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Aula 6 - Direitos Individuais e Coletivos - parte I

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Direito Constitucional I
Aula – Direitos Individuais e Coletivos – Parte I
Direitos e Garantias Individuais
1. Proteção à Vida
· O direito à vida não se resume ao mero direito de sobrevida/sobrevivência;
· Como a Dignidade da Pessoa Humana é fundamento da República, o direito à vida expressa a garantia a uma existência digna
Observação 1 – Direito à vida e aborto: o direito à vida é proteção constitucional não somente extrauterina, mas também intrauterina, mas atenção, pois o Código Penal não pune o aborto (art. 128, CP), (A) quando a continuidade da gestação põe em risco a vida da gestante ou (B) quando a gravidez se dá em razão de estupro.
Observação 2 – ADPF nº 54/DF de 2012 – Informativo 661/STF: o STF decidiu que não constitui crime a interrupção da gravidez na hipótese de gravidez de feto anencéfalo.
Observação 3 - ADI 3.510/DF de 2008: o STF decidiu pela possibilidade, sem ofensa ao direito à vida ou violação da dignidade da pessoa humana, da realização de pesquisas com a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento.
2. Princípio da Isonomia (Igualdade)
· Determina o tratamento igual aos que se encontram em situação equivalente e que sejam tratados de maneira desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades;
· Atenção ao fato de que... a igualdade obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei (igualdade na lei e igualdade perante a lei);
Observação – Igualdade permite discriminação?
Desde que haja razoabilidade, o princípio da igualdade não veda o tratamento discriminatório entre indivíduos, por exemplo, Lei Maria da Penha, exigências em concursos públicos em razão do cargo (altura mínima, sexo).
Observação 2 – União homoafetiva: Conforme o julgamento da ADI 4.277/DF (2011), o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a Constituição de 1988 não proíbe a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Assim, STF igualou a união estável homoafetiva à união estável heteroafetiva.
3. Princípio da legalidade
· Assegura que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, exceto em razão de lei;
Consequência prática: somente a lei pode criar obrigações, por outro lado, a inexistência de lei (proibitiva) de determinada conduta implica ser ela permitida.
Observação – Legalidade e “reserva legal” não são sinônimos: “Reserva legal” é exigência de que determinada matéria seja expressamente regulamentada por lei formal.
 
4. Liberdades Públicas
4.1 Liberdade de Manifestação de Pensamento (Expressão)
· Assegura que qualquer pessoa pode manifestar o que pensa, desde que não o faça anonimamente;
Atenção: a liberdade de expressão engloba não só o direito de se expressar oralmente ou por escrito, mas também o direito de ouvir, assistir e ler.
Observação 1 – Liberdade de expressão e diploma de jornalismo/comunicação social: o STF, no RE nº 511.961/2009, afastou a exigência do diploma de jornalismo e do registro profissional no Ministério do Trabalho como condição para o exercício da profissão.
Observação 2 – Liberdade de expressão e biografias - ADI 4.815/2015: o STF afastou a exigência de autorização prévia da pessoa biografada (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas) para obras biográficas.
 
4.2 Liberdade de Consciência, Crença e Culto (Religiosa)
· Determina que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política;
· Exceto, se as invocar para se eximir de obrigação legal geral e se recusar a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
Consequência prática: esse direito prevê a chamada escusa de consciência, porém não permite que a pessoa simplesmente deixe de cumprir a obrigação legal, de modo que haverá uma prestação alternativa. Caso esta não seja cumprida, aí sim haverá a privação de direitos.
4.3 Liberdade de Profissão
· Determina que o exercício de qualquer trabalho ou profissão é livre, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Observação: Trata-se de uma norma de eficácia contida, ou seja, enquanto não estabelecidas em lei as qualificações para o exercício de determinada profissão, qualquer indivíduo poderá exercê-la.
4.4. Liberdade de reunião
· Afirma que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente
Observação – Liberdade de reunião e a “Marcha da Maconha”: O STF considerou possíveis os eventos públicos na defesa da descriminalização do uso de drogas (tratava-se da realização da "marcha da maconha", em que os cidadãos defendiam a descriminalização dessa droga) - ADPF 187/DF de 2011.
5. Inviolabilidade domiciliar
· Assegura que a “casa” é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de:
a. flagrante delito ou desastre; ou
b. para prestar socorro; ou
c. durante o dia, por determinação judicial.
Observação – Somente a CASA é inviolável? O termo "casa" é abrangente e se estende a qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade (os escritórios e consultórios profissionais, as dependências privativas da empresa, o quarto de hotel etc).

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