Prévia do material em texto
Resumo farmacologia ★ Anticonvulsivantes Características da convulsão Características tônico-clônica - Falha na sinalização inibitória do GABA → provoca abertura do receptor → entra Cl → hiperpolariza - se o GABA falha o neurônio fica hiperativo e músculo se torna rígido e pode fascicular (espasmos) - Oscilações entre a sinalização inibitória do GABA e estimulação dos receptores AMPA e NMDA pelo glutamato → o glutamato estimula, ele compete com o gaba que é inibitório e causa uma desordem que é manifestada na musculatura Convulsão generalizada - primária → tem início no tálamo e a sincronização prossegue para os 2 hemisférios e migra para região cortical - Secundária → tem origem em um foco no córtex e ocorre sincronização para o tálamo e depois para os 2 hemisférios e para o córtex ❉ Crise de ausência → exemplo de convulsão generalizada primária Vigília: propagação de impulsos entre neurônios do tálamo e córtex → é constante a propagação de impulsos Sono: Neurônios do tálamo hiperpolarizam, havendo trânsito discreto de cálcio pelos canais do tipo T. → para perder o contato com o meio e reduzir a atividade do neurônio. O GABA se liga no Neurônio talâmico → entra Cl → hiperpolariza → + eletronegativo → o canal voltagem dependente chamado canal de cálcio tipo T se abre → entra Ca+ → para que a hiperpolarização não seja são intensa → mecanismo de compensação, para que a carga não fique tão eletronegativa Na crise de ausência a pessoa tem um defeito nesse canal e ele abre durante a vigília → entra mais Ca+ → despolariza + → hiperexcitação do neurônio A) Fármacos que aumentam a inibição mediada pelos canais de Na+ Fenitoína e carbamazepina Se o canal fica inativo mais tempo → retarda a ocorrência de uma despolarização → acalma a cel. O fármaco se liga no canal de sódio e faz ele ficar inativo por mais tempo → lentifica a ocorrência de uma despolarização B) Fármacos que inibem os canais de Cálcio HVA Gabapentina atua nos canais terminais de cálcio e atua no canal HVA canal voltagem dependente na terminação do neurônio → ela se liga e ele fica mais tempo fechado → isso faz com que entre menos cálcio → libera menos NT → menor propagação de impulsos B) Fármacos que inibem os canais de Cálcio Tipo T Esse canal fica em neurônios do tálamo na crise o canal fica aberto na vigília → neurônios ficam hiperexcitados ac. valpróico e etossuximida se ligam nesse canal e bloqueia → nao entra mais cálcio no neurônio durante a vigília C)Fármacos que aumentam a inibição mediada pelo GABA Benzodiazepinicos → diazepam, clonazepam Na membrana do neurônio tem o receptor GABA-A, normalmente quem ativa ele é o GABA → ele se liga no sítio ativo e ele abre canal para Cl- e o neurônio hiperpolariza. Na convulsão o GABA falha → ele não hiperpolariza os neurônios O benzo atua em um sítio que não é o sítio ativo, e ele modula a região do receptor, uma modulação alostérica para que o GABA se conecte melhor → ele sensibiliza o receptor → aumenta a afinidade do GABA para o receptor D-)Fármacos que inibem os receptores de glutamato Receptor do glutamato É o NT mais abundante do cérebro → é liberado no córtex: excita neurônio e é responsável pela memorização 2 receptores → Glutamato se liga neles: - AMPA → abre canal de sódio → despolarização → interfere na estabilidade do 2 receptor → - NMDA → canal é ocluído pelo íon Mg+ → pelo AMPA entra Na e a cel fica mais + eletropositivo → o Mg que também é + é tirado do receptor NMDA (repelido) → abre canal para entrada de Ca+ → despolarização é potencializada ★ Transtornos de ansiedade Sintomas nucleares (centrais) dos Transtornos de ANSIEDADE Ansiedade exagerada e preocupação excessiva por pelo menos 6 meses Transtornos de Ansiedade: ▪ Fobia Específica; → provocada pela exposição a um objeto ou situação específicos e temidos ▪ Transtorno de Ansiedade Social (TAS); → provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ▪ Transtorno de Pânico; ▪ Agorafobia; ▪ Transtorno Ansiedade Generalizada (TAG); Agorafobia → geralmente desencadeada em multidões Ataque de Pânico → crise de ansiedade com pensamentos catastróficos, sensação de morte, sufocação → SNA Transtorno de pânico (TP) com ou sem agorafobia → ataques de pânico inesperados recorrentes Sintomas de ansiedade (e medo) associados a regiões cerebrais e circuitos que os regulam: Circuito centrado na amígdala → medo Circuito corticoestriadotalamocortical (CETC)→ preocupação Medo: O processamento do medo é feito pelo circuito centrada da amígdala, e o medo pela hiperexcitação da amígdala Preocupação: Alça CETC → círculo → se um ta ativo e ativa o outro → hiperexcitação Tratamentos para os transtornos de ansiedade são feitos por agonistas de receptores 5-HT1A (receptores de serotonina) e por benzodiazepínicos (agem no receptor do GABA) ★ Ansiolíticos e sedativos hipnóticos Fármacos usados para tratar transtornos de ansiedade: Benzodiazepínicos e Buspirona ❉ BENZODIAZEPÍNICOS (BDZs): moduladores alostéricos positivos (PAM) CLONAZEPAM, DIAZEPAM, MIDAZOLAM, CLORDIAZEPAM, FLURAZEPAM - O receptor GABA-A consiste em uma montagem de diferentes subunidades (α, β, γ). - α1 são responsáveis pelos efeitos sedativo-hipnótico, anticonvulsivante e amnésico dos BDZs, - α2 e/ou α3 são responsáveis pelos efeitos ansiolítico e relaxante muscular. Canal iônico do GABA, para ser sensível aos benzo tem que ter Subunidade alfa e gama. São proteínas que se juntam para formar um canal, onde passam íons cloreto Zolpidem → PAM → modulador alostérico positivo (não é benzo) → ele só se liga em alfa 1 → não tem efeito nenhum ansiolítico só hipnótico Diazepam, flunitrazepam e midazolam → são hipnóticos e ansiolíticos Os benzo só atuam em GABA-A →ele tem 2 alfa, 2 beta e 1 gama e o benzo se liga na junção entre alfa e gama, em um sítio alostérico que não é no sítio do gaba. O GABA se liga no GABA-A → abre canal → entra íons Cl- → hiperpolariza se o GABA está ligado e o benzo se liga → aumenta a frequência de abertura de canal → abre mais vezes → entra mais íons Cl- → a cel fica mais hiperpolarizada O benzo potencializa o GABA → MENOS CHANCE DE PASSAR IMPULSOS Antagonistas de benzodiazepínicos (reverte a superdosagem de BDZ) Flumazenil → se liga no sítio alostérico do benzo → é um antagonista competitivo, ele desloca o benzo e se liga no lugar dele, e o BDZ para de modular a abertura desse canal Na amígdala: Alça CETC que quando tá super excitada - causa exagero de preocupação - quando toma o benzo ele vai potencializar a inibição pós-sináptica que o GABA já faria diminuindo a excitação, deixa mais inibido → cessa o medo No córtex pré frontal: Age no córtex pré-frontal c/ vários interneurônios gabaérgico. Se está inibido ele para de superexcitar o estriado → que para se superexcitar o GABA - diminuindo a atividade da alça → não excita mais córtex pré - frontal Principais efeitos farmacológicos dos BZDs e suas implicações clínicas Efeito Implicação clínica Atenuação do comportamento defensivo Alívio da ansiedade Anticonflito Alívio da ansiedade Desinibição comportamental Alívio da ansiedade. Efeitos colaterais de descontrole (hostilidade, excitação paradoxal) Sedativo-hipnótico Tratamento da insônia, efeito colateral de sonolência Potencialização de depressores do SNC Uso como pré-anestésico; risco do uso combinado com bebidas alcoólicas e barbitúricos Déficit psicomotor Efeitos colaterais de incoordenação Relaxamento parcial da musculatura esquelética Tratamento de espasmos musculares Anticonvulsivante Tratamento de alguns tipos de epilepsia Amnésia anterógrada Efeito colateral de perda da memória ❉ AGONISTAS PARCIAIS DE RECEPTORES 5-HT1A (Buspirona) 5-HT1A Receptor pré sináptico e pós sináptico O receptor pré sináptico é um autoreceptor → auto regula a liberação de serotonina → inibe o fluxo de impulsos e para de liberar serotonina Ela causa alterações estruturais no neurônio (neuroplasticidade): Com o tempo, o neurônio internaliza esses receptores para tentar parar o estímulo → dessensibilização → diminui a inibiçãoda liberação de serotonina → mais serotonina na fenda sináptica Então a buspirona começa a agir como pós sináptico → age da mesma maneira: internalização de receptores → isso leva a uma regulação das quantidades de impulsos gerados, haja vista que a concentração de serotonina na fenda sináptica está em alta; ❉ Insônia Excesso de ativação tanto a noite como durante o dia Transitória (alterar turnos de trabalho ou jet lag), curto período de tempo (doença ou estresse emocional), ou crônica (ansiedade, depressão, uso abusivo de fármacos, dor, prurido ou dispneia) FÁRMACOS HIPNÓTICOS: tratamento dos distúrbios do sono Hipnóticos benzodiazepínicos de curta duração de ação (p. ex., lorazepam, 12-16 h / temazepam, 4-20 h) e efeito mais longo (flurazepam, 2-6 dias) Anti-histamínicos sedativos (p. ex., prometazina) → o antagonista se liga no lugar da histamina no H1, como ela não se liga mais ela nao tem mais o efeito de se manter acordado → efeito sedativo