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PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 1 HISTÓRICO ❖ 2000 AC – registros de ataques convulsivos ❖ Aproximadamente 400 C – Hipócrates – monografia sobre epilepsia ❖ “a doença sagrada”- desmistificou a causa sobrenatural as epilepsia e sua cura mágica ❖ Epolambanein (grego) – convulsionar PERSONALIDADES ACOMETIDAS ❖ Alexandre o Grande, Julius Cesar, Buddha, Napoleão, Handel, Van Gogh, Dante, Sócrates, Tchaikovsky, Alfred Nobel DEFINIÇÃO CONVULSÃO ❖ Evento paroxístico devido a descargas anormais, excessivas e hipersincrônicas de um agregado de neurônios do SNC ❖ Incidência de pelo menos um episódio na vida: 5 a 10% ❖ Pode acontecer pontualmente por estresse, elevação de temperatura, trauma, AVC EPILEPSIA ❖ Convulsões recorrentes devido a uma causa crônica ❖ Incidência de 0,3 a 0,5% ❖ Prevalência em 5 a 10 pessoas por 1000 CAUSAS DAS CONVULSÕES ❖ O sistema nervoso precisa se manter em equilíbrio, mas existem alguns fatores que perturbam esse equilíbrio e desencadeiam fatores que precipitam com que atinjamos o limiar de ativação de forma excessiva e desordenada, afetando uma grande quantidade de neurônios de forma espontânea, ❖ Fatores epileptogênicos: ✓ Traumatismo craniano (TCE) ✓ AVC ✓ Infecções ✓ Tumores ❖ Fatores desencadeantes ou precipitantes: ✓ Estresse psicológico e físico (febre) ✓ Privação do sono ✓ Alterações hormonais ✓ Substâncias tóxicas ✓ Fármacos ❖ Fatores predisponentes endógenos ✓ Genética: História familiar de epilepsia ✓ Maturação do SNC: desenvolvimento neurológico anormal CAUSAS SEGUNDO A IDADE NEONATOS ❖ Hipóxia e isquemia perinatais ❖ Traumatismo craniano e hemorragias ❖ Infecção aguda do SNC ❖ Distúrbios metabólicos ❖ Abstinência e fármacos ❖ Distúrbio do desenvolvimento e genéticos LACTENTES E CRIANÇAS ❖ Convulsões febris ❖ Distúrbios genéticos ❖ Infecção do SNC ❖ Distúrbio do desenvolvimento ❖ Traumatismo ❖ Idiopática ADOLESCENTES ❖ Traumatismo ❖ Distúrbios genéticos ❖ Infecção ❖ Tumor cerebral ❖ Drogas ilícitas idiopáticas ADULTOS JOVENS ❖ Traumatismo PH ANTICONVULSIVANTES FARMACOLOGIA PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 2 ❖ Abstinência de álcool ❖ Drogas ilícitas ❖ Tumor cerebral ❖ Idiopáticas ADULTOS DE MAIS IDADE E IDOSOS ❖ Doenças cerebrovasculares ❖ Tumor cerebral ❖ Abstinência de álcool ❖ Distúrbios metabólicos ❖ Doença de Alzheimer e outras doenças degenerativas do SNC ❖ Idiopáticas FISIOPATOLOGIA ❖ Crise convulsiva: Ocorre devido a excitação excessiva de neurônio, causando a despolarização das membranas e consequente liberação de neurotransmissores predominantemente excitatórios. ❖ O neurotransmissor excitatório que mais está presente no evento convulsivo é o glutamato. ❖ O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório liberado em uma crise epiléptica – causa excitotoxicidade, o que a longo prazo causa lesão neuronal Obs: a nível de cozinha temos o glutamato monossódico, presente em alimentos como sazon. Pessoas, principalmente crianças, com crise convulsiva tem contraindicação de comer alimentos contendo glutamato monossódico. ❖ O glutamato é o responsável pelo novo sabor culinário; já tínhamos o doce, o amargo e o salgado. E ele criou o umami. CLASSIFICAÇÃO DAS CONVULSÕES CLASSIFICAÇÃO DA ORIGEM CRISES PARCIAIS PARCIAIS SIMPLES ❖ Sem alteração da consciência; ❖ Sintomas: 1. Motores 2. Sensoriais 3. Autônomos 4. Psíquicos ❖ Depende do foco; do local que aconteceu a excitação ❖ Exemplo1: Região do cérebro que comanda os movimentos: o indivíduo apresenta movimentos clônicos, involuntários, sendo em um lobo a alteração acontece no lobo contralateral. ❖ Exemplo 2: Quando a excitação é na região sensorial o indivíduo está tendo uma crise convulsiva focal na região sensorial do SNC e apresenta como evento a parestesia. ❖ Manifestações autonômicas: ✓ Rubor ✓ Sudorese ✓ Piloereção ❖ Manifestações psíquicas ✓ Medo ✓ Dissociação ✓ Despersonalização ✓ Déja vu ✓ Ilusões PARCIAIS COMPLEXAS ❖ Atividade convulsiva focal ❖ Comprometimento da consciência mesmo que transitório ✓ Interação com o ambiente Excitação excessiva Despolarzação das membranas Liberação de neurotrans missores crise epiléptica Generalizada Se inicia e envolve rapidamente ambos hemisférios Focal Origem em redes limitadas a um hemisfério Desconhecida Espasmos epilépticos outras PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 3 ✓ Resposta a estímulos verbais e visuais ✓ Memória de percepção SECUNDARIAMENTE GENERALIZADAS CRISES GENERALIZADAS ❖ Origem em ambos os hemisférios ❖ Sem qualquer início focal detectável AUSÊNCIA (PEQUENO MAL) ❖ Típica: ✓ Infância e adolescentes; ✓ Lapsos súbitos e breves da consciência ✓ Pode ocorrer várias vezes ao dia ✓ Pode ser imperceptível à criança e aos pais ✓ Baixo rendimento escolar ✓ Remissão espontânea na adolescência em 60 a 70% ✓ Respondem bem a anticonvulsivantes ✓ Não há alterações neurológicas ❖ Atípica: ✓ Perda da consciência mais demorada ✓ Início e fim menos bruscos ✓ Automatismos mais evidentes ✓ Associado às alterações neurológicas ✓ Respondem menos à anticonvulsivantes ❖ Existem alguns neurônios no tálamo que são essenciais na fisiopatologia da crise de ausência. ❖ Fármacos que tem preferência por agir em neurônios talâmicos são a primeira escolha para crises convulsivas de ausência, isso porque acabam sendo essenciais na fisiopatologia da crise. TÔNICO CLÔNICAS (GRANDE MAL) ❖ O paciente altera entre movimentos tônicos e movimentos clônicos ❖ Manifestações clássicas ❖ Principal convulsão em 10% dos epilépticos ❖ Comum em distúrbios metabólicos ❖ NA FASE TÔNICA → O paciente sofre uma depolarização, saindo de -60 para -20, atingindo limiar de ação dos neurônios e durante toda a fase tônica os neurônios se mantêm despolarizados. Vemos que os canais de sódio (AMPA) estão ativos durante toda a fase tônica. Os canais de cloreto (GABA A) estão fechados. Os canais de cálcio (NMDA) aumentam e se mantem ativos durante toda a fase tônica. Ao canais de cálcio G se mantêm ativos durante toda a fase tônica, mas não são tão importantes, já que esses também estão ativos na fase clônica. ❖ NA FASE CLÔNICA → Ocorre alteração entre extensão e flexão. Os neurônios do paciente alternam entre a fase de repouso, um neurônio mais baixo e um amis alto excitatório. O papel de canais de sódio (AMPA) nessa modificação se alterna, no momento que o potencial de membrana esta baixo, o canal de sódio está com atividade menor, quando o potencial de membrana esta alto o canal de sódio está altamente ativo. O canal de cloreto (GABA A) funciona de forma contraria ao canal de sódio, quando a atividade dele esta alta a voltagem diminui, quando a atividade dele esta baixa a voltagem sobe. Os canais de cálcio (NMDA) basicamente não estão Tônus Contração muscular generalizada Clônus Movimentos repetitivos de extensão e flexão PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 4 ativados nessa fase e os canais de cálcio G se mantém na sua atividade normal. ❖ COM BASE NA INFLUÊNCIA DESSES CANAIS QUAIS SERMA AS ESTATÉGIAS FARMACOLOGIAS PARA UM ANTICONVULSIVANTES? Fármaco que bloqueasse canal de cálcio (MNDA) e sódio (AMPA), porque diminui a despolarização e torna os neurônios menos excitáveis. Estimular canais de cloreto (GABA A) facilitando a entrada de cloreto na célula, como ele tem carga negativa a sua entrada dificulta a despolarização do neurônio. Antagonista dos glutamatos. TÔNICAS MIOCLÔNICAS ATÔNICAS CRISES NÃO-CLASSIFICADAS CONVULSÕES NEONATAIS ESPASMOS DO LACTENTEANTICONVULSIVANTES ❖ Clássicos Barbitúricos Hidantoínas Oxazolidinodionas Succinimidas ❖ Outros Benzodiazepínicos Dibenzazepinas Ác. Valpróico e derivados Derivados GABA Triazínicos MECANISMO DE AÇÃO POTENCIALIZAÇÃO DA NEUROTRANSMISSÃO GABAÉRGICA ❖ Ativação de receptores GABA A ❖ FORMA 1 DE POTENCIALIZAÇÃO GABAERGICA: Medicamentos como benzodiazepínicos e barbitúricos conseguem provocar a abertura direta do canal e aumentar a sua sensibilidade pelo gaba (estimula interação entre gaba e receptor gaba/canal de cloreto). Os benzodiazepínicos atuam também estimulando o transportados a ficar aberto mais tempo e aumenta a sensibilidade do receptor ao gaba endógeno. ❖ FORMA 2 DE POTENCIALIZAÇÃO GABAERGICA: A Tiagabia age bloqueando GAT-1, uma isoforma de transportador de recaptação da GABA. Com isso o GABA fica mais tempo na fenda sináptica e maior a probabilidade de ele interagir com receptores GABA-A e consequentemente aumentar o influxo de coreto no neurônio. ❖ ESTRATÉGIA 3 DE POTENCIALIZAÇÃO GABAERGICA: o valproato e a vigabatrina inibem algumas enzimas como a GABA aminotransferase e a semialdeído succinico desidrogenase, e com isso inibem a degradação do neurotransmissor GABA, aumentando a quantidade de GABA no neurônio pré-sináptico, com isso mais gaba será invesiculado e com isso, mais gaba será liberado na fenda ocorrendo a potencialização gabaergica. A ocorrência de eventos convulsivos, muito provavelmente, não se dá por falta de receptores 1 2 3 PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 5 BLOQUEIO DE CANAIS IÔNICOS (NA + E CA2+) ❖ Canais de sódio ✓ Atua ou inibindo canais de sódio ou inibindo canais de cálcio. Para que isso aconteça o fármaco se liga ao canal iônico, provoca uma alteração conformacional nesse canal e ele dificulta a entrada do íon. ❖ O ácido Valpróico age tanto na liberação do GABA, nos canais de sódio e nos canais de cálcio. ❖ Canais de cálcio ✓ A etosuximida é um bloqueador de canal de cálcio que tem afinidade pelo canal de cálcio do tipo T.* ANTAGONISMO DE NEUROTRANSMISSORES EXCITATÓRIOS (GLUTAMATO) ❖ Inibição de receptores de glutamato ❖ Inibe a atividade do glutamato nos seus respectivos receptores que tem influência na despolarização, como: NMDA (canal de cálcio ativado por glutamato), AMPA (canal de sódio ativado por glutamato) e CAINATO (canal de sódio ativado por glutamato), todos eles inotrópicos. O glutamato também se liga a um receptor metabotrópico (proteína g), mas que nada tem a ver na fisiopatologia da convulsão. ❖ Sempre temos a passagem de sódio e cálcio (de vermelho)nos receptores, mas o receptor sempre é especialista em um íon (deixa passar mais), por exemplo o MNDA é especialista em deixar passar cálcio. ❖ Qual a diferença entre anticonvulsivantes que são bloqueadores (Ex do canal de cálcio) e anticonvulsivantes que são antagonistas do glutamato (Ex MNDA)? ✓ Quando falarmos que o fármaco inibe a ação do glutamato em receptores de MNDA ele é um antagonista, se liga no sítio do canal MNDA onde o glutamato se ligaria, “competindo” pelo sítio, antagonizando a ligação. ✓ Se ele é um bloqueador do canal de cálcio o fármaco vai se ligar em outro local do canal, mudar a sua conformação e essa mudança vai impedir que o cálcio passe, independente da ligação do glutamato ou não. Canal de cálcio porque por ele passa cálcio, mas quem se liga a ele é o MNDA. MEDICAMENTOS BARBITÚRICOS ❖ São empregados no controle da maioria das formas de epilepsia, principalmente nas crises tônico clônicas generalizadas e nas crises focais PRESTENÇÃO NESSA PORRA: Os anticonvulsivantes são conhecidos por serem importantes indutores enzimáticos; o que significa que quando formos tratar o paciente com algum deles devemos lembrar de perguntar quais outros medicamentos e investigar possível interação entre o fenobarbital e o outro medicamento em questão. Quando usamos um fármaco que PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 6 induz o metabolismo de outro, reduzimos a eficácia desse outro fármaco já que ele passa a ser metabolizado mais rapidamente e passa a ser eliminado ainda mais rapidamente do nosso organismo. ❖ Apresentam a propriedade de induzir enzimas microssômicas hepática e consequentemente aceleram biotransformação de vários fármacos ❖ Fármacos da classe: ✓ Fenobarbital ✓ Metilfenobarbital ✓ Metarbital ✓ Primidona FENOBARBITAL (CADERNAL) ❖ Liga-se ao receptor GABA e prolonga a abertura dos canais de Cl-. ✓ Facilita o trabalho do neurotransmissor endógeno e causa, por um mecanismo secundário, um bloqueio das respostas excitatórias induzidas pelo glutamato. ❖ Bloqueia as respostas excitatórias induzidas pelo glutamato (AMPA- canais de sódio- e CAINATO-canais de sódio e cálcio-) Um dos possíveis efeitos adversos dos anticonvulsivantes, principalmente aqueles que atuam sobre os receptores gaba é provocar sonolência ❖ O gardenal não é so usado como anticonvulsivantes, mas como um sedativo, uma vez que ele potencializa a resposta inibitória gabaergica. ❖ Potente indutor enzimático. SUCCINIMIDAS ETOSSUXIMIDA ❖ 2-etil-2-metilsuccinimida ❖ Mais efetivo e menos tóxico para crises de ausência (1° escolha) ❖ Exerce importantes efeitos sobre as correntes de Ca++ reduzindo a corrente de baixo limiar (tipo T). ❖ Tem preferencia as ligar a canais de cálcio tipo T (existentes no tálamo) OXAZOLIDINODIONAS TRIMETADIONA ❖ Usada nas crises de ausência ❖ Indicação para pacientes que não respondem ou não podem tolerar a Succinimidas ou o ácido Valpróico ❖ O metabolito ativo, dimetadiona tem o mesmo efeito da etossuximida sobre as correntes talâmicas de Ca+. ❖ É um pró-fármaco que será transformado em dimetadiona, metabólico ativo. DERIVADOS DO GABA VIGABATRINA ❖ Inibe a GABA T (GABAaminotransferase) responsável pela degradação do GABA. ❖ Parece aumentar a liberação de GABA nos locais sinápticos, aumentando assim os efeitos inibitórios. ❖ Quando degrada o gaba aumenta a sua liberação aumentando os efeitos inibitórios por ele provocados. TIAGABINA ❖ Inibidor da captação do gaba tanto nos neurônios quanto na glia ❖ Inibe preferencialmente a isoforma 1 do transportador (GAT-1) mas não o GAT-2 ou GAT-3 ❖ Aumenta os níveis extracelulares de GABA no prosencéfalo e no hipocampo HIDANTOÍNAS FENITOINA ❖ 5,5-difenil-2,4-imidazolidinediona ❖ Anticonvulsivante, antiarrítmico, antineurálgico, miorrelaxante esquelético e inibidor da secreção/síntese de colagenase. ❖ Usado nas crises tônicoclônicas generalizadas, parciais complexas e parciais simples ❖ Pode ser administrado em associação com ácido Valpróico, carbamazepina, fenobarbital ou Primidona ❖ Efeito colateral grave: hiperplasia gengival (inibidor da secreção e síntese de colagenase) ❖ Potente indutor enzimático. ❖ POR QUE UM FÁRMACO POTENCIALIZADOR DO GABA PODE SER ANALGÉSICO? ✓ Existem receptores gaba que participam da modulação da via ascendente de modulação da dor. Existem receptores PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 7 gaba no neurônio pré-sináptico e no pós- sináptico. ✓ Assim como os opioides o gaba também participa da via de condução da dor. ❖ A gabapentina é mais usada como analgésico do que a fenitoina para dores neuropáticas de difícil tratamento e difícil controle. ❖ Segundo a diretriz a primeira opção é sempre tentar a monoterapia com apenas um fármaco. DIBENZAZEPINAS CARBAMAZEPINA (TEGRETOL) ❖ Anticonvulsivante, antipsicótico, antineurálgico e antidiurético. ❖ Isolado ou em associação com outros anticonvulsivantes ❖ Crises parciais, especialmente as complexas, tônicoclônicas generalizadas (primeira escolha) ❖ Potenteindutor enzimático. ❖ Apesar de ter efeito antidiurético não é usado para tal. FENITOINA E CARBAMAZEPINA ❖ Inibe os canais de sódio (dependentes de voltagem, não são os NMDA), retardando a recuperação dos canais de Na+ operados por corrente. ❖ Deprime a transmissão sináptica no sistema de ativação reticular, tálamo e estruturas límbicas. TRIAZÍNICOS LAMOTRIGINA ❖ Derivado diclorofenílico da triazina ,5-diamina ❖ Tratamento de crises parciais e crises tônicoclônicas generalizadas não controladas com outros fármacos ❖ Primeira opções para idosos; ❖ Para adultos é indicado quando não há controle nas demais opções ❖ Produz bloqueio do disparo repetitivo dos canais de sódio ❖ Parece reduzir a transmissão excitatória glutamatérgica (parece ter efeito antagonista glutamatérgico) ❖ Ações sobre canais de Ca++ ativados por voltagem ❖ Por que em idoso há preferência de começar o tratamento com lamotrigina e não com carbamazepinicos e fenitoina, por exemplo? ✓ Isso acontece por causa da indução enzimática ✓ Pacientes idosos geralmente são polifarmácia, usam muitos medicamentos, e a chance de interação é muito maior. ÁCIDO VALPRÓICO ❖ Reduz a frequência de vários tipos de crises epilépticas, porém é mais eficaz em crises generalizadas do que nas parciais. ❖ Indicado nas crises de ausência, fotossensíveis e tônicoclônicas generalizadas. ❖ Epilepsia mioclônica juvenil. ❖ O valproato bloqueia descargas repetitivas e sustentadas de alta frequência resultantes das correntes de sódio (dependentes de voltagem) ❖ Bloqueio dos receptores de NMDA ❖ O valproato facilita a síntese de GABA estimulando a GAD (enzima que sintetiza a GABA) ✓ Aumenta a produção e GABA ❖ Em alta concentração, o valproato inibe GABA-T no cérebro, bloqueando a degradação de GABA. ✓ Inibe uma enzima que degrada o GABA. GABAPENTINA ❖ 1-aminometil-ciclohexanoacético ❖ Análogo do gaba ❖ Uso em paciente com epilepsia parcial e em pacientes com crise tônico – clônicas ❖ Atua como modulador da dor no neurônio pré e pós-sináptico no corno dorsal da medula espinhal. ❖ Eleva os níveis de GABA, alterando a síntese ou revertendo o transportador de GABA. ❖ Inibe canais de Ca2+ ativados por correntes de alta voltagem ✓ No neurônio pós-sináptico o canal de cloreto está aberto pela gabapentina e entre cloreto, assim o canal de cálcio voltagem dependente é excitado mais dificilmente, de forma indireta a gabapentina acaba inibindo canais de cálcio dependentes de voltagem. ❖ Alterar o metabolismo do GABA, sua liberação não- sináptica ou sua recaptação por transportadores de gaba PRISCILA HIPÓLITO SILVA REIS | PÁGINA 8 ✓ Acaba recaptando menos gaba pois ah gabapentina na fenda TOPIRAMATO ❖ É um monossacarídeo substituído, estruturalmente diferente de todos os outros anticonvulsivantes ❖ Crise tônico - clônicas generalizadas ❖ Bloqueia o disparo repetitivo dos canais de sódio ❖ Potencializa o efeito inibitório do GABA ❖ Antagoniza os receptores AMPA e CAINATO, bloqueando assim os efeitos do glutamato ❖ Evidências de inibição do bloqueio de correntes de cálcio tipo L ❖
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