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Prova de Conhecimentos Gerais da FUVEST 2021

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Prévia do material em texto

Universidade de São Paulo 
 Brasil 
 
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS 
28/03/2021 
Instruções 
1. Só abra este caderno quando o fiscal autorizar. 
2. Verifique se o seu nome está correto na capa deste caderno e se a folha de respostas pertence 
ao grupo V. Informe ao fiscal de sala eventuais divergências. 
3. Durante a prova, são vedadas a comunicação entre candidatos e a utilização de qualquer 
material de consulta e de aparelhos de telecomunicação. 
4. Duração da prova: 5 horas. O(A) candidato(a) poderá retirar-se da sala definitivamente apenas 
a partir das 1 h. Não haverá tempo adicional para preenchimento da folha de respostas. 
5. Lembre-se de que a FUVEST se reserva ao direito de efetuar procedimentos adicionais de 
identificação e controle do processo, visando a garantir a plena integridade do exame. Assim, 
durante a realização da prova, será coletada por um fiscal uma foto do(a) candidato(a) para 
fins de reconhecimento facial, para uso exclusivo da USP e da FUVEST. A imagem não será 
divulgada nem utilizada para quaisquer outras finalidades, nos termos da lei. 
6. Após a autorização do fiscal da sala, verifique se o caderno está completo. Ele deve conter 90 
questões objetivas, com 5 alternativas cada. Informe ao fiscal eventuais divergências. 
7. Preencha a folha de respostas com cuidado, utilizando caneta esferográfica de tinta azul. 
Essa folha não será substituída em caso de rasura. 
8. Ao final da prova, é obrigatória a devolução da folha de respostas acompanhada deste 
caderno de questões. 
 
FUNDAÇÃO
UNIVERSITÁRIA
PARA O VESTIBULAR
F V
U E
S
T
FUVEST 2021
1ª Fase - Conhecimentos Gerais
Declaração 
Declaro que li e estou ciente das informações que constam na capa desta prova, na folha de 
respostas, bem como dos avisos que foram transmitidos pelo fiscal da sala.
 
ASSINATURA
 
 
O(a) candidato(a) que não assinar a capa da prova será considerado(a) ausente da prova.
3
01
Em uma folha de sulfite, desenha-se um quadrado cujos vértices 
são representados pelos pontos X, Y, Z e W e, em seguida, toma-
-se um ponto E, sobre essa folha, exterior ao quadrado, de modo 
que o triângulo formado pelos pontos Y, Z e E seja equilátero. 
Assim, a medida do ângulo XÊW é
(A) 15°.
(B) 30°.
(C) 35°.
(D) 40°.
(E) 45°.
02
Bruna e Leonardo acabam de sacar dinheiro em suas agências 
bancárias. Se Bruna der R$ 40,00 a Leonardo, eles ficarão com 
a mesma quantia. Se Leonardo der R$ 22,50 a Bruna, então a 
quantia dela passará a ser três vezes a quantia dele. Desse modo, 
os dois juntos possuem uma quantia, em reais, de:
(A) 100.
(B) 150.
(C) 200.
(D) 250.
(E) 300.
03
Na figura a seguir temos BC = 4 cm, AC = 2cm,  AC ⊥  CB e  AD ⊥  DB .
 
Sabendo que o ângulo CÂD é 30°, então a medida de  BD , em cm, 
é igual a
(A)  6 - 
dXX 3   ______ 3  
(B) 6 dXX 3  - 3
(C) 2 dXX 3  - 1
(D)  4 - 
dXX 3   ______ 2  
(E)  5 
dXX 3   ____ 2  
04
Considere a equação do segundo grau expressa por 
x2 + ax + 12 = 0. Para que a soma dos quadrados de suas raízes 
seja igual a 25, o valor de a pode ser
(A) 7.
(B) 6.
(C) 5.
(D) 4.
(E) 3.
05
Sejam a e b são números reais positivos, dentre as igualdades 
apresentadas abaixo, a única verdadeira é:
(A) 3 dXXXXXX a3 + b3  = a + b
(B)   1 __________ 
a - dXXXXXX a2 + b2  
  = -1/b
(C) ( dXX a  - dXX b  )2 = a - b
(D)   1 _____ a + b  =  
1 __ a  +  
1 __ b  
(E)   a
3 - b3 __________ a2 + ab + b2  = a - b
06
Em uma pesquisa realizada com 33 importadores de vinho, 22 
importam vinho italiano, 14 importam vinho alemão e 27 im-
portam vinho francês. Sabe-se que todos os importadores im-
portam vinhos de pelo menos um desses países produtores e 
que, no total, 18 desses importadores importam de exatamente 
dois desses países. O número de importadores de vinho dessa 
pesquisa que importam dos três países é
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 5.
(E) 6.
07
O menor número inteiro positivo que devemos adicionar a 985 
para que a soma seja o quadrado de um número inteiro positivo é
(A) 37
(B) 39
(C) 41
(D) 43
(E) 45
08
Uma circunferência circunscrita a um pentágono regular estrela-
do é apresentada na figura abaixo.
 
A soma dos ângulos assinalados é igual a
(A) 90°
(B) 120°
(C) 180°
(D) 224°
(E) 270°
09
Para receber um grupo de amigos em sua casa, uma pessoa en-
comendou a um Buffet 7 salgadinhos para cada amigo. No dia da 
recepção, ao receber os salgadinhos, a pessoa notou que haviam 
2 a mais do que o total encomendado. No entanto, comparece-
ram à recepção 3 amigos a mais do que o previsto. Para resolver 
o imprevisto, a pessoa distribuiu exatamente 6 salgadinhos para 
cada amigo presente. Com isso, o número de amigos que com-
pareceram à recepção foi
(A) 19.
(B) 18.
(C) 17.
(D) 16.
(E) 15.
4
10
Na figura a seguir ABCD e EFGH são quadrados. Sabe-se que AC 
tem medida dXX 3  cm e que o ângulo A 
 ̂ 
 C  H mede 60°.
 
Logo, a área de EFGH, em cm2, é
(A)  3 
dXX 3   ____ 2  .
(B) 3 -   
dXX 3   ___ 2  .
(C) 3 - dXX 3  .
(D) 3 ( 1-    dXX 3   ______ 2   ) .
(E) 2 dXX 3  - 6.
11
Sabe-se que em uma agência de viagens, durante um determi-
nado momento, o número de clientes argentinos é expresso por 
A =  2
n+4 + 2n-2 - 2n-1  _____________ 2n-2 + 2n+1  e o número de clientes bolivianos é dado por
B = n dXXXX  31+n ___ 31-n    , com n ∈ N*, logo A + B corresponde a:
(A) (   2 __ 3   ) n
(B) 2n
(C) 16
(D) 18
(E) 20
12
Um topógrafo foi contratado para medir um terreno em forma 
de triângulo isósceles. As medições apontaram que a diferença 
entre as medidas de dois lados do terreno é 75 m. Sabendo que 
esses lados estão na razão de 8 para 5 e admitindo-se que o lado 
desigual é o de maior medida, o perímetro do terreno vale
(A) 440 m
(B) 450 m
(C) 460 m
(D) 470 m
(E) 480 m
13
Observe a tabela periódica abaixo:
I II
III
V
IX X
VI VIIIV
De acordo com a tabela periódica, analise as afirmativas a seguir:
I. Os elementos químicos representados por II e VII são gases 
nobres, pois pertencem à família 8A.
II. O elemento químico representado por IV é um metal alcalino 
e possui apenas um elétron na camada de valência.
III. O elemento químico representado por III está localizado no 
segundo período e pertence à família dos calcogênios (famí-
lia 6A).
IV. O elemento químico representado por V está localizado no 
quarto período e é classificado como um elemento repre-
sentativo.
Estão corretas:
(A) I e II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) I, II e III, apenas
14
O cobre foi provavelmente o primeiro metal a ser descoberto e 
trabalhado pelo homem. Ainda que seja difícil estabelecer a data 
em que iniciou-se a sua utilização, acredita-se que tenha sido há 
mais de 7000 anos. O emprego do cobre possibilitou um pro-
gresso para as civilizações mais antigas que evoluíram da idade 
da pedra para a do bronze. Atualmente, ainda é um elemento 
muito importante no desenvolvimento de novas tecnologias.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_3/10-
EQ-37-10.pdf. Acesso em: 15 de dez. 2020.
Com relação ao cobre, podemos afirmar que sua distribuição 
eletrônica no estado fundamental é
(A) 1s22s22p63s23p64s13d10
(B) 1s22s22p63s23p64s23d10
(C) 1s22s22p63s23p64s23d9
(D) 1s22s22p63s23p64s23d8
(E) 1s22s22p63s23p64s23d7
Note e adote:
Número atômico do cobre (Z): 29
15
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis 
e Gás Natural (ANP), o litro do álcool hidratado, um importante 
combustível, deve ser constituído por 96% v/v de álcool puro 
e o restante por água. As densidades desses componentes são 
dadas na tabela a seguir.
Substância pura Densidade (g⋅L-1)
água 990
etanol 790
Após a coleta de álcool hidratado em quatro postos de gasoli-
na, as amostras foram levadas para análise de adulteração do 
combustível. Abaixo estão os valores da densidade medidos do 
combustível em cada um dos quatro postos:
Posto de gasolina Densidade do álcool hidratado (g⋅L-1)
A 810B 805
C 798
D 795
A partir dos valores obtidos, os combustíveis vendidos dentro 
das normas da ANP são somente aqueles vendidos pelos postos
(A) A e B, apenas.
(B) A e C, apenas.
(C) B e D, apenas.
(D) C e D, apenas. 
(E) A, B e D, apenas.
5
16
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no 
Diário Oficial desta segunda-feira (26), resolução que proíbe a fa-
bricação, distribuição e venda, de álcool líquido com graduação 
acima de 54° GL. A medida determina, ainda, que as empresas 
recolham os produtos existentes no mercado.
Disponível em: http://g1.globo.com/economia/
noticia/2013/02/anvisa-publica-proibicao-de-venda-de-
alcool-liquido.html. Acesso em: 04 de set. 2020.
A venda do álcool hidratado 96% v/v é controlada por motivos 
de segurança devido a alguns casos de acidentes por manuseio 
incorreto do produto. A seguir, o gráfico representa a sua curva 
de aquecimento à pressão de 1 atm.
Temperatura
Temperatura (°C)
TE = constante
v
s
s + l
l + v
l
PE = 78,1
Tempo [min]
faixa de 
temperatura de fusão
A partir da análise do gráfico, podemos afirmar que o álcool hi-
dratado é uma
(A) substância pura e as suas temperaturas de fusão e ebulição 
são constantes.
(B) substância pura e apenas a sua temperatura de ebulição é 
constante.
(C) mistura eutética e apenas a sua temperatura de ebulição é 
constante.
(D) mistura azeotrópica e as suas temperaturas de fusão e ebuli-
ção são constantes.
(E) mistura azeotrópica e apenas a sua temperatura de ebulição 
é constante.
17
O uísque é uma bebida alcoólica que contém centenas de com-
postos diferentes. Estes podem ser influenciados pelo tipo de 
malte e grãos utilizados, pelo processo de destilação e pela ma-
deira utilizada nos barris utilizados no processo de envelheci-
mento.
Durante o processo de fabricação da bebida alcoólica, o líquido 
é destilado duas vezes, para reduzir a quantidade de água e em 
contrapartida aumentar a concentração do álcool etílico e do sa-
bor. A destilação é realizada em um recipiente denominado de 
alambique, normalmente feito de cobre. 
Sobre o processo de destilação descrito, podemos afirmar que
(A) separa os componentes de uma mistura homogênea do tipo 
líquido-líquido. 
(B) separa os componentes de uma mistura homogênea do tipo 
sólido-líquido.
(C) separa os componentes de uma mistura homogênea do tipo 
sólido-gás.
(D) separa os componentes de uma mistura heterogênea do tipo 
líquido-líquido.
(E) separa os componentes de uma mistura heterogênea do tipo 
sólido-líquido.
18
Leia o trecho abaixo sobre o modelo atômico proposto por Bohr. 
Em três artigos de 1913, Bohr propôs seu modelo para explicar 
átomos e moléculas, baseado em ideias quânticas de M. Planck 
(...) Bohr fez sua escolha pelo modelo de Rutherford, a insta-
bilidade clássica era absolutamente oportuna para o desenvol-
vimento das suas ideias, propondo um modelo quantizado e 
nuclear.
Disponível em: http://www.eventoexpress.com.br/cd-36rasbq/
resumos/T1546-1.pdf. Acesso em: 15 de dez. 2020.
Com relação ao modelo atômico proposto por Bohr, podemos 
afirmar que
(A) ele foi o responsável pelo descobrimento e caracterização de 
uma subpartícula carregada negativamente, o elétron (e-).
(B) é capaz de explicar os diferentes espectros atômicos em fun-
ção das diferentes transições eletrônicas, que variam de ele-
mento para elemento.
(C) ele foi o responsável pelo descobrimento e caracterização de 
uma subpartícula carregada positivamente, o próton (p+).
(D) ele conclui que o átomo possui duas regiões distintas: o nú-
cleo e a eletrosfera.
(E) ele determinou a relação carga/massa de um elétron.
19
Uma palavra nova (e um tanto estranha) entrou há pouco tempo 
no vocabulário de quem costuma fazer dieta: xilitol. Trata-se de 
um adoçante de sabor e poder edulcorante (capacidade de ado-
çar) similares ao açúcar branco, mas com menos calorias, entre 
outras vantagens.
Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/
noticias/redacao/2018/03/27/mais-saudavel-que-
adocante-xilitol-nao-e-100-natural-mas-e-boa-opcao.
htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 04 de set. 2020.
A fórmula estrutural do xilitol é representada a seguir.
OH OH
OH OH
OH
CH CH CH CHH2C 2
Para uma amostra de 7,6 mg, a quantidade de átomos totais na 
amostra é
(A) 3 ⋅ 1019
(A) 6 ⋅ 1019
(C) 12 ⋅ 1019
(D) 24 ⋅ 1019
(E) 66 ⋅ 1019
Note e adote:
Mxilitol = 152 g⋅mol
-1; Constante de Avogadro: 6 ⋅ 10²³ mol-1
20
O que é nitroglicerina e por que ela é tão potente?
A nitroglicerina é uma substância amarelo-esverdeada, líquida à 
temperatura ambiente, descoberta pelo italiano Ascanio Sobre-
ro em 1847 – e um dos explosivos químicos mais potentes que 
existem. Como todos os explosivos químicos, ela tem molécu-
las muito instáveis, que se decompõem muito rápido após uma 
ignição, liberando grandes quantidades de gás e calor. Quanto 
maior a quantidade de gás produzida e quanto menor o tempo 
de reação, maior o estrago. 
Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-
estranho/o-que-e-nitroglicerina-e-por-que-ela-e-
tao-potente/. Acesso em: 04 de jan. de 2021.
6
Os explosivos funcionam, em muitos casos, a partir de grandes 
e rápidos deslocamentos de gases. A nitroglicerina, o primeiro 
explosivo a ser empregado em grande escala é um líquido sensí-
vel ao choque, que, quando acionado, se decompõe conforme a 
reação química mostrada a seguir:
4 C3H5(NO3)3(l) → 6 N2(g) + 10 H2O(g) + 12 CO2(g) + 1 O2(g)
A partir das informações acima, podemos afirmar que
(A) O volume ocupado pelo CO2, após a detonação de 1 mol de 
nitroglicerina nas CNTP, é de 22,4 L.
(B) O volume ocupado pelo CO2, após a detonação de 1 mol de 
nitroglicerina nas CNTP, é de 44,8 L.
(C) A detonação de 2 mols de nitroglicerina produz uma massa 
de 16 g de O2.
(D) A detonação de 2 mols de nitroglicerina produz 3 ⋅ 1020 mo-
léculas de O2.
(E) A detonação de 2 mols de nitroglicerina produz 3 ⋅ 1026 áto-
mos de oxigênio.
Note e adote:
Volume molar nas CTNP (L ⋅ mol-1): 22,4
Massas molares (g ⋅ mol-1): O = 16; N = 14; C = 12 e H = 1
21
O ácido sulfúrico é produzido industrialmente a partir do enxofre 
por meio das seguintes etapas:
I. S(s) + O2(g) → SO2(g)
II. SO2(g) + 1/2 O2(g) → SO3(g)
III. SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)
A massa de ácido sulfúrico produzida, em quilos, a partir de 
16 kg de enxofre contendo 40% de impurezas é
(A) 9,4.
(B) 19,4.
(C) 29,4.
(D) 39,4.
(E) 49,4.
Note e adote:
MH2SO4 = 98 g ⋅ mol
-1 e MS = 32 g ⋅ mol
-1
22
Desde o início do ano, milhares de postos passaram a vender o 
S-50 (50 g de enxofre em 106 g de diesel S-50), que será substitu-
ído em 2013 pelo S-10 (10 g de enxofre em 106 g de diesel S-10).
A iniciativa da ANP compõe um cronograma do âmbito do Pro-
grama Nacional de Combate à Poluição de Veículos Automotores 
(Proconve), do qual a Agência faz parte, e visa à redução dos 
elementos poluentes no ar das cidades brasileiras.
Disponível em: http://www.anp.gov.br/institucional/publicidade/809-
diesel-s-50. Acesso em 30 de jan. 2020. (Adaptado)
A partir das informações fornecidas, podemos afirmar que a 
quantidade de átomos de enxofre em 320 g de diesel S-50 será de
(A) 1 ⋅ 1020 átomos de S
(B) 2 ⋅ 1020 átomos de S
(C) 3 ⋅ 1020 átomos de S
(D) 4 ⋅ 1020 átomos de S
(E) 5 ⋅ 1020 átomos de S
Note e adote:
Dados: NA = 6 ⋅ 10
23 mol-1 e MS = 32 g⋅mol
-1
23
A tabela a seguir apresenta os valores para duas propriedades 
periódicas (A e B) em função do número atômico (Z):
Número 
atômico 
(Z)
Li 
(Z=3)
Be 
(Z=4)
B 
(Z=5)
C 
(Z=6)
N 
(Z=7)
O 
(Z=8)
F 
(Z=9)
A 167 112 87 67 56 48 42
B 0,98 1,57 2,04 2,55 3,04 3,44 3,98
Com base na tabela acima, podemos afirmar que as proprieda-
des A e B são, respectivamente, a(o)
(A) eletronegatividade e o raio atômico.
(B) eletronegatividade e a eletropositividade.
(C) raio atômico e a eletropositividade.
(D) raio atômico e a eletronegatividade.
(E) potencial de ionização e o raio atômico.
24
Considere um cristal de cloreto de césio, onde os íons de césio, 
Cs+, estão nos oito vértices de um cubo, com umíon de cloro, 
Cl−, no centro, conforme a figura a seguir. A aresta do cubo tem 
0,20 nm. Os íons Cs+ possuem um elétron a menos, e os íons 
Cl− possuem um elétron a mais. Se um dos íons Cs+ está faltando, 
dizemos que o cristal possui um defeito.
Cl
Cs 0,20 nm+
-
Nesse caso, o módulo da força eletrostática total exercida sobre 
o íon Cl− pelos íons Cs+ e o módulo da força eletrostática total 
exercida sobre o íon Cl− pelos íons Cs+, aproximadamente, quan-
do apenas um íon de Cs+ está faltando são, respectivamente:
(A) 0 N e 1 ⋅ 10-9 N
(B) 0 N e 7,7 ⋅ 10-9 N
(C) 1 N e 2,2 ⋅ 10-19 N
(D) 2 N e 2,2 ⋅ 10-19 N
(E) 3 N e 3,2 ⋅ 10-18 N
Note e adote:
Carga do elétron: |e-| = 1,6 ⋅ 10-19 C
Constante eletrostática do meio: K = 9 ⋅ 109 Nm²/C²
25
João, um remador, deseja atravessar um rio de largura X com seu 
barco a uma velocidade constante u. Porém, a velocidade das 
águas não é constante. Considere que a velocidade das águas 
no ponto médio da distância de largura do rio tem máximo valor, 
conforme é ilustrado nas figuras abaixo pelas setas:
X
Fig. A
O
P
V X
Fig. B
O
P
V
X
Fig. C O
P
V X
Fig. D O
P
V
7
Baseando nos fundamentos da cinemática, e sendo t o tempo 
necessário para o barco atravessar o rio, assinale a alternativa 
correta.
(A) A figura A representa corretamente a trajetória do barco; e o 
tempo t para atravessar o rio é igual a t = x/Vmáx - u.
(B) A figura D representa corretamente a trajetória do barco; e o 
tempo t para atravessar o rio é igual a t = x/u.
(C) A figura C representa corretamente a trajetória do barco; e o 
tempo t para atravessar o rio é igual a t = dXX 2  /u.
(D) A figura B representa corretamente a trajetória do barco; e o 
tempo t para atravessar o rio é igual a t = x/u + Vmáx.
(E) A figura D representa corretamente a trajetória do barco; e o 
tempo t para atravessar o rio é igual a t = dXX x  /u + V.
26
No século XX, foram descobertas a existência de galáxias e a 
espantosa expansão do universo. Essa grandiosa descoberta 
é atribuída ao astrônomo norte-americano Edwin Hubble, e é 
considerada uma das maiores descobertas científicas do século. 
A famosa lei de Hubble relaciona a velocidade de afastamento 
entre dois corpos no universo com a distância entre eles: v = HR, 
onde R é a distância entre as galáxias e H a constante de Hubble 
determinada experimentalmente e igual a 75km/(s⋅Mpc). Com 
essa equação, é possível estimar a idade do universo, desde o 
Big Bang. 
Sendo 1 pc = 3 × 1016 m, a idade aproximada do Universo, em 
dias, é
(A) 4,60 × 1012.
(B) 2,70 × 1013.
(C) 2,20 × 1014.
(D) 5,60 × 1015.
(E) 8,25 × 1017.
27
É possível estimar a velocidade de um sedimento muito antigo 
em relação a uma montanha submarina. O material do fundo do 
mar é extrudado desta montanha marinha e movimenta-se para 
longe a uma velocidade aproximadamente constante.
250
30
Id
ad
e 
(1
0 
 a
no
s)
6 
Distância (km) 
0
0
Nesse sentido, a intensidade da velocidade, em mm/ano, com 
que este material se afasta da montanha é aproximadamente
(A) 10,3.
(B) 16,7.
(C) 19,0.
(D) 19,4.
(E) 24,0.
28
Um hamster atravessa um estacionamento, no qual, por algu-
ma razão, um conjunto de eixos coordenados foi desenhado. As 
coordenadas da posição do hamster, em metros, em função do 
tempo t, em segundos, são dadas por:
x = - 0,5 t2 + 5,5 t + 17
y = - 10 t3 + 240 t - 6
No instante igual a 5 s, o vetor posição 
 ___
 
›
 R  na notação dos vetores 
unitários 
 _
 
›
 i  e 
 _
 
›
 j  e seu módulo aproximado em relação à origem 
são, respectivamente,
(A) 45 
 _
 
›
 i  + 52 
 _
 
›
 j  , 69 m
(B) 50 
 _
 
›
 i  + 55 
 _
 
›
 j  , 74 m
(C) 47 
 _
 
›
 i  - 57 
 _
 
›
 j  , 46,2 m
(D) 61 
 _
 
›
 i  - 54 
 _
 
›
 j  , 58,4 m
(E) 32 
 _
 
›
 i  - 56 
 _
 
›
 j  , 64,5 m
29
Considere dois navios de guerra, uma Corveta e uma Fragata, 
navegando paralelamente e no mesmo sentido em um trecho 
retilíneo.
 
Sabendo que a Corveta apresenta comprimento 120 m e se lo-
comove em movimento uniforme com velocidade escalar média 
de 24 m/s e a Fragata apresenta comprimento 150 m e se loco-
move também em movimento uniforme, mas com velocidade 
escalar média de 8 m/s. O intervalo de tempo, em segundos, 
necessário para que a Corveta ultrapasse a Fragata a partir do 
momento em que a frente da Corveta estiver posicionada exata-
mente ao lado da traseira da Fragata e ao final da ultrapassagem 
quando a traseira da Corveta estiver posicionada exatamente ao 
lado da frente da Fragata é de
(A)  15 ___ 7  s
(B)  115 ____ 3  s
(C)  125 ____ 4  s
(D)  135 ____ 8  s
(E)  149 ____ 5  s
30
Uma esfera de aço de massa m = 0,250 kg a 180°C é colocada so-
bre um bloco gigantesco de gelo a 0°C, e ambos são encerrados 
em um recipiente termicamente isolado.
Depois de algum tempo, verifica-se que uma pequena parte do 
gelo se fundiu e o sistema atinge o equilíbrio térmico.
A redução percentual do volume da esfera em relação ao seu 
volume inicial e a pequena massa de água obtida, supondo que 
todo calor perdido pela esfera tenha sido absorvido pelo gelo 
são respectivamente próximos de:
(A) 1% e 0,08 kg.
(B) 2% e 0,02 kg.
(C) 5,5% e 0,1 kg.
(D) 6,5% e 0,065 kg.
(E) 6,5% e 0,350 kg.
Note e adote:
A massa do bloco de gelo é muito maior que a da esfera de aço.
coeficiente de dilatação linear do aço: α = 12 × 10-5°C-1;
calor específico do aço: c = 460 J/(kg°C);
calor latente de fusão do gelo: L = 3,2 × 105 J/kg.
8
31
Dois cilindros metálicos feitos de materiais A e B têm os mesmos 
comprimentos; os respectivos raios estão relacionados como 
RA = 4RB. Quando a diferença de temperaturas entre suas extremi-
dades são as mesmas, e a taxa de energia em forma de calor por 
condução também é a mesma, as condutividades térmicas dos ma-
teriais estão relacionadas por:
(A) kA = kB / 16
(B) kA = kB / 2
(C) kA = kB
(D) kA = 2 kB
(E) kA = 4 kB
32
Um objeto de 155 g de massa repousa, durante um minuto, so-
bre a superfície de uma placa retangular de 25 cm de espessura 
e, ao final deste experimento, percebe-se que o volume do obje-
to é 2,4 % superior ao inicial.
180 °C
200 °C
25,00 cm
Placa
ObjetoT
T
=
=
SUPERFÍCIE
BASE
A base da placa é mantida em 200 °C por uma chama a uma taxa 
constante de liberação de energia e nota-se que a sua superfície 
permanece em 180 °C. A fração de energia, em percentagem, efe-
tivamente utilizada para deformar a peça é, aproximadamente,
(A) 7%
(B) 15%
(C) 23%
(D) 38%
(E) 54%
Note e adote:
 § Condutividade térmica da placa: 50 W/m⋅°C
 § Calor específico do objeto: 432 J/kg⋅°C
 § Coeficiente de dilatação linear do objeto: 1,6 ⋅ 10-5 °C-1
 § Área da base da placa: 0,6 m2
33
A figura a seguir mostra duas cargas elétricas A e B com valores 
de 52 µC e 20 µC respectivamente no vácuo.
60
80
CA
B
0
x (cm)
y (cm)
O campo elétrico resultante no ponto C tem módulo igual a:
(A) 11/16 ⋅ 105 N/C
(B) 71/8 ⋅ 105 N/C
(C) 41/13 ⋅ 105 N/C
(D) 29/56 ⋅ 105 N/C
(E) 22/7 ⋅ 105 N/C
Note e adote:
Considere dXXXXXX 20089  = 142
K = 9 ⋅ 109 Nm2/C2
34
Segundo a figura a seguir, dois íons com cargas elétricas fixas 
estão separadas por uma distância d.
2q
-4q O
Origem
d
X
O ponto ou os pontos sobre o eixo X em que o campo elétrico 
resultante tem valor nulo, está(ão) localizado(s) em:
(A) x = (2 + dXX 2  ) ⋅ d
(B) x = (2 - dXX 2  ) ⋅ d
(C) x = -(2 + dXX 2  ) ⋅ d
(D) x = -(2 + dXX 2  ) ⋅ d e x = (2 - dXX 2  ) ⋅ d
(E) x = (2 + dXX 2  ) ⋅ d e x = (2 - dXX 2  ) ⋅ d
Note e adote:
Constante eletrostática do meio: K = 9 ⋅ 109 Nm2/C2
35
O módulo da força eletrostática entre dois íons positivos idênticos 
que estão separados por uma distância de 96 ⋅ 10-10 m vale apro-
ximadamente 1 ⋅ 10-9 N. A carga de cada íon e a quantidade de 
elétrons que estão “faltando” (o que dá ao íon sua carga em dese-
quilíbrio), aproximadamente, em cada íon são, respectivamente,
(A) 1 ⋅ 10-19 C e 20 elétrons
(B) dXX 3  ⋅ 10-19 C e 20 elétrons
(C) 32 ⋅ 10-19 C e 20 elétrons
(D)3,2 ⋅ 10-19 C e 30 elétrons
(E) 2,2 ⋅ 10-19 C e 10 elétrons
Note e adote:
Carga do elétron: |e-| = 1,6 ⋅ 10-19 C
Constante eletrostática do meio: K = 9 ⋅ 109 Nm2/C2
36
O esquema abaixo ilustra um importante experimento, atribuído 
a Stanley Miller e Harold Urey, com o propósito de estudar os 
eventos relacionados à origem da vida na Terra.
mistura de gases
torneira
Fonte da Ilustração:
h�p://www.planetabio.com.br/origem.html. (Acesso em 04/04/2019)
condensador
H2
NH3
CH4
recipiente de
coleta
+ �
H2O
9
Nesse experimento,
(A) há a presença de todos os gases que compunham a atmosfe-
ra da Terra primitiva: metano, amônia e hidrogênio.
(B) as descargas elétricas induzem os gases a formar novas li-
gações, mais complexas que as anteriores, de forma a gerar 
seres vivos.
(C) o ambiente aeróbio favoreceu a ocorrência de reações quí-
micas que resultaram na formação dos primeiros seres vivos.
(D) a situação simula o ambiente caótico da Terra primitiva, em que 
não era possível surgirem estruturas orgânicas ou seres vivos.
(E) um resultado possível, e que foi obtido pelos pesquisadores, 
é a formação de moléculas orgânicas a partir das condições a 
que os gases foram submetidos.
37
No início da década de 1950, o vírus que causa mixomatose foi 
introduzido na Austrália para controlar a população de coelhos, 
que se tornaram uma praga. Poucos anos depois da introdução do 
vírus, a população de coelhos reduziu drasticamente.
Após 1955, a doença passou a se manifestar de forma mais bran-
da nos animais infectados e a mortalidade diminuiu. Uma possí-
vel explicação para esse evento é que
(A) o vírus induziu o nascimento de coelhos mais resistentes à 
infecção, os quais deixaram maior número de descendentes.
(B) as cepas de vírus muito agressivas e que levavam os hospe-
deiros à morte muito rapidamente foram extintas.
(C) a necessidade de adaptação dos coelhos à presença do vírus 
provocou mutações que lhes conferiram resistência.
(D) o vírus induziu a produção de anticorpos que foram transmi-
tidos pelos coelhos à prole, conferindo-lhe maior resistência 
com o passar das gerações.
(E) os coelhos se tornaram imunes à mixomatose, de forma que 
o vírus passou a causar, neles, sintomas menos nocivos.
38
A imagem ilustra duas espécies de esquilos (Ammospermophilus 
harrisii e Ammospermophilus leucurus) encontrada em diferen-
tes áreas do Grand Canyon nos Estados Unidos.
(Neil A. Campbell et al. Biology: concepts and connec�ons, 2009. Adaptado.)
As duas espécies, em um certo momento, eram apenas popula-
ções diferentes da mesma espécie. O evento que consolidou a 
diferenciação dessas populações em espécies diferentes foi o(a)
(A) surgimento de uma barreira física.
(B) rompimento do fluxo gênico.
(C) ocorrência de mutações diferenciadas em cada população.
(D) isolamento geográfico.
(E) ação de pressões seletivas distintas em cada população.
39
O cladograma a seguir traz as relações evolutivas entre dez 
espécies.
A B
SANTOS, C. M. D. Os dinossauros de Henning: sobre a importância
do monofile�smo para a sistemá�ca biológica. Scien�ae Zudia,
São Paulo, V.6, n.2, 2008. p. 179-200. (Adaptado). 
C D E F G H I J
A análise do cladograma permite concluir que, evolutivamente, 
a(s) espécie(s)
(A) E é mais próxima de F do que de G.
(B) H é mais próxima de J do que de G.
(C) A e C compartilham um ancestral comum exclusivo.
(D) I e J são mais evoluídas do que E.
(E) B é mais próxima de C do que de D.
40
Em meio à pandemia, RS encerra surto de sarampo
Desde o mês de abril de 2020, o Rio Grande do Sul não registra 
novos casos de sarampo em solo gaúcho. Até 13 de junho des-
te ano, foram 37 casos confirmados da doença, sendo o último 
paciente contaminado no mês de abril. Passado o período de 90 
dias, a Vigilância da Saúde do Estado considerou encerrado o 
surto de sarampo no Estado. No ano passado, foram 101 casos 
confirmados e 789 suspeitos da doença.
Obtido de: <https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/
ger al/em-meio-%C3%A0-pandemia-rs-encerra-surto-
de-sar ampo-1.469907>. Acesso em: 06/set/2020.
Com relação ao sarampo, pode-se afirmar que
(A) o alto custo da produção de suas vacinas, não coberto pelo 
sistema público de saúde, torna inacessível a prevenção des-
sa doença para grande parte da população.
(B) seus agentes infecciosos são vírus que, quando enfraqueci-
dos ou mortos para tratamento preventivo, estimulam res-
posta imune no organismo humano.
(C) é causado pelo bacilo de Koch, e, apesar de ter sido erradica-
do na maioria dos países, continua reaparecendo em surtos 
como o citado no texto.
(D) a produção de vacina específica para essa doença é feita atu-
almente, em pequena escala, a partir da extração de anticor-
pos de animais com sistema imune mais desenvolvido, como 
equinos.
(E) seu agente infeccioso foi eliminado totalmente da maioria 
dos países, tornando desnecessária a aplicação de medidas 
preventivas.
10
41
Sobre as bactérias, podemos afirmar que
(A) a parede celular dos organismos desse grupo é composta 
principalmente de peptidoglicano, uma gordura que possui 
capacidade impermeabilizante e que torna as bactérias re-
sistentes aos antibióticos.
(B) sua principal forma de reprodução é assexuada por brota-
mento, como na espécie Escherichia coli, presente no estô-
mago humano.
(C) a conjugação bacteriana é um processo assexuado de ganho 
de variabilidade, via recombinação entre duas bactérias (do-
adora e receptora), que pode promover resistência a deter-
minado fármaco.
(D) algumas, denominadas cianobactérias, apresentam cloro-
plastos com a capacidade de realizar fotossíntese, o que au-
xilia a produção de oxigênio atmosférico.
(E) seu material genético é constituído de DNA circular, disperso 
no citoplasma sem nenhuma membrana nuclear.
42
Uma das estratégias mais comumente utilizadas para combater 
doenças causadas por microrganismos é o combate ao próprio 
vetor delas, quando presente; isto interrompe o ciclo de vida do 
causador da doença, reduzindo as chances deste de entrar em 
contato com humanos. Algumas doenças que podem ter sua inci-
dência na população reduzida se esta estratégia for aplicada são
(A) Amebíase, doença de Chagas e febre amarela.
(B) Leptospirose, gripe e sarampo.
(C) Malária, dengue e leishmaniose.
(D) Doença de Chagas, febre aftosa e tuberculose.
(E) Pneumonia, rubéola e giardíase.
43
Um grupo de estudantes decidiu analisar a composição de um 
determinado alimento. Os estudantes separaram uma porção de 
200 gramas e conseguiram montar o seguinte gráfico:
100%
55,3%
Proteínas Lipídios Carboidratos
37,9%
6,8%
20%
0%
80%
60%
40%
O alimento estudado poderia ser um(a)
(A) porção de macarrão.
(B) pão de forma.
(C) pedaço de chocolate.
(D) ovo.
(E) copo de azeite.
44
Após uma bela refeição, o seu sistema digestório quebrou o ali-
mento ingerido e absorveu a partir dele grande quantidade de 
aminoácidos na corrente sanguínea. Um possível componente 
dessa refeição, a partir do qual os aminoácidos foram obtidos 
em maior quantidade, é uma porção de
(A) batata frita.
(B) salada de alface com tomate.
(C) lasanha.
(D) sorvete de chocolate.
(E) filé de frango.
45
Considere uma enzima que atua de forma ótima quando o pH do 
meio em que ela se encontra está próximo de 3,0. A alcaliniza-
ção do meio, trazendo o pH para valores próximos de 7,0, pode 
resultar na(o)
(A) aceleração de sua atividade.
(B) formação de novas ligações peptídicas.
(C) perda da estrutura tridimensional.
(D) mudança no número de aminoácidos.
(E) adaptação estrutural para o pH atual.
46
O trecho a seguir corresponde à cadeia molde de um gene de 
uma bactéria:
TACTAGAATGCGTCC
Durante a transcrição houve uma mutação na base destacada, 
que resultou na adição de um nucleotídeo com base guanina 
no lugar do nucleotídeo que seria esperado caso a transcrição 
tivesse ocorrido normalmente. A partir da tradução do RNAm 
produzido nessa transcrição,
(A) haverá certamente a formação de uma proteína mutante, 
com um aminoácido adicionado de forma incorreta.(B) não haverá formação de proteína viável, devido à mutação 
que conduz a um defeito na estrutura tridimensional.
(C) espera-se que haja ação de mecanismos de correção da mu-
tação ainda no núcleo, onde ocorre a síntese proteica.
(D) a proteína mutante formada será certamente deletéria, tra-
zendo alguma característica desvantajosa à bactéria que a 
está produzindo.
(E) é possível que a proteína formada não apresente diferenças 
estruturais com relação à formada a partir do RNAm sem 
mutações.
Leia o texto a seguir para responder às questões 47 a 49.
Na América Latina, estima-se que 60% das crianças ganham o 
seu primeiro telefone celular aos 12 anos. Especificamente no 
Brasil, uma em cada três crianças acessa a internet por disposi-
tivos móveis e a média de idade para se ganhar um celular tem 
sido 8 anos. Esses números evidenciam o alcance tecnológico na 
nova geração de brasileirinhos conectados, que segundo uma 
recente pesquisa do Instituto iStart, – órgão que tem a missão de 
levar mais educação em Ética e Segurança Digital para as famílias 
brasileiras – ainda não está recebendo orientações adequadas 
por parte da família e até da escola para o uso ético, legal, seguro 
e saudável destes dispositivos digitais.
O estudo aponta que o mau uso das novas ferramentas tecnoló-
gicas no ambiente escolar é frequente e as instituições pesqui-
sadas foram unânimes ao afirmar que já registraram em média 
20 ocorrências de utilização inadequada dos dispositivos entre 
os alunos desde o início do ano letivo de 2015. Os incidentes 
11
mais comuns têm sido: cyberbullying (75%), distração, dispersão 
e interferência no andamento da aula por conta do manuseio 
do celular (56,25%) e a exposição demasiada de intimidade com 
o compartilhamento de imagens íntimas de menores de idade 
(31,25%).
Na avaliação da Dra. Patricia Peck Pinheiro, advogada especialis-
ta em Direito Digital e fundadora do Instituto iStart, hoje o ce-
lular é uma ferramenta poderosa que funciona como a porta da 
rua digital, abrindo caminhos para as crianças ficarem expostas 
a bilhões de pessoas conectadas, onde não há muros nem por-
tas. “Os pais devem alertar seus filhos sobre estes riscos. Pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança, que é o 
menor até 12 anos incompletos, não pode ficar desacompanha-
da de um adulto, seja em casa, na rua tradicional ou na internet. 
Sempre tem que haver um adulto responsável supervisionando 
e assistindo.”
https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/. 
Acesso em 27/08/2020.
47
A alternativa que expressa uma ideia contida no texto é:
(A) O alcance das crianças e jovens em relação ao acesso à inter-
net não pode ser mensurado, uma vez que cresce constante-
mente e exponencialmente.
(B) O desprezo dos jovens sobre as orientações dos adultos, 
quanto ao uso do celular, ocasiona consequências negativas.
(C) Não há consenso em pesquisas sobre quais as práticas mais 
recorrentes feitas por crianças e jovens na ambiente digital.
(D) O limitado alcance da internet através do celular resguarda 
os jovens usuários de perigos mais sérios por parte de outros 
usuários.
(E) Os cuidados que os adultos devem ter com as crianças no 
mundo físico devem ser os mesmos no ambiente digital.
48
Das seguintes citações a respeito da internet, frequentemente 
compartilhadas nas redes sociais, assinale aquela que condiz 
com as ideias presentes no texto.
(A) “A internet aproxima os que estão distantes e afasta os que 
estão próximos”.
(B) “On-line todo mundo fica. Internet todo mundo usa, mas ter 
conexão e entender as mensagens são poucos”.
(C) “A internet te dá essa falsa impressão de que você não é ape-
nas um figurante como na vida real”.
(D) A internet é um mundinho perigoso e encantador, todo o cui-
dado é pouco”.
(E) “Num país que falta do pão ao feijão, internet e celular são 
artigos de luxo”.
49
A expressão “abrindo caminhos” (último parágrafo), no contexto 
em que se insere, possui o sentido de:
(A) avançar fisicamente através de algo.
(B) eliminar obstáculos concretos.
(C) superar dificuldades pessoais.
(D) facilitar uma determinada ação.
(E) ampliar o tamanho de uma passagem.
50
Leia o trecho a seguir.
"Pode orgulhar-se a nação capaz de dominar as suas mais graves 
crises políticas na ordem da Lei. Sábio é o povo que, na conquista 
e preservação de sua própria liberdade, expressa veemência no 
calor das ruas e na serenidade dos seus atos."
Itamar Franco (trecho de discurso em 30 de dezembro de 1992)
O trecho acima é parte de um discurso político proferido pelo 
então presidente Itamar Franco. Considerando intenção do dis-
curso, o excerto apresenta a predominância da função da lin-
guagem
(A) expressiva.
(B) conativa.
(C) fática.
(D) referencial.
(E) metalinguística.
51
Aves de Bom jardim
No mês de junho (melhor mês do ano), no interior do maranhão, 
homens e crianças compartilham o mesmo sonho de poder voar 
pelos céus, cortando os ares como um pássaro. Esse sonho é 
reduzido em uma brincadeira que deixa o céu de minha cidade 
colorido como um arco-íris.
Pássaros de todas as cores e tamanhos sendo controlados pela 
meninada. Aves que voam sobre as casas acabam acidentadas 
em fios de energia, que por acidente acabam enfeitando todas 
as ruas. São tantos! Todos bem enfeitados com fitas, sedas e sa-
colas, conduzidos pelos seus criadores que entram em uma bela 
disputa onde o mais afiado corta outro e é capturado pelo opo-
nente. São poucos que conseguem permanecer uma hora no ar, 
restando os melhores pássaros que desfilam vitoriosos sobre a 
cidade.
E quando, de repente, aparece um bando de crianças correndo, 
sem parar, de cara para cima e suas mães gritando: - Volta aqui, 
meninoooo! Não fique preocupado! É apenas mais uma ave sem 
rumo, guiada pelo vento que perdeu uma batalha.
Realmente não há brincadeira melhor do que empinar uma pipa 
com seu melhor amigo e sair correndo por aí, nos céus de Bom 
Jardim.
(Autor: Rivaldo dos Santos da Silva, aluno do Curso de 
Logística, IFMA Campus Santa Inês. Texto produzido para 
Olimpíada de Língua Portuguesa, 2016, em versão integral).
Sobre várias passagens do texto, analise as afirmações a seguir.
I. Em “(melhor mês do ano)”, observa-se uma impressão subje-
tiva do narrador.
II. Os termos “pássaros” e “aves” são empregados com sentido 
figurado no texto.
III. O termo “meninada” é informal e carrega sentido de coletivi-
dade.
IV. O caráter literário e nostálgico justifica o uso de expressões 
coloquiais no texto.
V. Em “Realmente não há brincadeira melhor do que empinar 
uma pipa”, observa-se um uso informal do verbo “haver”.
São corretas as afirmativas:
(A) I, III e V.
(B) II, III e IV.
(C) II, III, IV e V.
(D) I, II, III e IV.
(E) I, III, IV e V.
12
52
Analise a tirinha a seguir.
VIKINGS NÃO PRECISAM DE UMA
CASA GRANDE OU UM NAVIO
IMENSO PRA SEREM FELIZES...
DESCOBRINDO NOSSA
FELICIDADE EM PEQUENAS
COISAS...
RUBIS, DIAMANTE, MOEDAS
DE OURO, TAÇAS DE PRATA.
GARRAFAS DE VINHO DE
CEM ANOS...
Chris Browne. Hagar. Folha de S. Paulo, São Paulo, 20 jun. 1991.
Assinale a alternativa que analisa corretamente os aspectos pre-
sentes na tirinha.
(A) O adjetivo anteposto ao substantivo, no 2º quadro, é essen-
cial para o efeito de humor.
(B) O 3º quadro ratifica a fala do 1º primeiro quadro.
(C) A caracterização da vida dos vikings, na personagem Ha-
gar, condiz com conhecimento histórico sobre esse povo.
(D) A enumeração de objetos, no 3º quadro, traz um tom abs-
trato ao contexto.
(E) A fala da personagem apresenta apenas linguagem for-
mal.
53
Observe a imagem a seguir.
DEIXE AS GARRAFAS SEMPRE
DE CABEÇA PARA BAIXO
PARA NÃO ACUMULAR ÁGUA
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica.
No anúncio publicitário acima, observam-se estratégias para 
afetar e conscientizar o leitor. Sabendo disso, é possível afir-
mar que:
(A) o caráter apelativo da propaganda exemplifica a ênfase na 
mensagem passada pelo anúncio.
(B) a disposição dos objetos apresentados interage com o leitor 
usando da emotividade.(C) a forma de advertência da mensagem traz consigo um tom 
conativo ao anúncio.
(D) o efeito de sentido baseia-se na ambiguidade do texto verbal.
(E) a função fática apresenta-se na situação informal de conver-
sa, representada pelo texto verbal.
Leia o texto a seguir para responder às questões 54 e 55.
Declarações de Daniel Munduruku
Frequentei a escola durante a ditadura militar, na década de 
1970. Naquela época, as informações que eu tinha em sala de 
aula sugeriam que índio era atrasado, que índio era selvagem. 
Isso chegava até mim com um impacto muito violento. Passei a 
ter vergonha da minha cara, do meu cabelo, da minha origem. 
Eu não queria mais ser índio.
Quem mudou a visão negativa que eu fazia de mim mesmo foi 
meu avô Apolinário. É claro que não foi da noite para o dia, mas o 
avô foi mostrando, às vezes com sábias palavras, às vezes apenas 
com o silêncio, que aquela era a minha família e que longe dela eu 
seria infeliz. Com meu avô aprendi o valor da ancestralidade.
(Bruno Ribeiro. Daniel Munduruku: entrevista. 
http://consciencia.net. Adaptado)
54
No texto acima, a palavra “infeliz” é composta pelo processo de 
derivação prefixal e o prefixo “in-” possui o sentido de negação. 
Assinale a alternativa em que a palavra apresenta essa mesma 
característica.
(A) Internacional.
(B) Ambivalente.
(C) Desobstrução.
(D) Incendiário.
(E) Antepassado.
55
Das propostas de mudança para vocábulos destacados presen-
tes nos trechos, assinale a opção em que a substituição preserva 
o sentido original no contexto.
(A) “sugeriam que índio era atrasado” (vanguardeiro).
(B) “as informações que eu tinha em sala de aula sugeriam” 
(indiciavam).
(C) “chegava até mim com um impacto muito violento” (plácido).
(D) “Passei a ter vergonha da minha cara” (parentela).
(E) "Quem mudou a visão negativa que eu fazia de mim” (equânime).
56
Os deslimites da palavra
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.
Manoel de Barros
A linguagem do poema acima apresenta usos diferentes para 
algumas palavras comuns. Assinale a alternativa em que houve 
mudança na classe morfológica da palavra em destaque.
(A) “Ando muito completo de vazios”.
(B) “Meu órgão de morrer me predomina”.
(C) “Não posso mais saber quando amanheço ontem”.
(D) “Está rengo de mim o amanhecer”.
(E) “A minha independência tem algemas”.
13
57
Leia o texto a seguir e sua tradução
Quantos an gran coita d’amor
eno mundo, qual og’ eu ei,
querrian morrer, eu o sei,
o averrian én sabor.
Mais mentr’ eu vos vir’, mia senhor,
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
Pero já non posso guarir,
ca ja cegan os olhos meus
por vos, e non me val i Deus
nen vos; mais por vos non mentir,
enquant’ eu vos, mia senhor, vir’,
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
E tenho que fazen mal-sen
quantos d’amor coitados son
de querer as morte, se non
ouveron nunca d’amor ben
com’eu faç’. E, senhor, por én
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
Tradução
Quantos o amor faz padecer
penas que tenho padecido,
querem morrer não duvido
que alegremente queiram morrer.
Porém enquanto vos puder ver,
vivendo assim quero estar
e esperar, e esperar.
Sei que a sofrer estou condenado
e por vos cegam os olhos meus.
Não me acudis; nem vos, nem Deus.
Mas, se sabendo-me abandonado,
ver-vos, senhora, me for dado,
vivendo assim eu quero estar
e esperar e esperar.
Esses que veem tristemente
desamparada sua paixão,
querendo morrer, loucos estão.
Minha fortuna não é diferente;
porem eu digo constantemente:
vivendo assim eu quero estar
e esperar e esperar.
João Garcia Guilhade in: Natália Correia (trad.) 
Cantares dos trovadores galego-portugueses.
A respeito da cantiga apresentada e de sua tradução, leia as afir-
mações a seguir:
I. o conjunto de versos repetidos ao final de cada estrofe é 
chamado de “refrão” e, no poema apresentado, enfatiza o 
sofrimento do eu lírico.
II. o primeiro verso da cantiga contribui para a definição do 
tema, que é o sofrimento amoroso, e também para direcio-
nar o modelo utilizado (cantiga de amigo).
III. na última estrofe, encontramos um procedimento em que o 
eu lírico se compara a outros trovadores. Tal recurso expres-
sivo é uma estratégia para indicar que o eu lírico sofre mais 
que os outros pretendentes pelo amor de sua dama.
Estão corretas:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
58
Leia o texto a seguir:
O mundo épico é totalmente acabado, não só como evento real 
de um passado longínquo, mas também no seu sentido e no seu 
valor: não se pode modificá-lo e nem reavaliá-lo. Ele está pronto, 
concluído e imutável, tanto no seu fato real, no seu sentido e no 
seu valor.
Mikhail Bakhtin. Questões de literatura e 
de estética: a teoria do romance.
O fragmento apresentado, do teórico Mikhail Bakhtin, tece uma 
afirmação a respeito do gênero literário épico. Tal ideia pode ser 
conectada ao fato de que as epopeias
(A) não dão conta de problemas que são contemporâneos, sus-
tentando sua organização em um passado absoluto e fechado.
(B) discutem temas de baixa representatividade coletiva, o que 
fez com que, historicamente, permanecessem fechadas em 
seus valores.
(C) são um tipo de texto que não despertam interesse pelo fato 
de abordarem somente fatos míticos, que não apresentam 
vínculos com a realidade.
(D) abordam nações e povos que ruíram sem apresentar nenhu-
ma glória ou conquista de que pudessem se orgulhar.
(E) não apresentavam temas dotados de grande universalidade, 
ficando restritas a acontecimentos não representativos de 
uma sociedade.
59
Leia o texto a seguir:
Quando uma palavra é empregada de forma referencial, isto é, 
literal, usual, comum, com o significado que normalmente cons-
ta nos dicionários (...), dizemos que ela está em seu sentido de-
notativo. Quando, por outro lado, é utilizada fora de seu sentido 
habitual, ou seja, de maneira figurada, diz-se que está em seu 
sentido conotativo.
Como a literatura trabalha com as várias possibilidades que o es-
critor, inserido em determinado contexto histórico-cultural, tem 
para expressar-se e reinventar a própria língua, predomina nessa 
forma de arte a conotação.
Nesse sentido, a linguagem literária estrutura-se a partir de um 
arranjo especial, múltiplo, das palavras, por isso diz-se que ela é
multissignificativa.
(Wilton Ormundo e Mara Scorsafava. “A literatura 
atribui novos sentidos às palavras” in: Conexões 
em língua portuguesa: literatura).
O fragmento apresentado sustenta em sua argumentação a ideia 
de que o texto literário é caracterizado por apresentar um(a)
(A) função expressiva mais utilitarista.
(B) campo mais restrito de significação.
(C) esfera de ação ligada ao conteúdo.
(D) predomínio da experiência referencial.
(E) maior ênfase no plano da expressão.
Leia o texto a seguir para responder às questões 60 e 61.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Gregório de Matos, Poemas escolhidos.
14
60
A crítica literária afirma que o homem barroco, por viver em um 
estado de tensão e desequilíbrio, procura a compensação por 
meio de um culto exagerado da forma do poema. No soneto apre-
sentado, tal característica pode ser percebida pelo emprego de
(A) um uso exclusivo da ordem direta,destinado a evidenciar a 
opção do autor por uma sintaxe mais límpida e objetiva.
(B) versos livres, que procuram atribuir uma atmosfera de maior 
liberdade à estrutura de composição do poema.
(C) invocações constantes de uma herança greco-romana, funda-
da não só na mitologia, mas também na valorização do corpo.
(D) figuras de linguagem de base antonímica, destacando-se o 
uso de antíteses que vão surgindo no decorrer das estrofes.
(E) expressões de baixa complexidade, que buscam reconectar o 
homem às experiências mais comuns de seu dia a dia.
61
Neste soneto de Gregório de Matos, surgem dois temas centrais 
da arte barroca, que são a instabilidade do mundo e a
(A) fugacidade do tempo.
(B) busca pela beleza terrena.
(C) durabilidade dos sentimentos.
(D) felicidade momentânea do homem.
(E) exaltação da natureza.
Leia o texto a seguir para responder às questões 62 e 63.
A ideia de que Machado de Assis teria deixado as inovações es-
truturais de lado neste romance cai por terra desde o próprio tí-
tulo do livro. O nome "Quincas Borba" estabelece um jogo curioso 
com quem lê o romance: automaticamente direcionado a princí-
pio para o personagem que efetivamente não se concretiza como 
protagonista do livro, o leitor então se vê, de saída, desestabiliza-
do pelo título, que parece apontar para o norte errado. O prota-
gonista é Rubião, ao contrário do esperado. Aí está dado o estra-
nhamento. No entanto, o título não é pista falsa. É justamente o 
estranhamento inicial que, num segundo momento, ecoando na 
cabeça do leitor, fará com que ele se pergunte sobre a importância 
do personagem homônimo. Se a história de Rubião recebe o título 
de Quincas Borba é justamente porque é a partir dele, na sua falta 
ou no seu espelhamento, que toda a estrutura do romance vai 
se organizar. O filósofo Quincas Borba é, de acordo com Helder 
Macedo, "a ausência estruturante do livro".
Ana Maria Vasconcelos Martins de Castro. “O todo e 
o detalhe em Quincas Borba” in: Revista Machado de 
Assis em linha. Ano 4, número 7, junho 2011.
62
Com base em seus conhecimentos a respeito do livro Quincas 
Borba e de outros textos machadianos, analise as afirmações a 
seguir:
I. A ideia apresentada no primeiro parágrafo, de que, em Quin-
cas Borba, “Machado de Assis teria deixado as inovações es-
truturais de lado”, remete ao fato de que, em Memórias pós-
tumas de Brás Cubas, o autor teria feito uso de um inusitado 
expediente narrativo.
II. O texto afirma que o fato de Machado de Assis utilizar no 
título da obra um nome que não faz referência imediata ao 
personagem principal (Rubião) torna confusa e insustentável 
a compreensão do romance pelo leitor.
III. Embora seja oriundo do romance Memórias póstumas de 
Brás Cubas, o personagem Quincas Borba não apresenta 
atitudes que remetam ao romance anterior, ou mesmo, que 
permitam ao leitor enxergar conexões entre as obras.
Estão corretas:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas
(E) II e III, apenas.
63
Ao final do texto, a autora cita um pesquisador que se refere ao 
filósofo Quincas Borba como sendo "a ausência estruturante do 
livro". Tal afirmação refere-se ao fato de Quincas
(A) conduzir espiritualmente as ações de Rubião na figura do cão 
que herda o nome do dono.
(B) realizar aparições fantasmagóricas no decorrer da obra, a fim 
de aconselhar Rubião
(C) ter deixado documentos pessoais que trariam revelações im-
portantes para o leitor.
(D) ser o organizador das experiências ideológicas do livro, mes-
mo após sua morte.
(E) deixar uma herança a Rubião que trará felicidade a essa per-
sonagem por toda a narrativa.
64
Eratóstenes nasceu em Cirene, na Grécia, por volta do ano 276 
a.C., e estudou na cidade natal, em Alexandria e Atenas. De sua 
extensa produção intelectual sobressaem à medição do meridia-
no terrestre e o método prático de determinação dos números 
primos, conhecido como crivo de Eratóstenes. Para medir o me-
ridiano terrestre, Eratóstenes baseou-se na observação da po-
sição do Sol em Alexandria e Siena (hoje Assuã), situadas sobre 
o mesmo meridiano, mas em latitudes diferentes. Sabendo que 
a distância entre as duas cidades era de cinco mil estádios egíp-
cios, relacionou essa medida com as posições ocupadas pelo 
Sol, num mesmo instante, em cada uma delas e concluiu que 
equivalia a 1/50 do meridiano terrestre. Considerando os meios 
rudimentares de que dispunha, o erro foi muito pequeno.
Homem de ampla cultura, o geógrafo e matemático grego Era-
tóstenes foi o primeiro a
(A) determinar o comprimento da circunferência terrestre, além 
de tratar, com maior ou menor profundidade, todas as ciên-
cias de seu tempo.
(B) reproduzir todos os tratados de matemática conhecidos des-
de a antiguidade, permitindo construir as pirâmides do Egito.
(C) supor que a Terra era plana, pois mediu o plano cartográfico 
do planeta sem contar com tecnologia alguma.
(D) estabelecer que o Polo Sul do globo, em sua versão amassa-
da, assumiria uma configuração peculiar, a de um geoide.
(E) a confirmar a Antártida como um paredão de gelo que serve 
de moldura para a superfície terrestre, segurando a água dos 
oceanos.
65
Observe, com atenção, a imagem de satélite a seguir.
https://climapedia.openbrasil.org/2014/09/.html
Devido à sua estrutura física, esse sistema meteorológico tem-se 
mostrado decisivo na caracterização das diferentes condições de 
tempo e de clima em áreas da Região Tropical, este
(A) é composto pela divergência de ventos planetários, conheci-
dos como “alísios”; é um sistema anticiclônico dos mais no-
táveis do planeta.
15
(B) age o ano inteiro na região centro-sul da Amazônia, provo-
cando pesados aguaceiros frontológicos, responsáveis pelo 
regime fluvial da região.
(C) é uma faixa de médias latitudes convergente e ascendente; 
esse sistema migra para o norte e para o sul do equador ge-
ográfico, de acordo com a marcha aparente anual do Sol.
(D) age no verão-outono sobre a região sudeste do Brasil, pro-
piciando a existência de aguaceiros de caráter convectivo; é 
responsável pelo regime intenso de chuvas.
(E) é acompanhado de intensa nebulosidade; a confluência de 
fluxos de ar nessa área resulta em consideráveis movimentos 
ascendentes com elevado teor de umidade.
66
A Estância do meu Pai
Teixeirinha
Nunca pensei que um dia eu voltaria
Lá na estância rever a casa amarela
Entrar na porta e olhar peça por peça
Me debruçar no parapeito da janela
Vi o terreiro que eu brinquei quando criança
O arvoredo carregadinho de flor
Os campos verdes o açude aonde eu pescava
A vizinhança e o meu primeiro amor
Disponível em: https://www.letras.mus.br/teixeirinha-
musicas/207609/. Acesso/30/10/20.
A relação do homem com o espaço geográfico, expressa na letra 
da música, refere - se à abordagem da Geografia
(A) humanista; ao enfatizar as relações afetivas do homem com 
o espaço, constituindo o lugar. 
(B) radicional; para a qual a natureza é o fator predominante na 
relação do homem com o meio.
(C) crítica; pois trata-se de uma revisão das relações do homem 
com a natureza original. 
(D) marxista; na medida em que o foco da relação homem − 
meio é a propriedade da terra. 
(E) positivista; que privilegia a descrição da paisagem em detri-
mento das relações sociais.
67
Para realizar a questão, leia os textos a seguir:
Texto I:
As raízes imediatas da Guerra Fria, ao menos em termos estru-
turais amplos, estavam na intersecção entre um mundo prostra-
do por um conflito global devastador e as receitas conflitantes 
de ordem internacional que Washington e Moscou procuravam 
impor a esse mundo influenciável e despedaçado pela guerra. 
Sempre que uma ordem internacional predominante e seu sis-
tema de equilíbrio de poderes são derrubados, o resultado é in-
variavelmente algum grau de conflito. Nada menos seria de se 
esperar quando essa derrubada ocorre tão avassaladoramente 
de uma hora para outra.
Disponível em: https://www.lpm.com.br/livros/Imagens/
guerra_fria_encyclopaedia_trecho.pdf Acesso/30/10/20.Texto II:
A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polariza-
ção do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos e 
outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito polí-
tico-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, 
cada qual defendendo os seus interesses e a sua ideologia.
 Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
historiag/guerra-fria.htm Acesso/30/10/20.
Com o término da Guerra Fria, surgiram inúmeras propostas de 
regionalização para o mundo, com destaque para a proposta que 
regionaliza os países segundo o seu desenvolvimento (desenvol-
vidos e subdesenvolvidos). Atualmente esta vem sendo questio-
nada, pois
(A) a partir dos anos 1990, o abismo econômico entre os países 
considerados como subdesenvolvidos, cresceram muito.
(B) devido a difusão tecnológica, a distância nos níveis de desen-
volvimento e qualidade de vida vem caindo entre países de 
renda alta e baixa.
(C) apenas a comparação com os países socialistas permitia a 
distinção das condições de desenvolvimento entre diferentes 
nações.
(D) a compreensão de desenvolvimento foi modificada por polí-
ticas ambientais, privilegiando os países pobres. 
(E) as crises econômicas mundiais recorrentes, desde 2000, fi-
zeram com que muitos países desenvolvidos reduzissem sua 
riqueza.
68
Com a intenção de identificar as regiões que apresentam seme-
lhanças na incidência dos raios solares, o globo terrestre foi di-
vidido em cinco Zonas Climáticas ou Zonas Térmicas. Para isso 
utilizamos as linhas imaginárias (paralelos) que dividem a Terra 
em: zonas polares, temperadas e intertropical. A distância entre 
esses paralelos é medida em graus, que partem do Equador, em 
direção aos polos.
Disponível em: https://www.infoescola.com/geografia/
zonas-climaticas-da-terra/. Acesso em: 26/11/20.
Zona fria
Zona templada
Zona cálida
Zona templadaZona fria
Polo Sur
Ecuador
Polo Norte
Disponível em: https://blogdoenem.com.br/zonas-
climaticas-terra-geografia/. Acesso:23/11/20.
As Regiões de médias latitudes, em termos climáticos, são aque-
las que situam-se entre a zona intertropical e os círculos polares. 
Com relação às Zonas Temperadas da terra, temos que a (o)
(A) clima Temperado Continental, entre as latitudes de 85º e 90º, 
aproximadamente, possui verões moderadamente quentes 
e os invernos são amenizados pelas corrente marítimas de 
Humboldt.
(B) Zona Temperada do Norte é constituída, em sua maior parte, 
de terras emersas, enquanto, no sul, as terras emersas ocor-
rem apenas no extremo sul da África parte da América do Sul 
e Oceania.
(C) as Zonas tropicais da Terra possuem a vegetação original bas-
tante preservada, tendo em vista a fraca ocupação humana 
nessas áreas em virtude dos rigores do clima.
(D) a Oceania está situada entre o trópico de Capricórnio e o Cír-
culo Polar Ártico, onde o clima temperado é caracterizado 
pela forte ocorrência de neve no inverno.
(E) o clima Temperado Continental, entre as latitudes de 85º 
e 90º, aproximadamente, possui verões moderadamente 
quentes e os invernos são amenizados pelas correntes marí-
timas de Humboldt.
16
69
A atmosfera é uma camada relativamente fina de gases e mate-
rial particulado (aerossóis) que envolve a Terra. De fato, 99% da 
massa da atmosfera está contida numa camada de ~0,25% do 
diâmetro da Terra (~32 km). Esta camada é essencial para a vida 
e o funcionamento ordenado dos processos físicos e biológicos 
sobre a Terra. A atmosfera protege os organismos da exposição 
a níveis arriscados de radiação ultravioleta, contém os gases ne-
cessários para os processos vitais de respiração celular e fotos-
síntese e fornece a água necessária para a vida.
Disponível em: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/
cap1/cap1-2.html. Acesso: 23/11/20.
A atmosfera terrestre é formada por diversos gases importantes 
para a vida. É na atmosfera que se desenvolve o clima. Sobre o 
clima temos que
(A) quanto menor a latitude, menor é a temperatura em função 
da baixa umidade relativa do ar.
(B) este refere-se a um estado momentâneo das condições, que 
influencia todo o Globo.
(C) a altitude e a temperatura são, nesse caso, grandezas inver-
samente proporcionais, quando uma aumenta, a outra dimi-
nui, e vice-versa.
(D) ao nos afastamos da costa, encontramos amplitudes térmi-
cas menores devido a ação da continentalidade.
(E) as massas de ar influenciam diretamente os climas frios, pois, 
nos climas quentes, elas não conseguem romper o albedo.
70
Os gráficos abaixo mostram os índices pluviométricos e as tem-
peraturas em algumas cidades localizadas em biomas típicos do 
nosso País.
 
No que diz respeito aos gráficos acima e nos conhecimentos 
acerca dos biomas brasileiros, temos que:
(A) nas quatro regiões, os índices pluviométricos não apresen-
tam grandes variações ao longo do ano.
(B) Bagé apresenta a distribuição pluviométrica mais irregular 
durante o ano.
(C) nas quatro regiões, os meses com os maiores índices pluvio-
métricos são aqueles em que ocorrem as temperaturas mais 
baixas.
(D) as plantas da região de Goiânia devem apresentar adaptações 
para períodos de estiagem e para sobreviverem ao fogo.
(E) a floresta de Araucárias apresenta um índice pluviométrico 
de cerca de 3.000 m anuais.
71
Analise o mapa de fusos horários:
 
Supondo que um passageiro saia às 8h da manhã de João Pessoa 
(PB) com destino a Manaus (AM) para uma reunião e sabendo-
-se que a viagem teve duração de 6 horas e 30 minutos. Assinale 
a alternativa que apresenta, corretamente, o horário local em 
que o passageiro deve chegar a Manaus (AM).
(A) 06h30min
(B) 10h30min
(C) 11h30min
(D) 13h30min
(E) 14h30min
72
As duas notícias abaixo se referem a eventos geológicos recen-
tes envolvendo placas tectônicas.
Notícia 1
“Um forte terremoto de 8.4 graus abalou, na quarta-feira, a re-
gião central do Chile, segundo o Centro Sismológico Nacional da 
Universidade do Chile (CSN). O tremor balançou prédios, pro-
vocou um alerta de tsunami e deixou a população em pânico.”
(Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/ 
09/terremoto-no-chile-e-sentido-em-cidades-do-rs-e -em-outros-
estadosdo-brasil-4849599.html. Acesso em 24 set. 2015).
Notícia 2
“O Nepal foi atingido neste sábado (25) por um terremoto de 
magnitude 7.8 o mais devastador no montanhoso país asiático 
em 81 anos, deixando mais de 1900 mortos e mais de 4700 fe-
ridos no país.”
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/
mundo/2015/04/1621135 . Acesso em 24 set. 2015).
17
Considerando o seu conhecimento sobre o assunto, analise as 
afirmativas que seguem.
I. O movimento de placas tectônicas a que se referem às notí-
cias 1 e 2 é conhecido como convergente.
II. Na notícia 1, o movimento de placas é convergente, e, na 
notícia 2, é divergente.
III. Nas duas notícias, o movimento das placas é divergente.
IV. Em movimentos convergentes, as placas tectônicas se coli-
dem (chocam), e, em divergentes, elas se afastam.
É correto apenas o que se afirma em:
(A) I, II e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II, III e IV.
(E) I, II e IV.
73
Os agentes externos (exógenos ou modeladores do relevo) são 
a chuva, os ventos, os rios, os oceanos, a alternância de tempe-
ratura, o gelo/degelo e os seres vivos, principalmente o homem. 
Essas forças podem atuar de forma simultânea, realizando um 
trabalho escultural ou de modelagem da paisagem. Assim, reali-
zam um trabalho de desgaste nas áreas elevadas e de acumula-
ção nas áreas rebaixadas.
O conjunto dos fatores externos que resulta no desgaste e na 
decomposição das rochas é denominado
(A) erosão pluvial.
(B) sismo.
(C) sedimentação.
(D) intemperismo.
(E) degradação.
74
Passaram-se semanas. Jerônimo tomava agora, todas as ma-
nhãs, uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha, e traga-
va dois dedos de parati “pra cortar a friagem”.
Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a 
dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os senti-
dos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida.A sua energia 
afrouxava lentamente: fazia- se contemplativo e amoroso. A vida 
americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspec-
tos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos 
seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades 
novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e 
franco, mais amigo de gastar que de guardar; adquiria desejos, 
tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso, resignando-
-se, vencido, às imposições do sol e do calor, muralha de fogo 
com que o espírito eternamente revoltado do último tamoio en-
trincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros.
E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus há-
bitos singelos de aldeão português: e Jerônimo abrasileirou-se. 
(...)
E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo nos usos e costu-
mes brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto 
que em detrimento das suas forças físicas. Tinha agora o ouvido 
menos grosseiro para a música, compreendia até as intenções 
poéticas dos sertanejos, quando cantam à viola os seus amores 
infelizes; seus olhos, dantes só voltados para a esperança de tor-
nar à terra, agora, como os olhos de um marujo, que se habitu-
aram aos largos horizontes de céu e mar, já se não revoltavam 
com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-se 
amplamente defronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimita-
dos e das cordilheiras sem fim, donde, de espaço a espaço, surge 
um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas pedrarias 
refulgentes e as nuvens toucam de alvos turbantes de cambraia, 
num luxo oriental de arábicos príncipes voluptuosos.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.
Uma peculiaridade cultural que decorre da presença da escravi-
dão e que está implícita nas reflexões do narrador é a
(A) predisposição ao antilusitanismo.
(B) convicção na existência de um caráter nacional.
(C) elevação da música a emblema da nação.
(D) desvalorização da mestiçagem brasileira.
(E) desvalorização do valor do trabalho manual, associado à es-
cravaria, libertos e aos indígenas.
75
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos 
negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências 
grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, 
que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos 
senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhar-
des com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse 
de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandís-
simo dano que daí se podia seguir.
LEITE, Serafim. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil. 1954.
O texto foi retirado de uma carta redigida pelo padre jesuíta Dio-
go de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 
17/02/1538. Seu conteúdo evidencia
(A) a apreensão dos jesuítas portugueses com a expansão de je-
suítas franceses que vinham influenciando os nativos.
(B) a persistência dos ataques franceses contra a América, que 
Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a 
implantação do sistema de capitanias hereditárias. 
(C) a proposta de expansão territorial portuguesa na Europa que 
almejava à dominação de territórios franceses tanto na Euro-
pa quanto na América.
(D) o surgimento da aliança que logo se estabeleceria entre as 
Coroas de Portugal e da França e que visava combater as pre-
tensões expansionistas espanholas na América.
(E) o acontecimento de um conflito entre a recém-criada ordem 
jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirata-
ria francesa.
76
 
18
 
Os humanos, no decorrer do seu percurso histórico, produziram 
inúmeras obras materiais e imateriais que vieram a se tornar 
monumentos, considerados expressões de suas diversas cultu-
ras. O esforço empreendido na criação dessas obras representou 
uma ordenação peculiar do mundo segundo a especificidade da 
cultura que construiu os monumentos, procurando estender 
temporalmente sua ordenação. Sobre a contextualização históri-
ca do monumento e sua respectiva cultura, assinale a alternativa 
correta.
(A) Os Zigurates, templos religiosos dos Persas, foram preserva-
dos em sua terra natal até a contemporaneidade.
(B) O Obelisco, símbolo do poder egípcio, encontra-se preserva-
do em seu local de origem apesar do imperialismo francês na 
região.
(C) Os Maias criaram uma arquitetura com presença de templos, 
além de um sistema numérico eficiente para manutenção 
dos negócios internos. No período de colonização espanho-
la, a sociedade Maia já encontrava-se em declínio.
(D) O deus hindu Shiva é considerado por seus adeptos como a 
divindade que cuida da memória e do culto aos antepassados.
(E) A Mesa do Cavalo, monumento da civilização Assíria, foi con-
servada no regime social do califado do Estado Islâmico.
77
O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico ten-
dia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: ape-
sar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as fortunas 
senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo 
tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes colo-
niais, fornecedores de créditos e escravos à agricultura de ex-
portação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde 
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o 
início do século XVIII, o tráfico atlântico de escravos passou a ser 
controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
(João Fragoso et alli. A economia colonial 
brasileira (séculos XVI-XIX), 1998)
O trecho permite compreender que
(A) o controle do tráfico negreiro nas mãos de comerciantes en-
careceu essa mão de obra e atrasou o desenvolvimento das 
atividades manufatureiras na América portuguesa.
(B) nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de co-
lonização portuguesa na América, eram controlados pela Co-
roa portuguesa, revelando uma certa autonomia das elites 
coloniais em relação à burguesia metropolitana.
(C) as hostilidades econômicas e políticas entre fidalgos e bur-
gueses, no espaço colonial, impediram o crescimento da pro-
dução de outras mercadorias além do açúcar e do tabaco.
(D) todas as transações comerciais envolvendo a África e a Amé-
rica portuguesa deveriam, necessariamente, passar pelas 
instâncias governamentais da Metrópole, condição caraterís-
tica do sistema colonial.
(E) o tráfico de cativos prejudicou a economia colonial na Amé-
rica portuguesa porque uma enorme quantidade de capitais, 
oriunda da produção agroindustrial, era remetida para a Áfri-
ca e para Portugal.
78
Tinha o desejo de saber por que o Nilo começa a encher no 
solstício de Verão. De acordo com a primeira explicação, são os 
ventos estivais que, desviando com seu sopro as águas do Nilo, 
impede-as de ir para o mar, ocasionando a cheia. A segunda 
versão é ainda mais absurda, embora encerre qualquer coisa de 
maravilhoso. Dizem que o oceano envolve toda a terra, e que o 
Nilo está sujeito a inundações porque vem do oceano. A terceira 
explicação é mais falsa. Com efeito, pretender que o Nilo provém 
de fontes de neve equivale a não dizer nada. Como poderia ser 
formado por fontes de neve se vem de um clima muito quente 
para um país igualmente tórrido? 
HERÓDOTO. História. Rio de Janeiro: Jackson 
Inc., 1964. p. 119-120. (Adaptado).
No trecho acima, redigido por volta de 440 a.C., Heródoto expõe 
diferentes visões para explicar os motivos das cheias do rio Nilo, 
no Egito. A forma da exposição de Heródoto denota uma carac-
terística da pólis grega, associada
(A) ao exercício do diálogo constituído por distintas opiniões so-
bre os acontecimentos.
(B) à relativização da verdade como forma para alcançar o co-
nhecimento.
(C) ao interesse de modelos explicativos baseados no empirismo.
(D) à especulação filosófica como meio de transformar a realidade.
(E) à convicção na interferência de elementos míticos sobre os 
eventos naturais.
79
Considere as afirmativas abaixo, sobre a chamada Guerra do Pe-
loponeso e suas consequências para o mundo grego, no século 
V a. C.
I. Apreservação da autodeterminação das comunidades era 
geralmente defendida pelas aristocracias locais, as quais 
tendiam a buscar o apoio de Esparta contra o imperialismo 
ateniense.
II. Atenas, defensora da ordem política democrática, liderava a 
Confederação de Delos, a qual rivalizava com a Liga do Pe-
loponeso, encabeçada por Esparta, que apoiava os sistemas 
políticos aristocráticos.
III. A vitória da Liga de Delos, no final do século, consolidou a 
hegemonia ateniense na Grécia, iniciando-se um período de 
amplo predomínio político dos grupos democráticos.
IV. A influência ateniense tinha como uma de suas bases prin-
cipais o incremento do sistema comercial sob seu controle, 
para cuja consolidação era vital a ilha da Sicília, que pertencia 
à Liga do Peloponeso, por intermédio de Corinto.
As afirmativas corretas são:
19
(A) I, III e IV.
(B) I, II e IV.
(C) I e IV.
(D) I e III.
(E) II e IV.
80
A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um 
espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses 
homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da re-
ligião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora 
de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sa-
cerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também 
se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento 
pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo é pos-
sível que as coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem 
poucos outros setores estavam abertos para eles. Os escravos 
também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, 
do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim 
como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga.
(VEYNE, Paul. “O Império Romano”. In: VEYNE, Paul 
(org.). História da vida privada v. 1: do Império 
Romano ao ano mil, 2009. Adaptado)
Com base na discussão presente no texto, é correto afirmar:
(A) as relações escravocratas caracterizaram os tempos da Re-
pública romana, muito associadas ao poder dos patrícios, 
pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas 
entraram em decadência na passagem para o Império, pois 
os generais que centralizaram o poder reconheciam na es-
cravidão um mecanismo de enfraquecimento do Exército.
(B) a particularidade fundante do escravismo romano era a ori-
gem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos 
conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcio-
nassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo 
tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia 
caído em desuso desde a crise da República.
(C) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa trans-
formação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria 
sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais 
brandas as relações escravistas em meio à transformação do 
cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu 
para o aprofundamento da crise do escravismo.
(D) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas 
seres humanos, na medida em que até os senhores que os 
tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral 
de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, 
características necessariamente humanas; no entanto, esses 
seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade 
seu amo detinha.
(E) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma 
e os cativos, em sua inferioridade jurídica, desempenhavam 
uma função produtiva, marcados por um lugar social de po-
breza, privação e precariedade, estando associados às for-
mas braçais de trabalho e à produção de bens materiais em 
uma sociedade altamente hierarquizada.
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Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas 
e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Anti-
guidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em 
diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos 
meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as 
barreiras sérias de resistência do Oriente.
ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao 
feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982.
Na localidade das formações sociais gregas,
(A) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na 
Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido 
às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.
(B) o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano 
a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afe-
tou mais fortemente sua parte Ocidental.
(C) a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, ape-
sar da centralização política implementada pelos imperado-
res helenísticos.
(D) essas composições e os impérios helenísticos constituíram-
-se com o avanço das conquistas espartanas no período pos-
terior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
(E) a invasão romana caracterizou-se por uma forte ofensiva 
frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerce-
ando as escolas filosóficas gregas.
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Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre 
um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mun-
do mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram 
por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização 
política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontra-
vam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da 
Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas 
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa 
setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No 
interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encon-
travam-se centenas e centenas de comunidades que, amiúde, 
diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a 
sua soberania. Nem então, nem em nenhuma outra altura, no 
mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único 
regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou 
um sinônimo de Grécia).
FINLEY, I. O mundo de Ulisses. Lisboa: 
Editorial Presença, 1972. Adaptado.
De acordo com o trecho acima, pode-se apontar corretamente
(A) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação 
ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia Antiga, que vi-
via sob outras formas de organização social e política.
(B) a urgência de profunda centralização política, como a ocorrida 
entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse 
expandir seu território e difundir sua produção cultural.
(C) o enaltecimento, na Grécia Antiga, dos princípios do patrio-
tismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política 
e economicamente o Estado nacional.
(D) a desorganização política da Grécia Antiga, que sucumbiu ra-
pidamente ante as investidas militares de povos mais unidos 
e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e 
macedônios.
(E) a escassez, entre quase todos os povos da Antiguidade, de 
pensadores políticos, capazes de formular estratégias ade-
quadas de estruturação e unificação do poder político.
20
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César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para 
se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus 
poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, 
expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo ro-
mano oprimido pela facção minoritária.
CÉSAR, Caio Júlio. A Guerra Civil. São Paulo: 
Estação Liberdade, 1999, p. 67.
O trecho acima, do século I a.C., demonstra o cenário romano de
(A) queda do Império, então sujeito a invasões estrangeiras e 
à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e 
pela ação dos bárbaros.
(B) passagem da Monarquia à República, período de consolida-
ção oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da in-
fluência política dos militares.
(C) transição da República ao Império, período de reformulações 
provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da 
insatisfação da plebe.
(D) fortalecimento da República, marcado pela participação po-
lítica de pequenos proprietários rurais e pela implementação 
de amplo programa de reforma

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