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AGEPEN-AP AGENTE PENITENCIÁRIO DO AMAPÁ História do Amapá História do Amapá – Parte I Livro Eletrônico 2 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Apresentação .............................................................................................4 História do Amapá – Parte I .......................................................................11 1. Colonização do estado do Amapá ............................................................13 As Grandes Navegações ............................................................................13 Capitanias Hereditárias .............................................................................20 Mão de Obra Escrava ................................................................................21 2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá ...............................24 Entradas e Bandeiras ................................................................................25 Missões Jesuítas .......................................................................................27 Criação da Capitania Cabo Norte .................................................................28 O Tratado de Ultrecht, 1713 .......................................................................28 Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal ...................................................31 Tomada de Caiena ....................................................................................36 A “Questão do Amapá” .............................................................................38 O interesse nazista pela Amazônia ..............................................................40 A Guerra da Lagosta .................................................................................41 3. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX ....................42 Ciclo do Ouro ...........................................................................................42 Ciclo da Borracha .....................................................................................42 Projetos de extração .................................................................................43 Outras Riquezas Minerais ...........................................................................44 Outras Atividades .....................................................................................44 Resumo ...................................................................................................46 Questões de Concurso ...............................................................................51 Gabarito ..................................................................................................64 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 3 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Apresentação Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (AGEPEN/AP) divul- gou no Diário Oficial do Estado o edital de abertura do concurso para provimento de 100 vagas mais cadastro reserva. Trata-se de uma excelente oportunidade para que você consiga a tão sonhada aprovação, a estabilidade empregatícia e toda a gama de vantagens que poderá valer-se na condição de servidor público do Estado do Amapá. Não é mesmo uma boa notícia? Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance plenas condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA. A organização do certame é de responsabilidade da Fundação Carlos Chagas (FCC), uma das mais tradicionais do país, o que favorece o melhor entendimento de como os conteúdos deverão ser abordados. Assim, nosso curso será inteiramente focado na FCC. Abordaremos a forma como os conteúdos serão cobrados e alguns “macetes” para que você, querido(a) aluno(a), consiga resolver com tranquilidade e confiança as questões de História. Devemos ressaltar que a FCC é uma banca habitual na elaboração das provas de concursos para todo o país, tanto para órgãos públicos, quanto para a iniciativa pri- vada e outras organizações, deixando um vasto banco de dados para estudo. Nesse sentido, poderemos analisar, em detalhes, as questões de História produzidas pela FCC. Além disso utilizaremos questões de outras bancas que se assemelham ao “modelo” cobrado na prova, sempre com uma abordagem coerente com o conteúdo listado no edital. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Por falar em conteúdo, o edital valoriza, e muito, a tão rica e significativa História do Amapá. Não é para menos. Registros de povoamento na região re- montam pelo menos 2.000 anos. O Amapá foi motivo de disputas entre espanhóis, portugueses, holandeses e franceses. Tão importante a ponto de influenciar os destinos do país, os destinos de países europeus. Realmente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo tempo tão ex- pressivos para a história do Brasil. Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como requisito o conhecimento da História da sociedade a qual deverá servir, zelar. Você será membro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, Estado da Federação que possui uma população com características culturais muito específicas. Como poderá intervir em uma sociedade que você não conhece? Não é apenas uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para testar sua alfabetiza- ção. É uma necessidade lógica muito bem trabalhada na seleção pela FCC. Assim, é muito importante que você tenha um grande estofo de conhecimento sobre a História do Amapá, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com solidez a sua aprovação em um cargo público. Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecen- do uma boa interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas que por ventura surgirem. Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação. Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pouco antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br faço, amo a docência. Foi muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos, vestibulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar também aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho. Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e re- cebia um salário razoável, pelo menos para quem desejava uma vida pacata no interior.Com isso não criei o interesse por concurso público. Era feliz: traba- lhava com o que gostava, mas... os ventos mudaram. Em 2013, após perder mi- nha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde ainda resido. Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Traba- lho, Câmara dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sen- tia preparado, mas não era a minha área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é planejamen- to e disciplina. Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com estabilidade! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela pressão de to- dos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radical e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públi- cos antes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo! Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem de- sespero. Esse material foi feito com muito carinho para que seu tempo seja otimi- zado, para que você não perca tempo com o que não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo mais, num curto espaço de tempo. Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a), que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir culpado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e ao seus amigos. Aquele encontro fica para depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista do seu esforço! Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para alcançar seu objetivo. Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Aula 1: História do Amapá – Parte I Colonização da região do Amapá. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá. Principais atividades econômicas do Amapá: séculos XIX e XX. Aula 2: História do Amapá – Parte II A Cabanagem no Amapá. A Criação do Território Federal do Amapá. Manifestações populares e sincretismo cultural no Amapá. História da Região Norte. Detalhes concurso AGEPEN/AP: Concurso: Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Concurso AGEPEN/AP) Banca organizadora: Fundação Carlos Chagas - FCC Cargos: Agente Penitenciário Escolaridade: Nível Médio Número de vagas: 100 + CR (400) Remuneração: Inicial de R$ 3.318,64 Inscrições: de 17 de setembro a 15 de outubro. Data da prova: 09 de dezembro. http://www.concursosfcc.com.br/concursos/iapen118/edital_de_abertura_iapen118_v1_- -publicado.pdf O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.concursosfcc.com.br/concursos/iapen118/edital_de_abertura_iapen118_v1_-publicado.pdf http://www.concursosfcc.com.br/concursos/iapen118/edital_de_abertura_iapen118_v1_-publicado.pdf 8 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Metodologia A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para se preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso foi meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir. Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga enxergar, compreender a História do Amapá como um processo. Variados exemplos, esquemas e mapas mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá identificar a única alternativa lógica para o Universo da História do Amapá. Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma cadeia de códigos que se conecta com sua memó- ria, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto poderá ser cobrado. Além disso, as questões de História elaboradas pela FCC serão comen- tadas para que você entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exercícios com questões sobre o tema também o(a) ajudará na fixação do conteúdo. Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau em Pernambuco”. Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para rea- lizar uma excelente prova. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Suporte A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a humanidade chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não tenha receio em perguntar. Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de apren- dizagem pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à dis- posição para sanar quaisquer dúvidas que tiver. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br HISTÓRIA DO AMAPÁ – PARTE I Os primeiros povos que ocuparam a região do atual estado do Amapá foram grupos indígenas dos troncos aruaque e caribe, entre os quais destacam-se os Guaiampis, Palicures, Tucuju. Vestígios da ocupação humana pré-colonial po- dem ser vistos nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológicodo Solstício, a “Stonehenge do Amapá”, em Calçoene, que data de pelo menos 2000 anos. Monumento construído por povos milenares em Calçoene, a 374 quilômetros de Macapá. Os primeiros sítios arqueológicos do Amapá foram estudados inicialmente por pessoas sem preparo cientifico adequado. É atribuído ao D. S. Ferreira Penna a localização oficial do primeiro sitio arqueológico no Amapá. Lá, encontrou diversas urnas funerárias. Também foram encontradas urnas com a forma cilíndrica, repre- sentando figuras humanas sentadas num banco, com braços e pernas bem desta- cadas. Nestas urnas haviam sempre a caracterização do sexo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Cunani é uma vila pertencente ao município de Calçoene e possui grande importância, tanto para a pré-história, como para a história, pois a vila chegou mesmo a ser República Independente por duas vezes. Em uma expedição co- ordenada por Emilio Goeldi, nos Montes Curu, descobriu-se dois túmulos que tinham a forma de um cano longo, em cuja ponta estavam depositados vasos funerários. Chapas de pedras serviam como laje de cobertura. A decoração característica foi obtida por desenhos virgulares gregos, e linhas pintadas em vermelho sobre o fundo branco. A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses povos antes da chegada dos europeus: • Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar que pintura rupestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não pode ser classificada como algum tipo de escrita; • Sociedades tribais; • Propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada; • Coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados. Os índios do Amapá são os únicos do país que têm o privilégio de possuir todas as suas reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros e agricultores. Os primeiros contatos entre com os europeus foram registrados em 1500, com a chegada do navegador espanhol Vicente Pinzón. Hoje o Estado do Amapá abriga várias etnias em 49 aldeias: Galibi, Karipuna, Palicur, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br 1. Colonização do estado do Amapá Meu(minha) querido(a), a colonização do território do atual estado do Amapá aconteceu de maneira muito diferente do que aconteceu no litoral leste brasileiro, principalmente no que tange às disputas entre as potências marítimas europeias do período. Para compreender a tão rica História do Estado do Amapá é necessário que façamos uma contextualização. Foram muitas as transformações que ocorre- ram na região, desde os primeiros povos que a ocuparam, passando pela chegada dos colonizadores, até a sua importância econômica na atualidade. Vejamos como isso foi possível. As Grandes Navegações Querido(a), é no contexto das Grandes Navegações que a região do Amapá será colonizada. No século XV, portugueses e espanhóis partiram para o desbravamento de novos mares, em busca de novas rotas comerciais e de novas terras. Em 1488, em busca de um novo caminho para as Índias, região famosa em especiarias cobiçadas pelos europeus, a expedição portuguesa de Bartolomeu Dias encontrou uma passagem ao sul da África, que fora batizada de Cabo da Boa Es- perança. Mas é a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, a “descoberta” mais significativa do período. O genovês convenceu os reis católicos espanhóis (Fernando II de Aragão e Isabel de Castela) a financiar sua expedição para provar que a terra era redonda, encontrando um caminho para as índias pelo ocidente. Aportou em 12 de outubro com as caravelas Pinta, Niña e Santa Maria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Portugal e Espanha eram as duas grandes potências marítimas. As recentes descobertas exigiam um acordo pela divisão das terras que poderiam ser desco- bertas. Assim, o Papa agiu como mediador em um acordo, determinando a Bula Intercoetera em 1493. Insatisfeito com a proposta, Portugal exigiu uma nova ne- gociação que culminou no Tratado de Tordesilhas. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado cele- brado entre o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as ter- ras do globo, “descobertas e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa. Tratado de Tordesilhas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Linha imaginária de Tordesilhas sobre as atuais fronteiras políticas. Note que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, o território do Amapá pertenceria à Espanha. Celebrado do Tratado, as descobertas continuaram. Em 1498 a expedição de Vasco da Gama chegou às Índias e, em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil. Foi o navegador espanhol Vicente Pinzón que, em janeiro de 1500, primeiro aportou no litoral do nordeste brasileiro. Depois, navegou pelo litoral norte e na- vegou pela foz do Rio Amazonas, o qual chamou de Mar Dulce. Foi o primeiro eu- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br ropeu a navegar pelo litoral do Amapá, o rio Oiapoque e seguir rumo às Guianas e ao Caribe. Portanto, querido(a) aluno(a), os espanhóis foram os primeiros a chegar ao Brasil. Entretanto, pelo tratado de Tordesilhas, a maioria do litoral brasileiro, velejado pelos espanhóis, pertencia à Portugal. Entenda: mesmo sendo os que chegaram primeiro, as terras não poderiam ser colonizadas. A única ex- ceção era a região do atual estado do Amapá. Assim, ainda em 1500, outro espanhol, Diogo de Lepe, primo de Pinzón, também navega pela costa do Amapá. Outro navegador espanhol de grande importância para nossos estudos foi Francisco Orellana. Ao participar da expedição de Francisco Pizarro aos Andes, em 1540, acabou se desencontrando do restante das embarcações e desceu o Rio Amazonas. Foi, portanto, o primeiro europeu a navegar por toda a extensão do Rio Amazonas. Retornando à Espanha, recebe autorização do rei para colonizare explorar a região. Desse modo, em 1549, navega pelo litoral do Amapá, mas se perde e morre na região. O contato dos exploradores europeus com os povos nativos foi caracterizado pela subjugação. Crentes na sua superioridade civilizacional, os colonizadores pro- moveram a aculturação e usaram de violência para efetivar o domínio das novas terras e de suas riquezas, inclusive os escravizando, como veremos mais adiante. O insucesso da expedição de Francisco Orellana acabou tirando o entu- siasmo dos espanhóis com a região e abrindo espaço para que outras nações realizassem incursões no território. Antes, porém, é necessário que entendamos o que levou os portugueses a ocuparem a região e como foi organizada essa co- lonização. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br (FCC/SEPLAG/PM-MG/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navega- ções os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nes- se processo de expansão, o contato dos europeus com os povos distantes caracte- rizou-se pelo a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos cultu- rais divergentes. b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos de- senvolvidos e com enormes riquezas industriais. c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamenta- vam a evangelização e a prática da tolerância. d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendi- ces e lendas que marcavam o imaginário europeu. Letra d. Meu(minha) caro(a), o estranhamento diante das diferenças culturais e a crença na superioridade do europeu cristão, levaram os índios a serem subjugados, tanto para atividade escravagista, quanto na aculturação das missões jesuítas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não ocuparam o ter- ritório de imediato. Daí a nomenclatura pré-colonial para nos referirmos aos trinta anos que se seguem. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS no litoral: uma mistura de forte para defesa do território e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e compreensível quando feita em partes: a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de 1500 e 1530? • Porque não encontraram metais preciosos em expedições; • Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo; • Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tor- desilhas com Portugal. b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasilei- ra a partir dos anos de 1530? • Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola; • Porque o comércio com as Índias entrou em crise; • Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram suas frotas marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao con- trole português sobre a colônia. Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não havíamos passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para explo- ração eram dadas pela Coroa e chamadas de estanco. Para cortar a madeira e levar O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br aos navios, era necessária uma grande quantidade de mão de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo: troca de pre- sentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios. A escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas logo será subs- tituída pela mão de obra africana pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordenamento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados “almas puras do paraíso”. Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasi- leira e decidiu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações tomassem seu território. O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias. Observe: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Capitanias Hereditárias Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usufruto do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra, ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes. No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Coroa Portuguesa e os donatários: • Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar. • Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da Capitania entre a Coroa e os donatários. O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portugue- sa, pois transferia a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto, os donatários passaram por grandes dificuldades: desenvol- ver a colônia com poucos recursos financeiros, a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos. Diante dessas dificuldades, a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na exploração do açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente. Guarde bem esse assunto pois o retomaremos mais adiante quando tratarmos da criação da capitania de Cabo Verde, atual Amapá. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilizaçãocivil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Como vimos, a região do Amapá pertencia à Espanha. Assim, os primeiros colonizadores europeus chegaram à costa amapaense em 1499, com quatro caravelas lideradas pelo espanhol Vicente Yañez Pinzón. A região ficou sob o do- mínio espanhol a partir do Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 entre Portugal e Espanha. Entretanto, você há de se recordar, como os espanhóis se desencantaram com a região do Amapá, em função do fracasso da expedição de Francisco Orellana, os portugueses passam a se interessar pela área. Em 1553, Luís Melo da Silva passa pelo litoral do Amapá, mas sua expedição acaba massacrada por índios na região da Guiana. Mão de Obra Escrava Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos portugueses e nem foram eles os responsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de seguirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica fundamental das economias europeias que influenciou consideravelmente o Tráfi- co de Escravos. Estamos falando do Mercantilismo. O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias e o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Os portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o açú- car brasileiro ou produtos manufaturados por escravos africanos, traziam os es- cravos nos navios negreiros e trocavam por mais do açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc. Entre os povos africanos que foram trazidos podemos citar os: • Bantos: mais ao sul do país, na mineração. • Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açú- car do nordeste brasileiro. Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a miscigenação básica da nossa cultura: • Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase sempre branco e negra -, vem de mula; • Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio; • Mameluco: mestiço de branco e índio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br No Amapá, de início, não existiu uma atividade agrícola que desse interesse dos colonizadores portugueses, como a produção de cana de açúcar no Nordeste, além de não encontrarem ouro. Assim, a atividade econômica foi voltada para ex- ploração de produtos da Amazônia, as chamadas “drogas do sertão”: frutas, raízes, sementes, temperos, urucum, canela, cravo, óleo de copaíba e de tartaruga. Como essas atividades eram praticadas, em sua maioria, por índios, a presen- ça de negros para mão de obra na região não ocorreu em grande quantidade. Os primeiros negros chegaram no Amapá em 1749. Fugidos de Belém, fundaram qui- lombos às margens do Rio Anauerapucu, nas terras tucujus. Foram descobertos por acaso por colonos caçadores de índios. Entretanto, oficialmente, foram trazidos em 1751 a mando de Mendonça Furtado, então governador do estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para colonos portugueses dos Açores em Macapá. Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de junho de 1770, chegaram 103 negros para trabalhar na construção da Fortaleza de São José do Macapá. Muitos destes escravos fugiram formando quilombos como Maruanum, Igarapé do Lago e Ambé. Ao longo do século XIX, diante de movimentos abolicionistas que ocorriam no Brasil, surgiram várias entidades que se organizaram no Amapá pelo fim da escra- vidão negra. Foram elas a Sociedade Ypiranga, a União Redentora e a liga Reden- tora dos Cativos do Pará. (FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portugue- sa, para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias hereditárias, cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar impostos, criar regras locais. c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico in- dígena para outras colônias portuguesas. d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas. e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios. Letra a. Caro(a) aluno(a), a alternativa “b” está errada porque o donatário não poderia ne- gociar a capitania recebida. A alternativa “c” está errada porque o donatário tam- bém não poderia estabelecer comércio internacional a não ser que exclusivamente com Portugal. Além disso, a colônia portuguesa não realizava o tráfico de indígenas. A alternativa “d” está errada porque o donatário não poderia conquistar capitanias vizinhas já que eram doadas pela Coroa. Por fim, a alternativa “e” também está errada porque o donatário não podia barrar as entradas e bandeiras. 2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares. A tecnologia de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em trinta anos por ingleses, franceses e holandeses. Essas novas potências marítimas não reconheciam o Tratado de Tordesilhas e passaram a tentar colonizar a costa brasileira. Exemplos disso foram: • as Invasões Holandesas na região nordeste (Salvador em 1624 e Recife em 1630). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br • as Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da França Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial. Além disso, ingleses e holandeses passaram a frequentar o norte da costa ama- zônica. Ocuparam a região das Guianas e, a partir de 1600, adentraram a bacia amazônica, construindo feitorias e fortificações. Fizeram o mesmo na região do Cabo Norte e nas ilhas paraenses. Ali comercializavam mercadoriascomo tabaco, peixe-boi, madeira, urucum, entre outras especiarias. A região parecia dominada por holandeses, apesar da presença de portugueses e ingleses, mas um novo fator contribuiria para a ação dos portugueses pelo seu controle: União Ibérica, 1580 a 1640. Em 1580 D. Sebastião, rei de Portugal, faleceu sem deixar herdeiros. Felipe II, Rei da Espanha e parente mais próximo do morto, unificou as Coroas Portuguesa e Espanhola sob sua batuta. O controle espanhol sobre Portugal implicava em controle espanhol também sobre as colônias portuguesas. Por outro lado, os portugueses na colônia brasileira também enten- diam que, se a região do Amapá pertencia à Espanha, necessariamente deveriam controlá-la. Isso incentivou os portugueses a ocuparem de vez a região do Amapá e combater as ocupações estrangeiras. Entradas e Bandeiras Meu(minha) querido(a), a ocupação do território do atual Estado do Amapá também recebeu a contribuição de expedições de bandeirantes. Mas vamos por partes, antes de seguir, vejamos alguns conceitos: • entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em direção ao interior do Brasil. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br • descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indí- gena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diver- sas expedições fluviais, subindo o Tocantins. • bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil. Em seguida, as principais bandeiras em Goiás. Em 1616, diante da ameaça constante de invasões à Colônia portuguesa na América, organizaram uma foça militar luso-brasileira para expulsar os estran- geiros e tomar posse da região. Derrotaram os franceses em São Luís e foram para o delta do Rio Amazonas. Ali, enfrentaram batalhas sangrentas. Novamen- te vitoriosos, fundaram o Forte Presépio, que deu origem à cidade de Belém, no mesmo ano. Caro(a) aluno(a), estrategicamente falando, quem controlava os mares e rios, controlava o transporte, essencialmente fluvial, e seu comércio. Por isso sua fundação foi tão importante. Com a fundação de Belém do Pará, a vila serviu de ponto de apoio e par- tida para várias entradas para exploração da Amazônia nas regiões dos atuais Estados do Pará, Amazonas e Amapá. Nesse sentido, Bento Maciel Parente foi um dos mais importantes exploradores. Veterano de guerras na Paraíba e no Rio Grande do Norte, foi Capitão-Mor da Capitania do Grão-Pará. Guarde bem o nome de Bento Maciel, pois foi muito importante na criação da Capitania Cabo Norte em 1637, como veremos mais adiante. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Bento Maciel foi responsável pela fundação dos fortes de Mariocai e Santo Antônio de Gurupá, ao longo do rio Xingu. Também expulsou holandeses que haviam montado fortes na região. Entretanto, abandonou as entradas quando se dirigiu para lutar na Insurreição Pernambucana, que expulsou os holandeses de Pernambuco. O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, reco- mendava medidas urgentes para povoar e fortificar a região costeira, desde o Brasil até São Tomé da Guyana e a foz do rio Drago, na Venezuela. Nesse sentido, outros dois importantes sertanistas foram Francisco de Azevedo, primeiro a liderar en- tradas aos sertões de Turi e Gurupi, e Luís Aranha de Vasconcelos, que viajou por grande parte do atual território do Amapá entre os anos de 1622 e 1624. Os holandeses foram expulsos e recuaram para as Guianas. Os ingleses abandonaram temporariamente a região e os franceses foram para Caiena. A violência do conflito também atingiu populações indígenas. Milhares de Tupinam- bás foram massacrados pelos portugueses. Missões Jesuítas Outro fator importante na colonização portuguesa foi a chegada dos Jesuítas. Realizaram expedições no Pará, criando na Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais pelo Amazonas e Oiapoque. Ignácio de Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus – irmandade que objetivava ex- pandir e fortalecer o catolicismo e combater o protestantismo. Autodenominavam-se Soldados de Cristo. A ordem jesuíta foi muito importante para a reação católica con- tra as Reformas Protestantes, realizando grandes obras missionárias, não só nas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Américas, como também no Oriente. Várias aldeias jesuítas foram criadas na região sertaneja, onde também ensinavam os membros da elite colonial que, posteriormen- te, eram encaminhados à Europa para cursar Direito, Medicina ou Engenharia. A significância da presença jesuíta na região pode ser exemplificada. Os mis- sionários jesuítas, na região do atual Estado do Amapá, convenceram a Coroa Es- panhola a expedir uma Carta-Régia que libertasse os índios da escravidão imposta por colonos. Outro exemplo se deu em 1639, quando o jesuíta espanhol Cristobal de Acuña encontrou um forte e uma missão portuguesa, na região pertencente à Espanha, com vários índios catequizados. Criação da Capitania Cabo Norte Em 1627 o novo Governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, envia o chefe militar da região, Bento Maciel Parente, á Portugal para relatar sua atu- ação na colônia. Lá, convence a Coroa da necessidade de colonizar definitivamente o delta do Rio Amazonas. Apesar da relativa demora em atender ao pedido, em 1637, a Coroa Portugue- sa criou a Capitania Cabo Norte, que aglutinava os territórios do atual estado do Amapá até os limites do Rio Parú. No entanto, Bento Maciel Parente não conseguiu colonizar a região, por falta de recursos e por estar envolvido na Insurreição Pernam- bucana. Assim, a Coroa Portuguesa acabou reanexando à Capitania do Grão-Pará. O Tratado de Ultrecht, 1713 No final do século XVII, questionando “onde estaria o testamento de Adão que dividia o mundo entre espanhóis e portugueses”, os franceses partiram de Caiena (Guiana) realizando novas expedições na Capitania Cabo Norte. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Para combater as incursões francesas, os portugueses fundaram missõesjesuíti- cas na região. Além disso, fundaram o Forte de Santo Antônio do Macapá em 1688. Entretanto, em 1697, o Marquês de Ferroles liderou os franceses numa inva- são que tomou o Forte de Santo Antônio do Macapá chegando até às margens do Rio Parú. A reação portuguesa foi rápida, expulsando os franceses e conseguindo impor o Tratado de 4 de março de 1700. Por esse Tratado Provisório, confirmado em 1701, ficava estabelecida uma trégua em que a região entre os Rios Oiapoque e Amazonas seria neutra. Assim, os portugueses tiveram que desativar os fortes de Araguari, Cumaú e Macapá. Mas franceses e portugueses não tardariam em se enfrentar numa nova guerra na Europa, colocando o Tratado de 1700 em desuso. As disputas somente chegam ao fim em 1713, com a assinatura do Primeiro Tratado de Ultrecht, por meio da intermediação da Coroa Inglesa. Isso fez com que os franceses recuassem e aceitassem o Rio Oiapoque como limite entre a Colônia Portuguesa e a Colônia Francesa (Guiana). Limites acordados pelo Tratado de Ultrecht O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Mesmo após a assinatura do Tratado de Ultrecht, os franceses continuaram a fazer incursões na Capitania Cabo Norte. Para combatê-las, os portugueses orga- nizaram expedições guarda-costas, principalmente entre 1722 e 1728. Também reativaram o Forte de Santo Antônio do Macapá. (FCC/PM-AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do Amapá. Durante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é o da: a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes ocuparam inicialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região Norte. b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar, apesar da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de Utrecht. c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da cons- tante invasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio da borracha. d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do Amapá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diver- sos conflitos coloniais. e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que habitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Letra b. Querido(a), a alternativa “a” está errada, pois a Holanda não estendeu seus domí- nios até o Amapá. A alternativa “c” está muito errada, pois fala em embarcações russas, o que nunca aconteceu. A alternativa “d” está errada, porque o Tratado de Tordesilhas fora realizado antes mesmo de que os primeiros navegadores europeus passassem pelo litoral do Amapá. A alternativa “e” também está errada porque a Guerra da Lagosta aconteceu apenas em 1960. Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal Querido(a), o Período Pombalino corresponde à ocasião em que o Marques de Pombal foi primeiro-ministro em Portugal, de 1750 a 1777, durante o reinado de Dom José I. Podemos listar, de maneira objetiva, as principais ações de Pombal que tiveram impactos na Colônia, especialmente na região do atual Estado do Amapá: • Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão; • Criou a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba; • Expulsão dos jesuítas do Brasil, tirando-os do controle do sistema educacio- nal e das missões jesuítas, além de tomar posse de propriedades da Igreja Católica no Brasil; • Em 1759, decretou o fim das Capitanias Hereditárias e a devolução das mes- mas ao controle da Coroa Portuguesa; • Implantou o cultivo de algodão no Maranhão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Preocupado com a estratégia de defesa da região do Amazonas, Pombal nego- ciou o Tratado de Madri, em 1750, com a Espanha. Por meio dele, definiu-se as fronteiras entre as colônias das duas Coroas, sobrepondo o já desrespeitado Tratado de Tordesilhas. Também ficou definido o princípio do Uti possidetis, segundo o qual, quem possui de fato, quem ocupa de fato a região, deve ter o direito de possuí-la. Limites acordados pelo Tratado de Madri de 1750 Caro(a) aluno(a), novamente preciso chamar sua atenção para a importância es- tratégica de controle das rotas fluviais. Preocupado com essa questão, o Marquês de Pombal delegou a responsabilidade a seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Fur- tado, indicado governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão entre 1751 e 1759. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Francisco Xavier tratou de trazer colonos para impulsionar as plantações e promover a extração de riquezas. Centenas de colonos vindos da Ilha dos Açores chegaram a Macapá dando origem ao povoado nos arredores do forte. Em 1770, cerca de 360 famílias açorianas fundaram no Amapá a vila de Nova Mazagão. Rapidamente os colonos açorianos entraram em conflito com os jesuítas, pois pretendiam utilizar a mão de obra indígena como escrava. Esse foi um dos motivos de o Marquês de Pombal expulsar os jesuítas do Brasil. Como a questão ainda não fora solucionada, em 1757, Pombal cria uma legislação sobre os indígenas, o “Di- retório dos Índios”. Assim, a Coroa Portuguesa buscava regulamentar a inserção do índio na sociedade colonial. Em 1758 Macapá é elevada a categoria de Vila, realizando exportação de milho, arroz, melancia, banana e frangos para Belém. (FCC/TCE-AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere as seguintes afirmações sobre a história do Amapá. I – A costa do Amapá foi descoberta pelo espanhol Vicente Pinzón. II – Pelo Tratado de Tordesilhas apenas metade do atual espaço amapaense era de Portugal. III – Durante séculos, ocorreram disputas entre brasileiros e ingleses pela delimi- tação das fronteiras. IV – Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal ordenou o povoamento de Macapá com colonos açorianos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. Letra c. Querido(a), a alternativa “II” está errada, porque afirma que o atual espaço amapa- ense era metade português de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Você há de se recordar que toda a região do Amapá pertencia à Espanha pelo Tratado de Tordesi- lhas. A afirmação “III” também está errada, porque as disputas seculares pela região aconteceram entre portugueses e franceses. Não que não tivessem ocorrido conflitos com os ingleses, mas estes foram durante as primeiras décadas do século XVII. Pombal promoveu o povoamento do ponto mais ao norte da Colônia. Toda a área ao longo do curso e da foz do Rio Amazonas foram ocupadas por fortale- zas militares. Em 1764, ordenou a construção da Fortaleza de São José do Macapá, localizado a esquerda do rio Amazonas, próxima a antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Levou quase vinte anos para ser construída e foi inaugurada no dia 19 de março de 1782. Entretanto, por priorizar a administração do Grão-Pará, Pombal deixou as terras do Cabo Norte em segundo plano. Se aproveitando disso, os franceses expandiram as terras da Guiana Francesa ocupando a região entre o Rio Oiapoque e a região de Calçoene, no século XIX. 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Letra d. Querido(a), a Vila de Macapá foi fundada em 1758 no contexto de ocupação e de- fesa da Colônia Portuguesa. Pombal incentivou a chegada de colonos açorianos e construiu a fortaleza de São José do Macapá. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 35 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Tomada de Caiena Meu(minha) caro(a), em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte de aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas, escoltada pela marinha britânica. Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio Continental à Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa Continental poderia comercializar com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como D. João, príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão in- vadiu Lisboa. Isso teve impactos profundos na colônia. Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Bra- sil, o fim do Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal), o aumento de tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro e a Tomada de Caiena. Uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi invadir Caiena, capital da Guia- na Francesa, como resposta militar à França. Como vimos, o território onde hoje se en- contra a Guiana Francesa já pertenceu a espanhóis e a holandeses antes que se tornas- se uma colônia da França, o que só aconteceu em 1667 por meio do Tratado de Breda. Pelo Tratado de Utrecht (1713), Portugal e França determinaram os limites entre suas colônias no norte da América do Sul, ficando definido o Pará, que incluía também o território do atual Estado do Amapá, e o Maranhão como posse de Por- tugal, e a Guiana, controlada pelos franceses. Além do sentimento de desforra por parte de D. João para com Napoleão, tam- bém havia a preocupação de que a França usasse a Guiana Francesa como local estratégico para as pretensões napoleônicas na América do Sul. Aproveitou-se en- tão da aliança diplomática com a Inglaterra para impor o controle militar da Colônia Francesa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 36 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Para tanto, já em 1808, enviou o tenente Valério José Gonçalves e o aspirante Florentino José da Costa, oficiais do Forte de São José do Macapá, para, disfarça- dos, espionarem as atividades de defesa em Caiena. Com as informações colhidas, D. João recebeu da Inglaterra o navio de guerra HMS Confiance, comandado pelo experiente capitão James Lucas Yeo. O comando da operação ficou por conta do governado da Capitania do Grão-Pará, José Narciso Magalhães. Em 6 de janeiro de 1809, as forças anglo-portuguesas tomaram o Fort Diamant. No dia seguinte o Fort Dégrad des Cannes. Um dia depois foi a vez de tomar o Fort Trió. Em uma semana, a ilha de Caiena foi dominada e, em seguida, a Guiana. A Guiana voltaria ao controle francês somente após o Congresso de Viena. Em conferências realizadas entre setembro de 1814 e junho de 1816, as nações europeias determinam a restauração das monarquias e das fronteiras imperiais à configuração anterior à Revolução Francesa de 1789. Assim, Portugal restaura sua monarquia e desocupa a Guiana Francesa. Apesar de a questão ter sido aparentemente resolvida, os franceses continua- ram contestando os limites geográficos estabelecidos, reivindicando áreas entre o rio Oiapoque e o Rio Araguari. A solução viria somente em 1900, como veremos a seguir. Antes, mais uma questão de concurso para analisarmos. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA /MINISTÉRIO DA DEFESA - MARINHA DO BRASIL O OFICIAL SEGUNDA CLASSE/2017) Após chegada da Família Real ao Bra- sil, a 7 de março de 1808, D. João iniciou movimentos de política externa, o que permitiu elevar significativamente o papel da Marinha. Quais foram as duas ações iniciais de política externa empreendidas por D. João? a) A expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e a criação do Arsenal de Marinha. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br b) A conquista de Caiena e a ocupação da banda Oriental. c) A assinatura do Tratado de Trégua entre Portugal e Holanda e a formação da primeira Força Naval. d) A declaração de guerra à França e a adesão à causa da Independência. e) A abertura dos portos ao comércio estrangeiro e a criação da Esquadra brasileira. Letra b. Vamos lá! A alternativa “a” está errada, pois os franceses foram expulsos do Rio de Janeiro ainda no século XVI. A alternativa “c” não tem relação alguma com as ações do Período Joanino elencado no texto. A alternativa “d” está muito errada em afirmar que D. João era adepto da causa da independência. Finalmente, a alternativa “e” também está errada, porque o enunciado pede ações da política externa de D. João. A “Questão do Amapá” A descoberta de ouro na região do rio Calçoene, em 1895, reacendeu o inte- resse francês. O Tratado de Utrecht de 1713, do qual você há de se recordar, foi assinado entre França e Portugal, estabelecendo o rio Vicente Pinzón ou Oiapoque como fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá, na época pertencente ao ter- ritório do Estado do Grão-Pará e Maranhão. O governo francês questionou os limi- tes, alegando que o rio Vicente Pinzón não era o Oiapoque, e sim o rio Araguari, mais ao sul. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Os ânimos se exaltaram na região quando o paraense Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, assassinou o tenente Lunier, comandante de um destaca- mento francês no Amapá. Cabralzinho se tornou “herói do Amapá”. A partir de en- tão, ocorreram vários conflitos entre brasileiros e franceses, levando os governos de Brasil e França a submeterem a questão à arbitragem do governo Suíço. O Laudo Suíço, dado em Berna no dia 1º de dezembro de 1900, foi favorável ao Brasil na disputa pela área. Nesse sentido, merece destaque a atuação do Barão do Rio Branco como defensor brasileiro. (FCC/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) A fronteira entre a Guiana Francesa e o Brasil foi alvo de constantes divergências e conflitos entre os dois países. A chama- da “Questão do Amapá” só foi legalmente solucionada a) após a atuação da diplomacia brasileira, quando o Barão do Rio Branco obteve posicionamento favorável da arbitragem internacional do governo da Suíça, que reconheceu que o Brasil tinha direito às terras localizadas ao sul do rio Oiapoque, antes pertencentes ao Império Português. b) depois da derrota das tropas francesas que haviam invadido parte do território do Amapá, avançando até o rio Araguari, e foram vencidas pelo Exército Brasileiro, com a colaboração de milícias armadas enviadas pela Guiana e pelo Suriname. c) mediante um acordo pacífico entre a França e o Brasil, que estabeleceu os li- mites fronteiriços definitivos, em troca de favorecimentos comerciais envolvendo as cidades de Caiena e Macapá, bem como a livre navegação dos rios de ambos os territórios envolvidos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br d) durante a Segunda Guerra Mundial, quando França e Brasil apoiaram conjun- tamente os Aliados, e cessaram suas disputas por fronteira em nome do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, firmado no Rio de Janeiro por diversos países sul-americanos. e) por pressão do governo dos Estados Unidos, interessado na exploração de mi- nério de ferro e manganês na região, a qual estava sendo prejudicada pelos con- flitos territoriais, solucionados com a vinda de peritos que deram ganho de causa ao Brasil.1 O interesse nazista pela Amazônia Entre 1935 e 1937, o biólogo e geógrafo alemão Otto Schulz-Kamphenkel lide- rou uma expedição do Belém do Pará, passando pelas margens do Rio Jari, até à fronteira da Guiana Francesa. Em um relatório de 1940, elaborado para os nazistas, recomendou a tomada das Guianas como de fundamental importância para as pre- tensões de Hitler na América do Sul. Havia, inclusive, um plano dos alemães de, após vencerem a Segunda Guerra, dominar toda a América do Sul por meio de ações de colônias da Argentina e do sul do Brasil. A “Operação Guiana” objetivava colonizar as Guianas Francesa, Holande- sa e Inglesa, além da tomada da foz do Rio Amazonas. 1 Gabarito: letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br A Guerra da Lagosta Entre 1961 e 1963, ocorreu uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e França. Mais do que a possibilidade de um conflito armado, recebeu essa nomen- clatura jocosa pela imprensa do período, em função dos eventos cômicos relacio- nados à questão. A Marinha do Brasil expulsou um navio francês que estaria pescando lagos- tas clandestinamente na costa de Pernambuco. A crise tomou proporção perigosa quando os dois países mobilizaram suas forças armadas, deslocando recursos mili- tares para regiões próximas ao incidente. Além disso, a França mobilizou tropas e navios para a fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá. A parte cômica fica pelas discussões na imprensa francesa sobre o direito de pesca ou não: A lagosta nada ou anda? Caso nadasse, poderia se dizer que estava em águas internacionais; caso andasse, estaria em território brasileiro, já que se admitia, à época, que o fundo do mar pertencia ao Brasil. A discussão se alongou com o Brasil alegando que a lagosta era um recurso pertencente à plataforma continental, devido a sua “natureza sedentária”. Já os franceses argumentavam o contrário: ela nadava e, portanto, pertencia às águas internacionais. Querido(a) aluno(a), somente expliquei a Guerra da Lagosta, e por alto, em função de ela ter aparecido em questões da banca como distração, para tirar o foco do candidato da alternativa correta. Ela não possui nenhuma relação com História do Amapá, a não ser pela presença próxima das forças armadas francesas. O in- cidente terminou com a França retirando seus navios pesqueiros e sem que fosse dado nenhum tiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br 3. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX Querido(a), desde a colonização europeia a região Norte é uma área de vazio demográfico.Algo compreensível já que seus aspectos naturais dificultaram a sua ocupação mais intensiva. Durante o século XIX, a economia na região do futuro estado do Amapá foi ba- seada no ciclo do ouro e na produção de borracha, que havia atingido altos preços internacionais, o que acabou promovendo um atrativo populacional. A descoberta de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais que, como vimos, levou à invasão dos franceses em maio de 1895. Vejamos: Ciclo do Ouro Em 1894, os brasileiros Germano e Firmino Ribeiro, naturais de Curuça, no Pará, encontram ouro no leito do rio Calçoene. Na Guiana Francesa também se encontrou o metal. Essas descobertas, como você deve se recordar, provocaram a “Questão do Amapá”, solucionada com arbitragem suíça. Podemos afirmar que a atual cidade de Calçoene teve origem no movimento de garimpeiros e faiscadores de ouro. Entre 1893 e 1898 foram extraídas aproxi- madamente 10 toneladas de ouro das minas de Calçoene. Em 1901 sua população chegou a 1.600 habitantes. Ciclo da Borracha No final do século XIX, a Amazônia começa a viver o ciclo da borracha e o sul do Amapá também se beneficia da atividade extrativista. O fluxo de pessoas e merca- dorias se intensificaram pelos rios, possibilitando novos negócios e o surgimento de uma economia subsidiária da atividade extrativista do látex. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br Após o declínio do Ciclo da Borracha, no início do século XX, a região sofreu uma queda na quantidade de imigrantes, com algumas exceções, como a imigração ja- ponesa que ocorreu na década de 1930. Projetos de extração Em 1950, iniciou-se a construção da rodovia Belém-Brasília, como parte do ambicioso projeto integração nacional de Juscelino Kubitscheck. Já na década de 1960, a estratégia do Regime Militar (1964-1985) se baseava em políticas desen- volvimentistas e nacionalistas. Nesse sentido, como veremos na nossa próxima aula, os militares criaram bancos de fomento e superintendências de segurança que promoveram um atrativo populacional, principalmente para exploração de ma- deira e minérios. Manganês Embora tenha sido encontrada uma grande reserva de manganês na Serra do Navio em 1945, sua exploração se iniciou em 1957, com a concessão da atividade à Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI), subsidiária da norte-americana BethIehem Steel. Principal riqueza do estado do Amapá, o manganês revolucionou a economia local. Com as maiores reservas do país, extrai 80% da produção total de manganês do país na década de 60. Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi, que paga royalties de 4 a 5% do valor do minério extraído ao governo local, sendo as encomendas asseguradas por um contrato com o Defense Materials Procure- ment Agency, órgão governamental norte-americano. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br A renda dos royalties do manganês foi usada na construção da Usina de Pare- dão, objetivando produzir energia para atrair indústrias. Também foi construída, pela Icomi, uma estrada de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de mi- nério e 200 mil toneladas de outros tipos de mercadorias, bem como como um porto com capacidade para receber navios de até 45 mil toneladas. Outras Riquezas Minerais Além do manganês, o Amapá possui uma grande reserva de recursos natu- rais sendo exploradas e muitas com potencialidades para o futuro. Entre elas, incluímos o ouro dos garimpos dos rios Calçoene, Cassiporé, Igarapé de Leona e Gaivota. Na região de Santa Maria podem ser encontrados diamantes e a hematita é explorada em uma jazida de 9,6 toneladas pela empresa Hanna Company. Tam- bém são extraídos o caulim e o granito. Outras Atividades Na década de 1970, o empresário norte americano Daniel Ludwig implantou o Projeto Jari, na divisa com o Pará e às margens do rio Jari. Objetivava explo- rar madeira, cultivar arroz e produzir celulose. Apesar do grande investimento, o projeto fracassa e, em 1982, é assumido pelo Grupo Caemi e pelo Banco do Brasil Em termos de extrativismo vegetal, são exploradas a castanha-do-pará, o palmito e a madeira. A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e man- dioca. Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 44 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do esta- do, ou seja, a extração mineral, a madeira e também a pesca. Esta última, a atividade econômica de maior potencialidade para ser explorada. A exploração dos recursos pesqueiras do Estado é caracterizada como artesanal. A pesca industrial concentra-se basicamente na captura do camarão-rosa. O desenvolvimento da ativi- dade pesqueira depende fortemente da iniciativa e do investimento governamental. A pecuária se limita a produção para a região norte, destacando o rebanho de bubalinos (búfalos) como sendo mais numeroso que o de bovinos e a área destina- da à atividade é muito maior que a destinada à agricultura. A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico. Entre junho de 1993 e julho de 1994, foram produzidos 451 milhões de kwh de energia, para um consumo local de 220 milhões de kwh. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 45 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br RESUMO Querido(a) aluno(a), os mapas mentais que se seguem foram elaborados para que você consiga criar links cognitivos. Para tanto, é necessário que pratique um pequeno exercício: Observe cada um deles e tente descrever o máximo de informa- ções sobre a temática, como se estivesse contanto um causo a alguém. Pegue um papel e uma caneta e tente escrever, por tópicos mesmo, tudo aqui que conseguir se lembrar. Caso não consiga se lembrar de tudo, revisite a aula. Quando conseguir analisar um mapa mental sem que seja necessário retornar a aula, terá fixado o conteúdo necessário para fazer uma excelente prova. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 46 de 63 HISTÓRIA DO AMAPÁ História do Amapá – Parte I Prof. Daniel Vasconcellos www.grancursosonline.com.br TRATADOS DE LIMITES relacionados
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