ HC Coletivo no ES; 
● Impossibilidade de concessão: 
○ Nada impede a concessão de liberdade provisória sem fiança; 
○ CRFB: Crimes INAFIANÇÁVEIS (RAÇÃO 3THE); 
○ CPP: 
■ Quebra da fiança; 
■ Descumprimento de obrigações; 
■ Prisão civil (PA) ou militar; 
■ Presença de requisitos que autorizem a preventiva - é prioritária em relação à prisão; 
● Arbitramento do valor: 
○ Condições pessoais de fortuna e vida pregressa; 
○ Indicativos de periculosidade (POSICIONAMENTO DP - direito penal do inimigo); 
○ Importância provável de custas judiciais; 
● Possibilidade de reforço: Caso mais relevante (do rol) - alteração na classificação do delito; 
● Quebramento, perdimento e cassação: 
○ A fiança é utilizada para pagamento de custas, indenizações, prestações pecuniárias, sursis etc. e, não 
havendo nenhuma dessas situações-pena, é devolvida naquilo que sobrar. 
○ EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE: 
■ Antes da sentença - devolução integral do valor; 
■ Após a sentença – tratada como se condenação fosse; 
 
QUEBRAMENTO CASSAÇÃO PERDIMENTO 
art. 341 art. 338 e 339 art. 334 
É penalidade 
Não é penalidade, mas adequação 
lógica do processo 
É penalidade 
Perda de metade do valor 
prestado 
Restituição do valor prestado Perda integral do valor prestado 
05 hipóteses 
Não cabimento ao delito pelo qual o 
acusado foi denunciado; 
reconhecida a existência de delito 
inafiançável 
01 hipótese - se, condenado, o acusado 
não se apresentar para o início do 
cumprimento da pena definitivamente 
imposta. 
 
Monitoramento eletrônico 
• Utilização: 
o Prisão cautelar; 
o Prisão domiciliar; 
o Saída temporária; 
• Consequências do descumprimento: 
o Regressão de regime; 
o Revogação da autorização de saída temporária; 
o Revogação da domiciliar; 
• Inobservância do perímetro: Não é falta grave, mas sim descumprimento de condição obrigatória - Falta 
disciplinar; 
 
PRINCÍPIOS (PRISÕES) 
• JURISDICIONALIDADE - a medida cautelar de caráter pessoal só pode ser decretada pela autoridade 
JUDICIAL competente; 
o CPI NÃO pode; 
• CONTRADITÓRIO - deve ser oportunizado o contraditório, ainda que diferido; 
• PROVISIONALIDADE - a medida deve perdurar somente pelo tempo em que perdurarem seus motivos → 
Natureza rebus sic stantibus - análise da presença dos fundamentos; 
• PROVISORIEDADE - deve ser breve e temporária, não sendo admitida a manutenção por tempo 
indeterminado; 
o Não tem natureza de cumprimento de pena; 
o O excesso de prazo dá azo à ilegalidade; 
• EXCEPCIONALIDADE - Aplicação apenas se não houver nenhuma outra medida menos gravosa apta a 
produzir resultados eficientes; 
o Ultima Racio; 
• PROPORCIONALIDADE - ponderação entre a gravidade da medida e o resultado esperado no processo; 
o SV 56 (regime mais gravoso pela falta de vagas) e os presos provisórios: 
▪ INFO 642/STJ: A SV 56 se aplica a Presos DEFINITIVOS (execução provisória ou definitiva) 
APENAS STJ. 5ª Turma; 07/02/2019. 
o A medida cautelar não pode ser aplicada se a pena final for menos gravosa. 
▪ Ex.: Crime cuja pena se dá em regime aberto - impossibilidade de cautelar prisional. 
o Divergência JURISPRUDENCIAL: prisão mais gravosa que a futura prisão pena 
Réu respondeu o processo recolhido ao cárcere porque havia motivos para a prisão preventiva. Na sentença, foi condenado 
a uma pena privativa de liberdade em regime semiaberto ou aberto. Pelo fato de ter sido imposto regime mais brando que 
o fechado, ele terá direito de recorrer em liberdade mesmo que ainda estejam presentes os requisitos da prisão cautelar? 
 
1ª corrente: NÃO. Posição do STJ 2ª corrente: SIM. Posição do STF. 
O condenado ao regime inicial aberto ou semiaberto 
pode continuar presocautelarmente, mas essa prisão 
cautelar deverá ser compatibilizada com as regras 
próprias desse regime. 
A manutenção da prisão provisória é incompatível com a fixação 
de regime de início de cumprimento de pena menos severo que o 
fechado. 
Se ainda persistem os motivos que ensejaram a prisão 
cautelar (no caso, o risco de fuga), o réu deverá ser 
mantido preso mesmo que já tenha sido condenado ao 
regime inicial semiaberto. 
Deve ser adotada, no entanto, a seguinte providência: 
o condenado permanecerá preso, porém, ficará 
recolhido e seguirá as regras do regime prisional 
imposto na sentença (deverá ficar recolhido na 
unidade prisional destinada aos presos provisórios e 
receberá o mesmo tratamento do que seria devido caso 
já estivesse cumprindo pena no regime semiaberto). 
Em suma, o fato de o réu ter sido condenado a cumprir 
pena em regime aberto ou semiaberto não constitui 
empecilho à decretação/manutenção da prisão 
preventiva, bastando que se tenha o cuidado de não se 
colocá-lo em estabelecimento inadequado. Isso porque 
não pode a segregação cautelar se mostrar mais severa 
do que o regime imposto na sentença. 
A vedação ao direito de recorrer em liberdade revela-se 
incompatível com os regimes iniciais aberto e semiaberto. 
Caso o réu seja condenado a pena que deva ser cumprida em regime 
inicial diverso do fechado (aberto ou semiaberto), não será 
admissível a decretação ou manutenção de prisão preventiva na 
sentença condenatória, notadamente quando não há recurso da 
acusação quanto a este ponto. 
Se fosse permitido que o réu aguardasse o julgamento preso 
(regime fechado), mesmo tendo sido condenado a regime aberto ou 
semiaberto, seria mais benéfico para ele renunciar ao direito de 
recorrer e iniciar imediatamente o cumprimento da pena no regime 
estipulado do que exercer seu direito de impugnar a decisão perante 
o segundo grau. Isso soa absurdo e viola o princípio da 
proporcionalidade. 
A prisão cautelar não admite temperamento para ajustar-se a 
regime imposto na sentença diverso do fechado. 
STJ. 5ª Turma. RHC 98.469/MG, Rel. Min. Reynaldo 
Soares da Fonseca, julgado em 02/10/2018. 
STJ. 6ª Turma. RHC 99.818/RJ, Rel. Min. Sebastião 
Reis Júnior, julgado em 18/10/2018. 
STF. 1ª Turma. HC 130773, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 
27/10/2015. 
STF. 2ª Turma. HC 138122, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgado em 09/05/2017. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• Lei de Abuso de Autoridade (2019) - criou tipos penais relativos ao tema “prisões” 
• Com exceção da prisão em flagrante, todas as demais prisões dependem de ordem judicial ESCRITA e 
fundamentada; 
o Necessidade de exibição do Mandado de Prisão – é a regra, mas pode ser ressalvada nos casos de 
infrações inafiançáveis (RAÇÃO 3TH) – vide 287, CPP; 
• Comunicação da Prisão - Imediata 
Constituição (LXII) CPP 
Juiz competente; Família ou pessoa indicada 
 
Juiz competente; Família ou pessoa indicada; 
 Ministério Público (306, CPP) 
 
Espécies de Prisão 
TEMPORÁRIA: 
• Espécie de prisão PROVISÓRIA – diferença em relação à preventiva: 
 TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Momento de 
Requerimento 
Apenas INVESTIGAÇÃO Investigação e Ação penal 
Prazo 05 + 05 ou 30 + 30 Sem prazo, devendo ser reanalisada a cada 90 dias 
 
Legitimidade 
para 
requerimento 
MP (requerimento) 
Delegado de Polícia 
(representação) 
MP, querelante ou assistente; 
Representação da autoridade policial. 
Soltura 
Independe de nova 
determinação judicial 
Depende de determinação de expedição de alvará de 
soltura 
Fundamento I e III ou II e III 
Prova da existência do crime e indício suficiente de 
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do 
imputado 
Motivo 
Êxito da investigação 
processual 
Garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a 
aplicação da lei penal. 
 
• Cabível APENAS na fase pré-processual - Oferecida a denúncia, deve ser convertida em preventiva ou 
revogar se não for mais necessária; 
o Cabível tanto em IPL quanto em PIC (Procedimento de Investigação do MP) - interpretação extensiva, 
aceita pela maior parte da doutrina; 
• Presos temporários devem obrigatoriamente ficar separados dos demais; 
• Fundamento: I e III ou II e III – ganhou base no Enunciado 9, CFJ2; 
o Imprescindibilidade para investigação/Falta de identificação + Crime do rol taxativo; 
• Decretada pelo JUIZ a requerimento do MP ou representação: Delegado de Polícia; 
o Quando for por representação, o MP deve ser ouvido ( Diferente da fiança, que dispensa a oitiva); 
• Prazo penal (inclui cumprimento) que pode ser 05 + 05 dias (extrema e comprovada necessidade) ou 30 + 30 
(hediondos); 
o Prorrogação não automática; 
o Decurso do prazo = Liberação AUTOMÁTICA que independe de nova ordem judicial; 
• Procedimento: 
 
FLAGRANTE 
Introdução 
• Natureza jurídica - medida pré-cautelar; 
• Sujeitos do flagrante: 
o ATIVO (pode prender) 
▪ OBRIGATÓRIO ou VINCULADO - autoridade policial ou seus agentes (MP, JUIZ etc 
não entram na obrigatoriedade); 
▪ FACULTATIVO ou DISCRICIONÁRIO - outros 
o PASSIVO (pode ser preso): Quem quer que seja encontrada em flagrante delito; 
▪ EXCEÇÕES: 
• Presidente da República (nenhuma hipótese); 
• Apenas por crime inafiançável: Deputados e senadores; Magistrado e Membro do 
MP; 
 
2 Para a decretação da Prisão Temporária é necessária a aplicação cumulativa do inc. III com o inc. I do artigo 1º da Lei n. 7.960/1989. 
Recebimento do req/da rep.
• Decisão em 24h
• O juiz ainda pode:
•a) Determinar a apresentação do preso;
•b) Solicitar informações e 
esclarecimentos;
• c) Submeter o preso a ECD;
Mandado
• 02 vias 
• 01 das vias serve como nota de culpa
• Imprescindível para o cumprimento da 
ordem
• Deve conter o período de duração e a data 
de liberação
 
• IMPO – Autor do fato que se compromete a comparecer ao Juizado (art. 69, p.u.); 
• Menor de idade - é apreendido; 
• Condutor de veículo que preste socorro em acidente de trânsito (CTB); 
• Espécies de Flagrante: 
CPP 
Real ou Próprio 
Impróprio ou 
quase flagrante 
Presumido ou 
ficto 
Infrações permanentes 
302, I e II, CPP 302, III, CPP 302, IV, CPP 
Enquanto houver permanência Praticou ou acabou de 
praticar; 
Perseguição (290, 
§1º) 
Tem que ser 
ininterrupta; 
Situação que faça 
presumir a autoria; 
Apresentação à 
autoridade do local 
de captura; 
Lavrado o APF - 
remoção. 
Ex.: Encontrar em 
blitz pessoa com 
corpo no carro - 
NÃO há 
perseguição; 
DOUTRINA 
Esperado 
Forjado e 
preparado/provocado 
Retardado ou de ação controlada 
Aguarda-se a prática do crime. 
A infração AINDA não aconteceu; 
Ex.: Policiais em campana; 
JET (nº 120): 3) No flagrante 
esperado, a polícia tem notícias de 
que uma infração penal será 
cometida e passa a monitorar a 
atividade do agente de forma a 
aguardar o melhor momento para 
executar a prisão, não havendo que 
se falar em ilegalidade do flagrante. 
Ilegais - modalidade de 
crime impossível. 
 
Preparado: 
 
S.145/STF: “Não há crime, 
quando a preparação do 
flagrante pela polícia 
torna impossível a sua 
consumação.” 
 
Delito putativo por obra 
do agente provocador 
A infração JÁ está acontecendo, mas 
é aguardado o melhor momento 
 
JET (nº 120): 4) No tocante ao 
flagrante retardado ou à ação 
controlada, a ausência de autorização 
judicial não tem o condão de tornar 
ilegal a prisão em flagrante 
postergado, vez que o instituto visa a 
proteger o trabalho investigativo, 
afastando a eventual responsabilidade 
criminal ou administrativa por parte do 
agente policial. 
 
 
Procedimento 
• Apresentação ao DELEGADO de POLÍCIA; 
o Oitiva do condutor - Colheita de assinatura; entrega de cópia do termo e recibo de entrega do preso 
o Oitiva de testemunhas: A falta de testemunhas do fato não impede a prisão em flagrante. PORÉM, com 
o condutor (quem apresenta o preso) devem assinaroutras duas testemunhas da condução; 
• Lavratura do APF: Em REGRA, é a autoridade policial, mas o CPP prevê a possibilidade de que seja pelo juiz 
(art. 307) 
o POSICIONAMENTO DP : O juiz que lavrar o flagrante não poderá presidir o PROCESSO que 
eventualmente se suceder - princípio acusatório; 
• Comunicação do flagrante: 
o Imediata (CF e CPP): juiz, família/pessoa indicada e MP*; 
 
o Excesso de prazo: JET: 7) Uma vez decretada a prisão preventiva, fica superada a tese de excesso 
de prazo na comunicação do flagrante. 
• Encaminhamento do APF: em até 24 horas; 
o Para DP ou advogado – necessitado JURÍDICO (DPE atua como curador especial) 
o Para o juiz – realização de audiência de custódia → Formação de novo título ensejador da custódia 
cautelar 
• Entrega da nota de culpa: mediante recibo; 
o Em até 24h, sob pena de crime de abuso de autoridade; 
▪ Motivo da prisão; 
▪ Nome do condutor e testemunhas: 
o Lavratura do APF; 
▪ NULIDADE EM RAZÃO DA FALTA DE DEFESA: Jurisprudência em Teses (nº 120): 
6) Eventual nulidade no auto de prisão em flagrante devido à ausência de assistência por 
advogado somente se verifica caso não seja oportunizado ao conduzido o direito de ser assistido 
por defensor técnico, sendo suficiente a lembrança, pela autoridade policial, dos direitos do 
preso previstos no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal. 
 
A audiência de custódia 
• Decorreu do Pacto de San José da Costa Rica; 
• Instaurada a partir da ADPF 347 (ECI) e regulamentada, inicialmente, por resolução do CNJ; 
• Tem por objetivo não apenas a análise da legalidade da prisão, mas a apuração de ocorrência de violência 
policial: 
o Por essa razão, é vedada a participação dos policiais que efetivaram o flagrante; 
o Resolução 932 da DPGE/RJ; 
• A análise é restrita à legalidade da prisão, não ao mérito; 
o Reconhecimento de ATIPICIDADE3 - pode ser reconhecida para fins de relaxamento, mas a 
decisão NÃO faz coisa julgada e não pode ser determinado o arquivamento; 
• Excesso de prazo na realização: o §4º do art. 310 prevê a ilegalidade da prisão, mas a vigência está suspensa; 
o JET: 8) Realizada a conversão da prisão em flagrante em preventiva, fica superada a alegação 
de nulidade porventura existente em relação à ausência de audiência de custódia. 
• Uso de algemas: SV 11: (PRF)4 Exceção justificada por escrito, sob pena de responsabilização disciplinar, civil 
e penal do agente e responsabilização civil do Estado; 
• Videoconferência e COVID-19: 
o Até julho de 2020, não está sendo permitida; 
o Enunciado 30 (08/2020): Excepcionalmente e de forma fundamentada, nos casos em que se faça 
inviável a realização presencial do ato, é possível a realização de audiência de custódia por sistema de 
videoconferência. (Em desconformidade com a jurisprudência???) 
• Audiência de custódia e prisão decretada (cumprimento de mandado) 
o RCL 29303/STF (12/2020): Discute se a realização de audiência de custódia é obrigatória em todas 
as modalidades de prisão ou apenas nos casos de flagrante 
 
3 A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante sob o argumento de que a conduta 
praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta decisão não vincula o titular da ação penal, que poderá oferecer acusação 
contra o indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber essa denúncia. STF. 1ª Turma. HC 157.306/SP, Rel. Min. Luiz 
Fux, julgado em 25/9/2018 (Info 917) 
4 Só é lícito o uso de algemas em casos de RESISTÊNCIA e de fundado receio de FUGA ou de PERIGO à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
https://defensoria.rj.def.br/legislacao/detalhes/6321-RESOLUCAO-DPGE-N%C2%BA-932-DE-26-DE-JUNHO-DE-2018-#:~:text=CRIA%2C%20NO%20%C3%82MBITO%20DA%20DEFENSORIA,PENAS%20CRU%C3%89IS%2C%20DESUMANOS%20OU%20DEGRADANTES.
 
▪ Fachin estendeu a todos os estados a determinação de realização de audiências de custódia, no 
prazo de 24 horas, em todas as modalidades de prisão, inclusive as temporárias, preventivas e 
definitivas. 
o Competência para realização de audiência de custódia nos casos que não sejam decorrentes de flagrante 
(Local da prisão x local de expedição do mandado): Local onde ocorreu o crime (CC 168522/STJ);5 
• É possível a conversão da prisão de ofício? 
o POSICIONAMENTO DP - Fere o princípio acusatório. 
STJ STF 
Pode converter de ofício - Info 679 
(AgRg no HC 611.940-SC - 09/2020) 
Não pode converter de 
ofício (Info 994) 
 
(HC nº 188.888/MG - 
06/10/2020) 
Não pode converter de ofício 
(HC 590039/GO 20/10/2020, 5T) 
PACIFICOU - NÃO: Após o advento da Lei nº 13.964/2019, não é mais 
possível a conversão da prisão em flagrante em preventiva sem provocação 
por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do 
Ministério Público, mesmo nas situações em que não ocorre audiência de 
custódia. (Info 686 – 02/2021)6 
 
• Concessão de liberdade provisória e conversão em preventiva: 
o Relaxamento + Preventiva (FLAGRANTE ILEGAL): é aceito pela jurisprudência; 
▪ CRÍTICA: consolidação de uma situação ilegal em prejuízo do acusado; 
▪ JET: (anterior ao pacote anticrime, porém, é de 2019) 11) Com a superveniência de decretação 
da prisão preventiva ficam prejudicadas as alegações de ilegalidade da segregação em flagrante, 
tendo em vista a formação de novo título ensejador da custódia cautelar. 
o Excludente de ilicitude: Não pode ser decretada a preventiva; 
o Hipóteses de vedação da concessão da LP: 
▪ Flagrantemente inconstitucional (já existe precedentes – Lei de Drogas); 
▪ Em peça, pugnar pelo reconhecimento da inconstitucionalidade em sede de controle difuso; 
▪ Hipóteses: 
• Reincidência – Hipótese lacunosa, não faz menção a reincidência geral, específica, 
crimes culposos; 
• Organização criminosa armada e Milícia; 
• Porte de arma de fogo de uso restrito 
o E as de uso proibido? – a norma pune o menos grave e permite a LP para o 
mais grave, lembrando que é vedada a analogia in malam partem); 
o Desproporcionalidade – existem crimes mais graves que esse; 
 
DECORRENTES DE ORDEM JUDICIAL 
• Prisão pena; 
• Prisões cautelares – preventiva e domiciliar; 
Prisão pena 
• Sentença condenatória transitada em julgado, vedada a execução provisória da pena (ressalvado o caso do júri 
com condenação superior a 15 anos); 
Preventiva 
 
5 Provável que coincida com o local da expedição do mandado; 
6 STJ. 3ª Seção. RHC 131.263, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021 (Info 686). STF. 2ª Turma. HC 192532 
AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 24/02/2021. 
 
• Natureza jurídica - medida cautelar de natureza pessoal; 
• Legitimidade para decretar – JUIZ, mediante requerimento ou representação (nunca de ofício); 
• Momento: Inquérito e Ação penal; 
• Manutenção: embora não tenha prazo, obedece à cláusula rebus sic stantibus: os motivos de manutenção devem 
ser atuais; 
o REVISÃO DA PRISÃO: A cada 90 dias; 
▪ Forma de avaliação: (Enunciado 19 JDPP) A decisão de revisão periódica da prisão preventiva 
deve analisar de modo motivado, ainda que objetivo, se os motivos que a fundamentaram se 
mantêm e se não há excesso de prazo, sendo vedada a mera alusão genérica à não alteração 
do quadro fático. 
▪ Lacunas: o CPP não dizia quem deveria fazer a revisão; 
STJ (junho de 2020) - VÁLIDA I JDPP (agosto de 2020) 
A obrigação de revisar de ofício a necessidade da 
prisão preventiva a cada 90 dias é imposta apenas ao 
juiz ou ao tribunal que decretou a medida. Seria 
desarrazoado, ou mesmo inexequível, estender essa 
tarefa a todos os órgãos judiciários competentes para 
o exame do processo em grau de recurso. 
HC nº 589544 / SC,STJ. 
Enunciado 19: Cabe ao Tribunal no qual se 
encontra tramitando o feito em grau de 
recurso a reavaliação periódica da situação 
prisional do acusado, em atenção ao 
parágrafo único do art. 316 do CPP, mesmo 
que a ordem de prisão tenha sido decretada 
pelo Magistrado de primeiro grau. 
 
▪ Inobservância do prazo: o CPP definiu que a inobservância acarretaria a ilegalidade do 
cárcere – jurisprudência interpretou de outra forma: O descumprimento da regra do 
parágrafo único do art. 316 do CPP NÃO gera, para o preso, o direito de ser posto 
imediatamente em liberdade. A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de 
Processo Penal não implica automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo 
competente ser instado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos. STF. 
Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995). 
• Requisitos: 
o Periculum libertatis - perigo gerado pelo estado de liberdade (ART. 312) 
o Fumus comissi delicti: 
▪ Existência de MATERIALIDADE 
▪ Indícios suficientes de AUTORIA; 
• Fundamentos do periculum libertatis: Art. 312; 
o A gravidade em abstrato do crime e o clamor social não são motivos; 
o Garantia da Ordem pública ou econômica: 
▪ Ordem ECONÔMICA: diz respeito aos efeitos do crime na ordem econômica e não 
necessariamente a um crime contra a ordem econômica; 
▪ Ordem PÚBLICA: 
• JET nº 32: Tese 12) A prisão cautelar pode ser decretada para garantia da ordem 
pública potencialmente ofendida, especialmente nos casos de: reiteração delitiva, 
participação em organizações criminosas, gravidade em concreto da conduta, 
periculosidade social do agente, ou pelas circunstâncias em que praticado o delito 
(modus operandi). 
 
▪ Fatores que podem influenciar: Inquéritos policiais e processos em andamento7; atos 
infracionais (embora o ECA não permita); 
Extraída do Dizer o Direito. 
o Conveniência da instrução criminal: 
▪ Fuga do distrito da culpa8: aceitável para garantia da aplicação da lei e por conveniência da 
instrução. 
▪ POSICIONAMENTO DP (sobre a fuga): 
• Por conveniência da instrução: A doutrina defensiva entende que entra em conflito com 
o princípio nemo tenetur se detegere; 
• Para assegurar a aplicação da lei: aceitável; 
o Assegurar a aplicação da lei penal: 
▪ Citação por edital permite a decretação (≠ deve): a não localização não induz presunção de 
fuga9; 
o Descumprimento de cautelares (2019); 
▪ Análise PRÉVIA da possibilidade de aplicação de medida não tão grave quanto a prisão ou 
cumulação de cautelares; 
▪ Descumprimento de MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA: Passou a ser um tipo penal; 
 
• Hipóteses que ADMITEM a preventiva: (nas hipóteses do 312); 
Dolosos + PPL: 
CRIME e não contravenção; 
DOLOSO e não culposo; 
 
7 JET/Nº 32: 14) Inquéritos policiais e processos em andamento, embora não tenham o condão de exasperar a pena-base no momento 
da dosimetria da pena, são elementos aptos a demonstrar eventual reiteração delitiva, fundamento suficiente para a decretação 
da prisão preventiva. 
8 1) A fuga do distrito da culpa é fundamentação idônea a justificar o decreto da custódia preventiva para a conveniência da instrução 
criminal e como garantia da aplicação da lei penal 
9 6) A citação por edital do acusado não constitui fundamento idôneo para a decretação da prisão preventiva, uma vez que a sua não 
localização não gera presunção de fuga. 
 
SUPERIOR A 04 ANOS; (e não igual a 04 anos); 
REINCIDÊNCIA: 
CRIME Doloso; (doloso + doloso) 
Não exige quantum de pena no crime no qual estará sendo preso; 
Ex: Crime antigo: lesão corporal grave; crime novo: estelionato. 
Exceto se tiver passado o prazo de 05 anos desde o trânsito em julgado - Maus 
antecedentes apenas 
VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA CONTRA 
VULNERÁVEIS: 
Tem escopo de garantir a execução das protetivas de urgência; 
INCABÍVEL no caso de contravenções (INFO 632, STJ) 
Incabível quando culposo; 
DÚVIDA SOBRE A 
IDENTIDADE CIVIL ou 
FALTA DE 
FORNECIMENTO DE 
ELEMENTOS 
Soltura assim que possível a identificação; 
 
• Fundamentação - igual fundamentação de sentença (CPC): O porquê da preventiva e o porquê da não 
aplicação de medida menos gravosa; 
• Hipóteses de prisão preventiva VEDADA: ver na parte de prisão em flagrante (audiência de custódia); 
• Revogação x Relaxamento x Liberdade provisória: 
o REVOGAÇÃO: não é vinculada (a cautelares); prisão deixa de ser necessária; 
▪ Pode ser de ofício ou a pedido, sendo permitida a redecretação de ofício; 
○ LIBERDADE: costuma ser concedida em sede de prisão em flagrante e condicionada a alguma cautelar; 
○ RELAXAMENTO: Prisão ilegal; 
Domiciliar 
CPP LEP 
Maior de 80 anos Maior de 70 anos 
Extremamente debilitado por doença grave10 
a) Comprovação da extrema debilidade; 
b) Impossibilidade de se prestar a devida assistência 
condenado acometido por doença grave 
Imprescindível aos cuidados de PCD ou menor de 06 anos X 
Gestante (HC coletivo 163.641/SP) – salvo nos casos de: 
a) Crime cometido com V/GA à pessoa; 
b) Crimes praticados contra os filhos; 
c) Situações excepcionalíssimas; 
Gestante 
• Mulher com filho menor de até 12 anos incompletos 
• Homem quando único responsável pelos cuidados de filho 
menor de até 12 anos incompletos 
• Pessoas responsáveis pelo cuidado de menor de até 12 anos 
incompletos ou PCD (HCC) 
Condenada com filho menor (interpretação ampla - 
18 anos) ou PCD 
 
• PODERÁ: não é uma obrigação substituir, mas a contrariedade à jurisprudência deve ser bem justificada; 
• Conceito - recolhimento em residência; 
o Só pode sair com autorização, e é ≠ do recolhimento domiciliar (medida cautelar); 
 
10 3) A substituição da prisão preventiva pela domiciliar exige comprovação de doença grave, que acarrete extrema debilidade, e 
a impossibilidade de se prestar a devida assistência médica no estabelecimento penal. 
 
• Não impede aplicação cumulativa de outra cautelar (geralmente, junto com tornozeleira); 
• Hipóteses: Exigência de PROVA IDÔNEA dos requisitos!!! 
o Circunstâncias PESSOAIS: 
▪ Maior de 80 anos; 
▪ Extrema debilidade por doença grave; 
o Cuidados de terceiros: 
▪ Quando a circunstância decorrer de gestação ou cuidados: 
• Crime sem violência ou grave ameaça; 
• Crime não foi contra filho ou dependente; 
▪ Imprescindível aos cuidados de menor de 06 anos ou PCD; 
▪ Gestante - decorreu HC coletivo (positivada pela lei 13.869/18); 
• Regras de Bangkok (não cogente - decorre da ONU); 
• Caso Alyne Pimentel; 
• Princípio da pessoalidade da pena; 
▪ MULHER - filho com menos 12 anos; 
• Prisão domiciliar concedida à mãe reincidente: (RCL 32579, STF, 2ª turma) - Houve 
divergência entre os Ministros, pode ser que não mantenham o posicionamento. 
▪ HOMEM - ÚNICO responsável por filho menor de 12 anos; 
▪ NOVIDADE: Pais e outros responsáveis por menor de 12 anos ou por pessoa com 
deficiência possuem direito à prisão domiciliar, desde que observados os requisitos do art. 318 
do CPP e não tenham praticado crime com violência ou grave ameaça ou contra os próprios 
filhos ou dependentes. STF. 2ª Turma. HC 165704/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
20/10/2020 (Info 996).

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