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PROPEDÊUTICA 1 Maria Eduarda de Sá Farias “Denominação que se dá a avaliação global do paciente. Essa Avaliação deve ser craniocaudal- cabeça aos pés” ESTADO GERAL Interação Capacidade de compreensão Relacionamento Disposição e força Identificar como a doença atingiu o organismo como um todo Estado geral bom EGB ou BEG Estado geral regular EGR ou REG Estado geral ruim EGR ou MEG NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Percepção consciente de si mesmo e do mundo exterior Perceptividade: capacidade que o paciente tem de responder perguntas simples Reatividade: capacidade de reagir a algum estímulo do meio Deglutição: capacidade de levar alimentos a boca e degluti-los Reflexos: resposta às manobras de reflexos LOTE Lúcido, Orientado, Tempo e Espaço Nível de consciência rebaixado: sonolência, torpor e coma Nível de consciência aumentado: confusão mental e delírio Consciente Responsivo Sonolento Quando não requisitado, dorme Obnubilado Sonolento + desorientado Torporoso ou Estupor Somente abre os olhos com estimulo doloroso Coma superficial Não abre os olhos com estímulos dolorosos mas emite alguma resposta Coma profundo Sem resposta a estímulos dolorosos Coma com descerebração Postura propiciada pela lesão tronco cerebral Coma com decorticação Postura propiciada pela lesão em núcleos de base Morte cerebral FALA E LINGUAGEM Forma de comunicação do paciente ou o seu padrão de fala Disfonia: timbre da voz – aparelho fonador- voz rouca, fanhosa, bitonal Dislalia: alterações na fluência da fala Disritmolalia: ritmo da fala Taquilalia Gagueira Disartria: incapacidade de articular palavras de maneira correta devido a alterações nos músculos da fonação. Ex: voz monótono (parksoniso) Disfasia: descoordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de modo compreensível graças à alteração na elaboração cortical da fala. Ex: AVC ESTADO DE HIDRATAÇÃO Consumo ou ingesta de água e outros líquidos Hidratado Desidratado PROPEDÊUTICA 2 Maria Eduarda de Sá Farias Hiperidratado Parâmetro: Alteração abrupta de peso Elasticidade, umidade e turgor da pele Umidade das mucosas Alterações oculares Estado geral Fontanelas- crianças Diurese Leve ou Grau I: paciente alerta, olhos normais ou pouco fundos, boca normal ou ligeiramente seca, sinal da prega ausente, volume urinário normal ou pouco diminuído Desidratação moderada ou grau II: paciente irritado, olhos aprofundados, boca seca, saliva espessa, sinal da prega discreta, volume urinário diminuído e, em crianças, fontanelas afundadas Desidratação grave ou grau III: paciente prostrado, olhos fundos, boca muito seca, mucosas desidratados, pele seca e opaca, sinal da prega evidente e, em caso de crianças e RN, fontanelas fundas e choro sem lágrima ESTADO DE NUTRIÇÃO Peso Musculatura Estado geral Pele, pelos e olhos Panículo adiposo IMC = peso/ altura² Circunferência abdominal Homem: até 102 cm Mulheres: até 88cm Relação cintura quadril: Homem: < 0,9 Mulher: < 0,8 DESENVOLVIMENTO FÍSICO Altura e estrutura somática Hiperdesenvolvimento: gigantismo Hipodesenvolvimento: nanismo Habito grácil: constituição corporal fragilizada e pequena, musculatura pouco desenvolvida, altura e peso abaixo do normal Gigantismo acromegálico: estrutura elevada, cabeça aumentada, arcadas supraorbitarias, malares e mento proeminentes, nariz aumentado, pele grossa, mãos e pés grandes. Essas alterações são originadas devido a hiperfunção do lóbulo anterior da hipófise Gigantismo infantil: causado por uma disfunção na hipófise anterior a soldadura hipofisária. Nesse tipo de gigantismo há aumento das extremidades inferiores Nanismo acondroplástico: desigualdade entre o tamanho da cabeça, do tronco e o tamanho dos membros Cretinismo: hipofunção tireoidiana congênita. Há falta de desenvolvimento de todas as partes do corpo, sendo a cabeça grande, o ventre volumoso, lábios e pálpebras grossas, nariz chato, pele grossa e seca, baixo nível mental Nanismo hipofisário: envergadura maior que a altura, órgãos genitais hipodesenvolvidos, aspecto senil precoce Nanismo raquitismo: tórax cariniforme, mau desenvolvimento e deformidade da coluna e ossos longos (escoliose e encurvamento dos ossos das pernas FÁCIES Fácies normal ou atípica: é a fácies do indivíduo normal, sem repercussões direta de alguma doença Fáceis renal Caracteriza-se pela presença de edema periorbitário e palidez Presente nas doenças difusas, dos rins (glomerulonefrite difusa aguda) PROPEDÊUTICA 3 Maria Eduarda de Sá Farias Fácies cushingoide ou de lua de cheia Rosto arredondado e aumentado na quantidade de pelos Hiperfunção das glândulas suprarrenais ou uso prolongado de corticoesteroides Fácies mixedematosa Rosto arredondado Pálpebras infiltradas Nariz e lábios grossos Pele seca e espessada Os cabelos são secos e sem brilho Expressão de desânimo e apatia Fácies basedowiana Rosto emagrecido Olhos salientes e brilhantes (exoftalmia), de maneira desproporcional ao restante da face, Presença de bócio, típico do hipertireoidismo Fácies Miastênica ou de Hutchinson Inexpressividade, ptose palpebral, Relaciona-se a Miastenia gravis, miopatias que acometem os músculos da pálpebra superior Picadas de animais peçonhentos PROPEDÊUTICA 4 Maria Eduarda de Sá Farias Fácies da Paralisia Periférica Face assimétrica Incapacidade de fechar as pálpebras do lado afetado Desaparecimento do sulco nasolabial no lado afetado Incapacidade de enrugar a testa do lado afetado Desvio da rima bucal para o lado não afetado Fácies Adenoidiana: Expressão abobalhada Geralmente crianças Individuos com boca aberta, lábios grossos, nariz pequeno e afilado Decorrente da hipertrofia das adenoides Fácies Mongoloide Pacientes portadores de Síndrome de Down Presença de epicanto característico Hipertelorismo Rosto arredondado Boca quase sempre entreaberta Fácies Esclerodérmica Fácies de múmia (imobilidade facial) Pele lisa, endurecida, brilhante, aderente aos planos profundos Múltiplas pequenas telangiectasias Redução da abertura bucal rodeada por pregas radiais, afinamento do nariz Fácies Leonina Pele espessa, grande número de lepromas, queda dos supercílios, nariz alargado, lábios grossos e proeminentes Ocorre destruição das extremidades faciais, que proporciona uma conformação grosseira de nariz, bochechas e orelhas, lembrando um leão Hanseníase, leishmaniose, linfomas Fácies Etílica Olhos avermelhados, ruborização da face Hálito etílico Voz pastosa PROPEDÊUTICA 5 Maria Eduarda de Sá Farias Fácies da Depressão Cabisbaixo, olhos com pouco brilho, fixos em um ponto, distante ou permanentemente voltados para o chão Fisionomia denota indiferença, tristeza e sofrimento moral Fácies Hipocrática Expressão fácil de portadores de doenças crônicas terminais Falta de gordura facial Pele de coloração escurecida Boca entreaberta Lábios afilados Estado de adinamia profunda Fácies Parkinsoniana Fácies em máscara ou hipomimia Cabeça inclina-se um pouco para gente Os movimentos periódicos de pestanejar ↓, olhar fixo, supercílios elevados e fronte elevada, conferem expressão de espanto A mimica é pobre (hipomimia ou amimia), sendo a fáceis inexpressiva ou congelada Fácies Acromegálica Prognatismo- desfiguração fácil (arcada do maxilar inferior excede à superior) Aumento de mãos e pés (em largura e espessura) Saliência das maças do rosto e das arcadas supra-orbitárias Aumento do tamanho do nariz, orelhas e lábios Fácies Claude Bernard- Horner Síndrome de Claude Bernard- Horner Ptose palpebral Enoftalmia Miose Anidrose Bloqueio da inervação simpática Fácies Pseudobulbar Involuntária e súbitas crises de choro e riso Aspecto espasmódico Fácies do Deficiente Mental Olhar desprovido de objetivo, traduzindo constante alheamento ao meio ambiente Traços faciais grosseiros Boca entreaberta Hipertelorismo e estrabismo PROPEDÊUTICA 6 Maria Eduarda de Sá Farias ATITUDE Posição adotada pelo paciente no leito, por comodidade, hábito ou com objetivo de conseguir alivio Valor diagnóstico as atitudes involuntárias ou as que proporcionam alivio Atitude Voluntária Atitude ortopneica Aliviar a falta de ar decorrente de ICC, asma brônquica ou ascite volumosa O paciente permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para facilitar a respiração Em pacientes em estado grave, permanece deitado com os pés estendidos ao longo da cama, mas recosta-se com a ajuda de dois ou mais travesseiros, na tentativa de colocar o tórax o mais ereto possível Atitude genupeitoral Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdio Atitude parkinsoniana Atitude de cócoras Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica Proporciona algum alivio da hipóxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso para o coração Decúbito Posição de quem está deitado (consciente, por hábito ou para obter alívio) Decúbito preferencial ou indiferencial Decúbito dorsal: com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado nos processos inflamatórios pelvi-peritoneais Decúbito lateral: é uma posição que costuma ser adotada quando há dor de origem pleurítica. Por meio dela, o paciente reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre qual repousa. Ele se deita do lado da dor Decúbito ventral: comum nos portadores de cólica intestinal. O paciente deita-se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre Atitudes Involuntárias Passiva O paciente fica na posição em que é colocado no leito. É observada nos pacientes inconscientes ou comatosos Plegias Ortótono É atitude em que todo o tronco, e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados Opistótono PROPEDÊUTICA 7 Maria Eduarda de Sá Farias É a atitude decorrente da contratura das musculaturas lombares, sendo observada nos casos de tétano e meningite O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco Emprostótono É observado no tétano, na meningite, na raiva Contrário do opistótono, ou seja, o paciente forma um arco voltado para diante Pleurostótono É raro Observado no tétano, meningite e raiva O corpo se curva lateralmente Posição em gatilho Encontrada na irritação meníngea É mais comum em crianças Caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante Torcicolo Mão pêndula da paralisia radial MUCOSAS Conjuntivas, labiobucal, lingual, gengival Coloração Normocoradas Descoramento: descoradas (+ a ++++) Hipercoramento: hipercoradas Cianose (Hb reduzida > 5G/100ml) Icterícia Umidade: úmidas ou secas Presença de lesões PELE Pele: continuidade ou integridade, coloração, umidade, textura, temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor sensibilidade e lesões elementares Fâneros: implantação, distribuição, quantidade, coloração, brilho, espessura e consistência dos cabelos e unhas TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO Distribuição Normal Acúmulo em determinadas áreas- gibosidade Quantidade: normal, aumentado, diminuído ou escasso Lesões: celulite, fibromas, lipomas, cistos, neoplasias MUSCULATURA Troficidade: massa muscular Normotrófico Hipotrófico: diminuição da massa muscular Hipertrófico: aumento da massa muscular Tonicidade: semicontração muscular Tônus normal Hipertonicidade, espasticidade, rigidez Hopotonicidade, flacidez MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS Tremores Movimentos oscilatórios, rápidos relativamente rítmicos, de pequena e média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros De repouso: surge durante o repouso e desaparece com os movimentos e o sono Ex: parkinsonismo De atitude ou postura: surge quando o membro é colocado em uma determinada posição, não sendo muito evidente no repouso ou movimento Ex: Flapping; DÇA de Wilson. Familiar OBS: Flapping ou Asterix, típico de pacientes hepatopáticos De tremor: surge ou agrava quando um movimento é executado Ex: doenças cerebelares Vibratório: fino e rápido como se fosse uma vibração Ex: hipertireoidismo; alcoolismo; neurossífilis Movimentos Coreicos Movimentos amplos, desordenados, de ocorrência inesperada, arrítmicos, multiformes e sem finalidade Ex: Coreia de Sydenham (FR) Movimentos Atetósicos PROPEDÊUTICA 8 Maria Eduarda de Sá Farias Movimentos lentos, estereotipados que ocorrem nas extremidades, lembrando o movimento dos tentáculos do polvo Ex; lesões do núcleo da base Hemibalismo Movimentos rápidos, abruptos, violentos, de grande amplitude, semelhantes aos da coreia Ex; lesões extrapiramidais Mioclonias Contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas que acometem um músculo ou um grupo muscular Ex: epilepsia- pequeno mal Mioquinias Contrações fibrilares, do tipo ondulatório que surgem em mm íntegros, principal// orbicular das pálpebras Sem significado patológico Convulsões Movimentos súbitos, incoordenados, involuntários que ocorrem de forma generalizada ou apenas segmentar Ex: epilepsia; tétano; tumores cerebrais; meningite, febre Tiques Movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente Dominados pela vontade Tetania Crises exclusiva// tônicas quase sempre localizadas nas mãos e pés Espasmos carpopodais Ex: hipocalcemia; alcalose respiratória OBS: Sinal de Trousseau- tetania desencadeada pela compressão da artéria braquial LINFONODOS Tamanho Localização Forma Delimitação Mobilidade Consistência Sensibilidade Normalmente as cadeias dos linfonodos recebem o nome da localização anatômica a qual está relacionada BIOTIPO OU TIPO MORLÓGICO Ângulo de Charpy: corresponde ao entalhe onde as costelas encontram o osso esterno Normolíneo Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; proporção equilibrada entre os membros e o tronco Ângulo em 90º Brevilíneo Pescoço curto e grosso; membros curtos em relação ao tórax; tórax alargado; penículo adiposo espesso; musculatura bem desenvolvida; tendência à estatura baixa Ângulo > 90º PROPEDÊUTICA 9 Maria Eduarda de Sá Farias Longilíneo Pescoço longo e delgado; membros alongados desproporcionais em relação ao tronco; tórax afilado e chato; penículo adiposo escasso; musculatura pouco desenvolvida; tendência à estatura elevada Ângulo < 90º MARCHA Grande utilidade nas afecções neurológicas Semiotécnica: inspeção Marcha normal Marcha Cerebelar Marcha do ébrio, em zig zag Andar com pernas e braços afastados. O primeiro para ampliar a base de sustentação; e o segundo para ajudar no equilíbrio Marcha insegura, oscilante Com frequentes oscilações, paradas e desvios Lesões do cerebelo Marcha Tabética Aumento da base de sustentação, por perda do equilíbrio (pés muito afastados), olhar dirigido para o solo e, ao caminhar, o tabético eleva súbita e violentamente os MMII, recolocando-os no chão por intermédio dos calcanhares Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula Tabes dorsalis (sífilis terciária) Marcha Helicópode, Cifante ou Hemiplégica Membro superior fletido Ao andar, o paciente arrasta a perna comprometida e traça por seu intermédio um semicírculo Hemiplegia (+ comum em AVC) Marcha Parkinsoniana Paciente anda em bloco, enrijecido, sem os movimentos dos braços A cabeça permanece inclinada para gente, e os passos são miúdos e rígidos Marcha Escarvante Os pés pendem e arrastam a ponta no chão, fato que obriga a levantar excessivamente a perna a cada passo Lesões dos nervos periféricos, radiculares, polineurites e poliomielites MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Peso Altura IMC SINAIS VITAIS Pulso Temperatura Pressão Arterial Frequência respiratória Frequência cardíaca