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A ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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1 Pós graduanda cursando o Curso de Psicopedagogia e Educação Especial na Universidade Idaam em Manaus. 
2 Doutoranda em Educação (UNIDAS). Mestrado em Educação pela UPE (Universidad de los Pueblos da Europa). Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior/FEM. 
Especialista em Gestão Publica Municipal/UFAM EAD.Graduada em Pedagogia/UNIRG. Experiencia como Professora formadora nos Programas de Extensão da Universidade do Estado 
do Amazonas/UEA e UFAM. Atualmente Professora Efetiva da SEMED. Gestora escolar desde 2009. Pesquisadora na linha de pesquisa: Políticas Públicas (Formação de Professores). 
Professora Tutora da Uninter Polo Manaus. Com experiencia comprovada na docência no Ensino Superior e ensino Fundamental. Professora nos cursos de Pós Graduação IDAAM . 
Coordenadora Graduação pedagogia e Pós em Educação (Faculdade Idaam) 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
THE PERFORMANCE OF PSYCHOPEDAGOGY IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION 
Kliniane Alves Brasil1 
Marluce de Amorim Filipe2 
RESUMO 
Este trabalho tem como objetivo principal, refletir sobre a atuação da Psicopegagogia no 
Ensino Psicopedagógico Infantil verificando compreender como os alunos e professores 
percebem a importância do psicopedagogo(a) na escola, atuando em sala de aula. 
Visando, auxiliar as necessidades encontradas por profissionais da educação, encontrar 
alternativas de trabalho para crianças pequenas em sala de aula e solucionar futuros 
problemas que a criança possa ter, mostrando de que forma os psicopedagogos podem 
auxiliar na formação das crianças com idade menor e como a psicopedagogia pode 
contribuir na mediação entre os docentes e a comunidade escolar nessa faixa etária ou 
modalidade de ensino. O psicopedagogo em seu trabalho em conjunto com a família e a 
escola tem o papel de avaliar, intervir, buscando novos conhecimentos para direcionar a 
uma aprendizagem transformadora, e entender as dificuldades de aprendizagem de forma 
preventiva, distinguindo seus sinais, objetivando o aprimoramento diante do processo de 
ensino aprendizagem. E seu objetivo maior, é refletir sobre como o psicopedagogo pode 
contribuir, para que a Educação Infantil garanta experiências que valorizem as diversas 
infâncias. 
Palavra-chave: Psicopedagogia: Psicopedagogo. Educação Infantil 
ABSTRACT 
This work has as main objective, to reflect on the performance of Psychopegagogia in 
Child Psychopedagogical Teaching verifying understanding how students and teachers 
perceive the importance of psychopedagogue(a) in school, working in the classroom. 
Aiming to assist the needs encountered by education professionals, find work alternatives 
for young children in the classroom and solve future problems that the child may have, 
showing how the psychopedagogue can help in the education of children under age and 
how psychopedagogy can contribute to mediation between teachers and the school 
community in this age group or teaching modality. The psychopedagogue in his work 
together with the family and the school has the role of evaluating, intervening, seeking new 
knowledge to direct to a transformative learning, and understanding learning difficulties in 
a preventive way, distinguishing their signs, aiming at the improvement in the face of the 
teaching-learning process. And its main objective is to reflect on how the 
psychopedagogue can contribute to early childhood education to guarantee experiences 
that value the various childhoods. 
Keyword: Psychopedagogy: Psychopedagogy. Early Childhood Education 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter preventivo no 
sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas. Com 
esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de 
aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, tendo como 
objetivo, identificar estratégias e atividades que são indicadas para serem utilizadas no 
processo de educação de crianças em campos não domesticados. 
 O papel do psicopedagogo escolar é muito importante pode e deve ser pensado a 
partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social que é socializar os 
conhecimentos disponíveis, o trabalho psicopedagógico terá como objetivo principal 
trabalhar os elementos que envolvem a aprendizagem de maneira que os vínculos 
estabelecidos sejam sempre bons. 
 Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96 que 
veio garantir definitivamente o atendimento e a educação às crianças de zero a seis anos 
de idade. Pela primeira vez a Educação Infantil assume papel de importância nacional 
situando-se na primeira estada da educação básica, com a finalidade de propiciar o pleno 
desenvolvimento da criança. Esta lei determina que as creches devam atender as 
crianças de quatro a seis anos de idade. Desta forma, a Educação Infantil muda a sua 
história e seu importante papel na sociedade. 
 Buscando compreender o papel da Psicopedagogia na Instituição educativa e o 
contexto atual da Educação Infantil no país, o objetivo maior é refletir sobre a ação do 
psicopedagogo neste determinado campo de atuação, busca compreender a atuação do 
psicopedagogo dentro das instituições em que estão inseridas crianças de zero e cinco 
anos de idade. Para tanto, realiza uma incursão na historia da Educação Infantil brasileira 
apresentando documentos oficiais que a fundamentam e que enquadram numa 
perspectiva mais atual. 
 O fazer do psicopedagogo também se encontra contextualizado, pois para 
compreender o papel do psicopedagogo neste campo de atuação é necessário resgatar 
um pouco da historia da Psicopedagogia enquanto ciência em crescente transformação. A 
construção de uma identidade por parte do psicopedagogo e também dos profissionais da 
Educação Infantil, remete a conceitos como autoria e protagonismo, tanto por parte de 
professores quanto das crianças envolvidas no processo formativo e que passam a ser 
valorizadas enquanto produtoras de cultura. Por fim, a percepção de que o fazer 
3 
 
psicopedagógico se faz presente na formação continuada do grupo de profissionais na 
Educação Infantil, traz reflexões importantes acerca da necessidade constante desta 
formação. 
A qualidade dos serviços, como necessidade e condições de concretização desse direito 
proclamado, no âmbito de uma instituição que vai assumindo novas feições e 
incorporando concepções renovadas de criança, de desenvolvimento infantil, de atividade, 
de tempo, de espaço na definição de seus objetivos e funções, passa pelo cumprimento 
do que tem sido definido como seu “duplo objetivo” educar e cuidar. (Ostetto; 2012, p. 16) 
 A preocupação com o ensino na educação infantil apareceu com a inclusão da 
mulher no mercado de trabalho no inicio da industrialização, isso pelo fato de não terem 
com quem deixar seus filhos. Sendo assim, na época em que surgiram as instituições de 
ensino para essa faixa etária, era normal a preocupação maior em relação ao cuidado 
com as crianças do que em relação ao que elas podiam aprender durante o período que 
frequentavam esses estabelecimentos. 
Atualmente, ainda encontramos esse fato muito forte, principalmente com as crianças 
pequenas, de que elas não podem aprender, estão ali simplesmente para serem 
cuidadas, nos deparamos com o desafio de ampliar as politicas para a educação das 
crianças pequenas, refletindo sobre as diferentes infâncias e implementar a urgente 
formação especifica de professores para creches e pré-escolas e definir pedagogias 
especificas para essa etapa da educação básica. (Barbosa, 2009) 
Diante disso encontramos, o papel do psicopedagogo que para nos auxiliar nos desafios 
diários de educar a psicopedagogia surge a partir da dinâmica de relações entre o sujeito 
e o meio familiar e social em que vive. A psicopedagogia pode trazer importantes 
contribuições para a Educação Infantil. Com a sua açãopedagógica e através de 
reflexões com o professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração 
de propostas adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir 
com conhecimentos da psicopedagogia. (CAMPOS, 1997, p. 34) 
2. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇAO ESCOLAR 
 
 Os desafios que surgem para o psicopedagogo para atuar dentro da instituição 
escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e profissional 
implicam a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir 
qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar. 
4 
 
 Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de 
aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas 
dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para outros 
profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam diagnóstico 
especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da 
potencialização humana no processo de aquisição do saber. 
 O psicopedagogo está preparado para auxiliar os educadores realizando 
atendimentos pedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de 
problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como 
as demais técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios 
de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos. 
 O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas 
também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no 
mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande 
parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus anseios, 
seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são 
de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. 
 O psicopedagogo tende a prevenir os problemas de aprendizagem, ao invés de 
remediá-los por meio da busca de diversos serviços escolares dos quais os alunos 
participam e na medida do possível, do ambiente familiar e social em que eles vivem, 
auxiliando o aluno a desenvolver o máximo de suas potencialidades. 
Segundo Andrade (2004) a psicopedagogia ainda está buscando a autonomia de uma 
disciplina e delimitando cientificamente a aprendizagem humana com sua temática, o 
sujeito aprendente ou sujeito em situação de aprendizagem como seu sujeito e a 
pesquisa de intervenção como o método de investigação de realidade que lhe interessa a 
aprendizagem como uma área de conhecimento ou de atuação “interdisciplinar nos 
processos de aprendizagem” (CASTANHO 2002. P 30). 
 O trabalho do psicopedagogo, portanto, não se apresenta como reeducativo mas, 
sim como terapêutico (terapia centrada na aprendizagem), não se dirige para um público 
especificamente, porque aprendentes somos todos nós, humanos: crianças, jovens ou 
velhos que nos mantemos vivos e atuantes, enquanto aprendemos e ensinamos e 
podemos contribuir com a nossa marca para a evolução da humanidade. É possível 
5 
 
perceber que a Psicopedagogia também tem papel importante em um novo momento 
educacional que é a inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas 
especiais (NEE) no no ensino regular, comumente chamada inclusão. 
 O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de 
 práticas que buscam articular as expectativas e os saberes das 
 crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio 
 cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo à 
 promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de 
 idade. (RESOLUÇÃO CNE/CBE 5/2009, Art. 3º) 
 
 De acordo com os princípios da psicopedagogia, o psicopedagogo deve trabalhar 
para possibilitar a todas as crianças o direito de aprender. A leitura e a escrita são 
ferramentas para o acesso ao saber acumulado representado pela cultura, o 
psicopedagogo deverá contribuir para que os educandos supere o problema de 
aprendizagem e consiga ter acesso a esse saber. A princípio, o psicopedagogo deve 
respeitar a individualidade do ser humano e ajudá-lo na superação de suas dificuldades. 
2.1. Entendendo a Psicopedagogia na Escola e de que forma pode ser compreendida 
A Psicopedagogia é formada pela junção de duas ciências a psicologia e pedagogia – 
assim sendo, uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humana, 
sendo o seu objeto de estudo, o ser humano em processo de construção do 
conhecimento (FELDMANN, 2006). 
 Comprometida com a melhoria das condições do aprendizado seu objetivo é 
identificar as dificuldades essenciais na construção do saber e do não saber. É uma área 
que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele 
decorrentes. Acreditamos que, se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando 
com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor. 
 A escola é grande responsável pela formação do homem, o trabalho do 
psicopedagógico tem por finalidade criar competências e habilidades para a solução dos 
problemas relacionados às dificuldades do aprendizado infantil e os desafios enfrentados 
com a família e a escola. 
Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de problemas, mas um 
profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar à escola a 
remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar 
6 
 
cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de 
humanização e da capacidade de pensamento crítico” (Tanamachi, 2003, p. 43). 
 Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando 
encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito positivos para a 
minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de representar 
um constante desafio, pois requer o envolvimento de toda a equipe, e um desejo 
permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram. 
2.2. A Psicopedagogia Institucional Escolar 
 Segundo Mansini (2006, p. 249), que a Psicopedagogia, como área de estudos, 
nasceu da necessidade “de atendimento e orientação a crianças que apresentavam 
dificuldades ligadas a sua educação, mais especificamente, a sua aprendizagem, quer 
cognitiva, quer de comportamento social”. Ela pode cooperar com o trabalho realizado na 
educação infantil, principalmente na preservação de futuros problemas de aprendizagem, 
oferecendo meios para que seja trabalhado o desenvolvimento infantil. Apontar direções 
para o planejamento de atividades a serem realizados com as crianças, podem 
apresentar, contribuindo para a constituição do processo da organização psíquica. 
 Psicopedagogia é estendida como uma ação que é fornecida juntamente com o 
currículo escolar visando ajudar o processo total de educação, notadamente nas questões 
de aprendizagem. Educação moral é também relacionada ao trabalho da psicopedagogia 
por ser uma importante questão de aprendizagem. Consideramos que o desenvolvimento 
ético da criança deve ser o objetivo central em todas as ações voltadas para esta. 
Conforme os estudos de Bossa (2000, p. 89), no que diz respeito à Psicopedagogia 
preventiva, “podemos dizer que o nosso sujeito é a instituição, com a sua complexa rede 
de relações”. A partir dessa reflexão, podemos dizer que a instituição é um espaço físico e 
psíquico da aprendizagem, local e objeto de estudo da Psicopedagogia. Os 
procedimentos didáticos que interferem na aprendizagem devem ser analisados e 
discutidos, a fim de que possam ser ressignificados. 
 A psicopedagogia pode trazer importantes contribuições para a Educação Infantil, 
trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os 
procedimentos pedagógicos,interagindo o afetivo e cognitivo, através da aprendizagem 
dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento (FAGALI; VALE, 2003, p. 10). Pode 
ainda contribuir com a ação pedagógica na educação infantil através de reflexões com o 
7 
 
professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração de propostas 
adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir com 
conhecimentos da psicopedagogia (CAMPOS, 1997, p 34). 
 Atualmente segundo Allessandrini (1996, p.21), a definição do objeto de estudo 
dessa área do conhecimento: “a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem a 
partir de uma contextualização teórico-prática que advém da pedagogia e da psicologia”. 
2.3. A Psicopedagogia e seu espaço na instituição aluno x professor 
 Em 1998, o MEC elaborou o Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil (RCNEI) buscando atender a necessidade de uma base nacional comum para os 
currículos, sendo um conjunto de referencias e orientações pedagógicas não 
necessariamente obrigatórias à ação docente. As crianças são sujeitos que recriam o seu 
modo e a sua forma de entender e compreender aspectos do mundo. São sujeitos 
construtores de uma cultura própria. 
Segundo os RCN (vol. 1) as crianças possuem uma natureza singular, que as 
caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio, e isto 
porque, através das interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são 
próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para 
compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que presenciam e, por 
meio das brincadeiras explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus 
anseios e desejos. (Brasília, 1998, p. 21) 
 Desde 1996 com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 
9394/96), a educação infantil passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o 
ensino fundamental e o ensino médio. Segundo a LDBEN em seu artigo 29: A educação 
infantil da criança ate seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual 
e social, complementando a ação da família e da comunidade. 
Enfim, hoje, não se aceita mais creche com sinônimo de depósito ou de estacionamento 
de crianças. Creche é coisa séria. Qualquer que seja o nome adotado pela instituição que 
cuida de crianças pequeninas, ela tem de se constituir em espaço montados de tal forma 
que se precisa para se desenvolverem integral ou harmoniosamente, física e 
psicologicamente, atendendo às suas necessidades físicas biológicas, sociais, intelectuais 
e afetivas de forma integrada (Rizzo, 1999, p. 45). 
8 
 
 A escola teve por meio de seus gestores e professores, ter o compromisso de 
construir relações com as famílias, pois sabemos que grande parte das crianças que 
frequentam a instituição vem de famílias trabalhadoras. Os cuidados com educação das 
crianças tornou-se nos últimos 30 anos, uma grande preocupação de pais, governos, 
empregadores, comunidades e pesquisadores. 
 A ocupação dos espaços no mercado de trabalho pela mulher, lado a lado com os 
homens, fez crescer mais ainda a procura por alternativas de cuidado para as crianças, a 
serem prestados por outras pessoas que não os seus progenitores ou familiares pois, 
atualmente as famílias brasileiras cada vez mas necessitam deixar seus filhos nesse 
ambientes. 
Embora as famílias com os dois pais trabalhando possam não ser pobres, elas podem ter 
dificuldades financeiras para pagar as altas taxas das creches, e ainda sofrerem o 
estresse de tentar dar conta do trabalho e de obrigações domesticas e sócias ao mesmo 
tempo. Portanto é muito importante que as educadoras trabalhem em conjunto com os 
pais e sejam sensíveis as pressões que eles enfrentam. (GOLDSCHMIED, 2006, p. 16). 
3. METODOLOGIA NA PSICOPEDAGOGIA 
 Esta pesquisa tem como propósito apresentar A Psicopedagogia e o processo de 
atuação do psicopedagogo na Educação Infantil. Visando compreender o trabalho escolar 
e o ensinar como uma ferramenta que deva oferecer à criança as condições necessárias 
ao seu desenvolvimento, além de proporcionar um ambiente com profissionais 
capacitados para utilizar estratégias diferentes. O ensinar, o compreender não deve ser 
percebido como um elemento diferente no processo de ensino e aprendizagem da 
criança, ele deve ser apreciado como um componente relevante em todas etapas de 
desenvolvimento infantil. 
 A família distinguir-se como o menor grupo social que se tem conhecimento e os 
pais ultimamente não consegue oferecer atenção necessária aos seus filhos, agravada a 
falta de tempo os faz afrontar como desafio o que deveria ser obrigação como tomar de 
conta de seus filhos e contornar antes presente em suas vidas e para superar a ausência 
do pai e mãe acabam terceirizando a educação dos filhos, jogando a total 
responsabilidade sobre a escola e aos professores, esta por sua vez atropelada e confusa 
perante o grande numero de crianças que abordam sem apresentar conhecimentos de 
limites da família. 
9 
 
É importante o dialogo e a interação entre psicopedagogo e professor e de outros 
envolvidos no processo de ensino aprendizagem, sendo a instituição escolar parte da 
sociedade e a aprendizagem partindo da interação da criança na interação com o meio 
social, torna-se importante ressalta a importância que o mundo sociocultural tem na 
aprendizagem da mesma, contribuindo para as construções de aprendizagem daquela 
criança, o psicopedagogo nos ajuda a entender a ação do aluno, quando o professor não 
sente prazer e não se sente seguro com seu processo de ensino aprendizagem, 
dificilmente os alunos contribuirão seus conhecimentos de forma tranquila e sem 
problemas (SOUZA, 2011). 
 A literatura tem nos apontado que o trabalho psicopedagógico desenvolvido em 
instituições educativas de educação infantil tem como marca o aspecto preventivo. O 
psicopedagogo tem a possibilidade de direcionar o seu trabalho para a formação 
continuada do educador, com o objetivo de promover a sua aprendizagem, e, 
consequentemente, a aprendizagem de seus alunos. A partir dessa reflexão, concorda-se 
com as seguintes palavras: 
Desta forma, a busca de alternativas para a formação dos educadores de creches/pré-
escolas e uma das tarefas mais importantes do psicopedagogo preocupado com o caráter 
preventivo de sua prática nessas instituições. Investigar, analisar e pôr em prática novas 
propostas para uma formação de educadores que os habilite a estabelecer relações mais 
maduras e conscientes com as crianças e com a equipe escolar, apresenta-se então, 
como um dos mais fortes desafios ao psicopedagogo comprometido com a educação 
infantil em instituições (CAVICCHIA, 1996, p. 210). 
 O estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a 
compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado 
aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de 
aprendizagem. Para isso, deve analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais as 
suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer 
psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de 
aprendizagem. 
 A instituição de Educação Infantil enquanto espaço de atuação do psicopedagogo 
leva a buscar alternativas para a formação dos profissionais que trabalham diretamente 
com as crianças inseridas neste espaço institucionalizado, ainda que esta não seja uma 
tarefa fácil. Segundo Hoffmann e Silva, 2014, p. 12, 
10 
 
 Essa formação deve ultrapassar os treinamentos ou a simples 
 sugestão de atividades e brincadeiras a realizar. É necessário, 
 sobretudo, um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas 
 desenvolvidas no dia a dia, por meio de espaços de trocas e de 
 diálogo entre educadores e de divulgação de experiênciasinovadoras que contemplem a criança na atualidade, numa postura 
 investigativa e curiosa sobre seus singulares contextos de vida. 
 
 Por conseguinte, o psicopedagogo encontra campo para atuar e desenvolver um 
trabalho de formação, contribuindo para a construção de uma educação infantil de 
qualidade e da identidade profissional dos educadores, professores e atendentes. Trata-
se, assim, de autoria, não somente por parte das crianças, havendo uma ressignificação 
do papel destes profissionais. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Este trabalho teve como foco principal a atuação do psicopedagogo na educação 
infantil juntamente a instituição escolar, e abordou a importância dessa profissão, que 
atualiza e amplia a apresentação completa de procedimentos básicos da ação 
psicopedagógica. Apresentam as funções multidisciplinares que esse profissional exerce, 
sendo que o psicopedagogo é um profissional que dentro de seus limites e de sua 
especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os 
sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meios de construção, de práticas 
educativas que favorecem processos de humanização e reapropriaçao da capacidade de 
pensamento critico. 
 A psicopedagogia na sua atuação da educação infantil tem uma função complexa e 
por isso provoca algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo 
psicopedagogo. Numa ação interdisciplinar ela dedica-se áreas relacionadas ao 
planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com planos 
educacionais e lúdicos no âmbito das organizações, atuando numa modalidade cujo 
caráter é clinico institucional, ou seja, realizado propostas educacionais. 
 O profissional da Psicopedagogia é o intermediador entre o educando e o 
educador, a fim de manter sempre o proposito de uma aprendizagem que possibilite a 
interação entre as duas partes. Ele propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos 
favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das 
11 
 
capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de 
olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir 
com segurança e competência. Pode então perceber o quanto o psicopedagogo é 
importante na instituição escolar, pois este profissional estimula o desenvolvimento de 
relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino 
compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. Procura 
envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das 
circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos 
que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo. 
 O período escolar, ainda mais o ensino infantil, é uma das fases mais importantes 
na vida de uma pessoa. Afinal, é nela em que alguns traços de personalidade são 
construídos, e o ambiente escolar desempenha um papel socializador em que a criança 
começa a ampliar sua rede de relações. Especialmente o professor nessa fase, tem forte 
contribuição para que ela consiga desenvolver conhecimentos expressivos. 
 Já as habilidades desse educador é saber a tênue diferença entre brincar 
e ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente e 
refletem sobre as formas culturais onde vivem. Em contrapartida, o professor deve utilizar 
seus conhecimentos para elaborar comentários, formular perguntas, provocar desafios e 
incentivar a verbalização. 
 Portanto, além das rotinas de sala de aula, o professor em educação infantil tem o 
compromisso em manter um zelo pelas crianças que as acompanham em todos os 
ambientes, desde os pátios da escola até na convivência em casa com seus pais. 
 Por isso, o papel do professor é fundamental no andamento das atividades na 
Educação Infantil, pois ele é o mediador entre a criança e o conhecimento. Assim sendo, 
é extremamente necessário que esse profissional esteja em uma constante busca por 
aprender sobre o desenvolvimento de crianças e a forma como elas veem e sentem o 
mundo, criando oportunidades para elas manifestarem seus pensamentos, linguagem, 
criatividade, reações, imaginação, ideias e relações sociais. 
 
 
 
https://www.domboscoead.com.br/pos-graduacao/noticias/estrategias-para-impulsionar-a-carreira-de-professor/331
12 
 
4. REFERÊNCIAS 
NASCIMENTO, Fernanda Domingas do. O Papel do Psicopedagogo na Instituição 
Escolar. Psicologado, [S.l.]. (2013). 
ALLESSANDRINI, C. D. Oficina criativa e Psicopedagogia. 3. ed. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 1996. 125p. 
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas 
Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010. 
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação 
infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2000. 131p. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394/96, de 20 de 
dezembro de 1996. 
FAGALI, E.Q.; VALE, Z.D.R. Psicopedagogia Institucional aplicada: aprendizagem escolar 
dinâmica e construção na sala de aula. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 93p. 
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998 
SOUSA, Evilasio Ferreira de. Contribuições da psicopedagogia na educação infantil 
(2011). 
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https://psicologado.com.br/

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