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FACULDADE BRASILEIRA MULTIVIX CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA BÁRBARA LIMA SANTOS SILVA BEATRIZ RIGHETTE CAPICHE EDUARDO RAMOS DOS SANTOS PRINCIPAIS ERROS E SEU CONTROLE DE QUALIDADE NA FASE PRÉ-ANALÍTICA DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS SÃO MATEUS – ES 2019 2 1. INTRODUÇÃO O laboratório de análises clínicas exerce um papel fundamental na promoção da saúde, pois auxilia nas decisões diagnósticas e terapêuticas, por meio da emissão do laudo. O laudo laboratorial é um documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validados e autorizados pelo responsável técnico. De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP, 2013): “Os exames laboratoriais têm por objetivos fornecer resultados apurados e precisos de vários parâmetros normais ou patológicos. Fornecendo informações e indicadores úteis para estabelecer diagnósticos, avaliar a gravidade das patologias existentes, gerar informações sobre o estágio da doença, indícios de tratamento mais adequado, avaliar a eficácia do tratamento utilizado e caracterizar populações.” O laboratório desempenha um papel importante por isso deve sempre atender os padrões de qualidade e está atento para identificar as formas para eliminar as causas de resultados insatisfatórios. Os laboratórios de análises clínicas são fundamentados em um processo dinâmico que se inicia na coleta da amostra diagnóstica obtida adequadamente para fins de diagnóstico laboratorial, e termina com a emissão de um laudo. Para ser compreendido, o processo pode ser dividido em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica consiste na preparação do paciente, coleta, manipulação e armazenamento do espécime diagnóstico, antes da determinação analítica. Ou seja, engloba todas as atividades que precedem o ensaio laboratorial, dentro ou fora do laboratório de análises clínicas. A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, através do controle da qualidade interno na amplitude normal e patológica, e se encerra, quando a determinação analítica gera um resultado. E a fase pós-analítica, por sua vez, inicia-se após a geração do resultado analítico, quantitativo e/ou qualitativo, sendo finalizada, após a entrega do laudo conforme legislação vigente. A garantia da qualidade de todas as fases pode ser conseguida por meio da padronização de cada uma das atividades envolvidas de todo o processo, desde o atendimento ao paciente até a liberação do laudo. Com isso, pode-se alcançar a qualidade que se almeja e, com a gestão da qualidade, garanti-la. Entretanto, para que as inovações e melhorias sejam eficazes, torna-se imprescindível o controle desses processos, que deve ser capaz de identificar possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já aconteceram, são essenciais estabelecer processos rigorosos de controle, além do treinamento e orientação da equipe para alcançar resultados precisos. 3 1.1 JUSTIFICATIVA O intuito da realização dessa pesquisa se justifica pela busca constante da qualidade de um laboratório, em especial na etapa pré-analítica e demonstrar a importância do profissional da área bem como apresentar os principais erros na fase pré-analítica, apresentar estratégias criadas para reduzir e eliminar problemas que interferem na qualidade de um laboratório, incluindo fatores externos e internos, buscando sempre apresentar a importância de garantir aos profissionais e pacientes um atendimento seguro e eficiente, fornecendo laudos com resultados confiáveis e rápidos. Visto que a maior parte dos erros atribuídos ao laboratório se concentra nessa etapa. É necessário buscar sempre melhorias para uma ótima qualidade sendo que constitui uma ferramenta indispensável na conquista da credibilidade, estabilidade e destaque no mercado de trabalho. Pra isso, deve procurar oferecer, cada vez mais, os melhores serviços ou produtos para os clientes. O exame laboratorial é um processo complexo, pois envolve uma série de passos, desde a solicitação do exame até a liberação do laudo. Estima-se que cerca de 70% dos diagnósticos são realizados com base nos testes de laboratório, e os resultados são responsáveis por 60% a 70% na decisão médica em relação ao estado de saúde do paciente (GUIMARÃES, 2011, p.66). Vale ressaltar que as falhas no diagnóstico podem comprometer significativamente a segurança do paciente em condições clínicas graves e aqueles em situações clínicas normais também, porque é com base nessa informação científica e tecnológica que muitas decisões são tomadas e qualquer informação errada pode causar um impacto muito grande ou até causar um constrangimento ao paciente caso for preciso fazer uma nova coleta por causa de uma falta de atenção que poderia ser evitado. O elemento mais sensível na produção de erros na fase pré-analítica diz respeito à atividade humana, em que múltiplos indivíduos interagem no processamento do espécime diagnóstico. 4 1.2 OBJETIVO GERAL Compreender como ocorrem os principais erros e a importância do controle de qualidade na fase pré-analítica em laboratórios de Análises Clínicas. 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever as principais falhas na etapa pré-analítica Regularizar a metodologia da qualidade no laboratório de análise clínica. Apontar possíveis atividades e estratégias implementadas do controle da qualidade, para assegurar que o produto final seja satisfatório. 5 2 METODOLOGIA A metodologia adotada é a de pesquisa bibliográfica e a realização de uma revisão de literatura enfocando a importância da qualidade e seus erros na etapa pré- analítica de um laboratório de análises clínicas. Segundo o vice-presidente da SBPC/ML, Ismar Venâncio Barbosa, 2011 citou: “O erro humano não pode ser totalmente excluído, mas os de procedimentos pré-analíticos podem e devem ser evitados”. De caráter exploratório para reconhecimento dos artigos científicos de interesse para a pesquisa. Com base nas pesquisas, podemos dizer que o profissional deve ser habilitado na área de análises clínicas, conhecido também como patologia clínica, ter treinamento adequado para gerenciar todos os setores de um laboratório, como bioquímica, toxicologia, hematologia, imunologia e microbiologia. A patologia clínica também pode envolver a manutenção de sistemas de informação e controle de qualidade. 6 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 QUALIDADE NO LABORATÓRIO DE ANÁLISE CLÍNICA A demanda por laboratórios de análises clínicas vem aumentando exponencialmente no Brasil, representando uma importante fonte econômica no mercado brasileiro (SOUZA, 2010). Entre os exames mais comuns realizados no laboratório de análise clínica, incluem: hemograma completo, uréia, glicose, colesterol total, creatinina, triglicerídeos, ácido úrico, parasitológico, imunologia, hemostasia, antibiograma e cultura bacteriológica, com a finalidade de fornecer informações relevantes para o diagnóstico dos pacientes, auxiliando os profissionais de saúde a realizar um tratamento mais eficaz, adequado e rápido (BARBOZA, 2011). Qualidade vista como conceito, conhece-se há séculos. No entanto, só recentemente ela surgiu como função da gerencia. Hoje, imprescindível e objeto de regulamentações, mostrando a crescente conscientização da sociedade, que impõe demandas e exerce pressões complementares (BERLITZ, 2010). O objetivo principal do controle de qualidade é garantir que todo prestador de serviços ofereça sempre a mesma qualidade a todos os clientes. O controle da qualidade inclui a supervisão e monitoramentos cotidianos para confirmar que as atividades estejam sendo realizadas como planejado e que o pessoal de atendimento esteja seguindoas diretrizes. A qualidade é verificada a partir de controles internos, que testam o funcionamento dos processos e validade dos testes realizados, e de controle externos, que comparam os resultados fornecidos por diversos laboratórios. O Controle de Qualidade deve contar com uma equipe de profissionais especializados, que dispõe de equipamentos e procedimentos necessários para garantir a qualidade efetiva do produto, bem como da matéria prima utilizada. De acordo com Chaves (2010) um cliente quando procura um prestador de serviço espera que a sua necessidade seja atendida, Então, é de suma importância que os laboratórios ofereçam seus serviços que superem as expectativas de seus clientes. Ainda para Chaves (2010) qualidade deve ser definida com base no cliente. Realmente o que motiva o cliente a utilizar um determinado serviço de análises clínicas é o fato dele atender as suas necessidades, satisfazendo também suas preferências, conveniências e gostos. Então, é importante que os laboratórios 7 ofereçam serviços que superem as expectativas de seus clientes, não atendendo apenas as sua necessidades, mas indo além delas (CARPINETTI, 2012). Em face disto, é de extrema importância a realização do controle de qualidade nos laboratórios clínicos, visto que aumenta a segurança, credibilidade, favorece a obtenção de dados corretos e confiáveis, evita erros e repetições de trabalho, facilita a rastreabilidade dos dados e ainda facilita a organização e a comunicação dos dados, garantindo à população, segurança, eficácia e qualidade das análises laboratoriais (SANTOS 2010). Os laboratórios clínicos realizam diversos testes e análises clínicas, com a finalidade de fornecer informações relevantes para o diagnóstico dos pacientes, auxiliando os profissionais da área de saúde a realizar um tratamento mais eficaz, rápido e acurado. Desta forma, a qualidade dos resultados fornecidos pelo laboratório tem fundamental importância, visto que uma informação errada pode gerar um diagnóstico contrário à realidade e, consequentemente, um tratamento inadequado (MORITA, 2010). A qualidade deve engloba todas as atividades relacionadas com os processos pré- analíticos, analíticos e pós-analíticos. Portanto, o seu objetivo é assegurar que o produto final de suas atividades seja adequado às necessidades e satisfação do cliente. E para garantir a qualidade a todas essas atividades e assegurar um produto final fidedigno, uma empresa deve implantar um sistema da qualidade aliado a um processo de gestão da qualidade que possa dar sustentação a todas suas atividades. Um sistema de gestão da qualidade pode fornecer a estrutura para melhoria contínua da qualidade em um laboratório com o objetivo de ampliar a satisfação do cliente e de outras partes interessadas (MORITA, 2010). 3.2 PRINCIPAIS FALHAS DA ETAPA PRÉ-ANALÍTICA Para garantir que os materiais e amostras tenham a qualidade requerida, é imprescindível implementar metodologias mais rigorosas para detecção, classificação e redução desses erros tais como resultados incorretos, já que a maioria deles acontece por falta de padronização nos processos. A fase pré-analítica se inicia com a requisição do exame, seguindo com uma orientação ao usuário, obtenção da amostra biológica (coleta), acondicionamento, transporte até o laboratório de análise, triagem e digitação para que se possa executar o exame. A fase pré-analítica é a fase mais suscetível aos erros, isso 8 porque todos os processos que envolvem essa fase são realizados fora do laboratório clínico e estão diretamente ligadas a tarefas manuais (LOPES, 2011). Ela é uma das mais importantes na realização de um exame laboratorial. Caso ocorra erro, nesta fase, tudo o que se fizer daí em diante, estará comprometido, no que diz respeito ao resultado final. É aonde se encontra a maior frequência de erros, os maiores riscos à saúde dos profissionais e ainda é a fase que ocorre as mais elevadas taxas de erro humano. Esses problemas, geralmente, são oriundos da elevada rotatividade de pessoal, negligência, falta de entendimento sobre boas práticas em laboratório e treinamento ineficiente (GUIMARÃES, 2011). No entanto há declarações de que a fase pré-analítica é responsável por cerca de 70% de total de erros ocorridos em laboratórios clínicos, mesmo possuindo um controle de qualidade estabelecido. Além disso, algumas características próprias da fase pré - analítica aumentam, em muitos, o grau de complexidade e por consequência, a oportunidade de ocorrência de erros. A fase pré-analítica é responsável por indicações de exames, redação da solicitação, leituras e interpretação da solicitação, instruções de preparo do paciente, avaliações do atendimento às instruções previamente transmitidas e procedimentos de coletas, acondicionamento e preservação da amostra biológica até o momento da efetividade realização do exame. Desse modo os responsáveis encarregados pelo transporte do acondicionamento e preservação da amostra restam cuidados para integridade do material. De forma o médico solicitante e os seus auxiliares devem instruir ao paciente condições de preparo como jejum e interrupção de algum medicamentos. A grande maioria dos erros laboratoriais quando detectados, dentro ou fora do laboratório, irão gerar a rejeição da amostra e posterior recoleta da amostra biológica. Além de gerar dano direto ao paciente, esses erros trazem insatisfação, ansiedade, transtornos e insegurança ao médico e ao paciente. Para o laboratório clínico, os erros geram custos desnecessários, demora na liberação do laudo, trabalho dobrado e ainda o mais importante, a perda da credibilidade, da confiança e da segurança (SHCOLNIK, 2012). Lima-Oliveira (2009) sintetiza bem os problemas decorrentes dessa etapa: “Embora reconhecida como elemento de importância central, a fase pré- analítica carece de indicadores específicos dentro do sistema de gestão da qualidade nos laboratórios clínicos, fato que a torna vulnerável para o aparecimento e a proliferação de erros. Esta constatação, per se, caracteriza o lado obscuro dos problemas associados a qualidade laboratorial”. 9 A principal razão para a alta prevalência de erros nesta fase do processo está na dificuldade de controlar as variáveis pré-analíticas e de realizar melhoria nos processos, por isso é sempre esta atento no preparo do paciente e no momento da coleta para evitar os possíveis erros. 3.3 POSSÍVEIS ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS IMPLEMENTADAS NO CONTROLE DA QUALIDADE PARA ASSEGURAR QUE O PRODUTO FINAL SEJA SATISFATÓRIO O laboratório clínico deve estabelecer um sistema de controle da qualidade adequado ao tipo, à diversidade e ao volume de trabalho executado. Deve ser tudo documentado, e a documentação disponível para o uso da equipe. O manual da qualidade e a respectiva documentação da qualidade devem declarar a política do laboratório e os procedimentos operacionais estabelecidos para refazer os requisitos da qualidade (SHCOLNIK, 2012). A qualidade de um serviço é a capacidade deste em atender as necessidades e expectativas do cliente/paciente com segurança. É importante que todo laboratório clínico tenha como foco principal a melhoria contínua dos processos envolvidos na rotina laboratorial, e isso inclui proporcionar aos seus pacientes os melhores produtos ou serviços. Para se obter qualidade nos exames realizados e que o produto final seja satisfatório é preciso que se faça uma padronização de todo o processo que envolve desde a solicitação médica do exame até a liberação do laudo (ANVISA, 2006). Para isso, é necessário o compromisso de todos os profissionais de todas as áreas envolvidos nesse processo. A padronização dos processos pré-analíticos é difícil de monitorar e controlar porque grande parte dele pode ocorrer fora do laboratório (ANVISA, 2006). Nesse sentido, os laboratóriosrealizam importantes investimentos, treinamentos de pessoal, controle de qualidade etc. Obviamente, são todas estratégias de extrema importância, mas sem um adequado controle dos eventos que compõem a fase pré- analítica, corre-se o risco de que sejam produzidos resultados que não correspondam á realidade do paciente. A falta de indicadores de qualidade específicos desta fase a torna vulnerável ao aparecimento de falhas. Assim, é necessário que a fase pré-analítica apresente medidas que garantam a sua correta e segura execução, permitindo que as falhas 10 sejam detectadas e prontamente corrigidas. Porque um único erro pode comprometer gravemente a qualidade dos resultados obtidos. A melhoria contínua dos processos envolvidos deve representar o foco principal de qualquer laboratório. Para isso, procura-se oferecer, cada vez mais, os melhores produtos ou serviços para os clientes. Entretanto, para que as inovações e melhorias deem certo, torna-se imprescindível o controle desses processos, que deve ser capaz de identificar possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já aconteceram. Além disso, o laboratório deverá estar preparado para agir prontamente para evitar ou minimizar as consequências e a recorrência dessas falhas. Isso tudo acaba por se traduzir em um processo chamado garantia da qualidade. Em um laboratório de análises clínicas, a garantia da qualidade é alcançada tendo- se total e absoluto controle sobre todas as etapas do processo, o qual pode ser denominado de realizar exame, que compreende as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. A gestão da qualidade, por sua vez, abrange as ações utilizadas para produzir, dirigir e controlar essa qualidade, incluindo a determinação de uma política e de objetivos da qualidade, com o uso de indicadores e metas. A garantia da qualidade de todas as fases pode ser conseguida por meio da padronização de cada uma das atividades envolvidas, desde o atendimento ao paciente até a liberação do laudo. Com isso, pode-se alcançar a qualidade que se almeja e, com a gestão da qualidade, garanti-la. 11 4. RESULTADO E DISCUSSÃO Cada dia mais a tecnologia ganha espaços no mundo todo com novas técnicas, o resultado disso podemos dizer um pouco dos laboratórios de análises clínicas que tem como objetivo fornecer diagnósticos seguros e fundamentais. Então é ai que entra variabilidade das três fases no processo de coleta, que é dividida como a fase pré-analítica, analítica e pós- analítica. A pré-analítica: Consiste na preparação do paciente, coleta armazenamento do espécime diagnóstico; a fase analítica: O sistema analítico tem através de controle qualidade, na amplitude normal e patológica e a fase pós-analítica: inicia-se após gerações dos resultados qualitativo e qualitativas após a entrega dos laudos. É indispensável que todas as fases do atendimento ao paciente sejam desenvolvidas seguindo os elevados princípios de correção técnica considerando a existência e a importância de diversas variáveis que podem influenciar qualidade final do trabalho. Diversos fatores podem interferir na segurança e confiabilidade de resultados de exames, gerando desconforto para o paciente e afetando a credibilidade do laboratório. Segundo Carrero e Plebani (2007), foram realizados estudos para identificação dos erros mais frequentes em laboratórios, onde tem a taxa de porcentagem dos erros mostrados no gráfico abaixo: Fonte: adaptado de CARRERO e PLEBANI , 2007. De acordo com a pesquisa realizada observou-se variações nas porcentagens dos erros da fase pré-analítica, confirmando a complexidade dessa fase e seu alto índice 12 de erro. A maior parte ocorre na fase mais crítica, chamada fase pré-analítica, em que o monitoramento é muito mais difícil de controlar e monitorar esses interferentes, pois grande parte deles ocorre fora dos laboratórios. Incluem, nestas, variações fisiológicas relativas ao jejum, dieta, atividades físicas, estresse, uso de medicamentos e etc. Podem também englobar problemas de coleta de amostras, que incluem o tipo de material utilizado, as condições de manuseio e envio das amostras. O paciente deve ser orientado a despeito das condições necessárias para a realização do exame. Estabelecendo-se uma correta orientação aos clientes em relação ao tempo de jejum, dieta adequada, a não realização de atividades físicas no dia que antecede a coleta do material biológico, fase do ciclo menstrual, abstinência sexual, uso de medicamentos e muitas das vezes essa disponibilidade não acontece. É necessário adotar medidas de esclarecimento e orientação ao paciente, para minimizar a ocorrência de erros na fase pré-analítica. É importante também, a realização de treinamento e da capacitação dos profissionais envolvidos no processo de coleta de materiais biológicos, cadastro de pacientes e no transporte correto do material coletado. 13 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante desse trabalho, podemos concluir que na fase pré-analítica é onde ocorre o maior percentual de erros ocorridos nos laboratórios de análises clínicas. Este fato é decorrente da dificuldade de se controlar as variáveis da fase pré-analítica e promover uma padronização para minimizar a ocorrência de erros. Para que se obtenha precisão e exatidão apuradas dos exames laboratoriais é necessário a participação ativa do paciente com relação ao tempo de jejum e todo o preparo necessário para a realização dos exames laboratoriais além do profissional ter todo um preparo de atendimento e qualidade. Este é uma peça fundamental para a correta análise e uma decisão clínica correta. Na tentativa de minimizar os erros ocorridos na fase pré-analítica deve-se adotar medidas de esclarecimento e conscientização do paciente por parte dos colaboradores do laboratório. Medidas como orientações por escrito em relação ao tempo de jejum, dietas que antecedem ao exame, formas adequadas de assepsia para coleta de material biológico fora do laboratório, e seu transporte, tendem a diminuir a ocorrência de erros. O paciente tem que ser sensibilizado e orientado da sua importância na obtenção de resultados autênticos e seguros, pois um diagnóstico equivocado pode resultar em severos danos à sua saúde. Considerando tudo que o foi exposto nesse trabalho é importante reforçar que devemos ter em mente que os erros pré-analíticos sempre irão existir, porem eles podem ser minimizados com o apoio de estratégias de controle de qualidade. 14 6. REFERÊNCIAS 1. https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/13899/11507. Acesso em: 05/11/2019. 2. http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v45n6/a02v45n6.pdf. Acesso em: 05/11/2019. 3. https://bunzlsaude.com.br/blog/diagnostica/erros-pre-analiticos-que-tornam-a- coleta-de-sangue-inadequada/. Acesso em: 05/11/2019. 4. https://kasvi.com.br/principais-erros-fase-pre-analitica/. Acesso em: 06/11/2019. 5. http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320101011105633.pdf. Acesso em: 06/11/2019. 6. https://newslab.com.br/impacto-da-fase-pre-analitica-nos-exames-laboratoriais/. Acesso em: 07/11/2019.
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