Buscar

organizações internacionais



Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PORTUCALENSE 
DEPARTAMENTO DE DIREITO 
MESTRADO EM DIREITO
SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA GOVERNAMENTAL: CONTROLE INTERNO E EXTERNO NO BRASIL E DIREITO COMPARADO
ANDERSON MIGUEL FONSECA DA SILVA
2º Ciclo
Direito
Organizações Internacionais
Docente: Dra. Ana Campina 
Junho, 2019
ANDERSON MIGUEL FONSECA DA SILVA
SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA GOVERNAMENTAL: CONTROLE INTERNO E EXTERNO NO BRASIL E DIREITO COMPARADO
Trabalho apresentado a unidade curricular de Organizações Internacionais, do Departamento de Direito, como requisito parcial a obtenção do título de Mestre em Direito Esp. Em Ciência Jurídico-Políticas pela Univesidade Portucalense. Trabalho realizado sob a orientaçãoda Professora Dra. Ana Cláudia Carvalho Campina.
Rio de Janeiro
2019
RESUMO
A propositura do presente trabalho, sobre o serviço de inteligência governamental, tem o intuito de mostrar os problemas e as dificuldades enfrentadas, não só pela atividade, mas principalmente pela sociedade como um todo, tendo em vista que pela falta de regulamentação específica o cidadão pode ter alguns direitros fundamentais suprimidos, em especial o direito à privacidade, por conta de eventual coleta, armazenamento e processamento de dados individuais indevidamente. Nosso enfoque será na forma de controle do serviço de inteligência governamental, bem como na conlidência do direito a segurança pública com o direito à privacidade no Brasil e no direito comparado.
Palavras-chaves: Inteligência; Segurança Pública; Privacidade; Vigilância; Coleta de Dados.
ABSTRACT
The purpose of this work, on the government intelligence service, is to show the problems and difficulties faced, not only by the activity, but mainly by society as a whole, given that, due to the lack of specific regulation, the citizen can have some fundamental rights suppressed, in particular the right to privacy, due to the eventual collection, storage and processing of undue individual data. Our focus will be in the form of control of the government intelligence service, as well as in the conlidence of the right to public security with the right to privacy in Brazil and in comparative law.
Keywords: Intelligence; Public security; Privacy; Surveillance; Data collect.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	7
1.	A INTELIGÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO	9
1.1 Definições	9
1.1.1 Inteligência Externa	10
1.1.2 Inteligência Interna	10
1.2 Previsão no Ordenamento Jurídico	11
1.3 ABIN	12
2. CONTROLE LEGISLATIVO	13
3. INTELIGÊNCIA GOVERNAMENTAL: CONFLITOS E DESAFIOS (ESPIONAGEM)	17
3.1. Segurança pública e o direito fundamental à privacidade	18
3.2. Limites e soluções	19
CONCLUSÃO	22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	24
	
INTRODUÇÃO
É constante a busca por informações confiáveis e privilegiadas no âmbito governamental, com o objetivo de fundamentar o seu poder decisório e auxiliar na condução de suas funções.
Na busca incessante por informações, desenvolvem-se sistemas e serviços de intelegência que visam coletar, analisar e entender dados para fundamentar o mais alto poder decisório de uma nação, de forma que a administração pública possa agir com embasamento na relação entre Estados, bem como na condução de questões internas.
Com o avanço tecnológico, ampliam-se as ferramentas do sistema e atividade de inteligência, que por sua vez, anseiam por instrumentos de controle em suas ações.
Uma dessas ferramentas, é a vigilância, que encontra-se cada vez mais presente no cotidiado institucional e popular.
Essa presença irrefreável é estimulada por governos soberanos, sob a justificativa de segurança pública. Infelizmente, há muito pouco material informativo sobre o assunto, o que acaba tornando a população ignorante sobre o tema, e com isso, ficando fragilizadas pelo abuso de poder estatal, sendo violados uma série de direitos e garantias individuais.
Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é ampliar o rol de conhecimento sobre o serviço de inteligência governamental e de seus limites, analisando seu controle interno e externo, bem como a colidência de princípios norteadores de direitos individuais e coletivos.
Para isso, no primeiro capítulo fez-se uma breve explanação sobre o serviço de inteligência no ordenamento jurídico brasileiro, onde definiu-se o conceito de inteligência governamental, definiu-se o que é inteligência no âmbito interno e externo, sua previsão na legislação brasileira e falou-se sobre o serviço de inteligência do Brasil (ABIN – Agência Brasileira de Inteligência).
No segundo capítulo abordou-se o tema de controle brasileiro do serviço de inteligência, em especial, o controle legislativo.
Adetrando no terceiro e último capítulo, explanou-se sobre as difculdades e soluções do serviço de inteligência, em especial a area de vigilância, no que tange a colidência de princpios, buscando-se analisar o equilibrio do direito à privacidade e a segurança pública. Nesta parte foram sugeridas algumas formas de controle para que sejam minimizados os danos, eventualmente, causados pelo serviço de inteligência.
Por fim, foi feita uma conclusão onde procurou-se responder os questionamentos propostos.
A realização do presente estudo utilizou o método de pesquisa bibliografica e legislativa.
Por fim, o presente estudo revela-se importante, diante da urgente necessidade de qualificação informativa do tema para garantir proteção aos direitos e garantias fundamentais da população. 
1. A INTELIGÊNCIA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
1.1 Definições
Define-se inteligência como um conjunto de ações para obtenção, análise e compreensão de dados com o objetivo de entender o passado e o presente, e ter um perspectiva do futuro.
Em uma tradução ampla, inteligência é toda informação coletada e analisada que amparam o poder decisório do usuário.
Platt[footnoteRef:1] diz que: [1: PLATT, Washington., 1974. Produção de Informações Estratégicas. Rio de Janeiro: Agir, pág. 30.] 
Inteligência é um termo específico e significativo, derivado da informação, informe, fato ou dado que foi selecionado, avaliado, interpretado e, finalmente, expresso de forma tal que evidencie sua importância para determinado problema de política nacional corrente. 
E continua dizendo que informação estratégica embasa provaveis linhas de ação de nações estrangeiras.[footnoteRef:2] [2: PLATT, Washington., 1974. Produção de Informações Estratégicas. Rio de Janeiro: Agir, pág. 31.] 
Trata-se daquela atividade associada a informações, processos e organizações relacionados à produção de conhecimentos tendo por escopo a segurança do Estado e da sociedade e que constituem subsídios ao processo decisório da mais alta esfera de governo.[footnoteRef:3] [3: GONÇALVES, Joanisval Brito., 2008. Sed quis custodiet ipso custodes? O controle da atividade de inteligência em regimes democráticos: os casos de Brasil e Canadá. Curos de Pós Graduação, Instituto de Realções Internacionais, Universidade de Brasília [viewed 1st June 2019]. Available from: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/99431/Tese%20-%20Vers%C3%A3o%20Final%20Completa.pdf?sequence=1] 
Nesse sentido, aqueles que possuem o poder decisório de Estado anseiam por informações que o auxiliem na tomada de decisões, seja na relação entre Estados, em tempos de guerra e de paz, seja na condução de questões internas.
Certamente o seviço de inteligência governamental se desenvole na proporção e complexidade da burocracia do estado, nos termos de suas caracteristícas, sua prioridades e necessidades.
Em tempos de paz, nos estados democráticos, o serviço de inteligência se faz necessário para respaldar a administração pública no que tange a garantia e proteção de direitos individuais.
Sendo assim, com a apliação da atuação do serviço de inteligência, também se aumenta o controle de suas ações, buscando com isso, certa transparência, mas mantendo o sigilo necessário para sua atuação.
1.1.1 Inteligência ExternaDiz-se inteligência externa como aquela voltada para Política Externa de uma país, bem como à Defesa Nacional, identificando-se ameaças e oportunidades, no que tange a intenções e atividades de grupos ou Estados estrangeiros, ou até mesmo de pessoas agindo por conta própria.
Muitas nações possuem organismos voltados a inteligência externa como o Mossad israelense e a CIA (Central de Inteligência Americana).
Obviamente que cada nação nação possui um serviço de inteligência externa com propósitos diferentes, entretanto, possuem alguns objetivos comuns, apoio às políticas externas, planejamento de defesa, inteligência econômica, dentre outras.
Genericamente falando, a função principal da atividade de inteligência externa é reunir dados e informações, analisa-los e por fim, compreendê-los com o objetivo de amparar os propósitos nacionais e de Política Externa e Defesa.
1.1.2 Inteligência Interna 
Inteligência interna está mais voltada para segurança do Estado e de suas instituições e também da sociedade.
A Escola Superior de Guerra[footnoteRef:4] define esse tipo de atvidade de inteligência como aquela que visa à obtenção de conhecimentos relativos ao próprio país, bem como de antagonismos reais ou potenciais e pressões existentes, com a finalidade de orientar o planejamento e o acompanhamentoda Política Nacional. [4: ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA., 1976. Manual Básico, Rio de Janeiro, pág. 504.] 
A diferença entre inteligência interna e externa é o ambiente onde uma e outra atuam para cumprirem suas missões. Aquela é voltada para o ambiente interno, enquato que esta desenvolve suas atividades no ambiente externo.
Sendo assim, a função da inteligência interna é basicamente dispor de informações internas para assesorar o alto escalão do governo em suas decisões.
1.2 Previsão no Ordenamento Jurídico
Nos termos do art. 144, da Constituição Federal do Brasil[footnoteRef:5], segurança pública é um dever do Estado, in verbis: [5: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. [viewed 1st June 2019]. Available from: www.planalto.gov.br] 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Extrai-se, do artigo supra, que segurança pública visa a preservação da incolumidade da pessoa e do patrimônio, e para isso, necessário se faz a existência de um serviço de inteligência constante, para que vigie, previna condutas delituosas.
Bulos[footnoteRef:6] afirma que segurança pública não é apenas uma questão de polícia. [6: BULOS, Uadi Lammêgo., 2008. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, pág 1188.] 
Já a defesa nacional, à garantia dos poderes constitucionais é realizada pelas Forças Armadas, nos termos do art. 144[footnoteRef:7] da CF/88. [7: Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.] 
No que tange, a atividade de inteligência, propriamente dita, a Constituição Federal de 1988 é silente. Em que pese estar intimamente ligada aos orgãos de defesa do Estado, bem como sua assessoria na prevenção de ameaças e dos, eventuais, problemas de segurança, não há previsão constitucional para o seviço de inteligência.
Assevera Gonçalves que “enquanto as Forças Armadas e as autoridades de segurança pública são expressamente referidas na Carta de 1988, nenhuma menção é feita aos serviços secretos e muito menos ao papel da atividade de inteligência para a defesa do Estado e da sociedade.”[footnoteRef:8] [8: GONÇALVES, Joanisval Brito. Conhecimento e poder: A atividade de inteligência e a Constituição brasileira. [viewed 1st June 2019]. Available from: www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tiposde-estudos/outras-publicacoes/volume-III-constituicao-de-1988- o-brasil-20-anos-depois.aconsolidacaodas-instituicoes/segura ncapublicaedefesanacionalconhecimetoepoderaatividade-deinteligencia-e-a-constituicao-brasileira.] 
As atividades de inteligência estão insculpidas dentro de diversas instituições, seja nas Forças Armadas ou dentro da própria polícia.
Porém, face a relevância e importância da atividade de inteligência, no que concerne ao assessoramento para decisões estratégicas ou planejamentos operacionais, bem como a lesão que pode ser causada por conta de ações mal conduziadas, não pode o serviço de inteligência ter suas funções diluídas em orgãos diferentes sem um amparo jurídico.
1.3 ABIN
Em 1999, a Lei n° 9883 instituiu o Sistema Brasileiro de Inteligência, que por sua vez, criou a Agência Brasileira de Inteligência, que nasceu com o objetivo de amparar decisões afetas a defesa nacional, relações entre Estados e de segurança pública.
Art. 1º Fica instituído o Sistema Brasileiro de Inteligência, que integra as ações de planejamento e execução das atividades de inteligência do País, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional.[footnoteRef:9] [9: BRASIL. Lei 9.833 de 7 de dezembro de 1999. [viewed 1st June 2019]. Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9883.htm] 
Art. 3º Fica criada a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, órgão da Presidência da República, que, na posição de órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, terá a seu cargo planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do País, obedecidas à política e às diretrizes superiormente traçadas nos termos desta Lei.
Missão
Antecipar fatos e situações que possam impactar a segurança da sociedade e do Estado brasileiros, de modo a assessorar o mais alto nível decisório do País, bem como salvaguardar conhecimentos sensíveis e aprimorar a Atividade de Inteligência de Estado.[footnoteRef:10] [10: ABIN. Missão e Visão. [viewed 1st June 2019]. Available from: http://www.abin.gov.br/institucional/missao-e-visao/] 
A intenção do legislador ao criar a ABIN foi no sentido de dar suporte direto ao Presidente da República na tomada de decisões.
A referida lei trouxe a definição da atividade de inteligência e contra-inteligência nos parágrafos 2° e 3° do art. 1°, in verbis:
§ 2o Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.
§ 3o Entende-se como contra-inteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa.
Com isso, a atividade de inteligência fica ligada aos valores mais centrais do país - dignidade da pessoa humana – sendo uma atividade de Estado, prezando pelo princípio da impessoalidade.
Ocupando uma posição central, a ABIN executa suas atividades de forma sigilosa, porém, com observância dos direitos e garantias individuais, conforme previsão contida no parágrafo único do art. 3° da lei 9883/99.
Parágrafo único. As atividades de inteligência serão desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extensão e ao uso de técnicas e meios sigilosos, com irrestrita observância dos direitos e garantias individuais, fidelidade às instituições e aos princípios éticos que regem os interesses e a segurança do Estado.
A atividade de inteligência está fundamentada na preservação da soberania nacional, na defesa do Estado Democrático e no princípio da dignidade da pessoa humana. O referido serviço de inteligência é revestido pelo mantodo sigilo na execução de suas missões, com observância irrestrita das garantias e direitos individuais. Entretanto, estamos falando de colidência de princípios, em que pese haja a proteção dos direitos e garantias individuais, existirão momentos que a atividade de inteligência adentrará dentros desses princípios buscando proteger o interesse da coletividade.
2. CONTROLE LEGISLATIVO
O objetivo da atividade de inteligência, é obter, analisar e disseminar informações que podem influenciar decisões e ações governamentais.
Esses verbos – obter, analisar e disseminar – estão baseados nos limites dos direitos e garantias individuais, na fidelidade às instituições e a ética inerente aos interesses do Estado.
Entretando, conforme dito anteriormente, em algum momento existirá a colidência entre os principios norteadores das garantias e direitos fundamentais e a efetiva atuação do serviço de inteligência, configurando-se assim, um paradoxo do controle de inteligência.
Born[footnoteRef:11] sugere alguns procedimentos para assegurar o controle democrático sem anular a efetividade das atividades de inteligência. [11: BORN, Hans e LEIGH, Ian. 2005., Making Intelligence Accountable: Legal Standards and Best Practice for Oversight of Intelligence Agencies. University of Durnham.] 
· Estrutura legal – as leis que regulam o serviço de inteligência deveriam descriminar o alcance de suas atividades e operações, com efetiva supervisão;
· Relatório de atividades – relatórios públicos deveriam ser enviados ao parlamento, bem como os sigilosos para o orgão fiscalizador;
· Descentralização das atividades – separar as atividades de inteligência exterior e interior.
O autor faz uma ressalva quanto a esses itens, tendo em vista que são genéricos, e com isso podem não ser aplicadas a todos as nações, por conta das características internas de cada país.
Neste sentido, afirma Gonçalves[footnoteRef:12]: [12: GONÇALVES, Joanisval Brito. Conhecimento e poder: A atividade de inteligência e a Constituição brasileira. [viewed 1st June 2019]. Available from: www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tiposde-estudos/outras-publicacoes/volume-III-constituicao-de-1988- o-brasil-20-anos-depois.aconsolidacaodas-instituicoes/segura ncapublicaedefesanacionalconhecimetoepoderaatividade-deinteligencia-e-a-constituicao-brasileira.] 
O controle da atividade de inteligência é feito de diversas maneiras e em diferentes níveis. O primeiro mecanismo de controle é uma legislação que estabeleça claramente o mandato do serviço secreto, sua missão, prerrogativas, obrigações e limites. Não deve haver dúvida na legislação sobre até onde pode ir aatividade de inteligência, ao mesmo tempo em que as punições à violação de conduta e aos desvios têm que estar evidenciadas na lei.
No Brasil a Lei 9883/99, especificamente em seu art. 5°[footnoteRef:13], estabelece a ABIN como competente para executar a Política Nacional de Inteligência, porém, sob a supervisão da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo (CREDEN). [13: Art. 5o A execução da Política Nacional de Inteligência, fixada pelo Presidente da República, será levada a efeito pela ABIN, sob a supervisão da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo.] 
A outro giro, o art. 6°[footnoteRef:14] do mesmo diploma legal assevera que o controle e fiscalização externa será exercido pelo Poder Legislativo. [14: Art. 6o O controle e fiscalização externos da atividade de inteligência serão exercidos pelo Poder Legislativo na forma a ser estabelecida em ato do Congresso Nacional.] 
Resumindo, a atividade de inteligência pauta-se na defesa do Estado de direito, com limites aos direitos e garantias individuais, sendo supervisionado pelo CREDEN e com controle externo do Poder Legislativo federal.
Nessa toada, em 2001 intala-se a Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência com o objetivo de controlar e fiscalizar a atividade de inteligência.
Art. 2º A atividade da CCAI tem por principal objetivo, entre outros definidos nesta Resolução, a fiscalização e o controle externos das atividades de inteligência e contrainteligência e de outras a elas relacionadas, desenvolvidas no Brasil ou no exterior por órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta ou indireta, especialmente pelos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), a fim de assegurar que tais atividades sejam realizadas em conformidade com a Constituição Federal e com as normas constantes do ordenamento jurídico nacional, em defesa dos direitos e garantias individuais e do Estado e da sociedade. [footnoteRef:15] [15: BRASIL. Legislação Informatizada - RESOLUÇÃO Nº 2, DE 2013-CN. [viewed 1st June 2019]. Available from: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/rescon/2013/resolucao-2-22-novembro-2013-777449-publicacaooriginal-141944-pl.html] 
A referida comissão é formada por membros do Poder Legislativo federal (líderes da maioria e da minoria), presidentes das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara e do Senado (CREDEN), juntamente com mais 6 parlamentares. 
Dentre as competência dessa comissão estão a de receber e apurar denúncias sobre enventuais violações dos direitos e garantias individuais, em razão de atividades de inteligência e contra-inteligência. Essas denúncias poderão ser apresentadas por qualquer cidadão.
Buscando assegurar o controle de forma efetiva, a Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência (CCAI) possui garantia para acessar arquivos, ou até mesmo intalações, não importando o grau de sigilo.
Resolução nº 2, de 2013-CN
Art. 2°
[...]
§ 4º Para o bom cumprimento de suas funções, a CCAI terá acesso a arquivos, áreas e instalações dos órgãos do SISBIN, independentemente do seu grau de sigilo.
Contatando-se ilícitos civis ou penais, o CCAI encaminhará o procedimento para o Ministério Público Federal, titular da ação de responsabilidade civil ou criminal, na forma do art. 21 da Resolução n° 2, de 2013-CN.[footnoteRef:16] [16: Art. 21. Tendo a CCAI apurado, em processo sigiloso, a prática de ilícitos civis ou penais por parte de pessoas ou órgãos responsáveis pela execução de atividades de inteligência, contrainteligência ou de salvaguarda de informações sigilosas, seja pela análise dos relatórios parcial e geral, seja pela apuração de denúncias de violação de direitos e garantias fundamentais, suas conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público competente, conforme o caso, para que este promova a ação de responsabilidade civil ou criminal dos infratores] 
Um fator que dificulta esse controle legislativo é o desconhecimento dos parlamentares e assessores das peculiaridades da atividade.[footnoteRef:17] [17: GONÇALVES, Robson José de Macedo. 2010., A inteligência e o Poder Legislativo. [viewed 2 June 2019]. Available from:http://www.senado.gov.br/senado/seseg/doc/ArtigoRobson1.pdf] 
Segundo Bruneau[footnoteRef:18], o motivo do desconhecimento é o desiteresse dos parlamentares, tendo em vista que fazer parte da comissão traz poucos ganhos políticos. [18: BRUNEAU, Thomas. 2000., Intelligence and Democratization: The Chalenge of Control in New Democracies. The Center for Civil-Military Relations – Naval Postgraduate School. California, pág. 23] 
O Poder Executivo, na maioria das vezes, é o responsável por executar as atividades de inteligência, cabendo ao Poder Legislativo a função fiscalizadora e controladora. Sendo assim, necessário se faz que exista uma regulamentação sobre a atividade, criem-se mecanismos legais para balizar e esclarecer o funcionamento do serviço de inteligência.
3. INTELIGÊNCIA GOVERNAMENTAL: CONFLITOS E DESAFIOS (ESPIONAGEM)
Em que pese a internet ter proporcionado à população com um todo uma sensação de liberdade de comunição, despertou, também, o interesse estatal em investimento em tecnologias de vigilância.
Para Greenwald[footnoteRef:19], a internet é capaz de libertar milhões de pessoas, graças a democratização do discurso político e ao nivelamento entre indivíduoscom diferentes graus de poder. [19: GREENWALD, Glenn. 2014., Sem lugar para se esconder; tradução de Fernanda Abreu. Rio de Janeiro: Sextante, pág 81.] 
No ano de 2013[footnoteRef:20], em junho, sendo mais específico, o jornal britânico The Guardin revelou ao mundo detalhes dos programas norte americanos de vigilância, que eram capazes de invadir a privacidade dos cidadãos de qualquer lugar do mundo – caso Edward Snowden. [20: MACASKILL, Ewen; ACKERMAN, Spencer. 2006., NSA collecting phone records of millions of Verizon customers daily . [viewed 2 June 2019]. Available from: https://www.theguardian.com/world/2013/jun/06/nsa-phone-records-verizon-court-order] 
A partir deste momento, as pessoas se deram conta da verdadeira capacidade da atividade de inteligência, no âmbito da espionagem, descobrindo-se que diversos países foram vítimas da vigilância do Estados Unidos.
Diversos países possuem programas similares, Inglaterra, Israel, França, Rússia, dentre outros, e para Berg[footnoteRef:21], abriu-se uma caixa de Pandora, e não se tem notícia dos males causados por isso, tenham voltado para dentro dela. [21: BERG, Julian. 2013., Nsa e o monitoramento dos Eua, parte 6: como isso me afeta? In: Jornal GGN. [viewed 2 June 2019]. Available from: Disponível em: http://jornalggn.com.br/blog/jluizberg/nsa-e-omonitoramento-dos-eua-parte-6-como-isso-me-afeta>] 
Percebe-se com isso, que foram feitos muitos investimentos na atividade de inteligência e de vigilância em especial, justificando tais medidas como necessárias ao combate ao terrorismo e da violência. Esses investimentos acabam gerando uma apliação ao poder governamental, tendo em vista que lhe fornecem um maior controle.
Além do maior controle estatal, há, também, uma maior flexibilização dos direitos e garantias fundamentais em favor da segurança pública.
3.1. Segurança pública e o direito fundamental à privacidade.
A atividade de inteligência sofreu forte influencia do avanço tecnológico da internet, aumentando, desta feita, sua capacidade de vigilância sobre todos mas, por outro lado, esse avanço causou enorme preocupação, principalmente no que se refere à proteção dos direitos fundamentais, em especial o direito à privacidade.
Surge-se então a controvérsia do direito à privacidade com a segurança pública.
Castro[footnoteRef:22] exemplifica essa controvérsia dizendo que a existência de direitos fundamentais sem a segurança pública causará, inevitalvelmente, a anarquia, enquanto que a segurança pública sem os direitos fundamentais conduzirá à construção de Estados totalitários. Deve-se então buscar o equilibrio. [22: CASTRO, Catarina Sarmento. 2003., O direito à autodeterminação informativa e os novos desafios gerados pelo direito à liberdade e à segurança no pós 11 de setembro. [viewed 2 June 2019]. Available from: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/5544-5536-1- PB.pdf ] 
O serviço de vigilância é extremamente importante para os governos, pois facilitam a aplicação da lei, a fiscalização e a manutenção da segurança. Mas até que ponto o governo pode justificar a vigilância invadindo direitos funtamentais, sob a ótica da segurança pública?
Difícil encontrar uma resposta, tendo em vista a polêmica que cerca o tema.
Por Alexy[footnoteRef:23], racionalmente, utiliza-se a teoria da ponderação, tendo em vista que há uma colidência de pricípios, e com isso, deve-se analisar o caso concreto e verificar qual o princípio que deve ser utilizado, porém, não deixando de analisar as consequencias da não aplicabilidade do princípio deixado de lado. [23: ALEXY, Robert. 2008., Teoria dos Direitos Fundamentais; tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, pág. 95.] 
O “conflito” deve, ao contrário, ser resolvido “por meios e um sopesamento entre os interesses conflitantes”. O objetivo desse sopesamento é definir qual dos tem maior peso no caso concreto: “Se esse sopesamento levar à conclusão de que os interesses do acusado, que se opõem à intervenção, têm, no caso concreto, um peso sensivelmente maior que os interesses em que se baseia a ação estatal, então, a intervenção estatal viola o princípio da proporcionalidade e, com isso, o direito fundamental do acusado
Neste sentido, tomando como referência as revelações do jornal britânico The Guardian, no caso Snowden, para Piovesan[footnoteRef:24], as políticas adotadas pelo governo norte americando em segurança pública, representam riscos sem precedentes a liberdade e garatias fundamentais de todos os cidadãos do mundo – “A escusa de combater o chamado “império do mal” tem propagado, sobretudo, o “mal do império”. [24: PIOVESAN, Flávia. 2006., Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. In: Caderno de Direito Constitucional. Porto Alegre, pág 24.] 
3.2. Limites e soluções 
Imperioso se faz, que o Direito acompanhe os avaços da sociedade, em especial os direitos fundamentais, bem como os avanços tecnológicos que ocorrem quase que diariamente. 
A outro giro, é importante que haja uma discussão sobre as hipóteses jurídicas e suas consequencias sobre a coleta, em larga escala, de dados, tendo em vista que nos dias atuais, informação é poder.
Nesse sentido, muito bem acentuada a analogia feita por Assange[footnoteRef:25] quando diz que o “pretróelo orienta a geopolítica global e é sinônimo de poder, o mesmo acontece com os cabos de fibra óptica que transmitem dados de milhões de inocentes e representam a grande alavanca no jogo geopolítico.” [25: ASSANGE, Julian. 2013., Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet; tradução de Cristina Yamagami. São Paulo: Boitempo, pág. 20] 
De fato, a vigilância trás enormes benesses ao estado, seja nos tempos de guerra, seja nos tempos de paz, mas o que não pode acontecer é o engradecimento desse serviço ao ponto de criar um Estado totalitário.
Nesta toada, interessantíssima lição nos ensina Viana[footnoteRef:26], ao analisar o quadro abaixo: [26: VIANNA, Túlio., 2006., Transparência pública, opacidade privada: o Direito como instrumento de limitação do poder na sociedade de controle. Tese (Doutorado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, pág. 164] 
Quadro 1 – cenários hipoteticos[footnoteRef:27] [27: VIANNA, Túlio., 2006., Transparência pública, opacidade privada: o Direito como instrumento de limitação do poder na sociedade de controle. Tese (Doutorado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, pág 146] 
Em sua análise, hoje vivemos de acordo com o 3° cenário, ou seja, o cidadão é vigiado, porém, o cidadão muito pouco vigia, sendo o 1° cenário, aquele considerado como o ideal, tendo em vista que para atingir esse cenário, é necessário uma maior valorização do direito à privacidade e a transparência na coleta de dados.
No âmbito jurídico, talvez a maior dificuldade seja a regulamentação da proteção de dados, em que pese haverem muitos países que possuem legislações próprias e específicas de privacidade e proteção de dados.
Neste sentido, o Brasil e a Alemanha apresentaram, junto a Assembléia Geral da ONU, um projeto de resolução[footnoteRef:28] nesse seguimento. [28: BRASIL. Nota 376 de 01 de novembro de 2013. [viewed 2 June 2019]. Available from: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/3424-brasil-e-alemanha-apresentam-a-onu-projeto-de-resolucao-sobre-o-direito-a-privacidade-na-era-digital] 
PP8. Enfatizando que a vigilância ilegal das comunicações, sua interceptação, bem como a coleta ilegal de dados pessoais constituem atos altamente intrusivos que violam o direito à privacidade e à liberdade de expressão e que podem ameaçar os fundamentos de uma sociedade democrática,
PP9. Observando que, embora preocupações com a segurança pública possam justificar a coleta e a proteção de certas informações confidenciais, os Estados devem assegurar o pleno cumprimento de suas obrigações no âmbito do direito internacional dos direitos humanos,
PP10. Profundamente preocupada com violações e abusos dos direitos humanos que podem resultarde qualquer vigilância, inclusive extraterritorial, das comunicações, sua interceptação, bem como da coleta de dados pessoais, em particular da vigilância, interceptação e coleta de dados em massa,
Na vanguarda, os países supracitados buscam enriquecer os debates sobre o tema, buscando alternativas para resguardar os direitos individuais de sua prole.
Em todo o contexto, o que se faz fundamental, é o diálogo entre as partes, organismos nacionais e internacionais, bem como uma harmonização entre os diplomas legais das nações, de modo que haja uma cooperação internacional entre os atores.
CONCLUSÃO
Inteligência governamental possui em sua essência a finalidade de assessorar a elaboração, o planejamento e por fim, acompanhar as políticas públicas, internas e externas. 
Os Estados democráticos encontram barreiras de estruturação em seus orgãos, seja na dificuldade de transparência, seja na de eficiência.
No Brasil, em 1999 foi criada a Agência Brasileira de Inteligência, através da lei n° 9.833. ABIN nasce com missões grandiosas e importantes, entretanto, não foram criadas normas reguladoras para as rotinas de funcionamento e controle interno.
Analisou-se, de forma geral, a difculdade enfrentada para elaborar uma legislação especifica para proteger os dados individuais no Brasil.
Diante do problema proposto no trabalho, que foi até que ponto o serviço de inteligência poderia invadir princípios e direitos fundamentais indivíduais para executar suas atividades com eficiência, percebeu-se, então, que com a justificativa de segurança, o Estado, através do avançp tecnológico, vigia e coleta dados em massa, acarretando com isso certa diminuição do direito à privacidade.
A relativização desse direito tão importante toma contornos ainda maiores quando observados sob a ótica coletiva, ou seja, não apenas um indíviduo tem o direito suprimido, mas toda a coletividade.
Percebeu-se, ainda, que a atividade de inteligência, em especial a vigilância, da forma como ocorre nos dias de hoje, favorece casos de abuso de poder. Com isso, extrai-se a obrigadoriedade de estudos jurídicos mais fundos sobre o tema, com o fito de criar uma ferramenta especial capaz de harmonizar os princípios e direitos tutelados, da segurança pública e da privacidade.
Proposta que pareceu mais razóavel, foi a ponderação de princípios sugerida por Alexy, que objetiva a analise do caso concreto, buscando à solução mais adequada. 
Em devaneios sobre a atividade de inteligência no futuro, destacou-se a possibilidade de utilizar a própria tecnologia para uma possível vigilância dos cidadãos sobre seus governos, de forma a garantir uma maior transparência e responsabilização sobre eventuais abusos de poder.
Conclui-se, dessa forma, que o direito à privacidade está em risco, face ao sistema de vigilância governamental. Nesse sentido, o perigo o mau uso das tecnologias do serviço de inteligência atrelado a pressão do opnião pública, são ferramentas fundamentais para estimular a criação de mecanismos regulatórios e limitadores do poder de vigilância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIN. Missão e Visão. [viewed 1st June 2019]. Available from: http://www.abin.gov.br/institucional/missao-e-visao/
ALEXY, Robert. 2008., Teoria dos Direitos Fundamentais; tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros.
ASSANGE, Julian. 2013., Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet; tradução de Cristina Yamagami. São Paulo: Boitempo.
BERG, Julian. 2013., Nsa e o monitoramento dos Eua, parte 6: como isso me afeta? In: Jornal GGN. [viewed 2 June 2019]. Available from: Disponível em: http://jornalggn.com.br/blog/jluizberg/nsa-e-omonitoramento-dos-eua-parte-6-como-isso-me-afeta>
BORN, Hans e LEIGH, Ian. 2005., Making Intelligence Accountable: Legal Standards and Best Practice for Oversight of Intelligence Agencies. University of Durnham.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. [viewed 1st June 2019]. Available from: www.planalto.gov.br
BRASIL. Legislação Informatizada - RESOLUÇÃO Nº 2, DE 2013-CN. [viewed 1st June 2019]. Available from: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/rescon/2013/resolucao-2-22-novembro-2013-777449-publicacaooriginal-141944-pl.html
BRASIL. Lei 9.833 de 7 de dezembro de 1999. [viewed 1st June 2019]. Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9883.htm
BRASIL. Nota 376 de 01 de novembro de 2013. [viewed 2 June 2019]. Available from: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/3424-brasil-e-alemanha-apresentam-a-onu-projeto-de-resolucao-sobre-o-direito-a-privacidade-na-era-digital
BRUNEAU, Thomas. 2000., Intelligence and Democratization: The Chalenge of Control in New Democracies. The Center for Civil-Military Relations – Naval Postgraduate School. California.
BULOS, Uadi Lammêgo., 2008. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva.
CASTRO, Catarina Sarmento. 2003., O direito à autodeterminação informativa e os novos desafios gerados pelo direito à liberdade e à segurança no pós 11 de setembro. [viewed 2 June 2019]. Available from: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/5544-5536-1- PB.pdf 
ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA., 1976. Manual Básico, Rio de Janeiro.
GONÇALVES, Joanisval Brito. Conhecimento e poder: A atividade de inteligência e a Constituição brasileira. [viewed 1st June 2019]. Available from: www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tiposde-estudos/outras-publicacoes/volume-III-constituicao-de-1988- o-brasil-20-anos-depois.aconsolidacaodas-instituicoes/segura ncapublicaedefesanacionalconhecimetoepoderaatividade-deinteligencia-e-a-constituicao-brasileira.
GONÇALVES, Joanisval Brito., 2008. Sed quis custodiet ipso custodes? O controle da atividade de inteligência em regimes democráticos: os casos de Brasil e Canadá. Curos de Pós Graduação, Instituto de Realções Internacionais, Universidade de Brasília [viewed 1st June 2019]. Available from: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/99431/Tese%20-%20Vers%C3%A3o%20Final%20Completa.pdf?sequence=1
GONÇALVES, Robson José de Macedo. 2010., A inteligência e o Poder Legislativo. [viewed 2 June 2019]. Available from:http://www.senado.gov.br/senado/seseg/doc/ArtigoRobson1.pdf.
GREENWALD, Glenn. 2014., Sem lugar para se esconder; tradução de Fernanda Abreu. Rio de Janeiro: Sextante.
MACASKILL, Ewen; ACKERMAN, Spencer. 2006., NSA collecting phone records of millions of Verizon customers daily . [viewed 2 June 2019]. Available from: https://www.theguardian.com/world/2013/jun/06/nsa-phone-records-verizon-court-order
PIOVESAN, Flávia. 2006., Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. In: Caderno de Direito Constitucional. Porto Alegre.
PLATT, Washington., 1974. Produção de Informações Estratégicas. Rio de Janeiro: Agir.
VIANNA, Túlio., 2006., Transparência pública, opacidade privada: o Direito como instrumento de limitação do poder na sociedade de controle. Tese (Doutorado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Paraná. Curitiba.
2
2