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Lei 8080 Resumida - Organização do Sistema Único de Saúde (SUS) - Odonto Resumos #15

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Lei 8080 Resumida - Organização do Sistema Único de Saúde (SUS) - 
Odonto Resumos #15 
 
Uma dúvida bastante frequente no meu canal do Youtube, para quem acompanha as minhas 
aulas é: "Se for para estudar um assunto de legislação e saúde pública para uma prova de 
concurso, qual assunto você recomendaria?". Ao receber esta pergunta, eu respondo sem nem 
pensar "Lei 8080". 
A lei 8080/90 é cobrada com frequência nas provas de concurso público para dentistas pois foi 
ela que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Diante disto, esta lei dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes. 
Para compreender como funciona a lei 8080 é essencial que se entenda a estrutura dela e, 
neste artigo, nós iremos discutir os pontos mais importantes desta lei sancionada por 
Fernando Collor de Melo em 19 de Setembro de 1990. 
Assim, vale destacar que a lei 8080 se divide em cinco títulos e dentro de alguns destes títulos 
estão contidos os capítulos: 
• Título I: Não é dividido em capítulos 
• Título II: Dividido em oito capítulos 
• Título III: Dividido em dois capítulos 
• Título IV: Não é dividido em capítulos 
• Título V: Dividido em três capítulos 
Lei 8080 - Título I. 
 
 
 
Logo de início a lei apresenta as disposições gerais do Sistema Único de Saúde, as quais 
contém aquela famosa frase: "A saúde é um direito do ser humano e dever do estado". 
Além disso, este título ressalta que "o dever do Estado de garantir a saúde consiste na 
formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de 
doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso 
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. O 
dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade." 
Lei 8080 - Título II. 
 
É a parte mais extensa da lei, que destaca "O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados 
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e 
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde 
(SUS)." 
Além disso, nesta parte da lei também é designado que a iniciativa privada pode participar do 
SUS, em caráter complementar, o que é algo bastante cobrado nas provas de concurso público 
de odontologia. 
Os oito capítulos presentes nesta parte da lei 8080 se apresentam da seguinte maneira: 
• Capítulo I: Objetivos e atribuições do SUS 
• Capítulo II: Princípios e diretrizes do SUS (parte mais importante de toda lei) 
• Capítulo III: Organização, direção e gestão do SUS 
• Capítulo IV: Competência e atribuições da união, estados, Distrito Federal e os 
Municípios no âmbito administrativo 
• Capítulo V: Funcionamento da assistência indígena 
 
 
• Capítulo VI: Funcionamento do atendimento e internação domiciliar 
• Capítulo VII: Funcionamento do acompanhamento durante o trabalho de parto, parto 
e pós-parto imediato 
• Capítulo VIII: Funcionamento da assistência terapêutica e da incorporação de 
tecnologia em saúde 
Capítulo I: Objetivos e atribuições do SUS 
Dentre os objetivos do SUS, temos: 
• A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
• A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e 
social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei*; 
• A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. 
*O que é disposto no "§ 1º do art. 2º" é o que esta descrito logo acima, no Título I da lei. 
Capítulo II: Princípios e diretrizes do SUS 
Os princípios do SUS são divididos em dois grandes grupos, os princípios doutrinários e 
organizativos. 
Dentre os princípios doutrinários, temos: 
• Universalidade: A saúde é um direito de todos e cabe ao estado garantir o acesso aos 
serviços de saúde, independente de sexo, raça, ocupação, ou outras características 
sociais ou pessoais. 
• Equidade: Significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência 
é maior. “Oferecer mais, para quem mais precisa”. 
• Integralidade: Considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas 
necessidades, a partir da integração de ações de promoção de saúde, prevenção, 
tratamento e reabilitação. 
E, como princípios organizativos podemos citar: 
• Regionalização: Envolve um processo de articulação entre os serviços que já existem. 
• Hierarquização: Divide os serviços em níveis de atenção/complexidade e garante o 
acesso a estes serviço. 
• Descentralização: Diz respeito a redistribuição do poder e responsabilidade entre os 
três níveis de governo (municipal, estadual e federal). 
• Comando Único: Permite a soberania de cada esfera do governo para tomar decisões, 
desde que sejam respeitados os princípios gerais e a participação social 
• Participação Social: A sociedade tem participação no processo de elaboração do SUS a 
partir de conselhos e conferências de saúde 
 
 
Capítulo III: Organização, direção e gestão do SUS 
Destaca que as ações e serviços de saúde executados pelo SUS, serão organizados de forma 
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
Além disso, o capítulo III também ressalta que a direção do SUS é única e é exercida em cada 
esfera de governo pelos seguintes órgãos: 
• No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
• No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou 
órgão equivalente; e 
• No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. 
Capítulo IV: Competência e atribuições da união, estados, Distrito Federal e os Municípios no 
âmbito administrativo. 
Dentre as atribuições mais importantes dos órgãos acima, descritas na lei 8080, temos: 
• Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das 
ações e serviços de saúde. 
• Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à 
saúde. 
• Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das 
condições ambientais 
• Organização e coordenação do sistema de informação de saúde 
• Elaboração de normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da 
saúde 
Já as competências mais importantes da direção nacional do SUS, citadas no Capítulo IV, 
envolvem: 
• Formulação, avaliação e apoio políticas de alimentação e nutrição.; 
• Participação na formulação e na implementação das políticas: De controle das 
agressões ao meio ambiente, de saneamento básico e relativas às condições e aos 
ambientes de trabalho. 
• Definição e coordenação de sistemas: De redes integradas de assistência de alta 
complexidade, de rede de laboratórios de saúde pública, de vigilância epidemiológica e 
de vigilância sanitária. 
Nesta parte da lei ainda podemos encontrar as competências da direção estadual, municipal e 
do Distrito Federal perante ao SUS. 
Capítulo V: Funcionamento da assistência indígena 
Nesta parte da lei são citadas as maneiras que o SUS deve utilizar para prestar assistência às 
comunidades indígenas. Grande parte dos artigos presentes no Capítulo V estão associados a 
 
 
outras leis, sendo a principal delas a lei 9836 de 1999, sancionada por Fernando Henrique 
Cardoso. 
Esta lei organiza as ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações 
indígenas, em todo o território nacional e destaca que os serviços de saúde devem 
"obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificidades da cultura dos 
povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve 
pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à 
saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,meio ambiente, demarcação de terras, 
educação sanitária e integração institucional". 
Além disso, a lei 9836 também ressalta que o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá 
ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. 
Capítulo VI: Funcionamento do atendimento e internação domiciliar 
Neste capítulo, são estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento 
domiciliar e a internação domiciliar, os quais podem ser feitos apenas por indicação médica, 
com aprovação do paciente e de sua família. 
Além disso, o atendimento e internação serão realizados por equipes multidisciplinares que 
atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. Entre os 
procedimentos que podem ser realizados nesta modalidade de atendimento, temos os 
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência 
social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio 
Capítulo VII: Funcionamento do acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-
parto imediato 
Destaca que o SUS, fica obrigado a permitir a presença, junto à gestante, de um acompanhante 
durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. 
Capítulo VIII: Funcionamento da assistência terapêutica e da incorporação de tecnologia em 
saúde 
Por último, temos o Capítulo VIII, o qual tem como pontos principais a dispensação de 
medicamentos e estabelecimento de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. Diante disto, 
a lei 8080 destaca que: 
• Deve ser realizada a dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a 
saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas 
definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado 
• Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os 
medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou 
do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de 
eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo 
medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. 
 
 
Lei 8080 - Título III. 
 
O Título III é dividido em dois capítulos e diz respeito a participação dos serviços privados na 
assistência a saúde. 
Capítulo I: Funcionamento dos serviços privados 
Ressalta que a assistência a saúde é livre a iniciativa privada e os serviços privados de 
assistência à saúde devem se caracterizar pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais 
liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, 
proteção e recuperação da saúde. 
Um outro ponto importante descrito neste capítulo é que é permitida a participação direta ou 
indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde. 
Capítulo II: Participação Complementar dos serviços privados 
Ressalta que quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura 
assistencial à população de uma determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços 
ofertados pela iniciativa privada. Esta participação complementar dos serviços privados será 
formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito 
público. 
Lei 8080 - Título IV. 
 
 
 
O Título IV da lei 8080 é referente aos recursos humanos necessários para o correto 
funcionamento do SUS. 
Diante disto, o texto da lei destaca que a política de recursos humanos na área da saúde será 
formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em 
cumprimento dos seguintes objetivos: 
• Organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de 
ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente 
aperfeiçoamento de pessoal 
• valorização da dedicação exclusiva aos serviços do SUS 
Além disso, o Título IV também contém um trecho da lei 8080 bastante encontrado nas provas 
de concurso o qual diz que "Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo 
integral". 
Lei 8080 - Título V. 
 
Por último para encerrarmos este artigo, iremos debater os pontos mais importantes do Título 
V da Lei 8080/90, o qual é referente ao financiamento do serviços públicos ofertados pelo SUS. 
Como relatado acima, este título é dividido em três capítulos. 
Capítulo I: Recursos disponíveis para oferta dos serviços de saúde 
Ressalta que "o orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de 
acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, 
previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da 
Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas 
na Lei de Diretrizes Orçamentária". 
E que são consideradas outras fontes de recurso: 
• Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde 
• Ajuda, contribuições, doaçõs e donativos 
• Alienações patrimoniais e rendimentos de capital 
 
 
• Taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do SUS 
• Rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais 
Capítulo II: Gestão financeira do SUS 
Este capítulo destaca que os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial, 
em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de 
Saúde. Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade 
Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo 
Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. 
Apesar disso, o ponto mais importante deste capítulo diz respeito a transferência de recursos a 
Estados, Distrito Federal e Municípios. Para isto é será utilizada uma combinação dos seguintes 
critérios: 
• Perfil demográfico da região; 
• Perfil epidemiológico da população a ser coberta; 
• Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; 
• Desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; 
• Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; 
• Previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede; 
• Ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. 
Capítulo III: Planejamento e Orçamento dos Serviços de Saúde 
Diz que o processo de planejamento e orçamento do SUS será do nível local até o federal, 
unindo as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de 
saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. 
__ 
Bom, por hoje era isso! Espero que este artigo seja valioso nos seus estudos para provas da 
graduação ou de concurso público de odontologia. Qualquer dúvida em relação ao assunto 
que você tiver, é só me enviar no Passei Direto, a maior rede de estudos do Brasil, onde você 
pode me seguir para ter acesso a mais conteúdos como este! 
 
 
 
Abraços, André Martins - Arriba Dentista

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