PIM IV unip

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO
MARCELO AUGUSTO DE JESUS RODRIGUES
PIM IV
Características da Comunicação Jurídica
RIO DE JANEIRO
2020
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MARCELO AUGUSTO DE JESUS RODRIGUES, RA: 0592866
PIM IV
Características da Comunicação Jurídica
 Projeto Integrado Multidisciplinar PIM IV apresentado como um dos pré-requisitos para a aprovação do bimestre vigente na Universidade Paulista – UNIP, englobando as disciplinas de Teoria Geral do direito II, Direito Constitucional e Linguagem e Comunicação Jurídica do curso Superior de Tecnologia em Gestão de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro.
RIO DE JANEIRO
2020
RESUMO
O Projeto Integrado Multidisciplinar IV (PIM IV) tem como propósito a análise de um filme com temática jurídica. Consiste no desenvolvimento de um trabalho analítico, com base nos conceitos estudados nas disciplinas do bimestre, aplicados à prática de gestão jurídica e administrativa.
Os objetivos principais deste trabalho foram analisar os aspectos jurídicos que abrangem os conteúdos das disciplinas: Teoria Geral do Direito II, Direito Constitucional e Linguagem e Comunicação Jurídica de linguagem. Desse modo, o intuito foi de adquirir novos ou apenas consolidar conhecimentos prático-teóricos da área.
Por fim, este Projeto tem o intuito de apresentar uma análise de um filme com base na linguagem e artifícios jurídicos que estão dispostos na obra.
Palavras-chave: Linguagem Jurídica. Jurídicos. Análise. Projeto.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1 – FICHA TÉCNICA DO FILME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 – RESUMO E PRINCIPAIS ASPECTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 – OPINIÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 – RELAÇÃO COM CONTEÚDO DISCIPLINAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3. CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
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2. INTRODUÇÃO
Desenvolvido para fins acadêmicos o Projeto Integrado Multidisciplinar IV (PIM IV), com o tema Características da Comunicação Jurídica, baseia-se na aplicação dos conhecimentos adquiridos nas disciplinas: Direito Constitucional, Linguagem e Comunicação Jurídica, e Teoria Geral do Direito II em um trabalho analítico relativo a um filme com temática jurídica.
O trabalho desenvolvido traz uma análise do filme Primal Fear (“As Duas Faces de Um Crime”, na tradução brasileira), produção estadunidense de 1996, que traz em seu enredo o desenrolar de um julgamento de homicídio com enfoque na perspectiva do advogado do réu.
O filme acompanha o desenrolar do caso de homicídio no tribunal e apresenta diversos termos de linguagem jurídica além de veicular abundantes artifícios de defesa e acusação constantemente referenciando emendas constitucionais e famosos casos jurídicos da história dos Estados Unidos da América (EUA).
A progressão do longa engloba diversas adversidades envolvendo o caso. Além da tentativa de esclarecer o ocorrido, existem também relações pessoais conflitantes entre o advogado de defesa e a promotoria do caso que se dão de antes dos acontecimentos do filme. O que traz a dramatização da obra, além das questões que cercam o acusado, que é o núcleo de todos os acontecimentos.
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4. DESENVOLVIMENTO
2.1 – FICHA TÉCNICA
As Duas Faces de Um Crime, "Primal Fear" no título original, é um filme estadunidense de temática jurídica, do ano de 1996. O longa metragem foi baseado no romance homônimo de William Diehl. Dirigido por Gregory Hoblit e produzido por Gary Lucchesi, possui roteiro desenvolvido por Steve Shagan e Ann Biderman. O elenco principal é composto por Richard Gere, Laura Linney, Edward Norton, Alfre Woodard e Frances McDormand.
O filme de gênero thriller/crime possui 2h 10m de duração e foi bem recebido por crítica e público. Recebeu o Prêmio Globo de Ouro: Melhor Ator Coadjuvante em Cinema(1997) pela atuação de Edward Norton, no papel de Aaron Stampler, o réu do caso. E chegou a ser indicado ao Oscar na mesma categoria.
2.2 – RESUMO E PRINCIPAIS ASPECTOS
A trama do filme se dá início a partir do assassinato escandaloso e de um arcebispo, morto com 78 facadas, e Aaron Stampler (Edward Norton) um jovem coroinha de 19 anos é preso correndo para longe da cena do crime. Coberto com o sangue do arcebispo e sendo a única pessoa presente na localidade, Aaron é o principal suspeito do caso.
	Martin Vail (Richard Gere) um rico advogado criminalista e ex-promotor público, é um egocêntrico que ao saber do caso e de sua repercussão na mídia logo vai em busca de oferecer-se para advogar por Aaron Stampler, que por sua vez não tem dinheiro para arcar com um advogado, porem Martin se oferece para trabalhar de forma pro bono, com interesse na cobertura midiática que o caso lhe renderá. Enquanto, pelo lado da promotoria temos a promotora Janet Venable (Laura Linney), ex-namorada e ex-parceira de trabalho de Martin, rivalizando com ele no tribunal.
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	Aaron Stampler, um jovem tímido e inseguro, logo conquista a confiança de Martin, que acredita em sua inocência ignorando todas as provas, praticamente irrefutáveis. O jovem estava presente no cômodo do arcebispo no momento do assassinato, porém alega não se lembrar do que houve, além de ter vislumbrado alguém presente na cena do crime e depois recuperar os sentidos coberto de sangue, que foi comprovado ser do Arcebispo.
Enquanto a promotoria buscava motivação para o crime, a fim de uma sentença de pena de morte. Martin Vail defendia a possibilidade de uma terceira pessoa presente no quarto, além de Aaron e o Arcebispo. E assim, o advogado busca indivíduos que poderiam ter algo contra o Arcebispo.
	Em certo momento do filme, Martin declara que não é de obrigatoriedade da defesa acreditar ou não na inocência de um réu, pois segundo ele no papel de um advogado “você não sabe, você não liga, você não pergunta”, e em seguida afirma que sob a lei todos tem direito à defesa. Entretanto, no decorrer de seu envolvimento com Aaron, é mostrado ao público que de fato Martin acredita na inocência do jovem que a os seus olhos é incapaz que cometer tal crime. O advogado não só articula investigações de forma autônoma como também solicita o auxílio profissional da psiquiatra Molly Arrington (Frances McDormand) para examinar Stampler e entender seus lapsos de amnésia.
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	Ao chegar no terceiro ato do filme, vemos que seu desenrolar também aprofunda-se em aspectos psicológicos e psiquiátricos, a partir do momentoque a complexa personalidade do réu vai se revelando. Molly diversas vezes desempenha sessões com Aaron, e destas surge a hipótese diagnóstica de que o acusado sofreria de um transtorno de múltiplas personalidades. Porém, Martin crê ser tarde demais para mudar sua tese de defesa e descarta a possibilidade a alegar insanidade no tribunal. Quando chamada para testemunhar em corte Molly chega a citar seu diagnóstico para a transtorno de Aaron, 
porém tal depoimento é visto como irrelevante por não ser a linha de defesa traçada no caso.
	Por fim, a caso se encaminha para uma desfecho desfavorável ao réu, pois a promotoria adquiri provas de que Aaron teria motivação para cometer o crime, após ser descoberto e apresentado no tribunal que o Arcebispo obrigava o jovem coroinha a participar de vídeos eróticos com outros jovens que também eram coagidos. Porém, quando a promotora confronta Aaron ele tem um surto, que revela a todos os presentes sua segunda personalidade, que diz se chamar “Roy” e assume que assassinou o Arcebispo, tal fato é visto pela Juíza (Alfre Woodard) como uma comprovação incontestável da insanidade do réu. Aaron irá, então, para um hospital psiquiátrico a fim de recuperar a capacidade de viver em sociedade.
		
2.3 – OPINIÃO
	O filme retrata muito bem todo desenrolar de um caso de homicídio. Tem todas as suas etapas bem delineados partindo do acontecimento do crime, a apreensão em flagrante do suspeito, percorrendo todo o julgamento, e enfim concluindo com a sentença do réu.
É mostrado a o público diversos depoimentos, os pontos de vista tanto de acusação como de defesa, a perspectiva das investigações feitas pela polícia apontando onde tudo começou, e todo andamento das investigações e ocasionais achados de novas evidencias.
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É trago ao espectador uma boa noção de como se organizam e como atuam em um tribunal os advogados, promotoria, acusados testemunhas, réu e júri. Além dos demais presentes, tais como o público, a mídia presente no tribunal, o júri e os oficiais em serviço. A forma que ambos acusação e defesa se portam - a fim de defender 
seus interesses - para questionar as testemunhas, por vezes civis, por vezes policias ou peritos envolvidos na investigação. Além de mostrar momentos de diálogo entre a juíza, acusação e defesa em seu gabinete.
	
2.4 – RELAÇÃO COM O CONTEÚDO DISCIPLINAR
Por acompanhar todo o desenrolar do caso, o filme por diversas vezes retrata depoimentos e diálogos entre advogado, juíza, promotoria, réu e testemunhas. Onde claramente é identificado aspectos da comunicação jurídica, seja em termos específicos ou em falas coercivas quando um personagem tenta convencer o júri ou dissuadir uma testemunha a fim de obter uma fala que sustente sua narrativa.
	O filme está repleto de aspectos que remetem a o conteúdo visto ao longo do bimestre, tal qual a ideia de jurisprudência, vista em Teoria Geral do Direito II. No tribunal Martin cita os casos de “State v Appleby” e “Brady v Maryland” – que foram casos reais – o que demonstra que no desenvolvimento do roteiro de Steve Shagan e Ann Biderman houve uma preocupação com a veracidade e coerência com a realidade jurídica.
	No segundo ato do filme a promotoria leva a arma do crime – ainda suja de sangue da vítima - para o tribunal, o que foi visto também em Teoria Geral do Direito II que é uma forma comumente utilizada de causar impacto e comoção no júri. Nesse ato são iniciadas também as entrevistas com o réu e testemunhas, na qual são convocados a depor peritos, policiais, e em dado momento a psiquiatra de Aaron, a doutora Molly Arrington.
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No próprio filme existe um debate quanto a eficácia do linguajar jurídico, quando em certo Martin Vail comenta que o vocabulário rebuscado da promotora Janet Venable não a beneficiaria 
tendo em vista que o júri não, necessariamente, estaria habituado com tal padrão comunicativo, e portanto uma comunicação mais simples e direta é o que conquistaria a atenção dos jurados. E tal conselho não é aceito pela promotora Venable, que segue utilizando termos e palavras que não são de conhecimento geral, por puro tradicionalismo.
5. CONCLUSÃO
Ao fim deste projeto foi possível analisar conceitos estudados ao longo do bimestre postos em prática, mesmo que de maneira encenada. O que é muito enriquecedor e intensifica o aprendizado ao perceber determinados termos, posturas e condutas referentes à linguagem jurídica.
O maior, e melhor, artificio de trabalho de um advogado é a linguagem, empregue para implementar todo seu conhecimento adquirido, e também para se comunicar com outros servidores do mundo jurídico.
Porém, muitas vezes a linguagem do jurídica, por ser uma linguagem técnica, pode não ser apropriadamente compreendida em um diálogo com um indivíduo leigo, pois geralmente, este não tem nenhum tipo de conhecimento jurídico. E tal fato é algo a ser cada vez mais estudado, a fim de serem encontradas formas de contornar tal problemática.
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REFERÊNCIAS
Filme: As Duas Faces de Um Crime. Prime Video. Disponível em: https://www.primevideo.com/detail/0M6K4PH0S6DA5MZ5OMEGHKKHA3/ref=atv_sr_def_c_unkc__2_1_2?sr=1-2&pageTypeIdSource=ASIN&pageTypeId=B0758B3GJ8&qid=1606132263 Acesso em: 5 nov. 2020
Crítica: As Duas Faces de Um Crime. Cinemação. Disponível em: https://cinemacao.com/2016/04/15/critica-as-duas-faces-de-um-crime/#:~:text=Sinopse%3A%20Depois%20da%20morte%20de,o%20que%20houve%20de%20verdade  Acesso em: 13 nov. 2020.
Paulo Sergio Leite Fernandes >> As Duas Faces de Um Crime. Disponível em:
http://www.processocriminalpslf.com.br/?page_id=3029 Acesso em 13 nov, 2020.
Crítica: As Duas Faces de Um Crime. Movies Review. Disponível em: https://moviesreview446.wordpress.com/2017/10/19/critica-as-duas-faces-de-um-crime-primal-fear-1996-um-suspense-magnifico-digno-da-atencao-de-todos/ acesso em: 14 nov. 2020.
As Duas Faces de Um Crime – Empório do Direito. Disponível em: https://emporiododireito.com.br/leitura/as-duas-faces-de-um-crime acesso em: 16 nov. 2020.