Buscar

ROTEIRO DE AULA 1

Prévia do material em texto

ROTEIRO DE AULA 1 – CIÊNCIA POLÍTICA – 03.03.2020 
 
 
Noção de Ciência política: “Onde entram atos e sentimentos humanos, 
só a consideração despretensiosa dos aspectos históricos, jurídicos, 
sociológicos e filosóficos, ontem e hoje, neste ou naquele Estado, dará à 
problemática política da sociedade o aproximado teor de certeza que virá um 
dia galardoar o esforço do cientista social, honesto e incansável, cujo 
trabalho, antes da frutificação, sempre tomou em conta a medida contingente 
das verdades que se extraem do comportamento dos grupos e da dinâmica 
das relações sociais.” (PAULO BANAVIDES) 
 
Prisma filosófico da Ciência Política: “A Filosofia conduz para os 
livros de Ciência Política a discussão de proposições respeitantes à origem, 
à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais instituições 
sociais geradoras do fenômeno do poder, visto que nem todos aceitam 
circunscrevê-lo apenas à célula mater, embriogênica, que no caso seria 
naturalmente o Estado, acrescentando-lhe os partidos, os sindicatos, a igreja, 
as associações internacionais, os grupos econômicos, etc. 
 
Convive o debate filosófico ademais com a investigação sociológica e com 
a fixação jurídica dos fatos, normas e instituições políticas, arredando assim 
a possibilidade de ousadamente afirmarmos a existência de um monismo 
filosófico entre autores políticos de nosso século, que rotulam seus livros 
com o nome de Ciência Política ou Teoria Geral do Estado.” (PAULO 
BONAVIDES) 
 
Prisma sociológico da Ciência Política: “Os temas de reconstrução 
social, de diagnose e interpretação dos momentos críticos da democracia, de 
análise dos conceitos políticos, de estimativas acerca da planificação, da 
liberdade e do poder tecem a matéria sociológica que serve de substrato a 
alguns dos capítulos mais fascinantes de nossa Ciência.” (PAULO 
BONAVIDES) 
 
Prisma jurídico da Ciência Política: “Tem sido também a Ciência 
Política objeto de estudo que a reduz ao Direito Político, a simples corpo de 
normas. 
 
Tendência de cunho exclusivamente jurídico vem representada por Kelsen, 
que constrói uma Teoria Geral do Estado, onde leva às últimas 
conseqüências, no estudo da principal instituição geradora de fenômenos 
políticos, o seu formalismo de inspiração kantista e funda em bases 
 
 
 
estritamente monistas, de feição jurídica, a nova teoria que assimilou o 
Estado ao Direito e tantos protestos arrancou de filósofos e pensadores 
durante as últimas décadas. 
 
O Estado, segundo Kelsen, pertencendo ao mundo do dever ser, do sollen, 
se explica pela unidade das normas de direito de determinado sistema, do 
qual ele é apenas nome ou sinônimo. 
 
Quem elucidar o direito como norma elucidará o Estado. A força coercitiva 
deste nada mais significa que o grau de eficácia da regra de direito, ou seja, 
da norma jurídica.” (PAULO BONAVIDES) 
 
Tridimensionalismo: “Juristas da envergadura de Duverger, 
Vedel, Marcel de La Bigne de Villeneuve acompanham a tendência 
universalizada de adotar o estudo da Ciência Política sob o tríplice 
aspecto tantas vezes aqui referido, a saber, o aspecto 
tridimensional, abrangendo por conseguinte a consideração 
jurídica, sociológica e filosófica.” (PAULO BONAVIDES) 
 
Ligações da Ciência política: 
 
a) Direito Constitucional; 
 
b) Economia; 
 
c) História; 
 
d) Psicologia; 
 
e) Sociologia Política. 
 
Contratualismo: “O contratualismo é uma teoria política e filosófica 
baseada na ideia de que existe uma espécie de pacto ou contrato social que 
retira o ser humano de seu estado de natureza e coloca-o em convivência 
com outros seres humanos em sociedade. Foram filósofos contratualistas os 
ingleses Thomas Hobbes e John Locke, e o suíço Jean-Jacques Rousseau. 
 
A ideia de um contrato social parte do princípio de que a sociedade é 
estabelecida em comum acordo para que um certo fim seja alcançado. O 
contrato social é o momento em que o ser humano deixa de viver como um 
https://brasilescola.uol.com.br/politica/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sociedade-1.htm
 
 
 
ser natural e passa a viver como um ser que se destaca da natureza, criando 
suas próprias leis, sua moral, os costumes e um conjunto de instituições para 
que a convivência seja mais harmônica. 
 
Segundo os filósofos contratualistas, há um período da humanidade, que é o 
período pré-social, em que o ser humano encontra-se em seu estado de 
natureza. O estado de natureza é o período em que a sociedade ainda não 
se formou, quando não há uma lei civil e, portanto, uma civilização para 
amparar o convívio social. Esse estado é regido por uma lei de 
natureza que coloca os seres humanos em plena igualdade de direitos. 
Chamamos esse conjunto de direitos naturais e a teoria do estado de natureza 
de jusnaturalismo. 
 
O grande problema do estado de natureza é que a igualdade de direitos gera 
conflitos, e, para que a convivência seja mais pacífica entre as pessoas, é 
necessário instituir um conjunto de leis civis que solucione todos os 
possíveis conflitos que podem surgir nela. O estado formado após o estado 
natural é chamado de sociedade civil ou estado civil.” 
(https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/contratualismo.htm) 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-moral.htm

Continue navegando