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Relatório Tutorial - Doença de Crohn

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FACULDADE SANTA MARIA 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
TUTORIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIELA VIEIRA QUEIROGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TUTORIAL: PACIENTE COM DOENÇA DE CROHN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-PB 
2020 
GABRIELA VIEIRA QUEIROGA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TUTORIAL: PACIENTE COM DOENÇA DE CROHN 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório referente ao curso Bacharelado 
em Medicina da Faculdade Santa Maria 
em cumprimento às exigências do 
componente modular Tutoria I. 
Professora: Marta Lígia Vieira Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ANATOMIA DO INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é o principal local de absorção dos nutrientes dos alimentos ingeridos, 
os quais entram no intestino em forma de quimo (líquido pastoso) pelo piloro e é formado 
por três partes: duodeno, jejuno e íleo. 
• O duodeno é a parte mais curta, mais larga e mais fixa do intestino delgado. 
Começa no piloro no lado direito e termina na flexura duodenal no lado esquerdo. 
Sua extensão segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas. 
É dividido em quatro partes: superior (primeira), os 2 primeiros centímetros têm 
mesentério e são móveis, o que constitui a ampola ou bulbo duodenal, 
diferentemente no restante do duodeno, que é fixo, retroperitoneal; descendente 
(segunda), onde os ductos colédoco e pancreático principal se unem para formar 
a ampola hepatopancreáncreática, que se abre na papila maior do duodeno; 
inferior (terceira), que cruza a vértebra LIII,; e ascendente (quarta), que se cruza 
anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pelo 
músculo suspensor do duodeno, cuja contração facilita o peristaltismo. As artérias 
do duodeno originam-se do tronco celíaco, que supre a parte proximal à entrada 
do ducto colédoco por intermédio das Aa. gastroduodenal e pancreaticoduodenal 
superior, e da artéria mesentérica superior, que supre a parte distal da entrada do 
ducto colédoco por meio da A. pancreaticoduodenal inferior. As veias do duodeno 
acompanham as artérias e drenam para a veia porta. Os vasos linfáticos do 
duodeno acompanham as artérias. Os anteriores drenam para os linfonodos 
pancreaticoduodenais e pilóricos, já os posteriores drenam para os linfonodos 
mesentéricos superiores e o vasos linfáticos eferentes drenam para os linfonodos 
celíacos. Seus nervos derivam do nervo vago e dos nervos esplâncnicos 
(abdominopélvicos) maior e menor por meio dos plexos celíaco e mesentérico 
superior. 
• O jejuno, que tem sua maior parte situada no quadrante superior esquerdo do 
compartimento infracólico, começa na flexura duodeno jejunal. 
• O íleo termina na junção ileocecal e sua maior parte localizada no quadrante 
inferior direito, sendo sua parte terminal geralmente localizada na pelve, de onde 
ascende terminando na face medial do ceco. 
O mesentério (prega de pertônio), fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. 
Entre as suas duas camadas estão os vasos mesentéricos superiores, linfonodos, gordura 
e nervos autônomos. O jejuno e o íleo são irrigados pela A. mesentérica superior via Aa. 
jejunais e ileias e drenados pela V. mesentérica superior. Os lactíferos (vasos linfáticos 
que absorvem gorduras, nas vilosidades intestinais), drenam, entre as camadas do 
mesentério, para os plexos do jejuno e do íleo, passando pelos linfonodos justaintestinais, 
mesentéricos e centrais superiores, respectivamente. O plexo nervoso periarterial 
circunda a A. mesentérica superior e seus ramose seus nervos são conduzidos até as partes 
do intestino irrigadas por essa artéria. 
 
2. HISTOLOGIA DO INTESTINO DELGADO 
Os três segmentos que constituem o intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) possuem 
características em comum. As paredes do intestino delgado são formadas por 4 camadas: 
• A camada mucosa contém as pregas permanentes (plicae circularis) em forma 
semilunar, que aparecem também na submucosa e são mais desenvolvidas no 
jejuno. Vê-se, nessa camada, a presença dos vilos (vilosidades intestinais), que 
são projeções alongadas formadas pelo epitélio e lâmina própria, sendo o epitélio 
de revestimento do tipo cilíndrico simples, formado principalmente por células 
absortivas (enterócitos) e células caliciformes e se continua com o epitélio das 
criptas, que são os compartimentos proliferativos do intestino. Tais 
compartimentos contém células absortivas, a partir das quais as projeções da 
membrana plasmática para o lúmen (microvilosidades) formam a borda em 
escova; células caliciformes, que são menos abundantes no duodeno e estão em 
maior quantidade no íleo e atuam na secreção de muco, para proteção e 
lubrificação do intestino, a partir da produção de mucinas (glicoproteínas ácidas); 
células enteroendócrinas, que atuam como quimiorreceptores primários e liberam 
hormônios; células de Paneth, que são células exócrinas com grânulos de 
secreção, os quais contém lisozima e defensina, para permeabilizar e digerir a 
parede bacteriana; células M (microfold), que são células que cobrem os folículos 
linfoides das placas de Peyer, no íleo e são ricas em linfócitos e macrófagos; e 
células-tronco, células indiferenciadas. Essa camada contém, ainda, as células 
endócrinas do intestino, que formam o sistema neuroendócrino difuso, liberam 
grânulos de secreção por exocitose e são células secretoras de polipeptídios, 
podendo ser do tipo aberta, quando há presença de microvilosidades que atuam 
comoreceptores, ou fechada, quando a glândula não alcança a superfície. Além 
disso, abaixo do epitélio, ainda na mucosa, tem-se a lâmina própria, que preenche, 
ainda o centro das vilosidades e é formada por tecido conjuntivo frouxo com vasos 
sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares lisas. 
• A camada submucosa contém, na porção inicial do duodeno, glândulas 
duodenais, que são grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas que se 
abrem nas glândulas intestinais e protegem a mucosa duodenal da acidez do suco 
gástrico e neutraliza o pH do quimo. Contém agregados de nódulos linfoides 
(GALT), que são mais numerosos no íleo (placas de Peyer) e o plexo nervoso 
submucoso (de Meissner) 
• A camada muscular é formada por uma camada circular interna e uma camada 
longitudinal externa e contém o Plexo de Auerbach ou plexo mioentérico, que é 
formado por uma cadeia de neurônios e células da glia interconectados, localizada 
entre as camadas musculares, e atua no peristaltismo. 
• A camada serosa é a mais externa do intestino delgado e se constitui por uma 
única camada de células achatadas. É composta por mesotélio e tecido conjuntivo 
submesotelial e está associada a vasos sanguíneos, relativamente calibrosos, além 
de tecido adiposo e nervos. 
 
3. RELAÇÕES DA DOENÇA DE CROHN COM O CONSUMO DE CARNE 
VERMELHA 
A Doença de Crohn é uma patologia inflamatória crônica caracterizada pela inflamação 
do trato gastrointestinal (TGI), acometendo principalmente o íleo terminal e o cólon, que 
podem ser afetados em toda a sua extensão e todas as camadas da parede intestinal são 
comprometidas. A causa dessa enfermidade é desconhecida, mas pode estar relacionada 
a fatores ambientais, dietéticos, genéticos ou infecciosos, estando relacionada a uma 
desregulação do sistema imunológico. Além disso, ainda não se conhece a cura para a 
doença de Crohn, porém o tratamendo baseia-se no alívio dos sintomas, correção de 
deficiências nutricionais, prevenção de recidivas e contenção do processo inflamatório. 
Para tanto, é essencial que haja um controle dietético, já que alguns alimentos agravam a 
inflamação do TGI, principalmente no intestino. Alguns indivíduos desenvolvem 
intolerâncias alimentares, devendo, então ser evitados os alimentos que causam essa 
disfunção. Dentre os principais alimentos que causam a irritação no intestino e a 
exacerbação dos sintomas está a carne vermelha, principalmentepor ser gorduroso e de 
origem animal. Logo, a paciente portador da doença de Crohn deve evitar o consumo 
desse tipo de fonte de proteína e substituí-la por outras. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.. Anatomia orientada para a clínica. 6 ed. Rio De 
Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2011. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 8.ed. Rio de Janeiro: Editora 
Guanabara Koogan S.A., 1995. 
OLIVEIRA, Camila et al. Suporte Nutricional na Doença de Crohn. Doença de Crohn, 
[s. l.], 2017. Disponível em: 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-
59852017000300007&lang=pt. Acesso em: 15 nov. 2020.