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Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários em implantodontia

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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 191
CrItérIos e orIentações 
Para a seleção 
de PIlares IntermedIárIos 
em ImPlantodontIa
Ricardo Alexandre Zavanelli 
Jaqueline Barbosa Magalhães 
Wagner Nunes de Paula 
Adriana Cristina Zavanelli
INTRODUÇÃO
A implantodontia tornou‑se rapidamente o alicerce da prática diária da odontologia, e a 
reabilitação protética sobre implantes osseointegrados pode oferecer aos pacientes parcial 
ou totalmente desdentados uma alternativa viável, previsível e com longevidade em relação 
aos tratamentos protéticos convencionais que utilizam próteses parciais ou totais removíveis.1
A previsibilidade do tratamento com implantes osseointegrados tem gerado uma quantidade 
considerável de pesquisas e de investimentos com a finalidade de se obter restaurações mais 
duráveis.2 Em adição, o desenvolvimento da superfície dos implantes, de protocolos cirúrgicos 
e componentes protéticos têm ajudado a prover os profissionais com um verdadeiro arsenal 
que auxiliará no planejamento, na instalação e na restauração da dentição ausente.
Os benefícios do tratamento protético reabilitador sobre implantes osseointegrados envolvem, 
entre muitos aspectos, a melhora da qualidade de vida e do grau de satisfação dos 
pacientes, além da melhor aceitação biológica pelos tecidos, e os índices de sucesso podem 
aumentar consideravelmente se houver um planejamento reverso prévio.3
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192 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
O planejamento reverso cirúrgico protético prévio deve incluir:
�� detalhada coleta de dados;
�� apurado exame clínico extra e intrabucal;
�� fotografias intra e extrabucais;
�� exames de imagens decisivos em relação à posição das estruturas anatômicas de 
interesse;
�� obtenção de modelos de gesso articulados e sobre os quais serão confeccionados o 
enceramento de diagnóstico e os respectivos guias radiográficos e cirúrgicos a fim de 
proporcionar adequado posicionamento tridimensional dos dentes.
A obtenção do posicionamento tridimensional dos dentes é um fator que contribui para a 
longevidade das próteses sobre implantes,4 além de favorecer a obtenção de uma estética 
superior.5,6
Considerando a ampla gama de conexões e de componentes protéticos sobre os implantes 
osseointegráveis disponíveis no mercado odontológico, a correta seleção do pilar intermediário 
torna‑se um desafio e solicitará dos profissionais conhecimentos para reabilitar os pacientes 
diante das conexões protéticas habituais e costumeiras, em situações de próteses unitárias, 
múltiplas, cimentadas ou parafusadas, assim como em áreas anteriores ou posteriores.
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 193
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, espera‑se que o leitor seja capaz de:
�� identificar as principais características das conexões protéticas e de seus pilares inter‑
mediários;
�� reconhecer os critérios de seleção dos pilares intermediários nas várias situações clínicas 
existentes.
ESQUEMA CONCEITUAL
Conclusão Pilar UCLA
Pilares intermediários 
para sobredentaduras
Pilares intermediários para prótese 
sobre implante cimentada
Pilares intermediários para prótese 
sobre implante parafusada
Seleção dos pilares intermediários
Descrição dos principais 
pilares intermediários
Critérios para a seleção 
dos pilares intermediários
Pilares 
intermediários
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 193 06/04/2015 14:43:24
194 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
PILARES INTERMEDIÁRIOS
O pilar intermediário é o componente que fará a ligação entre a conexão protética 
do implante e a coroa protética e será retido por parafuso junto ao implante ou por 
meio de retenção friccional – conexão do tipo locking taper, que não requer o uso 
de parafusos para sua fixação.
Os pilares intermediários podem estar usualmente separados dos implantes, mas, em algumas 
situações, poderão ser parte do implante, chamados de implantes de corpo único, pois 
estão integrados ao implante (Figura 1A).17 Em outros casos, as coroas serão confeccionadas 
e fixadas diretamente na plataforma dos implantes (Figuras 1B‑C).
A
C
B
Figura 1 – A) Ilustração de um implante de corpo único, cujo pilar intermediário é parte integrante do sistema. 
O conjunto implante e pilar intermediário integrado e ilustrado é específico para carga imediata utilizada em 
próteses sobre implantes removíveis do tipo sobredentaduras (overdentures). B) Ilustração de coroa protética 
confeccionada sobre um pilar intermediário (pilar cônico ou esteticone – cone estético). C) Ilustração de 
coroa protética confeccionada direto sobre o implante (observa‑se que pilar intermediário e coroa protética 
constituem uma única peça).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 195
Os pilares intermediários podem ser divididos em:2,6,8,9
�� pilares pré‑fabricados e pilares intermediários personalizados (Figuras 2A‑B), podendo 
ser utilizados na região anterior ou posterior;
�� pilares para próteses parafusadas ou cimentadas, de acordo com a posição do implante 
instalado e a preferência de cada profissional.
A B
Figura 2 – A) Ilustração da família do pilar intermediário pré‑fabricado do tipo minipilar cônico (com cilindro 
de proteção, transferentes para moldeira aberta e fechada, análogo do minipilar e seus cilindros para provisório 
calcinável e de sobrefundição) para implantes de conexão de hexágono externo (HE) e plataforma regular. B) 
Ilustração de um pilar intermediário personalizável e sua respectiva coroa protética confeccionados em tecno‑
logia de CAD/CAM (do inglês “computer aided design/computer aided manufacturing”).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
As conexões protéticas dos implantes (Figura 3), basicamente, são divididas em:
�� hexagonais externas – hexágono externo (HE), que apresenta três plataformas (estreita, 
regular e larga);
�� hexagonais internas – hexágono interno (HI), que apresenta uma única plataforma, 
a regular;
�� cônicas retidas por parafusos – cone Morse (CM), que, normalmente, apresentam 
“plataforma única” para assentamento de todos os componentes e que podem ser 
cônicas indexadas ou cônicas não indexadas;
�� cônicas retidas por retenção friccional oriunda do atrito mecânico da porção externa 
do componente protético com as paredes internas do implante, conhecidas como 
conexão friccional ou locking taper, cujo componente será “batido” e travado sem a 
presença de parafusos.
Figura 3 – Conexões protéticas mais comumente 
usadas em implantodontia (CM, HE e HI).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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196 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
O profissional deverá estar atento não apenas à seleção do tipo de implante, suas configura‑
ções, desenho ou tratamento de superfície, mas também ao tipo de conexão protética, que 
fará toda a diferença na longevidade do tratamento protético reabilitador.
Os problemas mecânicos mais comuns são o afrouxamento de parafusos ou fraturas, 
que podem ocorrer na junção entre implante e pilar intermediário, ocasionando 
complicações biológicas, como inflamação tecidual ao redor dos implantes, cresci‑
mento gengival, formação de fístula, e, em alguns casos, levar a tensões danosas à 
região peri‑implantar e até mesmo comprometer a osseointegração.10
Nas conexões hexagonais, as tensões são transferidas aos parafusos de fixação, e, nas co‑
nexões internas, são distribuídas ao longo do implante, promovendo maior estabilidade.10
A disponibilidade de um vasto número de componentes protéticos no mercado, somada às 
diversas conexões protéticas de HE, HI e CM, tem deixado confusos muitos profissionais no 
processo de seleção dessescomponentes e, em particular, na indicação de uso de tais com‑
ponentes. Faz‑se necessário uma abordagem do assunto para guiar e orientar os profissionais 
na correta seleção dos pilares intermediários.
Os pilares intermediários podem ter sinônimos e também ser chamados apenas de pilar, pilar 
intermediário, intermediário, “abutment”, munhão, transmucoso e componente protético. 
São fixados à conexão protética dos implantes (HE, HI e CM) por meio de parafusos de fixa‑
ção, que unirão o componente protético selecionado ao implante, realizando, dessa forma, 
a ligação do implante com a prótese (Figuras 4A‑E).
A B
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 197
C D
E
Figura 4 – A) Família do pilar intermediário (pilar CM, Neodent, cujo torque deverá ser de 32Ncm) que 
será parafusado no implante CM, com posterior colocação de protetor de pilar (componente azul, que será 
parafusado junto ao pilar para sua proteção e manutenção do perfil de emergência gengival), transferente 
do pilar, análogo do pilar (componente azul) e cilindro protético calcinável de fundição com seu parafuso 
protético (que serão encerados, fundidos e receberão posterior aplicação de cerâmica). B) Aspecto do molde 
com o respectivo análogo do pilar CM posicionado juntamente com a gengiva artificial, sobre o qual será 
vazado gesso especial. C) Aspecto do análogo do pilar intermediário posicionado sobre o modelo de gesso 
e sua respectiva gengiva artificial. Sobre esse análogo será colocado o cilindro protético calcinável, que será 
encerado e fundido – esse cilindro deverá conter um dispositivo antirrotacional (AR) por se tratar de prótese 
sobre implante unitária. D) Aspecto clínico do cilindro protético calcinável após procedimento de fundição 
(denominado de estrutura metálica). Essa estrutura será provada e ajustada com posterior registro interoclu‑
sal para aplicação da porcelana. E) Aspecto da coroa protética finalizada, que será parafusada sobre o pilar 
intermediário com torque de 10Ncm.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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198 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
Na maioria das situações clínicas, os profissionais fazem a opção por um pilar 
conectado diretamente ao implante, conhecido como UCLA (do inglês, universal 
castable long abutment) ou luva calcinável (Figuras 5A‑F), sem ter a preocupação 
com a seleção do pilar intermediário mais adequado para uma dada situação clínica. 
Essa indicação e uso indiscriminado poderão trazer transtornos, como soltura ou 
afrouxamento de parafusos, dificuldade de assentamento passivo das estruturas e, 
em um segundo momento, ocasionar perda óssea peri‑implantar.11
A B
C D
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 199
E F
Figura 5 – A) Ilustração da família de componentes para uso do pilar intermediário UCLA (chave digital 
extensora, chave hexagonal de 1,2mm, cicatrizador, transferente de moldeira aberta e fechada, análogo do 
implante, cilindro metálico para provisório, cilindro para fundição e cilindro para sobrefundição). B) Ilustração do 
dispositivo AR do pilar intermediário UCLA (componente sem AR ou liso com indicação para próteses múltiplas; 
com AR ou hexagonal com indicação para próteses unitárias). C‑D) Ilustração de duas coroas metalocerâmi‑
cas com pilar intermediário UCLA (com AR) já fundido e integrado a elas. E‑F) Pilar intermediário UCLA com 
base de cobalto‑cromo (Co‑Cr) para prótese sobre implante cimentada, já personalizado e transformado em 
núcleo, e sua respectiva coroa protética pronta para ser cimentada sobre o núcleo (pilar UCLA personalizado).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O pilar UCLA foi desenvolvido em 1988 por Lewis e colaboradores,12 que propuseram uma al‑
ternativa para os pilares intermediários pré‑fabricados existentes da época, desenvolvidos para 
próteses sobre implantes parciais ou múltiplas e nas situações clínicas com espaço interoclusal 
restrito. O pilar UCLA era indicado para casos de pequeno espaço interoclusal, distância 
mesiodistal restrita e implantes posicionados superficialmente ou mal posicionados, 
em casos unitários, com o uso de sistema AR e, em casos múltiplos, sem o dispositivo AR.
Em 1992, Lewis e colaboradores13 relataram uma taxa de sucesso de 95,8% em quatro 
anos de uso do pilar UCLA, sem relato de corrente galvânica ou corrosão eletrolítica. Park e 
colaboradores compararam o pilar UCLA de forma calcinável com o fabricado em sistema 
CAD/CAM e verificaram que, após um milhão de ciclos, não houve diferenças na força de 
destorque entre os grupos.14
É prudente adotar o uso de pilar UCLA com dispositivo AR em casos de próteses 
unitárias somado à base de Co‑Cr e nos casos de pequeno espaço interoclusal, 
proximidade entre implantes, implantes mal posicionados, implantes posicionados 
superficialmente em relação à margem gengival e em casos em que o profissional 
deseja diminuir os custos do tratamento. No entanto, esse tipo de pilar intermediá‑
rio conectado diretamente sobre a plataforma dos implantes poderá gerar tensões 
deletérias que afetarão o desempenho do implante e da prótese sobre implante.15
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200 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
O uso abusivo do pilar intermediário UCLA pode estar relacionado com a falta de critérios 
para a seleção dos componentes protéticos, motivo que gerou este artigo como forma de 
orientar os profissionais na seleção dos componentes protéticos.
O conhecimento do torque necessário a ser aplicado também influencia a longevidade da 
prótese, que poderá ter o parafuso de fixação afrouxado, caso o torque recomendado pelo 
fabricante não seja observado.
O torque aplicado aos parafusos dos pilares intermediários e aos parafusos proté‑
ticos varia de 10 a 35Ncm de acordo com cada fabricante ou empresa de implante 
e componente protético.
Caso o torque final (força requerida para o aperto do parafuso) não tenha sido 
respeitado, o parafuso poderá afrouxar, causar transtorno ao paciente e, eventual‑
mente, fraturar, o que torna sua remoção um procedimento delicado e cuidadoso. 
Esse afrouxamento também pode ser oriundo de um processo laboratorial ina‑
dequado que não trouxe assentamento passivo à infraestrutura da prótese, bem 
como decorrente de um ajuste oclusal inadequado ou desequilibrado.11 A literatura 
também traz, como causa do afrouxamento dos parafusos, a própria característica 
da conexão protética em si, ou seja, é sabido que, nas conexões de HE, o índice 
de soltura ou afrouxamento de parafusos é maior em relação às demais conexões 
protéticas de HI ou CM.
Os pilares intermediários apresentam função similar à dos retentores intrarradiculares 
pré‑fabricados ou fundidos, que sempre serão cimentados no interior do conduto radicular 
previamente preparado, e, posteriormente, servirão de apoio a uma prótese parcial fixa uni‑
tária ou múltipla, que sempre será cimentada sobre os núcleos fundidos ou pré‑fabricados.
Assim como os retentores intrarradiculares, os pilares intermediários das próteses 
sobre implantes serão conectados aos implantes por meio de parafusos (união mais 
comumente usada) ou também de forma friccional, como ocorre com algumas co‑
nexões protéticas, sendo chamados de pilares intermediários batidos ou friccionais, 
que serão mantidos em posição pela retenção friccional proporcionada pela porção 
interna da conexão protética do implante e pela porção externa do componente 
protético.
A partir do pilar intermediário instalado junto ao implante – fixado por parafuso ou 
por retenção friccional – será confeccionada a prótese sobre implante, que poderá 
ser cimentada ou parafusada sobre a cabeça do parafuso do pilar intermediário 
instalado (aparafusado ou por fricção) e tachado.
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 201
De nada adiantará a realização cuidadosa do procedimento cirúrgico de instalação do implante 
se o profissional não souber lidar com a correta seleção do pilar intermediário e a confecção 
da prótese sobre implante, podendo comprometer a longevidade da prótese. Os pacientes 
buscam o tratamento protético para repor dentes, e não implantes. Os profissionais deverão 
estar preparados para reabilitar diferentes situações clínicas, que envolverão próteses cimen‑
tadas, parafusadas, unitárias, múltiplas, de região anterior ou posterior, e também próteses 
removíveis sobre os implantes – denominadas de sobredentaduras (overdentures).
Além de conhecer o tipo de prótese – fixa ou removível, unitária ou múltipla, cimentada 
ou parafusada – a ser realizada e a região do trabalho reabilitador – anterior ou posterior, 
arco total ou arco parcial –, o profissional deverá identificar, entre outros aspectos que serão 
detalhados a seguir:
�� a plataforma protética;
�� o espaço interoclusal existente e as dimensões dos pilares intermediários pré‑fabricados;
�� a altura da margem gengival em relação ao espelho do implante – que definirá a altura 
da cinta metálica;
�� o biótipo periodontal – espesso ou delgado.
Algumas empresas de implantes e componentes protéticos, como Neodent e Straumann, 
são preocupadas com a parte protética da reabilitação e com a seleção dos componentes, 
disponibilizando, aos profissionais, kits de seleção de pilares intermediários (Figuras 6A‑D) 
que podem ser utilizados diretamente sobre os implantes na boca do paciente ou sobre os 
análogos dos implantes fixados nos modelos de gesso (Figuras 7A‑C).
A opção de seleção em boca ou sobre os análogos dos implantes posicionados no 
modelo de gesso fica a critério e experiência de cada profissional.
A B
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202 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
C D
Figura 6 – A) Kit de seleção protética para implantes de conexão CM da empresa Neodent. B) Kit de seleção 
protética para implantes de conexão HE da empresa Neodent. C) Kit de seleção protética para implantes de 
conexão CM da empresa Straumann. D) Componentes do kit de seleção protética específicos para implantes 
de conexão HE. Observa‑se que as diversas cores indicam as alturas de cinta do pilar intermediário, e o compo‑
nente metálico (cor prata) é o cilindro protético de fundição, que deverá ser colocado sobre os componentes 
coloridos para aferir o espaço interoclusal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A
C
B
Figura 7 – A) Colocação do medidor de tecido transmucoso diretamente sobre o implante para aferir a altura 
da margem gengival. Para respeitar esse princípio, a altura da cinta deverá ficar 1mm subgengival. B) Colocação 
do componente do kit de seleção para comprovar a altura da cinta metálica a ser selecionada e também aferir 
o espaço interoclusal existente. Observa‑se que o componente de cor vermelha apresenta altura de 1mm de 
cinta metálica e está adequadamente em posição subgengival. C) Colocação do componente do kit de seleção 
sobre o modelo de gesso para aferir a altura da cinta metálica e o espaço interoclusal existente. Observa‑se 
que houve desoclusão do modelo antagonista com os componentes, contraindicando seu uso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 202 06/04/2015 14:43:51
| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 203
1. Analise as afirmativas considerando a reabilitação protética sobre implantes osseointegrados.
I – Os benefícios do tratamento protético reabilitador sobre implantes osseointegra‑
dos envolvem, entre muitos aspectos, a melhora da qualidade de vida e do grau 
de satisfação dos pacientes, embora haja menos aceitação biológica pelos tecidos.
II – Os índices de sucesso da reabilitação protética sobre implantes osseointegrados 
podem aumentar consideravelmente se houver um planejamento reverso prévio, 
que deve incluir coleta de dados, exame clínico extra e intrabucal, fotografias intra 
e extrabucais, exames de imagens e modelos de gesso articulados.
III – A obtenção do posicionamento tridimensional dos dentes é um fator que contribui 
para a longevidade das próteses sobre implantes, além de favorecer a obtenção de 
uma estética superior.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo
2. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) considerando os pilares intermediários.
( ) Os pilares intermediários podem ser pré‑fabricados ou personalizados para próteses 
parafusadas ou cimentadas.
( ) Os problemas mecânicos mais comuns são o afrouxamento de parafusos ou fra‑
turas, que podem levar a tensões danosas à região peri‑implantar, transferidas aos 
parafusos de fixação nas conexões hexagonais e distribuídas ao longo do implante 
nas conexões externas, promovendo maior estabilidade.
( ) O torque aplicado aos parafusos dos pilares intermediários e aos parafusos protéti‑
cos varia de 10 a 35Ncm de acordo com cada fabricante ou empresa de implante e 
componente protético.
( ) Pilares intermediários batidos ou friccionais são mantidos em posição pela retenção 
friccional proporcionada pela porção externa da conexão protética do implante e 
pela porção interna do componente protético.
Indique a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – V – F.
B) F – V – V – F.
C) V – F – F – V.
D) F – V – F – V.
Resposta no final do artigo
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 203 06/04/2015 14:43:51
204 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
3. Correlacione as colunas, considerando as conexões protéticas dos implantes.
(1) HE
(2) HI
(3) CN
(4) Cônicas retidas por 
retenção friccional
( ) Apresentam uma única plataforma, a regular.
( ) Resultam do atrito mecânico da porção externa do com‑
ponente protético com as paredes internas do implante.
( ) Apresentam “plataforma única” para assentamento de 
todos os componentes, podendo ser cônicas indexadas 
ou cônicas não indexadas.
( ) Apresentam três plataformas (estreita, regular e larga).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 4 – 1 – 2 – 3.
B) 2 – 4 – 3 – 1.
C) 2 – 3 – 1 – 4.
D) 3 – 4 – 2 – 1.
Resposta no final do artigo
4. Qual é o sinônimo de pilar intermediário?
A) Pilar cônico.
B) Núcleo fundido.
C) Pino pré‑fabricado.
D) Abutment.
Resposta no final do artigo
5. Qual é a forma de seleção dos pilares intermediários?
A) Uso aleatório do pilar UCLA, pois consiste em um pilar universal.
B) Uso dos kits de seleção protética em boca do paciente ou em modelo de gesso.
C) Uso do pilar UCLA de forma universal ou seleção direta em boca do paciente.
D) Uso dos kits de seleção protética apenas sobre o modelo de gesso.
Resposta no final do artigo
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 205
CrItérIos Para a seleção dos PIlares IntermedIárIos
Como forma didática e para facilitar a seleção dos pilares, estabeleceram‑se oito critérios.2,8,9,11 
Alguns deles serão descritos em conjunto, pois facilitarão a leitura por estarem interligados.
1. Qual é a conexão protética existente?
2. Qual é a plataforma protética?
O ponto de partida para a seleção dos pilares intermediários deverá ser a identificação do 
tipo de conexão protética existente, que, como já dito, poderá ser de HE, HI ou CM, cone‑
xões mais comumente utilizadas pelos profissionais da implantodontia. Existem outros tipos 
de conexões protéticas, como conexões tricanais, friccionais e específicas para implantes de 
diâmetro reduzido e com menos de 3,5mm de diâmetro na plataforma; no entanto, este 
artigo será dedicado às conexões mais comumente usadas pelos implantodontistas.
Caso o profissional execute o planejamento prévio,a cirurgia e a prótese, ele já terá 
em mãos a conexão de sua preferência, e o restante da seleção dos pilares já estará 
encaminhado. No entanto, em alguns casos, o profissional realizará a reabilitação 
protética sem que alguém de sua equipe tenha participado do planejamento e/ou 
do procedimento cirúrgico; dessa forma, precisará identificar a conexão protética 
para selecionar o componente protético que melhor se adapta ao implante insta‑
lado. Recomenda‑se, também, que, uma vez identificada a conexão protética, o 
profissional siga toda a família de componentes fabricado pela marca específica do 
implante, pois cada fabricante conhece as dimensões de seus implantes e o grau 
de liberdade de encaixe entre as partes para cada componente.
As conexões de HE apresentam, basicamente, três diferentes plataformas protéticas (Fi‑
gura 8), chamadas de:
�� plataforma estreita (narrow platform) – 3,5mm de diâmetro;
�� plataforma regular (regular platform) – 4,1mm de diâmetro;
�� plataforma larga (wide platform) – 5,1mm de diâmetro.
Figura 8 – Aspecto das três plataformas pro‑
téticas dos implantes de conexão protética 
de HE (plataforma estreita, regular e larga).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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206 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
O pilar poderá ser selecionado diretamente na boca do paciente ou sobre o análogo do 
implante já moldado e fixado no modelo de gesso.
Cada pilar intermediário deverá ser selecionado de acordo com a plataforma.
Caso seja preferida a escolha em modelo, o profissional deve realizar o procedimento de 
moldagem com o respectivo transferente de moldagem, que se encaixará em cada uma das 
plataformas. Assim, cada plataforma protética apresentará um transferente de moldagem e 
seu respectivo análogo ou réplica do implante instalado.
Muito se fala da compatibilidade da plataforma regular da conexão protética de HE, tida 
como “universal”, mas o componente protético de cada empresa apresenta um grau de 
liberdade para o assentamento do respectivo contra‑hexágono ao hexágono da plataforma 
protética. Dependendo da precisão do fabricante, esse fato poderá, em curto prazo, tornar‑se 
um transtorno à longevidade da prótese sobre implante.
Recomenda‑se que o profissional utilize o componente protético da mesma empresa 
do implante instalado para minimizar possíveis transtornos de soltura ou afrouxa‑
mento dos parafusos.
As demais plataformas (estreita e larga) não aceitam a compatibilidade entre as empresas, 
requerendo do profissional a compra do componente da empresa do respectivo implante 
instalado.
Existe um termo comumente usado e necessário quando se utilizam próteses unitárias, que são 
os dispositivos AR (antirrotacional), com hexágono ou, ainda, conhecidos como sistemas de 
travamento, indicados em situações clínicas de implantes anteriores ou posteriores de pró‑
teses cimentadas ou parafusadas e, principalmente, nas situações que requererão uma carga 
mastigatória mais efetiva, como nos casos de próteses unitárias. Assim, esse contra‑hexágono 
presente na base do pilar intermediário se adaptará ao HE da conexão protética e atuará 
preventivamente na soltura dos parafusos protéticos.
Nos casos de próteses sobre implantes múltiplas e esplintadas, o uso do dispositivo AR 
não se faz necessário, uma vez que as tensões são distribuídas entre os implantes exis‑
tentes, e a presença do AR poderia dificultar o assentamento da estrutura protética.15
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 207
A Figura 9 ilustra cilindros protéticos que serão utilizados sobre pilares intermediários com 
e sem o sistema AR.
Nas conexões de HI, não existe compatibilidade entre as empresas, sendo fundamental que 
os profissionais identifiquem os respectivos fabricantes e adquiram os respectivos pilares 
intermediários para suas conexões protéticas de HI. Frequentemente, as conexões de HI 
apresentam apenas implantes de plataforma regular.15,16
Comparadas com as conexões de HE, as conexões de HI são mais estáveis mecani‑
camente, ou seja, a probabilidade de soltura dos parafusos protéticos é menor. No 
entanto, vale ressaltar que a conexão de HI apresenta problemas de saucerização – 
perda óssea ao redor dos implantes, assim como ocorre com a de HE.15,16
Nas situações clínicas de grande solicitação mecânica, o profissional deve escolher uma 
conexão protética mais estável como forma de prevenir a soltura ou o afrouxamento dos para‑
fusos protéticos e também dar preferência aos sistemas de próteses parafusadas, considerando 
que as conexões protéticas de HE e HI podem, em determinado momento de uso clínico, 
soltar os parafusos que prendem a coroa, e, caso, a prótese esteja cimentada, o transtorno 
clínico será eminente.16 Para esses casos, sugere‑se o uso de parafusos especiais – de ouro 
ou DLC‑Neotorque, que possibilitam uma maior pré‑carga sob um mesmo torque e podem 
atuar na manutenção da estabilidade de junções de HE a médio e longo prazo.
Figura 9 – Exemplificação de sistema AR na 
base do cilindro protético que será acoplado 
ao respectivo pilar intermediário. Cilindros 
com hexágono (com AR) são indicados para 
próteses unitárias, e cilindros sem hexágo‑
no (sem AR) são indicados para próteses 
múltiplas.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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208 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
As conexões protéticas internas CM são consideradas as mais estáveis mecanica‑
mente, haja vista a presença do fenômeno de retenção friccional presente entre as 
paredes internas do implante e as paredes externas do componente protético CM. 
Esse atrito causa o efeito Morse, promovendo um efetivo acoplamento do pilar 
intermediário ao implante. Talvez seja esse o motivo de essa conexão protética apre‑
sentar baixo índice de soltura ou afrouxamento do parafuso do pilar intermediário.
Em algumas empresas de implantes, a conexão tida como CM é praticamente um HI; assim, 
poderá ocorrer a soltura dos parafusos protéticos. Nesse cenário, o profissional deve estar 
atento ao tipo de CM com que estará trabalhando, pois, em algumas empresas, há diferen‑
tes plataformas para a conexão CM, que funcionará similarmente às conexões de HE e HI, 
requerendo seu respectivo transferente e análogo para cada plataforma CM, como ocorre 
com as empresas Conexão (implante CM = Ar Torq e Flash) e Titanium Fix (implante CM 
= Black Fix), que apresentam um cone interno de menor profundidade e duas plataformas 
(plataforma 3.5 e 4.0; e plataforma 4.5 e 5.0).
Talvez, se o diâmetro e a extensão do cone interno das conexões CM fossem padronizados, 
o profissional não precisaria dispor de vários componentes para a resolução dos casos, o 
que se torna desvantajoso. Um aspecto a ser considerado sobre o sistema CM das empresas 
Conexão e Titanium Fix está relacionado com a presença do componente UCLA com a 
base de Co‑Cr, com cujo uso os profissionais já estão familiarizados, embora com os mesmos 
problemas já relatados para esse componente usado em outras conexões.
Outro fato relevante e que facilita a rotina do profissional está relacionado com a presença 
do indexador ao final da conexão CM dos implantes Ar Torq, Flash e Black Fix, o que 
possibilita a moldagem do implante e a obtenção do modelo de gesso com o análogo do 
implante indexado no modelo; assim, a mesma posição clínica do implante poderá ser re‑
produzida em laboratório. Esse fato não ocorre com os implantes CM sem a presença do 
indexador, como os implantes Tissue Level (Straumann) e Ankylos C (Ankylos). Vale ressaltar 
que, atualmente, ambas as empresas apresentam implantes com conexão protética CM com 
indexador (implante Bone Level, da empresa Straumann; implante Ankylos C/X).
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo9 | Volume 2 | 209
A conexão CM da empresa Neodent apresenta a mesma plataforma protética para todos 
os diâmetros de implantes da empresa, ou seja, os implantes de diâmetro 3,5, 3,75, 4,0, 
4,3 e 5,0mm (independentemente do nome comercial da empresa, Alvim, Titamax Ex, Titamax 
Cortical ou Drive) poderão receber o mesmo componente protético, quer seja o cicatrizador, 
o transferente de moldagem ou o pilar intermediário, o que facilita sobremaneira a rotina 
dos profissionais, diminuindo os estoques de componentes em consultório (Figura 10).17
O mesmo cicatrizador que se adapta a um implante de conexão CM de diâmetro 
de 3,5mm se adaptará a um implante de diâmetro de 5,0mm, pois as dimensões 
(altura e diâmetro) do cone interno são as mesmas.
A empresa Neodent apresenta um implante de conexão CM chamado de WS (do inglês “wide 
and short” – amplo e curto), indicado para situações em que o profissional está diante de 
estruturas anatômicas importantes que não podem ser lesionadas, e os pacientes não optam 
pela realização de procedimentos de enxertia, por exemplo. Nesse caso, as dimensões do 
cone interno do CM‑WS da empresa Neodent serão levemente maiores, e os componentes 
protéticos serão específicos para esse tipo de implante.17 O mesmo ocorre com a linha Facility, 
implantes especialmente estreitos, para situações específicas e que têm um CM diferente, 
obrigando o uso de pilares especialmente fabricados para eles.
As vantagens dos implantes de conexão protética do tipo CM são inúmeras e estão rela‑
cionadas com:
�� estabilidade da conexão protética – dificilmente haverá afrouxamento dos parafusos 
protéticos ou destorque destes, vantagem relacionada com a indicação desse tipo de 
conexão protética para casos unitários em que a solicitação mecânica é maior; dessa 
forma, haverá menos complicações protéticas;
Figura 10 – Aspecto radiográfico 
dos implantes de conexão CM da 
empresa Neodent. Observa‑se 
que, independentemente do diâ‑
metro do implante, as dimensões 
do cone interno são as mesmas, 
e todos os componentes da 
empresa se adaptarão sobre as 
diferentes plataformas.
Fonte: Arquivo de imagens dos 
autores.
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 209 06/04/2015 14:43:53
210 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
�� melhor distribuição das tensões oriundas da mastigação, que serão transmiti‑
das ao longo do cone interno e não sobrecarregarão o parafuso de fixação do pilar 
intermediário, além de ocorrerem ao longo do terço médio e apical, e não na região 
cervical, como ocorre nos implantes com HE;18
�� preservação das estruturas peri‑implantares (tecidos moles peri‑implantares e 
crista óssea), vantagem que pode ser traduzida em maior facilidade de obtenção de 
resultados estéticos, comparados com os das conexões de HE e HI, sem que grandes 
manobras cirúrgicas sejam necessárias; o processo de saucerização é praticamente 
inexistente, mas, se ocorrer, será em menor grau em relação às conexões de HE e HI; 
o mais comum é que haja crescimento ósseo sobre as plataformas dos implantes CM, 
principalmente se os implantes forem instalados em posição subcrestal ou infraóssea; 
esse conceito é descrito na literatura como estreitamento de plataforma (platform 
switching), em que o pilar intermediário terá emergência levemente mais delgada em 
relação às paredes laterais do implante, o que deixará o tecido mole mais espesso e 
protetor, mais estável em médio e longo prazo, preservando mais adequadamente o 
espaço biológico, principalmente em comparação com as conexões de HE e HI;
�� diminuição da fenda (gap) entre implante e pilar intermediário, o que permite 
menor colonização bacteriana e inflamação, odor menos desagradável, principalmente 
em comparação com as conexões de HE e HI, e menos reabsorção do tecido ósseo na 
região peri‑implantar;17,19‑21
3. Qual é a altura do espaço interoclusal existente?
Para que o critério referente à altura do espaço interoclusal existente seja entendido, é neces‑
sário que o profissional obtenha modelos de gesso com o análogo dos implantes já em 
posição e que os modelos consigam ser articulados ou ocluídos para aferir a interferência do 
tamanho cérvico‑oclusal do pilar pré‑fabricado em relação à arcada antagonista e também 
em relação ao diâmetro mesiodistal.
Os pilares intermediários apresentam alturas e diâmetros pré‑estabelecidos pelos fabricantes. 
Em cada caso clínico, o profissional deverá:
�� colocar a réplica do pilar intermediário pré‑fabricado sobre o modelo de gesso ou 
direto na boca do paciente;
�� articular os modelos de gesso ou pedir ao paciente para ocluir;
�� verificar se o espaço existente comportará o tamanho do pilar e seu respectivo cilindro 
calcinável, mais um espaço para a aplicação do revestimento estético a ser definido 
pelo profissional (metal, porcelana, zircônia ou cerômero).
Caso não exista espaço entre o pilar intermediário e seu cilindro protético calcinável, 
o profissional deverá partir para a escolha de outro pilar que caiba em determinada 
situação clínica. Pelos critérios de seleção, o pilar tipo UCLA estaria indicado na 
ausência de pilares intermediários pré‑fabricados com altura adequada em relação 
ao espaço interoclusal antagonista.12
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 210 06/04/2015 14:43:53
| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 211
As principais medidas dos pilares intermediários com os respectivos cilindros protéticos cal‑
cináveis são:
�� minipilar ou microunit ou multiunit – 4,5mm;
�� pilar cônico ou esteticone – 6,7mm;
�� pilar sextavado ou ceraone – 6,0mm;
�� pilar angulado de 17º – 7,4mm;
�� pilar angulado de 30º – 8,3mm;
�� munhão universal – espaço mínimo de 7mm para munhões com altura de 4mm ou 
9mm para os com altura de 6mm, a não ser que sejam utilizados como personalizáveis.
4. Qual é a altura do perfil de emergência existente?
5. Qual é o tipo de prótese sobre implante da situação clínica?
6. Há necessidade de sistema AR?
A altura do perfil de emergência existente, o tipo de prótese sobre implante e a necessida‑
de de sistema AR devem ser analisados em conjunto para que a seleção da cinta do pilar 
intermediário fique mais adequada e esteticamente aceitável em cada situação clínica.
A altura do perfil de emergência está relacionada com a altura da cinta metálica do pilar 
intermediário a ser escolhida e será medida a partir da plataforma do implante instalado até 
a margem do tecido gengival. Assim, de forma geral, a cinta metálica deverá ficar distante 
ou subgengivalmente pelo menos 1mm abaixo da margem gengival para mascarar o com‑
ponente protético e também a margem da prótese sobre implante. Dessa assertiva, pode‑se 
obter outra indicação dos pilares do tipo UCLA, pois, se os implantes instalados estiverem 
superficiais em relação à margem gengival, a única opção de pilar recairá sobre esse com‑
ponente, que terá emergência ao nível da plataforma, não comprometendo o fator estético.
Em adição, a cinta metálica subgengival deverá ser analisada em relação ao tipo de próte‑
se sobre implante que o profissional está desenvolvendo; assim, próteses sobre implantes 
unitários de região anterior ou posterior, próteses sobre implantes múltiplos e próteses do 
tipo protocolo de Brånemark devem apresentar um perfil de emergência para que o pilar 
intermediário fique em posição subgengival. Apenas as próteses do tipo sobredentadura 
confeccionadas sobre pilares intermediários isolados do tipo o’ring ou sistema ERA (do inglês, 
extra resilient attachment) deverão apresentar cinta metálica do componente protético que 
fique, no mínimo, 1mm supragengival, considerando‑se que são próteses removíveis que 
serão inseridas e removidas. Caso a cinta metálica esteja subgengival, haverá trauma local 
junto aos tecidos moles. A recomendação também visa a facilitar a higienização (juntamente 
com outros fatores).
PRO-ODONTO Implante 92 - 6.indd 211 06/04/2015 14:43:53
212 Critérios e orientações para a seleção de pilaresintermediários...
A altura da plataforma dos implantes até a margem gengival poderá ser medida com 
auxílio de sonda periodontal, mediante instrumentos denominados de medidores de pro‑
fundidade ou medidores de tecido transmucoso, que poderão ser colocados diretamente na 
boca do paciente ou diretamente sobre os modelos de gesso com os respectivos análogos 
dos implantes, observando‑se a regra de uso: 1mm acima do tecido ósseo e 1mm abaixo 
da margem gengival.
A altura da cinta do componente protético poderá variar de acordo com a empresa de im‑
plante. As cintas dos pilares intermediários das conexões de HE e HI variam de 1 a 7mm. A 
altura deverá ser consultada junto aos catálogos das empresas de implantes e componentes 
protéticos. A altura das cintas dos componentes protéticos das conexões CM varia de 0,8 
a 6,5mm.
A regra de seleção subgengival pode ser modificada de acordo com o biótipo pe‑
riodontal existente e na presença de tecido gengival delgado.
A cinta poderá ficar de 1,5 a 2mm subgengivalmente sob o perigo da retração gengival e, 
nos casos de tecido gengival mais espesso, uma cinta menos profunda de 1mm poderá ser 
selecionada.
Outro fator a ser considerado na seleção dos pilares intermediários é a presença do siste‑
ma AR, requerido nos casos de próteses unitárias das conexões protéticas de HE e HI. Esse 
dispositivo atuará prevenindo a soltura ou o afrouxamento dos parafusos.
Também são fatores que devem ser analisados e auxiliarão na prevenção do afrouxamento 
dos parafusos protéticos quando da reabilitação bucal:
�� o correto ajuste oclusal;
�� a definição do posicionamento do ponto de contato;
�� o torque recomendado pelos fabricantes.
Nos casos de próteses sobre implantes múltiplas, a presença do dispositivo AR ou de 
travamento não se faz necessária, pois a força de aperto é dividida entre todos os 
pilares, e a presença do sistema AR poderá dificultar o assentamento da estrutura 
protética.
7. Há necessidade de correção da angulação do implante?
8. O sistema de fixação da prótese sobre implante será cimentado ou parafusado?
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| Pro-odonto/ImPlante e PerIo | Ciclo 9 | Volume 2 | 213
Em algumas situações clínicas, os implantes foram instalados, propositalmente ou não, de 
forma angulada e requererão componentes protéticos que corrijam esse posicionamento 
errado e permitam o acesso ao parafuso de fixação da coroa protética sem que haja compro‑
metimento da estética, da rigidez estrutural da peça protética ou da função mastigatória.20
O uso dos componentes angulados poderá ocorrer nos casos de próteses do tipo 
protocolo de Brånemark pelo sistema all on four, cujos implantes serão posicionados 
mais distais com o intuito de diminuir a extensão do cantiléver desse tipo de prótese.
Alguns pacientes apresentam paúra frente aos procedimentos de enxertia óssea, mas aceitam 
a colocação de implantes, situação em que, provavelmente, os implantes serão posicionados 
com a emergência do parafuso saindo pela face vestibular, e o uso de pilares angulados se 
fará necessário. No entanto, caso o implante esteja vestibularizado e também superficial, 
a indicação do pilar intermediário recairá novamente sobre pilares do tipo UCLA ou pilares 
personalizados em laboratório (também conhecidos como pilares intermediários “customi‑
zados” e comumente fabricados em sistemas CAD/CAM). Tal indicação é justificada porque, 
para a correção da angulação necessária, poderá haver comprometimento estético, e a cinta 
metálica do componente ficar exposta.
A transmissão das forças mastigatórias deve ser sempre direcionada no longo eixo 
dos implantes instalados, mas nem sempre esse aspecto será possível, e os pilares 
intermediários angulados são componentes paliativos e que devem ter acompa‑
nhamento mais próximo.
Há dois tipos de pilares intermediários angulados, os de 17 e os de 30º, que começam com 
cintas metálicas de, no mínimo, 2mm (Figuras 11A‑C). Os pilares angulados de alguns sistemas 
de conexão CM apresentam cinta metálica de 1,5, 2,5 e 3,5mm (Figura 11D).
A B
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214 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
C D
Figura 11 – Pilar intermediário do tipo minipilar angulado. A) Observa‑se que o componente apresenta parafuso 
passante e uma chave para auxiliar na indicação da correção da angulação. B) O minipilar angulado também 
apresenta sua base com 12 posições possíveis de assentamento. C) A confecção de um gig ou matriz de resina 
acrílica também auxiliará no reposicionamento do componente em boca. Deve‑se ter cuidado ao aplicar o 
torque (normalmente 20Ncm para HE, como na Figura), pois o componente pode não estar assentado. D) 
Ilustração do kit de seleção de pilares CM com os pilares angulados de 17 e 30º e as respectivas alturas de 
cinta metálica de 1,5, 2,5 e 3,5mm.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A escolha entre prótese parafusada e cimentada merece alguns apontamentos, e talvez o mais 
relevante esteja relacionado com o tipo de conexão protética.22 Assim, caso as conexões 
protéticas de determinada situação clínica sejam de HE ou HI, notadamente menos estáveis 
mecanicamente em relação às conexões CM, o sistema de fixação deve ser reversível, ou 
seja, parafusado, pois, caso seja selecionada uma prótese sobre implante cimentada sobre 
uma conexão protética sabidamente instável, provavelmente, haverá afrouxamento do 
componente protético, e estará instalada uma complicação protética de desgaste da relação 
paciente e profissional.
Outros apontamentos, como a presença de orifício na prótese sobre implante parafu‑
sada com a necessidade futura de fechamento com resina fotoativada, também devem ser 
explicados previamente ao paciente para evitar transtornos de aceitação. Essa diferença de 
material não ocorre na prótese sobre implante cimentada, e o material da superfície oclusal 
será o mesmo.
Quanto à prótese sobre implante cimentada, deve‑se tomar cuidado na remoção 
de todo agente cimentante remanescente, sob pena de inflamação local e com‑
prometimento da região peri‑implantar, fato que não ocorre nas próteses sobre 
implantes parafusadas.
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Questões de dissipação das cargas mastigatórias para a região peri‑implantar e assentamento 
passivo da prótese sobre implante parafusada ou cimentada apresentam dados inconclusivos 
na literatura científica para a decisão entre um sistema e outro.22 Assim, diante do exposto, 
caberá ao profissional a escolha de um sistema de fixação por meio de parafusos ou 
cimentação, sempre levando em consideração:22
�� fatores de reversibilidade;
�� tipo de conexão protética;
�� superfície oclusal íntegra ou não;
�� facilidade de remoção dos excessos do agente cimentante.
Em adição, deve‑se considerar o uso de parafusos especiais – de ouro ou DCL‑Neotorque – 
quando do uso de próteses cimentadas em conexões protéticas consideradas de menor 
estabilidade mecânica, como HE e HI.
SELEÇÃO DOS PILARES INTERMEDIÁRIOS
Após a descrição dos oito critérios necessários para a seleção dos pilares intermediários, se‑
rão ilustradas duas sequências de seleção para orientar os profissionais de forma definitiva: 
Figuras 12A‑H para seleção dos pilares intermediários no modelo de gesso e Figuras 13A‑E 
para seleção dos pilares intermediários em boca.
A B
C D
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216 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
E F
g H
I
Figura 12 – Sequência ilustrativa da seleção do pilar intermediário sobre o modelo de gesso. A) Identificação 
da conexão protética (HE de plataforma regular). B) A prótese será unitária ou múltipla? Selecionam‑se os 
minipilares (indicados para prótese múltipla parafusada), iniciando‑se pelo componente de cor vermelha (cinta 
metálica de 1mm), colocam‑setais elementos sobre o modelo de gesso e afere‑se a cinta (aparente ou não). 
C) Observa‑se a exposição da cinta metálica na região do implante 46, contraindicando o seu uso. D‑E) A 
seleção recai sobre o pilar UCLA, mesmo havendo espaço interoclusal para o uso do minipilar. F) Observam‑se 
as estruturas metálicas após fundição. G‑H) Coroas protéticas finalizadas. I) Aspecto radiográfico das coroas 
parafusadas.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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A B
C D
E 
Figura 13 – Sequência ilustrativa da seleção do pilar intermediário direto na boca do paciente. A) Remoção do 
cicatrizador para identificação da conexão protética (CM Neodent). B) Medidor de profundidade de conexão 
CM, cuja altura varia de 0,8mm a 6,5mm. A marcação evidenciou a presença de 2,5mm de altura gengival. 
C) Observa‑se o kit de seleção protética para CM e inicia‑se pela escolha do diâmetro do pilar (3,3 ou 4,5mm). 
Em seguida, verifica‑se a altura interoclusal (4 ou 6mm) e a altura da cinta metálica (que é 2,5mm; portanto, 
o pilar deverá ter, no mínimo, 1mm a menos, ou seja, 1,5mm). D‑E) Observa‑se a comprovação da cinta sub 
e supragengival. Caberá ao profissional a seleção entre um pilar para prótese cimentada (munhão universal) 
e para prótese parafusada (minipilar cônico CM para prótese múltipla ou pilar CM para prótese unitária).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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218 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
6. Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos critérios para a seleção dos pilares inter‑
mediários.
A) A seleção dos pilares intermediários começa pela identificação do tipo de conexão 
protética existente – HE, HI ou CM.
B) Cada pilar intermediário deverá ser selecionado de acordo com a plataforma, que, 
se for estreita ou larga, requer do profissional a compra do componente da empresa 
do respectivo implante instalado.
C) Nas situações clínicas de grande solicitação mecânica, o profissional deve escolher 
uma conexão protética mais estável como forma de prevenir a soltura ou o afrouxa‑
mento dos parafusos protéticos e também dar preferência aos sistemas de próteses 
cimentadas.
D) Os pilares intermediários apresentam alturas e diâmetros pré‑estabelecidos pelos 
fabricantes, e, caso não exista espaço entre o pilar intermediário e seu cilindro pro‑
tético calcinável, o profissional deverá partir para a escolha de outro pilar que caiba 
em determinada situação clínica.
Resposta no final do artigo
7. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) ainda considerando os critérios para a seleção dos 
pilares intermediários.
( ) A altura do perfil de emergência existente, o tipo de prótese sobre implante e a 
necessidade de sistema AR devem ser analisados em conjunto para que a seleção 
da cinta do pilar intermediário fique mais adequada e esteticamente aceitável em 
cada situação clínica.
( ) A altura da plataforma dos implantes até a margem gengival deve ficar 1mm acima 
do tecido ósseo e 2mm abaixo da margem gengival.
( ) Nos casos de próteses sobre implantes múltiplas, a presença do dispositivo AR ou de 
travamento não se faz necessária, pois a força de aperto é dividida entre todos os pilares, 
e a presença do sistema AR poderá dificultar o assentamento da estrutura protética.
( ) O uso dos componentes angulados poderá ocorrer nos casos de próteses do tipo pro‑
tocolo de Brånemark pelo sistema all on four, cujos implantes serão posicionados mais 
proximais com o intuito de diminuir a extensão do cantiléver desse tipo de prótese.
Indique a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – F – V.
B) F – V – V – F.
C) V – F – V – F.
D) F – V – F – V.
Resposta no final do artigo
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8. O que significa conexão CM indexado?
A) Presença de cone interno + índex de fixação de posição.
B) Presença de cone externo + índex de mobilidade de posição.
C) Presença de cone externo + sistema AR.
D) Presença de cone interno + sistema AR.
Resposta no final do artigo
9. Todas as conexões protéticas CM apresentam a mesma conexão?
A) Não, pois seguem os mesmos critérios das plataformas do HE.
B) Não, pois deve ser considerada a recomendação de cada empresa de implante.
C) Sim, e esse fator não depende do tamanho do implante.
D) Sim, e esse fator depende apenas do tamanho do implante.
Resposta no final do artigo
10. Quais são as vantagens dos implantes de conexão protética do tipo CM?
 _________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________
11. Analise os itens considerando os critérios para a escolha de uma prótese cimentada ou 
parafusada.
I – Reversibilidade do sistema.
II – Tipo de conexão protética existente.
III – Posicionamento do implante instalado.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo
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220 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
12. Enumere os itens considerando a sequência da seleção do pilar intermediário sobre 
modelo de gesso.
( ) Seleção dos minipilares para prótese unitária ou múltipla.
( ) Identificação da conexão protética.
( ) Colocação dos minipilares sobre o modelo de gesso.
( ) Aferição da cinta metálica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 3 – 4 – 2 – 1.
B) 4 – 2 – 1 – 3.
C) 1 – 3 – 4 – 2.
D) 2 – 1 – 3 – 4.
Resposta no final do artigo
desCrIção dos PrInCIPaIs PIlares IntermedIárIos
Como forma didática, os pilares intermediários serão descritos separadamente como pilares 
para prótese sobre implante parafusada e cimentada. Em seguida, são apresentados os 
principais pilares ou sistemas de retenção das sobredentaduras.
PILARES INTERMEDIÁRIOS PARA PRóTESE SObRE IMPLANTE PARAfuSADA
Os principais pilares intermediários para prótese sobre implante parafusada são:
�� minipilares (microunits) retos ou angulados;
�� micropilares cônicos;
�� pilares cônicos ou esteticones retos ou angulados;
�� pilares do tipo UCLA – que serão descritos à parte, pois podem ser utilizados em várias 
situações clínicas.
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Os minipilares cônicos são oriundos e evoluíram do pilar standard e dos pilares miruscone, 
cuja indicação está voltada às situações clínicas de próteses múltiplas parafusadas (de região 
anterior ou posterior, para prótese do tipo protocolo de Brånemark e como base para receber 
uma barra de uma sobredentadura). Por questões de licenciamento e de patente, as empresas 
de implante e componentes trazem diferentes nomes para esse pilar:
�� minipilar cônico;
�� multiunit;
�� microunit;
�� miniabutment;
�� minicônico;
�� miruscone;
�� micruscone;
�� abutment cônico.
No entanto, todos os nomes referidos apresentam a mesma filosofia de tratamento e di‑
mensões semelhantes.
A única característica que difere um pilar intermediário para prótese sobre implante 
parafusada do outro é a forma como ele se relaciona com as conexões protéticas 
de HE, HI ou CM (Figura 14A), mas, da plataforma de assentamento para cima, 
todos são semelhantes e aceitam os mesmos transferentes de moldagem (aberta 
ou fechada), os mesmos análogos, os protetores de pilar e seus respectivos cilindros 
para provisório, fundição ou sobrefundição.
Os pilares intermediários para prótese sobre implante parafusada:
�� estão disponíveis no mercado em corpo único ou em duas peças, deacordo com cada 
fabricante (Figura 14B);
�� não apresentam dispositivos AR (têm a base de assentamento não rotacional, ou seja, 
são lisos);
�� podem ser retos ou com angulação de 17 ou 30º (estes com o dispositivo AR na base).
A força de parafusamento ou torque do parafuso dos pilares intermediários para prótese sobre 
implante parafusada varia de 15Ncm (angulados) a 32Ncm (retos), mas também pode variar 
de fabricante para fabricante, e recomenda‑se a consulta nos catálogos das empresas para o 
correto aperto do parafuso. Normalmente, para os pilares retos, utiliza‑se uma chave cônica 
que abraça a cabeça do parafuso do pilar para seu aperto; já os parafusos de fixação das peças 
protéticas na cabeça do parafuso do minipilar recebem um torque de apenas 10Ncm e com a 
chave hexagonal de 1,2mm de diâmetro. Sua altura de aproximadamente 4,5mm se adapta 
bem aos diversos espaços interoclusais, e as alturas de cinta metálica variam de 1 a 5mm.
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222 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
Os micropilares também são indicados para próteses múltiplas parafusadas; no entanto, 
em situações de implantes próximos entre si e com altura interoclusal inferior a 4,5mm, 
são específicos para a junção CM da empresa Neodent (Figura 14C).
A
C
B
Figura 14 – A) Ilustração de minipilares cônicos de diferentes conexões de HE, CM e HI. Observa‑se que todos 
se assemelham da cinta metálica para a porção superior. B) Ilustração de minipilares cônicos para conexão 
protética de HE em uma ou duas peças. C) Ilustração do micropilar cônico para conexão protética CM e sua 
respectiva família de componentes protéticos para moldagem e fundição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Se o minipilar está indicado para uso em próteses sobre implantes múltiplas parafusadas, os 
pilares intermediários cônicos ou esteticones (Figura 15A) são indicados para próteses 
unitárias parafusadas (de região anterior ou posterior). Dessa forma, ao contrário do minipi‑
lar, é necessário um dispositivo AR para prevenir a soltura ou o afrouxamento do parafuso.
Embora a indicação primeira do esteticone seja para prótese unitária parafusada, alguns 
fabricantes apresentam o pilar cônico indicado para prótese múltipla parafusada; porém, o 
cilindro calcinável não terá dispositivo AR. Seus respectivos transferentes (moldeira aberta ou 
fechada), análogo do pilar, cilindro de provisório, de fundição, de sobrefundição e o protetor 
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de pilar são específicos desse pilar. Podem ser encontrados em uma única peça (quando para 
implante múltiplo) ou em duas peças, de acordo com cada fabricante. Normalmente, o torque 
recomendado é de 20Ncm. A altura interoclusal é maior, requerendo, no mínimo, 6,7mm 
de espaço entre as arcadas antagonistas, e a altura da cinta metálica varia de 1 a 5mm, de 
acordo com cada fabricante. Algumas empresas apresentam o esteticone angulado, também 
indicado para o mesmo fim.
A empresa Neodent denomina como pilar CM (equivalente ao pilar cônico ou esteticone 
para os implantes com conexão de HE) seu componente indicado para prótese parafusada 
unitária sobre seu implante CM (Figura 15B), semelhante ao antigo implante gT (um implante 
de corpo único com o implante‑pilar gT em peça única). O torque desse pilar CM (de corpo 
único) é de 32Ncm. O pilar CM apresenta transferente, análogo e demais peças dessa família 
que são de uso específico para esse pilar, que consiste em excelente opção para uma prótese 
parafusada unitária de região posterior para os implantes CM da empresa.
A B
Figura 15 – A) Ilustração do pilar cônico para conexão protética de HE ao lado do minipilar cô‑
nico. B) Ilustração do pilar CM para conexão protética CM da Neodent com sua respectiva chave 
hexagonal de 1,6mm para inserção do pilar na boca do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
PILARES INTERMEDIÁRIOS PARA PRóTESE SObRE IMPLANTE cIMENTADA
Os principais pilares intermediários para prótese sobre implante cimentada são:
�� ceraone ou sextavados (há versões de pilares sextavados angulados);
�� munhões universais retos ou angulados;
�� munhões anatômicos ou repreparáveis;
�� pilares do tipo UCLA – que serão descritos à parte, pois podem ser utilizados em 
“todas” as situações clínicas.
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224 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
O pilar clássico para prótese unitária cimentada é denominado de pilar ceraone, que, nas 
empresas nacionais, é conhecido como pilar sextavado; no entanto, suas paredes axiais são 
extremamente paralelas e tornam o procedimento de cimentação muito delicado.23 Apresenta 
transferente, análogo, cilindros para fundição e para provisório específicos, e seu torque é 
de 32Ncm. A altura interoclusal requerida é de 6mm, e as alturas de cinta metálica variam 
de 1 a 5mm, de acordo com cada fabricante.
Uma evolução natural do pilar sextavado são os munhões universais retos e os angulados 
(17 ou 30º, com cintas de 1,5, 2,5 e 3,5mm), cujas paredes axiais são mais convergentes 
para oclusal e facilitam o escoamento do agente cimentante (Figuras 16A‑B). Normalmente, 
esses pilares apresentam dois diâmetros – 3,3mm (indicados para todos os dentes, menos 
os molares) ou 4,5mm (indicados para molares superiores ou inferiores). Estão disponíveis 
em duas alturas interoclusais (4 ou 6mm) e em diferentes alturas de cinta metálica (HE e HI 
de 1 a 4mm e CM de 0,8 a 6,5mm).
O procedimento de moldagem dos munhões universais retos e angulados é realizado com 
transferente de moldeira fechada específico para cada tipo de pilar (Figura 16B). O torque 
será acima de 30Ncm, e recomenda‑se a técnica de cimentação denominada de practice 
abutment,24 em que coroa é cimentada rapidamente no respectivo análogo do munhão e, 
logo em seguida, no pilar parafusado em boca.
Nada impede o uso dos munhões universais retos e angulados para prótese múltipla 
cimentada, desde que os implantes estejam paralelos, mas a prudência indica seu 
uso para próteses unitárias cimentadas.
A B
Figura 16 – A) Exemplos de munhões universais para as conexões de HE, CM e HI. Observa‑se que, da cinta 
metálica para cima, usam‑se os mesmos componentes para moldagem. B) Família dos munhões universais 
com seus respectivos transferentes de moldagem (azul – 3,3mm ou amarelo – 4,5mm) e os cilindros calcináveis 
para fundição ou para confecção de coroas provisórias.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Os munhões anatômicos da empresa Neodent são pilares específicos para implantes CM 
da região de incisivos centrais ou laterais e indicados para próteses sobre implantes unitárias 
cimentadas (Figura 17). Apresentam‑se previamente preparados, mas podem receber repre‑
paros para se adequarem às margens gengivais de cada caso ou situação clínica. As demais 
empresas de implantes apresentam cilindros de titânio que podem ser repreparados direto 
na boca do paciente ou em laboratório.
Como os munhões anatômicos são repreparados ou personalizados, não há transferente 
específico para sua moldagem. Eles deverão ser transferidos de forma convencional 
ou, se forem repreparados em laboratório, a infraestrutura ou coping poderá vir pronta e, 
posteriormente, ser apenas transferida para a aplicação do revestimento estético. A altura 
interoclusal requerida e as respectivas alturas de cinta metálica poderão ser ajustadas caso 
a caso, pois os munhões são personalizáveis. Os nomes originais desses pilares de preparo, 
repreparo ou personalização foram CerAdapt (cilindro repreparável de cerâmica – Alumina) 
e TiAdapt (cilindro repreparável à base de titânio), ambos da empresa Nobel Biocare.
Figura 17 – Exemplares de munhão anatô‑
micopara incisivo central e incisivo lateral. 
Observa‑se a presença do indexador no 
munhão anatômico para incisivo central, 
componente que terá adaptação apenas ao 
implante indexado. Já o componente sem 
o indexador poderá se adaptar a ambos os 
implantes CM, indexado e não indexado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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226 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
PILARES INTERMEDIÁRIOS PARA SObREDENTADuRAS
Há três sistemas possíveis para a retenção das próteses removíveis implantorretidas e mucos‑
suportadas, as chamadas sobredentaduras:23
�� os sistemas de pilares intermediários isolados ou individuais (Figura 18A);
�� os sistemas retidos por barra e clipe;
�� os sistemas mistos (Figuras 18B‑C), cuja retenção pode ser provida por encaixes calci‑
náveis individuais fundidos sobre uma barra.
A
C
B
Figura 18 – A) Observa‑se um pilar intermediário específico para sobredentadura chamado Equator (Neodent) 
e suas respectivas borrachas de retenção. B‑C) Observa‑se um sistema de retenção misto, com a presença de 
uma barra metálica e encaixes calcináveis sobre a barra metálica, posicionados na distal. Notam‑se componentes 
de náilon capturados no interior da base protética e que proverão retenção à prótese.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Os sistemas isolados, individuais ou unitários mais conhecidos são os pilares interme‑
diários do tipo o’ring ou esféricos ou do tipo bola. Normalmente, não há pilares esféricos 
angulados. O pilar esférico ficará parafusado junto à conexão protética do implante (em 
média, com 20Ncm), e o sistema de retenção (cápsula, náilon ou housing) ficará capturado 
na base protética. Em todo movimento de inserção e remoção, a cápsula será pressionada 
no pilar esférico, provendo retenção à prótese. Outro exemplo de pilar individual para so‑
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bredentaduras são os encaixes do tipo ERA (Sterngold Implamed), Locator (Bioinnovations), 
Equator (Neodent), entre outros, cuja retenção ocorre por abotoamento das cápsulas junto 
aos encaixes parafusados ao implante.
O sucesso das sobredentaduras em relação à longevidade dos encaixes deve‑se:
�� à correta confecção da prótese total removível sobre o rebordo remanescente;
�� ao paralelismo entre os pilares;
�� ao tipo de rebordo remanescente;
�� ao tipo da arcada antagonista.
Na escolha dos pilares para sobredentaduras, é necessário selecionar uma altura de 
cinta metálica do componente que esteja fora da margem gengival, ou seja, que 
fique ao nível da margem ou 1mm acima, para que, durante a inserção e a remoção 
da prótese, não traumatize o tecido gengival.
Outro sistema de sobredentadura disponível é o do tipo barra e clipe. A barra é confeccio‑
nada diretamente na cabeça dos implantes ou sobre minipilares, e a retenção ocorrerá pela 
presença de um clipe que ficará capturado na base protética.
A indicação do sistema barra e clipe está voltada a implantes bem posicionados e 
próximos entre si.
O sistema misto engloba a confecção de uma barra e a colocação de encaixes isolados 
calcináveis e fundidos sobre a barra. Esse sistema deve ser usado em casos com espaço 
interoclusal satisfatório de, no mínimo, 10mm.
PILAR ucLA
O pilar intermediário do tipo UCLA, como já mencionado, foi desenvolvido em 1988 por Lewis 
e colaboradores12 com o intuito de solucionar os casos de implantes instalados em espaços 
interoclusais restritos ou limitados para o uso de pilares pré‑fabricados. No entanto, seu 
uso é atualmente extrapolado e indicado indiscriminadamente para todas as situações clíni‑
cas de próteses unitárias ou múltiplas (anterior ou posterior, com ou sem sistema AR) e para 
próteses parafusadas ou cimentadas. É considerado um pilar personalizável, pois permite 
recontorno e reanatomização (Figura 5A).
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228 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
Considerando a versatilidade do pilar UCLA, grande parcela dos profissionais não se preocu‑
pa em observar os critérios de espaço interoclusal existente, a altura da margem gengival, a 
necessidade de angulação ou não e indicam esse pilar intermediário para todas as situações 
clínicas e para todas as conexões protéticas. Acredita‑se que o pilar UCLA é uma excelente 
opção, desde que bem indicado, restringindo‑se a quatro situações clínicas:
�� espaço interoclusal restrito;
�� implantes mal posicionados (em posição vestibulolingual ou mesiodistal);
�� implantes posicionados superficialmente ou sem altura gengival capaz de esconder a 
margem da prótese;
�� diminuição dos custos do tratamento (quando suas desvantagens não limitarem a 
indicação).
Talvez por sua ampla gama de indicações e versatilidade, os profissionais optem pelo pilar 
UCLA, o que resulta em alto índice de complicações ou falhas dos implantes e das próteses 
sobre implantes. A maior crítica quanto ao uso do pilar UCLA está relacionada com o proce‑
dimento de fundição. Se os profissionais e técnicos não realizam um processo de fundição 
adequado, pode ocorrer uma ausência de adaptação passiva da peça protética, o que, em 
um segundo momento, gerará tensões deletérias aos implantes, podendo comprometer a 
osseointegração. Se o processo de fundição ocorrer adequadamente e a peça estiver adap‑
tada passivamente, provavelmente não haverá complicação protética ou comprometimento 
da osseointegração.
13. Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos pilares intermediários para prótese sobre 
implante parafusada.
A) Os minipilares cônicos são oriundos e evoluíram do pilar standard e dos pilares 
miruscone, cuja indicação está voltada às situações clínicas de próteses múltiplas 
parafusadas.
B) A única característica que difere um pilar intermediário para prótese sobre implante 
parafusada do outro é a forma como ele se relaciona com as conexões protéticas de 
HE, HI ou CM.
C) Os micropilares são indicados para próteses múltiplas parafusadas; no entanto, em 
situações de implantes próximos entre si e com altura interoclusal inferior a 6,5mm, 
são específicos para a junção CM da empresa Neodent.
D) Os pilares intermediários cônicos ou esteticones são indicados para próteses unitárias 
parafusadas.
Resposta no final do artigo
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14. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) considerando os pilares intermediários para prótese 
sobre implante cimentada.
( ) O pilar clássico para prótese unitária cimentada é denominado de pilar ceraone, 
que, nas empresas nacionais, é conhecido como pilar sextavado.
( ) Uma evolução natural do pilar sextavado são os munhões universais retos e os an‑
gulados (17 ou 30º, com cintas de 1,5, 2,5 e 3,5mm), cujas paredes axiais são mais 
convergentes para oclusal e facilitam o escoamento do agente cimentante.
( ) Os munhões universais retos e angulados podem ser usados para próteses unitárias 
cimentadas, desde que os implantes estejam paralelos, mas a prudência indica seu 
uso para próteses múltiplas cimentadas.
( ) Os munhões anatômicos da empresa Neodent são pilares específicos para implan‑
tes CM da região de incisivos centrais ou laterais e indicados para próteses sobre 
implantes múltiplas cimentadas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – V – F.
B) F – V – V – F.
C) V – V – F – V.
D) F – V – F – V.
Resposta no final do artigo
15. Analise as afirmativas considerando os pilares intermediários para sobredentaduras.
I – Os sistemas isolados, individuais ou unitários mais conhecidos para sobredentaduras 
são os pilares intermediários do tipo o’ring ou esféricos ou do tipo bola.
II – No sistema de sobredentadura do tipo barra e clipe, a barra é confeccionada dire‑
tamente na cabeça dos implantes ou sobreminipilares, e a retenção ocorrerá pela 
presença de um clipe que ficará capturado na base protética.
III – O sistema misto engloba a confecção de uma barra e a colocação de encaixes iso‑
lados calcináveis e fundidos sobre a barra.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo
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230 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
16. Assinale a alternativa correta quanto ao pilar intermediário do tipo UCLA.
A) O pilar intermediário do tipo UCLA foi desenvolvido para todas as situações clínicas 
de próteses unitárias ou múltiplas.
B) Por não permitir recontorno e reanatomização, o pilar UCLA não é considerado 
personalizável.
C) O pilar UCLA é contraindicado em situações de implantes posicionados superficial‑
mente ou sem altura gengival capaz de esconder a margem da prótese.
D) Se os profissionais e técnicos não realizam um processo de fundição adequado no 
pilar UCLA, pode ocorrer uma ausência de adaptação passiva da peça protética, o 
que pode comprometer a osseointegração.
Resposta no final do artigo
CONCLUSÃO
Considerando o assunto abordado, as limitações deste artigo e a literatura científica, pode‑se 
concluir que:
�� a escolha e o conhecimento da conexão protética (HE, HI e CM) estão intimamente 
relacionados à longevidade e ao sucesso do trabalho protético reabilitador com im‑
plantes osseointegrados;
�� o profissional deverá estar atento aos oito critérios para uma correta seleção dos pilares 
intermediários abordados neste artigo – conexão protética, plataforma protética, espaço 
interoclusal existente, altura do perfil de emergência, tipo de prótese sobre implante, 
necessidade de dispositivo AR, necessidade de correção da angulação e prótese sobre 
implante parafusada ou cimentada;
�� além do conhecimento dos critérios de seleção dos pilares, o profissional deverá aplicar 
o torque correto nos respectivos parafusos de fixação dos pilares e das próteses sobre 
implantes para minimizar as complicações protéticas, sob pena de afrouxamento ou 
fratura dos componentes.
RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: C
Comentário: Os benefícios do tratamento protético reabilitador sobre implantes osseointegra‑
dos envolvem, entre muitos aspectos, a melhora da qualidade de vida e do grau de satisfação 
dos pacientes, além de melhor aceitação biológica pelos tecidos.
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Atividade 2
Resposta: A
Comentário: Os problemas mecânicos mais comuns são o afrouxamento de parafusos ou 
fraturas, que podem levar a tensões danosas à região peri‑implantar, transferidas aos para‑
fusos de fixação nas conexões hexagonais e distribuídas ao longo do implante nas conexões 
internas, promovendo maior estabilidade. Pilares intermediários batidos ou friccionais são 
mantidos em posição pela retenção friccional proporcionada pela porção interna da conexão 
protética do implante e da porção externa do componente protético.
Atividade 3
Resposta: B
Atividade 4
Resposta: D
Comentário: Os pilares intermediários apresentam a mesma função dos núcleos protéticos; 
no entanto, são encontrados na literatura com a denominação de abutment, intermediário, 
munhão ou transmucoso.
Atividade 5
Resposta: B
Comentário: Para a seleção correta dos pilares intermediários, é necessário o uso do kit de 
seleção protética, que poderá ser colocado na boca do paciente ou sobre o modelo de gesso. 
Usar o pilar UCLA – tido como de uso universal – poderá trazer grandes inconvenientes e 
complicações protéticas.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: Nas situações clínicas de grande solicitação mecânica, o profissional deve escolher 
uma conexão protética mais estável como forma de prevenir a soltura ou o afrouxamento 
dos parafusos protéticos e também dar preferência aos sistemas de próteses parafusadas.
Atividade 7
Resposta: C
Comentário: A altura da plataforma dos implantes até a margem gengival deve ficar 1mm 
acima do tecido ósseo e 1mm abaixo da margem gengival. O uso dos componentes angulados 
poderá ocorrer nos casos de próteses do tipo protocolo de Brånemark pelo sistema all on 
four, cujos implantes serão posicionados mais distais com o intuito de diminuir a extensão 
do cantiléver desse tipo de prótese.
Atividade 8
Resposta: A
Comentário: A presença do indexador facilitará o procedimento de reabilitação e represen‑
tará a mesma posição do implante na boca e também no laboratório. Conexões CM sem 
indexador deverão moldar o pilar instalado em boca, enquanto implantes com conexão CM 
com indexador poderão ter o implante moldado e transferido para o modelo de gesso. A 
presença do indexador facilitará o manuseio protético.
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232 Critérios e orientações para a seleção de pilares intermediários...
Atividade 9
Resposta: B
Comentário: Cada empresa de implante trará suas dimensões do cone interno do CM, o 
que será determinante no assentamento de cada componente. Vale ressaltar que algumas 
empresas, como a Neodent, apresentam uma única plataforma para todos os seus implantes 
de conexão CM; assim, se um implante tiver 3,5 ou 5,0mm de diâmetro, a plataforma de 
assentamento dos componentes será a mesma.
Atividade 11
Resposta: D
Comentário: A escolha do tipo de prótese cimentada ou parafusada deve englobar muitos 
aspectos, e não há um único e definitivo fator que seja preponderante em relação a outro. 
Todos deverão ser levados em consideração e explicados detalhadamente aos pacientes para 
uma seleção mais adequada e com menos complicações protéticas.
Atividade 12
Resposta: D
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: Os micropilares são indicados para próteses múltiplas parafusadas; no entanto, 
em situações de implantes próximos entre si e com altura interoclusal inferior a 4,5mm, são 
específicos para a junção CM da empresa Neodent.
Atividade 14
Resposta: C
Comentário: Nada impede o uso dos munhões universais retos e angulados para próteses 
múltiplas cimentadas, desde que os implantes estejam paralelos, mas a prudência indica seu 
uso para próteses unitárias cimentadas. Os munhões anatômicos da empresa Neodent são 
pilares específicos para implantes CM da região de incisivos centrais ou laterais e indicados 
para próteses sobre implantes unitárias cimentadas.
Atividade 15
Resposta: D
Atividade 16
Resposta: D
Comentário: O pilar intermediário do tipo UCLA foi desenvolvido com o intuito de solucionar 
os casos de implantes instalados em espaços interoclusais restritos ou limitados para o uso 
de pilares pré‑fabricados. Por permitir recontorno e reanatomização, o pilar UCLA é consi‑
derado personalizável. O uso do pilar UCLA restringe‑se a quatro situações clínicas – espaço 
interoclusal restrito, implantes mal posicionados (em posição vestibulolingual ou mesiodis‑
tal), implantes posicionados superficialmente ou sem altura gengival capaz de esconder a 
margem da prótese e diminuição dos custos do tratamento (quando suas desvantagens não 
limitarem a indicação).
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2014 Sep;35(8):608‑9.
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