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Agressão e Defesa do Sist. Urinário 1- Qual é a relação entre o estrogênio e a microbiota vaginal? Os lactobacilos que produzem ac. lactico e peroxido de hidrogenio mantem o ph da vagina ácido inibindo o crescimento de outras bacterias. Estrogênio (hormônio sexual) promove crescimento dos lactobacilos pelo aumento da produção de glicogênio pelas células do epitélio vaginal. Glicogênio é decomposto em glicose que os lactobacilos metabolizam o ácido lático. 2- Porque a gravidez e a menopausa frequentemente são associadas a altas taxas de infecções no trato urinário? Níveis de estrogênio mais baixos = resulta em populações menores de lactobacilos e consequentemente menor acidez vaginal favorecendo crescimento de bactérias oportunistas. Gravidez = o aumento da barriga diminui faz com que a bexiga nao se contrai direito pela distensão dos músculos, causando um refluxo de urina e retenção urinária favorecendo o crescimento de bactérias. 3 - Explique por que a E. coli frequentemente está implicada na cistite em mulheres. Liste alguns fatores predisponentes para a cistite. Infecção comum da bexiga em mulheres (8 vezes maior que em homens) Uretra feminina tem menos de 5 cm de comprimento e os microrganismos a atravessam fácil. Proximidade com o ânus Sintomas frequentes: disúria (dificuldade, dor e urgência para urinar) e piúria (pus na urina). INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) • Infecções na maioria das vezes são oportunistas • Maioria ocasionada por bactérias 75 a 90% Escherichia coli • Maioria ITU é causada por uma infecção ascendente e de fontes externas • Uretra ~ uretrite / Bexiga ~ cistite > ITU Inferior • Ureter ~ ureterite / Rins ~ pielonefrite > ITU Superior Patogênese da ITU ✦ Virulência: - Relacionado a capacidade de aderir às células epiteliais do trato urinário • E. coli apresenta pili ou fímbrias - Adesinas das fímbrias tipo 1 (FimH) ligam-se a receptores que expressam manose no sítio de ligação, colonizando o uroepitélio - As fímbrias tipo 2 ou P (PapG) são resistentes à manose, unindo-se a glicoesfingolipídeos no receptor que expressa galactose (Gala1-4Galß ), iniciando a cascata inflamatória - Mais de 90% da E. coli associada à pielonefrite expressa fímbria tipo P. ✦ Fatores do hospedeiro: Desequilíbrio entre a virulência do agente e os sistemas inatos de defesa do hospedeiro. A urina tem também inibidores da aderência bacteriana, entre os quais destacam-se a proteína de Tamm-Horsfall, que é uma glicoproteína uromucoide produzida pelas células tubulares da alça de Henle ascendente, e secretada na urina em altas concentrações (> 30 g/mL). Esta proteína inibe a aderência bacteriana por ser capaz de se ligar à fímbria tipo 1 impedindo-a interação com os receptores de uroplaquina. O epitélio urinário produz também peptídeos com ação antimicrobiana, como as defensinas, a catelicidina e as lactoferrinas. A presença da imunoglobulina do tipo IgA nos fluidos vaginais é também um fator protetor, já que esta imunoglobulina se liga às fímbrias tipo 1, inibindo a aderência da bactéria ao tecido uroepitelial. ✦ Resposta imune: → Receptores Gala1-4Galß e Toll-4, ativados pela bactéria, iniciam a cascata inflamatória → Liberação de citocinas e quimiocinas → IL-8 : Acúmulo de neutrófilos Ativação de complemento Produção de IgA Os peptídeos antimicrobianos, como defensinas e catelicidinas, protegem contra a invasão bacteriana ✦ Osmolaridade e pH: → Osmolaridade urinária > que 800 mOsmol/kg → PH: menor do que 5 ou maior do que 7 ✦ Colonização da uretra distal e região periuretral: - Bactérias microaerofílicas e anaeróbias (Staphylococcus epidermidis, lactobacilos, corinebactéria, estreptococo, Bacteroides sp.) - Constituem a defesa normal do hospedeiro ✦ Eliminação de bactérias: - Fluxo urinário; Esvaziamento vesical; Fatores de proteção Uroepitélio: - Glycocalyx - Muco - Proteínas manosiladas (Tamm-Horsfall) - Lesão de mucosa por trauma na relação sexual= contribuem para o desenvolvimento da infecção. Agressão e Defesa nas infeções do Sistema digestivo Relação sistemas digestivo e imune: -As bactérias moldam a resposta imune (lactente); E. Coli, anaerobias, estafilo -Equilíbrio TH1/TH2: TH1 - defesa do organismo no comprometimento intracelular TH2 - microorganismo extracelulares -A mucosa intestinal é desafiada continuamente pelos antígenos da microbiota intestinal e dos alimentos ingeridos; -80% do sistema imune está localizado no trato intestinal (intestino delgado); -Tecido linfoide associado ao intestino (GALT). - participa na imunidade inata pela produção de polimorfonucleados, toll like, NK, Ecoli: um dos principais constituinte dos sistema digestório. A bactéria anaeróbia facultativa predominante na mucosa intestinal dos mamíferos saudáveis, coexistindo sem causar danos ao hospedeiro Barreiras naturais... • Enzimas digestivas; PH gástrico; Bactérias da flora normal; Sais biliares; Muco Intoxicação alimentar estafilocócica • Uma das principais causas de gastroenterite; • Ingestão de enterotoxina produzida por S. aureus; • Mal competidor; • Resistência bastante alta ao calor E pressões osmóticas elevadas. • Demora de 1 a 6 horas. Fatores relevantes: • Ingestão de um produto/alimento contendo a enterotoxina estafilocócica; • Refrigeração inadequada; • Alimentos preparados com muita antecedência; • Cozimento ou processamento inadequado; • Alimentos mantidos sob aquecimento em temperaturas que favoreçam a multiplicação Quais os principais agentes etiológicos virais causadores de infecções no sistema gastrointestinal? - Rotavírus: (crianças até 5 anos - entotoxina: ↑ secreção de muco, altera a absorção de água), Adenovírus, Calicivirus, Astrovírus, sapporovírus, Coranavírus e parvovírus. Norovírus (+frequentes, + letais, + diarréia) Agentes virais: • Principais causas de gastroenterite em crianças <5 anos; • Infecta principalmente enterócitos; • Proteína não estrutural 4 – ativa o sistema nervoso entérico; • Reinfecções são comuns ao longo da vida; Menor gravidade • Imunoglobulina A específica do rotavírus; Agentes bacterianas - Shigella; - Clostridium difficile. - Salmonella; - Escherichia coli; - Campylobacter; Shigella • Bastonetes gram- -negativos anaeróbios facultativos do gênero Shigella; Quatro espécies patogênicas: S. sonnei; S. dysenteriae; S. flexneri; S. boydii • Disenteria bacilar; • Disseminação de pessoa a pessoa; - contato/alimento • Períodos de incubação mais longos (de 12 horas a 2 semanas); • Febre, diarreia, vômitos, dor abdominal; • Infecção sanguíena: não é para acontecer. Destruição dos enterócitos. Não causa infecção. • Toxina shiga: • O que é? Uma citotoxina, fator de virulência da Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um importante patógeno veiculado por alimentos, principalmente produtos derivados de carne bovina e está associado a quadros de diarréias leves a severas e sanguinolentas. • Qual a relação com a E. coli? Salmonella Invade corrente sanguínea e pode causar quadros de infecção generalizada Bastonetes gram-negativos anaeróbios facultativos do gênero Salmonella; • Vários sorotipos; • S. não tifoide: Gastroenterite por salmonella; • S. tifóide (typhi): Febre tifoide; • Alimentos contaminados (aves e ovos) • Períodos de incubação mais longos (de 12 a 36h); • Febre, diarreia, vômitos, dor abdominal; Sepse- como ocorre? Qualquer microorganismo pode causar sepse ou choque séptico (bactéria, vírus, fungos, protozoários), porém as bactérias são os agentes etiológicos mais comuns. A maioria dos casos de sepse são devido a bactérias Gram-negativas. Todas as bactérias Gram-negativas têm lipopolissacarideo (LPS) que é um poderoso indutor de resposta imune, que leva à uma vasodilatação sistêmica e possível morte por choque séptico. Essa bactéria possui alta infectividade, baixa patogenicidade e alta virulência. Qual a diferença clínica entre Febre tifóide e gastroenterite por salmonella? Não tifoide: causa principalmente gastrenterite, bacteriemia e infecção focal. Sintomas: diarreia, febre altacom prostração ou sintomas de infecção focal. O diagnóstico é feito por culturas de sangue, fezes, ou espécimes do local. O tratamento, é feito com ciprofloxacino, azitromicina ou ceftriaxona com cirurgia nos casos de abscessos, lesões vasculares e infecções ósseas e articulares. Febre tifoide: é uma doença sistêmica provocada pelo sorotipo Typhi de Salmonella (S. Typhi). Os sintomas são febre alta, prostração, dor abdominal e um rash cutâneo róseo. O diagnóstico é clínico e confirmado por cultura. O tratamento é feito com ceftriaxona, ciprofloxacino ou azitromicina. Gastroenterite por E. coli - E. coli enteropatogênica (EPEC): Principal causa de diarreia nos países em desenvolvimento; Potencialmente fatal em lactentes; Fixam à parede intestinal e eliminam as micro- vilosidades; Secretam várias proteínas efetoras,- diarreia. E. coli enteroinvasiva (EIEC); E. coli enteroagregativa (EAEC); E. coli enterohemorragica (EHEC): O principal fator de virulência- Toxina do tipo Shiga. → Quais as principais condições clínicas associadas à infecções por E. coli? Sepse, diarreia com sangue. Campylobacter - Bactérias gram-negativas, microaerófilas, curvadas em espiral; - C. jejuni - Principal causa de doenças transmissíveis por alimentos nos Estados Unidos; - Clinicamente, ela é caracterizada por febre, cólica abdominal e diarreia ou disenteria.; - Recuperação ocorre dentro de uma semana.; - Síndrome de Guillain-Barré. - posterior as infecções Clostridium difficili • O que é colite pseudomembranosa ? Ela destrói os enterócitos e as vilosidades causando um aspecto de membrana • Quais seus sintomas? diarreia, vômito, distensão abdominal Caso - Gastroenterite por ESTAFILOCOCOS 1- Como você espera encontrar o hemograma no paciente? Justifique. ● Rápida alteração da série branca ● Desvio a esquerda é a resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é a liberação da população de neutrófilos de reserva/ jovens. ● Aumento neutrófilos pois são os primeiros a serem recrutados 2- Quais a principal bactéria e suas toxinas são implicadas neste tipo de evento? Explique os mecanismos de ocorrências. Estafilococos aureus e as toxina são as enterotoxinas (A, B, C, D e E) que são toxinas protéicas pirogênicas, termoestáveis, responsáveis pela intoxicação alimentar, podendo provocar vômitos e diarréias. 3-Como se caracteriza a resposta imunológica no sistema gastrointestinal nas doenças causadas por enterobactérias? O GALT participa na imunidade inata pela produção de polimorfonucleados, toll like, NK, também apresenta células M, que cobrem as placas de Peyer e realizam o transporte de bactérias e antígenos do lúmen intestinal para o tecido linfoide. 4- Quais os principais agentes etiológicos bacterianos causadores de infeções no sistema gastrointestinal? Salmonella, Shigella, Campilobacter, E. Coli Infecções bacterianas do sistema tegumentar Pré teste A pele é o maior órgão do corpo humano e faz parte da nossa primeira linha de defesa contra agentes físicos, químicos e biológicos. São mecanismos de defesa da pele, exceto: Secreção de anticorpos do tipo IgM São bactérias gram positivas que podem causar lesões na pele, exceto: Pseudomonas aeruginosa São lesões superficiais da pele do tipo circunscritas ou focais, exceto: Erisipela https://bioma4me.com.br/imunologia-na-pele/ Streptococcus - As mais frequentes doenças são: infecções do trato respiratório, pele e tecidos moles, endocardites, sepse e meningites; - Família Streptococcaceae; - Cocos Gram-positivos, anaeróbios facultativos, não produtores de catalase e de citocromo-oxidase; - Streptococcus pyogenes são os mais importantes nas infecções de pele, podendo causar Fasceítes necrotizantes em horas. https://bioma4me.com.br/imunologia-na-pele/ Principais patógenos nas infecções de pele: • Cocos gram + Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Enterococcus( faecium e faecalis) • Bastonetes Gram - Pseudomonas aeruginosas, Haemophilus inflenzae, Enterobacterias, • Bacillus antrhracis • Anaróbios. Impetigo - Infecção superficial, na face e nos membros, - Caracterizada por vesículas cheias de pus com base eritematosa - Rompem-se em lesão seca e formam crostas; - Streptococcus e S. aureus são os agentes; - Tratamento com antibiótico tópico ou por VO Celulite (com ou sem Abscesso) - Infecção profunda que compromete derme, epiderme e tecido celular subcutâneo; - S. aureus e Streptococcus pyogenes; - Não há distinção entre a pele saudável e a afetada (diferença da erisipela); - Dor, hiperemia, edema e calor local; Casos graves= linfangite, linfonodomegalia regional, vesículas, bolhas e petéquias; Lesões extensas= febre e sinais de sepse. Erisipela - Lesões elevadas com clara diferenciação entre a área acometida e a pele normal; - Streptococcus pyogenes e S. aureus; - Casos mais graves= linfangite, linfonodomegalia regional, vesículas, bolhas e petéquias; - Lesão extensa= febre e sinais de sepse; - Erisipela de repetição→ linfedema crônico. Fatores predisponentes: Erisipela e Celulite - Obesidade; - Micose interdigital; - Insuficiência venosa e arterial; - Infecções cutâneas de repetição. - Trauma local; Foliculite - Picada de inseto, pelo encravado, lamina de barbear, acne são predisponentes - Streptococcus pyogenes; - Pode evoluir para furuncolose; Síndrome pele Escaldada - Epidermólise aguda causada pela toxina estafilocócica (esfoliatina- também denominada epidermolisina), uma toxina que destaca a porção superior da epiderme; - Neonatos e as crianças até 6 anos são os mais suscetíveis, - Os sintomas são: Bolhas disseminadas com desprendimento da epiderme. - O tratamento consiste em cuidados locais e antibióticos antiestafilocócicos (Oxacilina ou vancomicina); - S.aureus ; - As toxinas produzidas nessas áreas penetram na circulação e afetam toda a pele. Síndrome do choque tóxico Estafilococico - S. aureus produtoras da toxina do choque tóxico (TSST-1); - As manifestações clínicas incluem febre, hipotensão; - Erupção eritematosa macular difusa, e a pele, Palma das mãos e sola dos pés descamam; - O tratamento consiste em cuidados locais e antibióticos antiestafilocócicos (Oxacilina ou vancomicina); - Pode haver envolvimento sistêmico (SNC, gastrointestinal, muscular, renal). Fasceite necrotizante - Infecção com necrose do tecido celular subcutâneo e da fáscia muscular; - Streptococcus pyogenes grupo A (Comedor de carne!) - Pode ser também por S. aureus ou polimicrobiana; - Rápida progressão: de acentuado edema para bolhas violáceas e necrose de tecido celular subcutâneo, com ausência de creptação; - Dor muito intensa, geralmente desproporcional à lesão da pele; - Febre alta, toxemia, prostração; - Prognóstico grave, alta letalidade Agressão e defesa do Sistema Respiratório Pneumococo Algumas pessoas tem maior risco de colonizar essa bacteria: rinite, sinusite, drogas -> diminui as defesas locais e aumentam a fixacao e penetracao nessa bacteria no organismo Maior risco → Crianças, Imunodeprimidos (Hiv, Corticoides) ; Esplenectomizados (sem baço) ; Doenças crônica; descompensadas; Influenza; Tabaco (acaba com as defesas pulmonares); Influenza ❖ Barreiras naturais - cilios, muco, ph acido do estomago, pele, Integridade da pele e mucosas, Movimento mucociliar, PH gástrico, Peristaltismo, Anatomia do trato respiratório(árvore bronquica concentra o agressor em só um lugar), Tosse (movimento de tosse coloca para fora o agressor) ❖ Imunidade inata - Moléculas extracelulares - Células NK - Neutrófilos; Macrófagos - Quimiocinas/citocinas - PCR + lipopolissacarides (MC) - ativa a opsonização do antigeno ao macrofago com maior resposta, é uma interligação da imunidade inata com a adaptativa, ele ativa o complemento. - Complemento + fagocitose por neutrófilos e liberação de Óxido nítrico ❖ Adaptativa - Anticorpos - Opsonização; Ativando o sistema complemento; - Promovendo a neutralização de bactérias ou de seus produtos. → Quadro clinico - Tosse ; Astenia; Dispnéia; Febre; Vomitos; Cefaleia Caso Clínico 1:A) Como está a higienização corporal e bucal? Estão mudando de posição da cama? Como é o ambiente em que está arejado? É hipertensa, diabetes? Qtnd ingesta de água? Foi vacinada? Que fatores são facilitadores, no paciente, para desenvolvimento de Pneumonias? B) Estar acamada, idade avançada, sist. imune deficiente, alzheimer. C) Pneumonia aspirativa. Ausente: dor, febre Caso Clínico 2: A) Diagnósticos diferenciais são importantes de pensar? Pneumonia, congestão pulmonar, tuberculose, TEP, pleurite, câncer de pulmão, fibrose pulmonar, hemotórax. Caso Clínico 3: Bacteriana Como deve estar O hemograma desta paciente? A) Leucocitose, Neutrofilia e desvio à esquerda B) Outros exames: Rx tórax, coloração Gram → pneumococos é Gram + C) O que facilitou o quadro? O paciente estava com uma gripe normal e o médico passou antibiótico que não era necessário comprometendo a flora respiratória superior (comprometendo o sistema imune) e favorecendo a proliferação das bactérias e outros agentes infecciosos/nocivos. Caso clínico 4: A) O que pensar? Realmente a paciente já chegou grave. B) Justifique suas considerações: Paciente com 58 anos → idade avançada; Asma → Fator de risco → Facilidade para colonização de bactérias no parênquima pulmonar; Hipertensão e obesidade → DOENÇA CRÔNICA DESCOMPENSADA Não tomou a vacina para o Influenza → maior predisposição a infecções pelo vírus da Influenza, e associações como pneumonia; Sinais e sintomas: Tosse com catarro e febre há 3 dias; Estava muito fraca, com PA: 100x70mmhg. **Diagnóstico: Choque Séptico Tuberculose e Hanseníase → Mycobacterium Ordem Actinomycetales Família Mycobacteriaceae Gênero Mycobacterium Caracteristicas: - Bacilos pleomórficos = retos ou encurvados cocobacilos filamentosos ou formas ramificadas (0,2-0,6 μm por 1-10 μm) não formam esporo, flagelo ou cápsula ●Parede Complexa -Lipídeos (60%) Natureza hidrofóbica -30% do genoma produção destes lipídeos (Ácido micólico = 70 a 80 carbonos) Meningococco Gênero Neisseria Meningitis Neisseria Gonorrhoeae: Gram Negativo Neisseria Meningitidis Meningite Ele vem em surtos → por isso é importante saber que é gram negativo Alta mortalidade e letalidade Prevenção: vacina Sequelas da doença: surdez, convulsões, epilepsia, déficit motor, retardo mental, cegueira Meningite bacteriana Idade Agentes Etiológicos 0 a 2 m S. grupo B; E. Coli; Pseudomonas; Salmonella, Proteus 2m a 5 a. S. pneumoniac; H. influenze tipo B (sem vacina) Acima de 5a. N. meningitidis • Diplococo Gram negativo; • É um patógeno exclusivo de humanos; • Coloniza o trato respiratório superior; (orofaringe) • Situação de confinamento, aumentar taxa de colonização. - creche, escola, presidio - Fator de virulência - A cápsula polissacarídica: Proteção contra fagocitose e bacteriólise, Sobrevivencia nos vacúolos fagocíticos. Classificação de sorogrupos - Atualmente existem 13 sorogrupos identificados: A, B, C, D, 29E, H, I, K, L, M, W135, X, Y e Z. - Patogênicos: destacam-se 5 sorogrupos: A, B, C, W135 e Y (90%) → Chega no SNC por tropismo Sorogrupos patogênicos de Neisseria meningitidis Identificação: Soro-aglutinação; Coaglutinação; Anticorpos monoclonais (MAbs) - ELISA ou dot-blotting Patogenia 4 condições básicas precisam ocorrer para que a doença meningococcica se estabeleça: ●Exposição a uma cepa patogênica; ●Colonização da mucosa nasofaríngea; ●Passagem através da mucosa; ●Sobrevida do patógeno na circulação sanguínea. Fisiopatogenia - Transmitida de pessoa para pessoa - Período de incubação médio de 3 dias - Gotículas respiratórias ou secreções diretas; - N. meningitidis instala-se primeiro nas células nasofaríngeas (nariz e garganta) de um indivíduo, onde pode colonizar e multiplicar; - Atravessará a camada mucosa e entrará na corrente sanguínea e no SNC. Incubação - período de que entrei em contado com o patógeno até ficar doente - Meningite: processo inflamatório acometendo as meninges e o espaço subaracnoideo. - Meningoencefalite: acometimento das meninges e SNC; - Meningococcemia: acometimento sistêmico com sepse; pode ocorrer sem meningite ou com meningite. Meningococcemia (Sepse) Liberação de endotoxina (Polissacarídeo capsular) ⇩ Vasculatura ⇩ Microvasculatura terminal (pele e mucosa) Agressão direta da células endotelial /Aumento da permeabilidade vascular Vasoconstrição e vasodilatação patológicas/ Perda de tromboresistência Coagulação intravascular disseminação Disfunção miocárdica Meningococcemia- presença de manchas (petequias) pelo corpo que podem se tornar necrose que formam meios de cultura das bacteria com endotoxinas bacterianas que levam a perda do membro. Quadro clínico - cefaléia, febre, vômito Diagnóstico - Epidemiologia; Sintomas e Sinais clínicos; Hemograma; Função renal; Hemoculturas/gram; Prevenção Vacina oferecida pelo PNI Vacina meningocócica C conjugada – disponível para crianças menores de 2 anos. Vacinas privadas: Meningocócica conjugada monovalente (C). Meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY). Meningocócica B. Para crianças e adolescentes: vacinas C, ACWY e B: Viagens para regiões de risco; Portadores de asplenia, deficiência de complemento ou anemia falciforme; Profissionais microbiologistas. CASO CLÍNICO Menor JPO, 5 anos, morador de Bauru, previamente hígido. É trazido pela mãe ao PSM. A mãe refere que o menino fica na creche durante o período da manhã e a tarde fica com a avó, há cerca de 24h, iniciou febre medida de 39º c e desde então, referindo dor de cabeça intensa, holocraniana e hoje pela manhã apresentou vômitos, está muito prostrado e chorando o tempo todo. Ao exame físico, encontra-se desidratado grave, corado e febril 38,5. Hemácias: 4,5; hb: 12,6, ht: 36,8; leucocito: 16.200; N: 82%; bastões: 8%, mielócitos: 2%, plaquetas: 210.000 → Paciente prostrado, desidratado, hipoativo, sinal de brudzinsk claramente positivo 1- Que outras perguntas você faria à mãe para colaborar com sua hipótese e condução do caso? Quais os principais fatores imunogênicos do meningococco? É vacinada para meningite, ambiente arejado, manchas vermelhas na pele, confusão mental, prostração 2- Como ocorre a infecção meníngea (fisiopatologia)? 3- Que exames complementares faria e por que? - Punção liquórica é o exame padrão-ouro para o diagnóstico. (Cultura, gram) - Hemoculturas para identificação dos agentes etiológicos. (Cultura de gram) - Hemograma com PCR. (Verificação de agentes bacterianos) - Tomografia de crânio (suspeita de empiema ou abscesso cerebral) antes da punção liquórica. - Imunodiagnóstico: aglutinação pelo látex e contra-imunoeletroforese. 4- Explique o resultado esperado do Liquor deste paciente? Diagnóstico principal é feito pelo líquor, através da punção lombar, que é realizada com pacientes em decúbito lateral, entre os espaços de L3-L4, L4-L5, L5-S1, sub-occipital ou ventricular (em crianças). Coleta um mínimo de 1 ml (20 gotas de líquor). O procedimento deve ser feito exclusivamente em ambiente hospitalar. São realizadas análises macroscópicas, bioquímicas, citológicas, bacteriológicas e micológicas no Laboratório de Bacteriologia. Líquor= Normal( transparente) X Meningite bacteriana (turvo, purulento pelo aumento de leucocitos, amarelo ) 5- Descreva os prováveis fatores facilitadores para contaminação? Que medidas podem evitar a infecção? Ambiente fechado; Tosse e espirro; Transmissão por gotículas, pessoa à pessoa Vacinação; Higiene adequada; Quimioprofilaxia: Rifampicina (crianças); Ceftriaxona (grávidas); Ciprofloxacina ou azitromicina (adultos). 6- Na suspeita de meningite bacteriana, quais as medidas necessitam ser imediatas? Por que? - notificação compulsória - alta taxa de letalidade e mortalidade - hospitalização imediata em casos suspeitos, coleta de líquor cefalorraquidiano e de sangue para o esclarecimento diagnóstico, medidas de suporte geral e instituição de terapêutica específica - Devido a alta letalidade, altamente contagiosa, rápida evolução 7- Em caso de meningite meningocócica que sinais procuraria nacriança? 8- Como ocorre a meningococcemia (fisiopatologia)? ● exposição a uma cepa patogênica; ○ Neisseria meningitidis. ● colonização da mucosa naso-faríngea; ● passagem através da mucosa; ● sobrevida do patógeno na circulação sangüínea; → Cápsula; ● produção da resposta tecidual hemorrágica. ○ Ativação dos neutrófilos (endotoxina) → Vasculite (inicialmente) → Necrose endotelial generalizada (posteriormente) → Indução de coagulação generalizada → Deficiência na cascata de coagulação → Hemorragia ○ Aumento na permeabilidade vascular
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