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AGEPEN-AP
AGENTE PENITENCIÁRIO DO AMAPÁ
História do Amapá
História do Amapá – Parte I
Livro Eletrônico
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Apresentação .............................................................................................4
História do Amapá – Parte I .......................................................................11
1. Colonização do estado do Amapá ............................................................13
As Grandes Navegações ............................................................................13
Capitanias Hereditárias .............................................................................20
Mão de Obra Escrava ................................................................................21
2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá ...............................24
Entradas e Bandeiras ................................................................................25
Missões Jesuítas .......................................................................................27
Criação da Capitania Cabo Norte .................................................................28
O Tratado de Ultrecht, 1713 .......................................................................28
Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal ...................................................31
Tomada de Caiena ....................................................................................36
A “Questão do Amapá” .............................................................................38
O interesse nazista pela Amazônia ..............................................................40
A Guerra da Lagosta .................................................................................41
3. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX ....................42
Ciclo do Ouro ...........................................................................................42
Ciclo da Borracha .....................................................................................42
Projetos de extração .................................................................................43
Outras Riquezas Minerais ...........................................................................44
Outras Atividades .....................................................................................44
Resumo ...................................................................................................46
Questões de Concurso ...............................................................................51
Gabarito ..................................................................................................64
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
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Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? 
O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (AGEPEN/AP) divul-
gou no Diário Oficial do Estado o edital de abertura do concurso para provimento de 
100 vagas mais cadastro reserva. Trata-se de uma excelente oportunidade para 
que você consiga a tão sonhada aprovação, a estabilidade empregatícia e toda a 
gama de vantagens que poderá valer-se na condição de servidor público do Estado 
do Amapá. Não é mesmo uma boa notícia?
Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance 
plenas condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA.
A organização do certame é de responsabilidade da Fundação Carlos Chagas 
(FCC), uma das mais tradicionais do país, o que favorece o melhor entendimento 
de como os conteúdos deverão ser abordados.
Assim, nosso curso será inteiramente focado na FCC. Abordaremos a forma como 
os conteúdos serão cobrados e alguns “macetes” para que você, querido(a) aluno(a), 
consiga resolver com tranquilidade e confiança as questões de História.
Devemos ressaltar que a FCC é uma banca habitual na elaboração das provas de 
concursos para todo o país, tanto para órgãos públicos, quanto para a iniciativa pri-
vada e outras organizações, deixando um vasto banco de dados para estudo. Nesse 
sentido, poderemos analisar, em detalhes, as questões de História produzidas pela 
FCC. Além disso utilizaremos questões de outras bancas que se assemelham ao 
“modelo” cobrado na prova, sempre com uma abordagem coerente com o conteúdo 
listado no edital.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
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Por falar em conteúdo, o edital valoriza, e muito, a tão rica e significativa 
História do Amapá. Não é para menos. Registros de povoamento na região re-
montam pelo menos 2.000 anos. O Amapá foi motivo de disputas entre espanhóis, 
portugueses, holandeses e franceses. Tão importante a ponto de influenciar os 
destinos do país, os destinos de países europeus. Realmente, não é para menos! 
Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo tempo tão ex-
pressivos para a história do Brasil.
Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como 
requisito o conhecimento da História da sociedade a qual deverá servir, 
zelar. Você será membro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, 
Estado da Federação que possui uma população com características culturais muito 
específicas. Como poderá intervir em uma sociedade que você não conhece? Não 
é apenas uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para testar sua alfabetiza-
ção. É uma necessidade lógica muito bem trabalhada na seleção pela FCC.
Assim, é muito importante que você tenha um grande estofo de conhecimento 
sobre a História do Amapá, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um 
alto índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova 
e encaminhe com solidez a sua aprovação em um cargo público.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecen-
do uma boa interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das 
eventuais e possíveis dúvidas que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. 
Pouco antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a 
trabalhar como professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que 
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
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faço, amo a docência. Foi muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos 
preparatórios para concursos públicos, vestibulares e no ensino médio da rede 
particular no interior de Minas. Passei a ministrar também aulas de Filosofia, 
Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e re-
cebia um salário razoável, pelo menos para quem desejava uma vida pacata 
no interior.Com isso não criei o interesse por concurso público. Era feliz: traba-
lhava com o que gostava, mas... os ventos mudaram. Em 2013, após perder mi-
nha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Traba-
lho, Câmara dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei 
muito mal quando não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sen-
tia preparado, mas não era a minha área. A concorrência era enorme para um 
salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é muito pouco tempo. Para um 
concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é planejamen-
to e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. 
Em dezembro fiz as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o 
resultado e em julho já estava fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de 
tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com estabilidade! A estabilidade 
é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela pressão de to-
dos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo 
se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma 
guinada radical e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públi-
cos antes.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode 
perder tempo! Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem de-
sespero. Esse material foi feito com muito carinho para que seu tempo seja otimi-
zado, para que você não perca tempo com o que não tem possibilidade aparecer na 
prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo mais, num curto espaço 
de tempo.
 Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a), que o sacrifício vale muito! 
Não vá se sentir culpado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e 
ao seus amigos. Aquele encontro fica para depois, e vai ser muito mais prazeroso 
porque carregado da alegria pela conquista do seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso 
para alcançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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Aula 1: História do Amapá – Parte I
Colonização da região do Amapá. 
Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá. 
Principais atividades econômicas do Amapá: séculos XIX e XX. 
Aula 2: História do Amapá – Parte II
A Cabanagem no Amapá. 
A Criação do Território Federal do Amapá. 
Manifestações populares e sincretismo cultural no Amapá. 
História da Região Norte. 
Detalhes concurso AGEPEN/AP:
Concurso: Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Concurso AGEPEN/AP) 
Banca organizadora: Fundação Carlos Chagas - FCC
Cargos: Agente Penitenciário
Escolaridade: Nível Médio
Número de vagas: 100 + CR (400)
Remuneração: Inicial de R$ 3.318,64 
Inscrições: de 17 de setembro a 15 de outubro.
Data da prova: 09 de dezembro.
http://www.concursosfcc.com.br/concursos/iapen118/edital_de_abertura_iapen118_v1_-
-publicado.pdf
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Prof. Daniel Vasconcellos
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Metodologia
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material 
além deste para se preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso 
foi meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir. 
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito 
de que consiga enxergar, compreender a História do Amapá como um processo. 
Variados exemplos, esquemas e mapas mentais serão utilizados para que 
consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de tempo, conseguirá ler 
uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá identificar 
a única alternativa lógica para o Universo da História do Amapá.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos 
em um RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as 
aulas incontáveis vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que 
fora estudado como uma cadeia de códigos que se conecta com sua memó-
ria, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto poderá ser cobrado. 
Além disso, as questões de História elaboradas pela FCC serão comen-
tadas para que você entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exercícios com 
questões sobre o tema também o(a) ajudará na fixação do conteúdo.
Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá 
sentido na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. 
Não vamos perder tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você 
escreva um artigo científico sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna 
sobre o Governo de Maurício de Nassau em Pernambuco”. 
Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para rea-
lizar uma excelente prova.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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Suporte
A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a 
humanidade chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não 
tenha receio em perguntar. 
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de apren-
dizagem pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à dis-
posição para sanar quaisquer dúvidas que tiver. 
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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HISTÓRIA DO AMAPÁ – PARTE I
 
Os primeiros povos que ocuparam a região do atual estado do Amapá foram 
grupos indígenas dos troncos aruaque e caribe, entre os quais destacam-se os 
Guaiampis, Palicures, Tucuju. Vestígios da ocupação humana pré-colonial po-
dem ser vistos nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque 
Arqueológicodo Solstício, a “Stonehenge do Amapá”, em Calçoene, que data de 
pelo menos 2000 anos.
Monumento construído por povos milenares em Calçoene, a 374 quilômetros de Macapá.
Os primeiros sítios arqueológicos do Amapá foram estudados inicialmente por 
pessoas sem preparo cientifico adequado. É atribuído ao D. S. Ferreira Penna a 
localização oficial do primeiro sitio arqueológico no Amapá. Lá, encontrou diversas 
urnas funerárias. Também foram encontradas urnas com a forma cilíndrica, repre-
sentando figuras humanas sentadas num banco, com braços e pernas bem desta-
cadas. Nestas urnas haviam sempre a caracterização do sexo.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
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Cunani é uma vila pertencente ao município de Calçoene e possui grande 
importância, tanto para a pré-história, como para a história, pois a vila chegou 
mesmo a ser República Independente por duas vezes. Em uma expedição co-
ordenada por Emilio Goeldi, nos Montes Curu, descobriu-se dois túmulos que 
tinham a forma de um cano longo, em cuja ponta estavam depositados vasos 
funerários. Chapas de pedras serviam como laje de cobertura. A decoração 
característica foi obtida por desenhos virgulares gregos, e linhas pintadas em 
vermelho sobre o fundo branco.
A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais 
desses povos antes da chegada dos europeus: 
•	 Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar 
que pintura rupestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas 
não pode ser classificada como algum tipo de escrita; 
•	 Sociedades tribais; 
•	 Propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada; 
•	 Coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados.
Os índios do Amapá são os únicos do país que têm o privilégio de possuir 
todas as suas reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros 
e agricultores. Os primeiros contatos entre com os europeus foram registrados 
em 1500, com a chegada do navegador espanhol Vicente Pinzón. Hoje o 
Estado do Amapá abriga várias etnias em 49 aldeias: Galibi, Karipuna, Palicur, 
Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi. 
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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1. Colonização do estado do Amapá
Meu(minha) querido(a), a colonização do território do atual estado do Amapá 
aconteceu de maneira muito diferente do que aconteceu no litoral leste brasileiro, 
principalmente no que tange às disputas entre as potências marítimas europeias 
do período. Para compreender a tão rica História do Estado do Amapá é necessário 
que façamos uma contextualização. Foram muitas as transformações que ocorre-
ram na região, desde os primeiros povos que a ocuparam, passando pela chegada 
dos colonizadores, até a sua importância econômica na atualidade. Vejamos como 
isso foi possível.
As Grandes Navegações
Querido(a), é no contexto das Grandes Navegações que a região do Amapá será 
colonizada. No século XV, portugueses e espanhóis partiram para o desbravamento 
de novos mares, em busca de novas rotas comerciais e de novas terras.
Em 1488, em busca de um novo caminho para as Índias, região famosa em 
especiarias cobiçadas pelos europeus, a expedição portuguesa de Bartolomeu Dias 
encontrou uma passagem ao sul da África, que fora batizada de Cabo da Boa Es-
perança. 
Mas é a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, a “descoberta” 
mais significativa do período. O genovês convenceu os reis católicos espanhóis 
(Fernando II de Aragão e Isabel de Castela) a financiar sua expedição para provar 
que a terra era redonda, encontrando um caminho para as índias pelo ocidente. 
Aportou em 12 de outubro com as caravelas Pinta, Niña e Santa Maria.
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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Portugal e Espanha eram as duas grandes potências marítimas. As recentes 
descobertas exigiam um acordo pela divisão das terras que poderiam ser desco-
bertas. Assim, o Papa agiu como mediador em um acordo, determinando a Bula 
Intercoetera em 1493. Insatisfeito com a proposta, Portugal exigiu uma nova ne-
gociação que culminou no Tratado de Tordesilhas.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado cele-
brado entre o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as ter-
ras do globo, “descobertas e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
Tratado de Tordesilhas
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
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Linha imaginária de Tordesilhas sobre as atuais fronteiras políticas.
Note que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, o território do Amapá 
pertenceria à Espanha.
Celebrado do Tratado, as descobertas continuaram. Em 1498 a expedição de 
Vasco da Gama chegou às Índias e, em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral 
chegou ao Brasil.
Foi o navegador espanhol Vicente Pinzón que, em janeiro de 1500, primeiro 
aportou no litoral do nordeste brasileiro. Depois, navegou pelo litoral norte e na-
vegou pela foz do Rio Amazonas, o qual chamou de Mar Dulce. Foi o primeiro eu-
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
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ropeu a navegar pelo litoral do Amapá, o rio Oiapoque e seguir rumo às Guianas 
e ao Caribe. Portanto, querido(a) aluno(a), os espanhóis foram os primeiros 
a chegar ao Brasil. Entretanto, pelo tratado de Tordesilhas, a maioria do litoral 
brasileiro, velejado pelos espanhóis, pertencia à Portugal. Entenda: mesmo sendo 
os que chegaram primeiro, as terras não poderiam ser colonizadas. A única ex-
ceção era a região do atual estado do Amapá. Assim, ainda em 1500, outro 
espanhol, Diogo de Lepe, primo de Pinzón, também navega pela costa do Amapá.
Outro navegador espanhol de grande importância para nossos estudos foi 
Francisco Orellana. Ao participar da expedição de Francisco Pizarro aos Andes, 
em 1540, acabou se desencontrando do restante das embarcações e desceu o Rio 
Amazonas. Foi, portanto, o primeiro europeu a navegar por toda a extensão do 
Rio Amazonas. Retornando à Espanha, recebe autorização do rei para colonizare 
explorar a região. Desse modo, em 1549, navega pelo litoral do Amapá, mas se 
perde e morre na região. 
O contato dos exploradores europeus com os povos nativos foi caracterizado 
pela subjugação. Crentes na sua superioridade civilizacional, os colonizadores pro-
moveram a aculturação e usaram de violência para efetivar o domínio das novas 
terras e de suas riquezas, inclusive os escravizando, como veremos mais adiante.
O insucesso da expedição de Francisco Orellana acabou tirando o entu-
siasmo dos espanhóis com a região e abrindo espaço para que outras nações 
realizassem incursões no território. Antes, porém, é necessário que entendamos 
o que levou os portugueses a ocuparem a região e como foi organizada essa co-
lonização. 
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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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(FCC/SEPLAG/PM-MG/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navega-
ções os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram 
suas atividades econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nes-
se processo de expansão, o contato dos europeus com os povos distantes caracte-
rizou-se pelo
a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos cultu-
rais divergentes. 
b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos de-
senvolvidos e com enormes riquezas industriais. 
c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamenta-
vam a evangelização e a prática da tolerância. 
d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendi-
ces e lendas que marcavam o imaginário europeu.
Letra d.
Meu(minha) caro(a), o estranhamento diante das diferenças culturais e a crença 
na superioridade do europeu cristão, levaram os índios a serem subjugados, tanto 
para atividade escravagista, quanto na aculturação das missões jesuítas.
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Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não ocuparam o ter-
ritório de imediato. Daí a nomenclatura pré-colonial para nos referirmos aos trinta 
anos que se seguem. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou 
a FEITORIAS no litoral: uma mistura de forte para defesa do território e armazém. 
Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e compreensível quando feita 
em partes:
a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira 
entre os anos de 1500 e 1530? 
•	 Porque não encontraram metais preciosos em expedições; 
•	 Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo; 
•	 Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a 
colônia brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tor-
desilhas com Portugal. 
b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasilei-
ra a partir dos anos de 1530? 
•	 Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola; 
•	 Porque o comércio com as Índias entrou em crise; 
•	 Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram 
suas frotas marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao con-
trole português sobre a colônia.
Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda 
não havíamos passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. 
O pau-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para explo-
ração eram dadas pela Coroa e chamadas de estanco. Para cortar a madeira e levar 
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aos navios, era necessária uma grande quantidade de mão de obra. A modalidade 
de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo: troca de pre-
sentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios. A 
escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas logo será subs-
tituída pela mão de obra africana pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordenamento 
da Igreja em não escravizar os nativos, considerados “almas puras do paraíso”.
Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasi-
leira e decidiu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir 
que outras nações tomassem seu território. O problema é que a Coroa Portuguesa 
não tinha recursos financeiros para promover essa empreitada. Eis então a solução 
proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lotes de terras a fidalgos 
(nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.
Observe:
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Capitanias Hereditárias
Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do 
Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usufruto 
do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra, 
ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes. No 
campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a 
Coroa Portuguesa e os donatários: 
•	 Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração 
da terra e repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o 
donatário a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar. 
•	 Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros 
da Capitania entre a Coroa e os donatários.
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portugue-
sa, pois transferia a responsabilidade da empresa de colonização para os 
fidalgos. Entretanto, os donatários passaram por grandes dificuldades: desenvol-
ver a colônia com poucos recursos financeiros, a distância em relação à metrópole 
(Portugal) e os constantes conflitos com os nativos. Diante dessas dificuldades, a 
maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua economia e gerar 
tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na exploração 
do açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente. 
Guarde bem esse assunto pois o retomaremos mais adiante quando tratarmos da 
criação da capitania de Cabo Verde, atual Amapá.
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Como vimos, a região do Amapá pertencia à Espanha. Assim, os primeiros 
colonizadores europeus chegaram à costa amapaense em 1499, com quatro 
caravelas lideradas pelo espanhol Vicente Yañez Pinzón. A região ficou sob o do-
mínio espanhol a partir do Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 entre Portugal 
e Espanha.
Entretanto, você há de se recordar, como os espanhóis se desencantaram com 
a região do Amapá, em função do fracasso da expedição de Francisco Orellana, os 
portugueses passam a se interessar pela área. Em 1553, Luís Melo da Silva passa 
pelo litoral do Amapá, mas sua expedição acaba massacrada por índios na região 
da Guiana.
Mão de Obra Escrava
Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos portugueses e nem foram eles 
os responsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos 
de tribos inimigas capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral 
africano. Mas, antes de seguirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica 
fundamental das economias europeias que influenciou consideravelmente o Tráfi-
co de Escravos. Estamos falando do Mercantilismo.
O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante 
o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de 
mercadorias e o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie.
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Os portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o açú-
car brasileiro ou produtos manufaturados por escravos africanos, traziam os es-
cravos nos navios negreiros e trocavam por mais do açúcar brasileiro. Trocavam 
manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.
Entre os povos africanos que foram trazidos podemos citar os:
•	 Bantos: mais ao sul do país, na mineração.
•	 Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açú-
car do nordeste brasileiro.
Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus 
fez com que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde 
comigo a miscigenação básica da nossa cultura:
•	 Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, 
quase sempre branco e negra -, vem de mula; 
•	 Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio; 
•	 Mameluco: mestiço de branco e índio.
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No Amapá, de início, não existiu uma atividade agrícola que desse interesse 
dos colonizadores portugueses, como a produção de cana de açúcar no Nordeste, 
além de não encontrarem ouro. Assim, a atividade econômica foi voltada para ex-
ploração de produtos da Amazônia, as chamadas “drogas do sertão”: frutas, raízes, 
sementes, temperos, urucum, canela, cravo, óleo de copaíba e de tartaruga. 
Como essas atividades eram praticadas, em sua maioria, por índios, a presen-
ça de negros para mão de obra na região não ocorreu em grande quantidade. Os 
primeiros negros chegaram no Amapá em 1749. Fugidos de Belém, fundaram qui-
lombos às margens do Rio Anauerapucu, nas terras tucujus. Foram descobertos por 
acaso por colonos caçadores de índios. Entretanto, oficialmente, foram trazidos em 
1751 a mando de Mendonça Furtado, então governador do estado do Grão Pará e 
Maranhão, para trabalhar para colonos portugueses dos Açores em Macapá.
Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de junho de 1770, chegaram 103 
negros para trabalhar na construção da Fortaleza de São José do Macapá. Muitos 
destes escravos fugiram formando quilombos como Maruanum, Igarapé do Lago e 
Ambé.
Ao longo do século XIX, diante de movimentos abolicionistas que ocorriam no 
Brasil, surgiram várias entidades que se organizaram no Amapá pelo fim da escra-
vidão negra. Foram elas a Sociedade Ypiranga, a União Redentora e a liga Reden-
tora dos Cativos do Pará.
(FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portugue-
sa, para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias 
hereditárias, cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário
a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias. 
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b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar 
impostos, criar regras locais. 
c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico in-
dígena para outras colônias portuguesas. 
d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas. 
e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios.
Letra a.
Caro(a) aluno(a), a alternativa “b” está errada porque o donatário não poderia ne-
gociar a capitania recebida. A alternativa “c” está errada porque o donatário tam-
bém não poderia estabelecer comércio internacional a não ser que exclusivamente 
com Portugal. Além disso, a colônia portuguesa não realizava o tráfico de indígenas. 
A alternativa “d” está errada porque o donatário não poderia conquistar capitanias 
vizinhas já que eram doadas pela Coroa. Por fim, a alternativa “e” também está 
errada porque o donatário não podia barrar as entradas e bandeiras.
2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá
Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares. 
A tecnologia de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em 
trinta anos por ingleses, franceses e holandeses. Essas novas potências marítimas 
não reconheciam o Tratado de Tordesilhas e passaram a tentar colonizar a costa 
brasileira. Exemplos disso foram:
•	 as Invasões Holandesas na região nordeste (Salvador em 1624 e Recife em 
1630). 
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•	 as Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação 
da França Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a 
França Equinocial.
Além disso, ingleses e holandeses passaram a frequentar o norte da costa ama-
zônica. Ocuparam a região das Guianas e, a partir de 1600, adentraram a bacia 
amazônica, construindo feitorias e fortificações. Fizeram o mesmo na região do 
Cabo Norte e nas ilhas paraenses. Ali comercializavam mercadoriascomo tabaco, 
peixe-boi, madeira, urucum, entre outras especiarias.
A região parecia dominada por holandeses, apesar da presença de portugueses 
e ingleses, mas um novo fator contribuiria para a ação dos portugueses pelo seu 
controle: União Ibérica, 1580 a 1640. Em 1580 D. Sebastião, rei de Portugal, 
faleceu sem deixar herdeiros. Felipe II, Rei da Espanha e parente mais próximo 
do morto, unificou as Coroas Portuguesa e Espanhola sob sua batuta. O controle 
espanhol sobre Portugal implicava em controle espanhol também sobre as colônias 
portuguesas. Por outro lado, os portugueses na colônia brasileira também enten-
diam que, se a região do Amapá pertencia à Espanha, necessariamente deveriam 
controlá-la. Isso incentivou os portugueses a ocuparem de vez a região do Amapá 
e combater as ocupações estrangeiras.
Entradas e Bandeiras
Meu(minha) querido(a), a ocupação do território do atual Estado do Amapá 
também recebeu a contribuição de expedições de bandeirantes. Mas vamos por 
partes, antes de seguir, vejamos alguns conceitos:
•	 entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do 
litoral em direção ao interior do Brasil.
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•	 descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na 
Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indí-
gena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diver-
sas expedições fluviais, subindo o Tocantins.
•	 bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, 
principalmente paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às 
regiões centro-oeste e sul do Brasil. Em seguida, as principais bandeiras 
em Goiás.
Em 1616, diante da ameaça constante de invasões à Colônia portuguesa na 
América, organizaram uma foça militar luso-brasileira para expulsar os estran-
geiros e tomar posse da região. Derrotaram os franceses em São Luís e foram 
para o delta do Rio Amazonas. Ali, enfrentaram batalhas sangrentas. Novamen-
te vitoriosos, fundaram o Forte Presépio, que deu origem à cidade de Belém, 
no mesmo ano. Caro(a) aluno(a), estrategicamente falando, quem controlava 
os mares e rios, controlava o transporte, essencialmente fluvial, e seu 
comércio. Por isso sua fundação foi tão importante. 
Com a fundação de Belém do Pará, a vila serviu de ponto de apoio e par-
tida para várias entradas para exploração da Amazônia nas regiões dos atuais 
Estados do Pará, Amazonas e Amapá. Nesse sentido, Bento Maciel Parente 
foi um dos mais importantes exploradores. Veterano de guerras na Paraíba e no 
Rio Grande do Norte, foi Capitão-Mor da Capitania do Grão-Pará. Guarde bem o 
nome de Bento Maciel, pois foi muito importante na criação da Capitania Cabo 
Norte em 1637, como veremos mais adiante.
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Bento Maciel foi responsável pela fundação dos fortes de Mariocai e Santo 
Antônio de Gurupá, ao longo do rio Xingu. Também expulsou holandeses que 
haviam montado fortes na região. Entretanto, abandonou as entradas quando se 
dirigiu para lutar na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses de 
Pernambuco.
O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, reco-
mendava medidas urgentes para povoar e fortificar a região costeira, desde o Brasil 
até São Tomé da Guyana e a foz do rio Drago, na Venezuela. Nesse sentido, outros 
dois importantes sertanistas foram Francisco de Azevedo, primeiro a liderar en-
tradas aos sertões de Turi e Gurupi, e Luís Aranha de Vasconcelos, que viajou 
por grande parte do atual território do Amapá entre os anos de 1622 e 1624. 
Os holandeses foram expulsos e recuaram para as Guianas. Os ingleses 
abandonaram temporariamente a região e os franceses foram para Caiena. 
A violência do conflito também atingiu populações indígenas. Milhares de Tupinam-
bás foram massacrados pelos portugueses.
Missões Jesuítas
Outro fator importante na colonização portuguesa foi a chegada dos Jesuítas. 
Realizaram expedições no Pará, criando na Amazônia um sistema bem estruturado 
de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas 
organizaram diversas expedições fluviais pelo Amazonas e Oiapoque. Ignácio de 
Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus – irmandade que objetivava ex-
pandir e fortalecer o catolicismo e combater o protestantismo. Autodenominavam-se 
Soldados de Cristo. A ordem jesuíta foi muito importante para a reação católica con-
tra as Reformas Protestantes, realizando grandes obras missionárias, não só nas 
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Américas, como também no Oriente. Várias aldeias jesuítas foram criadas na região 
sertaneja, onde também ensinavam os membros da elite colonial que, posteriormen-
te, eram encaminhados à Europa para cursar Direito, Medicina ou Engenharia.
A significância da presença jesuíta na região pode ser exemplificada. Os mis-
sionários jesuítas, na região do atual Estado do Amapá, convenceram a Coroa Es-
panhola a expedir uma Carta-Régia que libertasse os índios da escravidão imposta 
por colonos. Outro exemplo se deu em 1639, quando o jesuíta espanhol Cristobal 
de Acuña encontrou um forte e uma missão portuguesa, na região pertencente à 
Espanha, com vários índios catequizados.
Criação da Capitania Cabo Norte
Em 1627 o novo Governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, envia 
o chefe militar da região, Bento Maciel Parente, á Portugal para relatar sua atu-
ação na colônia. Lá, convence a Coroa da necessidade de colonizar definitivamente 
o delta do Rio Amazonas.
Apesar da relativa demora em atender ao pedido, em 1637, a Coroa Portugue-
sa criou a Capitania Cabo Norte, que aglutinava os territórios do atual estado do 
Amapá até os limites do Rio Parú. No entanto, Bento Maciel Parente não conseguiu 
colonizar a região, por falta de recursos e por estar envolvido na Insurreição Pernam-
bucana. Assim, a Coroa Portuguesa acabou reanexando à Capitania do Grão-Pará.
O Tratado de Ultrecht, 1713
No final do século XVII, questionando “onde estaria o testamento de Adão que 
dividia o mundo entre espanhóis e portugueses”, os franceses partiram de Caiena 
(Guiana) realizando novas expedições na Capitania Cabo Norte. 
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Para combater as incursões francesas, os portugueses fundaram missõesjesuíti-
cas na região. Além disso, fundaram o Forte de Santo Antônio do Macapá em 1688.
Entretanto, em 1697, o Marquês de Ferroles liderou os franceses numa inva-
são que tomou o Forte de Santo Antônio do Macapá chegando até às margens do 
Rio Parú. A reação portuguesa foi rápida, expulsando os franceses e conseguindo 
impor o Tratado de 4 de março de 1700. Por esse Tratado Provisório, confirmado 
em 1701, ficava estabelecida uma trégua em que a região entre os Rios Oiapoque 
e Amazonas seria neutra. Assim, os portugueses tiveram que desativar os fortes 
de Araguari, Cumaú e Macapá. Mas franceses e portugueses não tardariam em se 
enfrentar numa nova guerra na Europa, colocando o Tratado de 1700 em desuso. 
As disputas somente chegam ao fim em 1713, com a assinatura do Primeiro 
Tratado de Ultrecht, por meio da intermediação da Coroa Inglesa. Isso fez com que 
os franceses recuassem e aceitassem o Rio Oiapoque como limite entre a Colônia 
Portuguesa e a Colônia Francesa (Guiana).
Limites acordados pelo Tratado de Ultrecht
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Mesmo após a assinatura do Tratado de Ultrecht, os franceses continuaram a 
fazer incursões na Capitania Cabo Norte. Para combatê-las, os portugueses orga-
nizaram expedições guarda-costas, principalmente entre 1722 e 1728. Também 
reativaram o Forte de Santo Antônio do Macapá.
(FCC/PM-AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas 
entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do 
Amapá. Durante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é 
o da:
a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes 
ocuparam inicialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região 
Norte. 
b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território 
além-mar, apesar da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada 
pelo Tratado de Utrecht. 
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da cons-
tante invasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios 
e pelo comércio da borracha. 
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a 
região do Amapá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diver-
sos conflitos coloniais. 
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma 
vez que habitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral 
brasileiro. 
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Letra b.
Querido(a), a alternativa “a” está errada, pois a Holanda não estendeu seus domí-
nios até o Amapá. A alternativa “c” está muito errada, pois fala em embarcações 
russas, o que nunca aconteceu. A alternativa “d” está errada, porque o Tratado de 
Tordesilhas fora realizado antes mesmo de que os primeiros navegadores europeus 
passassem pelo litoral do Amapá. A alternativa “e” também está errada porque a 
Guerra da Lagosta aconteceu apenas em 1960.
Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal
Querido(a), o Período Pombalino corresponde à ocasião em que o Marques de 
Pombal foi primeiro-ministro em Portugal, de 1750 a 1777, durante o reinado de 
Dom José I.
Podemos listar, de maneira objetiva, as principais ações de Pombal que tiveram 
impactos na Colônia, especialmente na região do atual Estado do Amapá:
•	 Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
•	 Criou a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de 
Pernambuco e Paraíba;
•	 Expulsão dos jesuítas do Brasil, tirando-os do controle do sistema educacio-
nal e das missões jesuítas, além de tomar posse de propriedades da Igreja 
Católica no Brasil;
•	 Em 1759, decretou o fim das Capitanias Hereditárias e a devolução das mes-
mas ao controle da Coroa Portuguesa;
•	 Implantou o cultivo de algodão no Maranhão.
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Preocupado com a estratégia de defesa da região do Amazonas, Pombal nego-
ciou o Tratado de Madri, em 1750, com a Espanha. Por meio dele, definiu-se as 
fronteiras entre as colônias das duas Coroas, sobrepondo o já desrespeitado Tratado 
de Tordesilhas. Também ficou definido o princípio do Uti possidetis, segundo o qual, 
quem possui de fato, quem ocupa de fato a região, deve ter o direito de possuí-la. 
Limites acordados pelo Tratado de Madri de 1750
Caro(a) aluno(a), novamente preciso chamar sua atenção para a importância es-
tratégica de controle das rotas fluviais. Preocupado com essa questão, o Marquês de 
Pombal delegou a responsabilidade a seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Fur-
tado, indicado governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão entre 1751 e 1759. 
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Francisco Xavier tratou de trazer colonos para impulsionar as plantações e 
promover a extração de riquezas. Centenas de colonos vindos da Ilha dos 
Açores chegaram a Macapá dando origem ao povoado nos arredores do forte. 
Em 1770, cerca de 360 famílias açorianas fundaram no Amapá a vila de Nova 
Mazagão. 
Rapidamente os colonos açorianos entraram em conflito com os jesuítas, pois 
pretendiam utilizar a mão de obra indígena como escrava. Esse foi um dos motivos 
de o Marquês de Pombal expulsar os jesuítas do Brasil. Como a questão ainda não 
fora solucionada, em 1757, Pombal cria uma legislação sobre os indígenas, o “Di-
retório dos Índios”. Assim, a Coroa Portuguesa buscava regulamentar a inserção do 
índio na sociedade colonial.
Em 1758 Macapá é elevada a categoria de Vila, realizando exportação de 
milho, arroz, melancia, banana e frangos para Belém.
(FCC/TCE-AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere as seguintes 
afirmações sobre a história do Amapá. 
I – A costa do Amapá foi descoberta pelo espanhol Vicente Pinzón. 
II – Pelo Tratado de Tordesilhas apenas metade do atual espaço amapaense era 
de Portugal. 
III – Durante séculos, ocorreram disputas entre brasileiros e ingleses pela delimi-
tação das fronteiras. 
IV – Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal ordenou o povoamento de 
Macapá com colonos açorianos. 
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Está correto o que consta APENAS em 
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
Letra c.
Querido(a), a alternativa “II” está errada, porque afirma que o atual espaço amapa-
ense era metade português de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Você há de se 
recordar que toda a região do Amapá pertencia à Espanha pelo Tratado de Tordesi-
lhas. A afirmação “III” também está errada, porque as disputas seculares pela região 
aconteceram entre portugueses e franceses. Não que não tivessem ocorrido conflitos 
com os ingleses, mas estes foram durante as primeiras décadas do século XVII.
Pombal promoveu o povoamento do ponto mais ao norte da Colônia. Toda a 
área ao longo do curso e da foz do Rio Amazonas foram ocupadas por fortale-
zas militares. Em 1764, ordenou a construção da Fortaleza de São José do 
Macapá, localizado a esquerda do rio Amazonas, próxima a antiga Província dos 
Tucujus, atual cidade de Macapá. Levou quase vinte anos para ser construída e foi 
inaugurada no dia 19 de março de 1782.
Entretanto, por priorizar a administração do Grão-Pará, Pombal deixou as terras 
do Cabo Norte em segundo plano. Se aproveitando disso, os franceses expandiram 
as terras da Guiana Francesa ocupando a região entre o Rio Oiapoque e a região de 
Calçoene, no século XIX. 
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(FCC/PC-AP/2017) A história da fundação da vila na localidade de Macapá, no pe-
ríodo colonial, está diretamente relacionada
a) à chegada de milhares de “deportados” no território brasileiro, enviados pela 
Coroa Portuguesa a fim de constituírem pequenos núcleos autônomos de povoa-
mento, sendo um deles fundado em Macapá.
b) ao combate aos numerosos quilombos que ali foram constituídos por escravos 
de outras regiões, razão pela qual se construiu uma Intendência que servia de base 
para as capturas e cujo marco central era um pelourinho.
c) às entradas e bandeiras que foram abundantes no período e levaram bandei-
rantes paulistas a se enveredarem pelo norte do Brasil, onde acharam minérios e 
fundaram vilas, a exemplo da Vila de São José do Macapá.
d) à preocupação, por parte da Coroa Portuguesa, em ocupar o território mediante 
a construção de fortes e vilas em locais estratégicos, a exemplo da Fortaleza de São 
José do Macapá.
e) ao empenho dos jesuítas em construírem missões exploratórias no Novo Mundo, 
razão pela qual se instalaram em Macapá e lá passaram a usar mão de obra indí-
gena para extrair e exportar o pau-brasil para Portugal.
Letra d.
Querido(a), a Vila de Macapá foi fundada em 1758 no contexto de ocupação e de-
fesa da Colônia Portuguesa. Pombal incentivou a chegada de colonos açorianos e 
construiu a fortaleza de São José do Macapá.
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Tomada de Caiena
Meu(minha) caro(a), em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma 
Corte de aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas 
napoleônicas, escoltada pela marinha britânica. Acontece que, na Europa, a França 
de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio Continental à Inglaterra, de 
modo que, nenhum país da Europa Continental poderia comercializar com a 
Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como 
D. João, príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão in-
vadiu Lisboa. Isso teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Bra-
sil, o fim do Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de 
Portugal), o aumento de tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro e a 
Tomada de Caiena.
Uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi invadir Caiena, capital da Guia-
na Francesa, como resposta militar à França. Como vimos, o território onde hoje se en-
contra a Guiana Francesa já pertenceu a espanhóis e a holandeses antes que se tornas-
se uma colônia da França, o que só aconteceu em 1667 por meio do Tratado de Breda.
Pelo Tratado de Utrecht (1713), Portugal e França determinaram os limites 
entre suas colônias no norte da América do Sul, ficando definido o Pará, que incluía 
também o território do atual Estado do Amapá, e o Maranhão como posse de Por-
tugal, e a Guiana, controlada pelos franceses. 
Além do sentimento de desforra por parte de D. João para com Napoleão, tam-
bém havia a preocupação de que a França usasse a Guiana Francesa como local 
estratégico para as pretensões napoleônicas na América do Sul. Aproveitou-se en-
tão da aliança diplomática com a Inglaterra para impor o controle militar da Colônia 
Francesa.
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Para tanto, já em 1808, enviou o tenente Valério José Gonçalves e o aspirante 
Florentino José da Costa, oficiais do Forte de São José do Macapá, para, disfarça-
dos, espionarem as atividades de defesa em Caiena. Com as informações colhidas, 
D. João recebeu da Inglaterra o navio de guerra HMS Confiance, comandado pelo 
experiente capitão James Lucas Yeo. O comando da operação ficou por conta do 
governado da Capitania do Grão-Pará, José Narciso Magalhães.
Em 6 de janeiro de 1809, as forças anglo-portuguesas tomaram o Fort Diamant. 
No dia seguinte o Fort Dégrad des Cannes. Um dia depois foi a vez de tomar o Fort 
Trió. Em uma semana, a ilha de Caiena foi dominada e, em seguida, a Guiana.
A Guiana voltaria ao controle francês somente após o Congresso de Viena. 
Em conferências realizadas entre setembro de 1814 e junho de 1816, as nações 
europeias determinam a restauração das monarquias e das fronteiras imperiais à 
configuração anterior à Revolução Francesa de 1789. Assim, Portugal restaura sua 
monarquia e desocupa a Guiana Francesa. 
Apesar de a questão ter sido aparentemente resolvida, os franceses continua-
ram contestando os limites geográficos estabelecidos, reivindicando áreas entre o 
rio Oiapoque e o Rio Araguari. A solução viria somente em 1900, como veremos a 
seguir. Antes, mais uma questão de concurso para analisarmos.
(DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA /MINISTÉRIO DA DEFESA - MARINHA DO 
BRASIL O OFICIAL SEGUNDA CLASSE/2017) Após chegada da Família Real ao Bra-
sil, a 7 de março de 1808, D. João iniciou movimentos de política externa, o que 
permitiu elevar significativamente o papel da Marinha. Quais foram as duas ações 
iniciais de política externa empreendidas por D. João?
a) A expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e a criação do Arsenal de Marinha.
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b) A conquista de Caiena e a ocupação da banda Oriental.
c) A assinatura do Tratado de Trégua entre Portugal e Holanda e a formação da 
primeira Força Naval.
d) A declaração de guerra à França e a adesão à causa da Independência.
e) A abertura dos portos ao comércio estrangeiro e a criação da Esquadra brasileira.
Letra b.
Vamos lá! A alternativa “a” está errada, pois os franceses foram expulsos do Rio 
de Janeiro ainda no século XVI. A alternativa “c” não tem relação alguma com as 
ações do Período Joanino elencado no texto. A alternativa “d” está muito errada 
em afirmar que D. João era adepto da causa da independência. Finalmente, a 
alternativa “e” também está errada, porque o enunciado pede ações da política 
externa de D. João.
A “Questão do Amapá” 
A descoberta de ouro na região do rio Calçoene, em 1895, reacendeu o inte-
resse francês. O Tratado de Utrecht de 1713, do qual você há de se recordar, foi 
assinado entre França e Portugal, estabelecendo o rio Vicente Pinzón ou Oiapoque 
como fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá, na época pertencente ao ter-
ritório do Estado do Grão-Pará e Maranhão. O governo francês questionou os limi-
tes, alegando que o rio Vicente Pinzón não era o Oiapoque, e sim o rio Araguari, 
mais ao sul. 
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Os ânimos se exaltaram na região quando o paraense Francisco Xavier da Veiga 
Cabral, o Cabralzinho, assassinou o tenente Lunier, comandante de um destaca-
mento francês no Amapá. Cabralzinho se tornou “herói do Amapá”. A partir de en-
tão, ocorreram vários conflitos entre brasileiros e franceses, levando os governos 
de Brasil e França a submeterem a questão à arbitragem do governo Suíço. 
O Laudo Suíço, dado em Berna no dia 1º de dezembro de 1900, foi favorável ao 
Brasil na disputa pela área. Nesse sentido, merece destaque a atuação do Barão do 
Rio Branco como defensor brasileiro.
(FCC/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) A fronteira entre a Guiana Francesa e o 
Brasil foi alvo de constantes divergências e conflitos entre os dois países. A chama-
da “Questão do Amapá” só foi legalmente solucionada
a) após a atuação da diplomacia brasileira, quando o Barão do Rio Branco obteve 
posicionamento favorável da arbitragem internacional do governo da Suíça, que 
reconheceu que o Brasil tinha direito às terras localizadas ao sul do rio Oiapoque, 
antes pertencentes ao Império Português.
b) depois da derrota das tropas francesas que haviam invadido parte do território 
do Amapá, avançando até o rio Araguari, e foram vencidas pelo Exército Brasileiro, 
com a colaboração de milícias armadas enviadas pela Guiana e pelo Suriname.
c) mediante um acordo pacífico entre a França e o Brasil, que estabeleceu os li-
mites fronteiriços definitivos, em troca de favorecimentos comerciais envolvendo 
as cidades de Caiena e Macapá, bem como a livre navegação dos rios de ambos os 
territórios envolvidos.
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d) durante a Segunda Guerra Mundial, quando França e Brasil apoiaram conjun-
tamente os Aliados, e cessaram suas disputas por fronteira em nome do Tratado 
Interamericano de Assistência Recíproca, firmado no Rio de Janeiro por diversos 
países sul-americanos.
e) por pressão do governo dos Estados Unidos, interessado na exploração de mi-
nério de ferro e manganês na região, a qual estava sendo prejudicada pelos con-
flitos territoriais, solucionados com a vinda de peritos que deram ganho de causa 
ao Brasil.1
O interesse nazista pela Amazônia
Entre 1935 e 1937, o biólogo e geógrafo alemão Otto Schulz-Kamphenkel lide-
rou uma expedição do Belém do Pará, passando pelas margens do Rio Jari, até à 
fronteira da Guiana Francesa. Em um relatório de 1940, elaborado para os nazistas, 
recomendou a tomada das Guianas como de fundamental importância para as pre-
tensões de Hitler na América do Sul.
Havia, inclusive, um plano dos alemães de, após vencerem a Segunda Guerra, 
dominar toda a América do Sul por meio de ações de colônias da Argentina e do sul 
do Brasil. A “Operação Guiana” objetivava colonizar as Guianas Francesa, Holande-
sa e Inglesa, além da tomada da foz do Rio Amazonas.
1 Gabarito: letra a.
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A Guerra da Lagosta
Entre 1961 e 1963, ocorreu uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e 
França. Mais do que a possibilidade de um conflito armado, recebeu essa nomen-
clatura jocosa pela imprensa do período, em função dos eventos cômicos relacio-
nados à questão.
A Marinha do Brasil expulsou um navio francês que estaria pescando lagos-
tas clandestinamente na costa de Pernambuco. A crise tomou proporção perigosa 
quando os dois países mobilizaram suas forças armadas, deslocando recursos mili-
tares para regiões próximas ao incidente. Além disso, a França mobilizou tropas e 
navios para a fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá.
A parte cômica fica pelas discussões na imprensa francesa sobre o direito de 
pesca ou não: A lagosta nada ou anda? Caso nadasse, poderia se dizer que estava 
em águas internacionais; caso andasse, estaria em território brasileiro, já que se 
admitia, à época, que o fundo do mar pertencia ao Brasil. A discussão se alongou 
com o Brasil alegando que a lagosta era um recurso pertencente à plataforma 
continental, devido a sua “natureza sedentária”. Já os franceses argumentavam o 
contrário: ela nadava e, portanto, pertencia às águas internacionais.
Querido(a) aluno(a), somente expliquei a Guerra da Lagosta, e por alto, em 
função de ela ter aparecido em questões da banca como distração, para tirar o foco 
do candidato da alternativa correta. Ela não possui nenhuma relação com História 
do Amapá, a não ser pela presença próxima das forças armadas francesas. O in-
cidente terminou com a França retirando seus navios pesqueiros e sem que fosse 
dado nenhum tiro.
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3. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX
Querido(a), desde a colonização europeia a região Norte é uma área de vazio 
demográfico.Algo compreensível já que seus aspectos naturais dificultaram a sua 
ocupação mais intensiva.
Durante o século XIX, a economia na região do futuro estado do Amapá foi ba-
seada no ciclo do ouro e na produção de borracha, que havia atingido altos preços 
internacionais, o que acabou promovendo um atrativo populacional. A descoberta 
de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais que, como vimos, levou 
à invasão dos franceses em maio de 1895. Vejamos:
Ciclo do Ouro
Em 1894, os brasileiros Germano e Firmino Ribeiro, naturais de Curuça, no Pará, 
encontram ouro no leito do rio Calçoene. Na Guiana Francesa também se encontrou 
o metal. Essas descobertas, como você deve se recordar, provocaram a “Questão 
do Amapá”, solucionada com arbitragem suíça. 
Podemos afirmar que a atual cidade de Calçoene teve origem no movimento 
de garimpeiros e faiscadores de ouro. Entre 1893 e 1898 foram extraídas aproxi-
madamente 10 toneladas de ouro das minas de Calçoene. Em 1901 sua população 
chegou a 1.600 habitantes.
Ciclo da Borracha
No final do século XIX, a Amazônia começa a viver o ciclo da borracha e o sul do 
Amapá também se beneficia da atividade extrativista. O fluxo de pessoas e merca-
dorias se intensificaram pelos rios, possibilitando novos negócios e o surgimento de 
uma economia subsidiária da atividade extrativista do látex. 
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Após o declínio do Ciclo da Borracha, no início do século XX, a região sofreu uma 
queda na quantidade de imigrantes, com algumas exceções, como a imigração ja-
ponesa que ocorreu na década de 1930.
Projetos de extração
Em 1950, iniciou-se a construção da rodovia Belém-Brasília, como parte do 
ambicioso projeto integração nacional de Juscelino Kubitscheck. Já na década de 
1960, a estratégia do Regime Militar (1964-1985) se baseava em políticas desen-
volvimentistas e nacionalistas. Nesse sentido, como veremos na nossa próxima 
aula, os militares criaram bancos de fomento e superintendências de segurança 
que promoveram um atrativo populacional, principalmente para exploração de ma-
deira e minérios. 
Manganês
Embora tenha sido encontrada uma grande reserva de manganês na Serra do 
Navio em 1945, sua exploração se iniciou em 1957, com a concessão da atividade 
à Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI), subsidiária da norte-americana 
BethIehem Steel. 
Principal riqueza do estado do Amapá, o manganês revolucionou a economia 
local. Com as maiores reservas do país, extrai 80% da produção total de manganês 
do país na década de 60. Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi, 
que paga royalties de 4 a 5% do valor do minério extraído ao governo local, sendo 
as encomendas asseguradas por um contrato com o Defense Materials Procure-
ment Agency, órgão governamental norte-americano. 
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A renda dos royalties do manganês foi usada na construção da Usina de Pare-
dão, objetivando produzir energia para atrair indústrias. Também foi construída, 
pela Icomi, uma estrada de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de mi-
nério e 200 mil toneladas de outros tipos de mercadorias, bem como como um 
porto com capacidade para receber navios de até 45 mil toneladas.
Outras Riquezas Minerais
Além do manganês, o Amapá possui uma grande reserva de recursos natu-
rais sendo exploradas e muitas com potencialidades para o futuro. Entre elas, 
incluímos o ouro dos garimpos dos rios Calçoene, Cassiporé, Igarapé de Leona e 
Gaivota. 
Na região de Santa Maria podem ser encontrados diamantes e a hematita é 
explorada em uma jazida de 9,6 toneladas pela empresa Hanna Company. Tam-
bém são extraídos o caulim e o granito.
Outras Atividades
Na década de 1970, o empresário norte americano Daniel Ludwig implantou 
o Projeto Jari, na divisa com o Pará e às margens do rio Jari. Objetivava explo-
rar madeira, cultivar arroz e produzir celulose. Apesar do grande investimento, o 
projeto fracassa e, em 1982, é assumido pelo Grupo Caemi e pelo Banco do Brasil
Em termos de extrativismo vegetal, são exploradas a castanha-do-pará, o 
palmito e a madeira. A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e man-
dioca. Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino. 
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O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do esta-
do, ou seja, a extração mineral, a madeira e também a pesca. Esta última, a 
atividade econômica de maior potencialidade para ser explorada. A exploração dos 
recursos pesqueiras do Estado é caracterizada como artesanal. A pesca industrial 
concentra-se basicamente na captura do camarão-rosa. O desenvolvimento da ativi-
dade pesqueira depende fortemente da iniciativa e do investimento governamental.
A pecuária se limita a produção para a região norte, destacando o rebanho de 
bubalinos (búfalos) como sendo mais numeroso que o de bovinos e a área destina-
da à atividade é muito maior que a destinada à agricultura.
A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico. 
Entre junho de 1993 e julho de 1994, foram produzidos 451 milhões de kwh de 
energia, para um consumo local de 220 milhões de kwh.
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RESUMO
Querido(a) aluno(a), os mapas mentais que se seguem foram elaborados para 
que você consiga criar links cognitivos. Para tanto, é necessário que pratique um 
pequeno exercício: Observe cada um deles e tente descrever o máximo de informa-
ções sobre a temática, como se estivesse contanto um causo a alguém. Pegue um 
papel e uma caneta e tente escrever, por tópicos mesmo, tudo aqui que conseguir 
se lembrar. Caso não consiga se lembrar de tudo, revisite a aula. Quando conseguir 
analisar um mapa mental sem que seja necessário retornar a aula, terá fixado o 
conteúdo necessário para fazer uma excelente prova.
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