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Cefalosporinas: Gerações e Espectro Antibacteriano

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MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P4 | Luíza Moura e Vitória Neves 
CEFALOSPORINA 
As cefalosporinas são antimicrobianos β-
lactâmicos muito relacionados estrutural e 
funcionalmente com as penicilinas. 
A maioria das cefalosporinas é produzida 
semissinteticamente pelo acréscimo de cadeias 
laterais ao ácido 7-amino-cefalosporânico. 
Elas têm o mesmo mecanismo de ação das 
penicilinas e são afetadas pelos mesmos 
mecanismos de resistência. 
 Age inibindo as proteínas ligantes de 
penicilina (PBP), que são responsáveis 
pela síntese da camada de 
peptideoglicano das bactérias; 
 Ao inibir, há o rompimento da parede 
celular bacteriana e LISE desses micro-
organismos. 
Contudo, elas tendem a ser mais resistentes a 
certas β-lactamases do que as penicilinas. 
 
ESPECTRO ANTIBACTERIANO 
As cefalosporinas são classificadas de acordo 
com as gerações em: 
 Primeira, segunda, terceira, quarta e quinta 
(avançada). 
Com base principalmente no padrão de 
suscetibilidade bacteriana e resistência às β-
lactamases. 
A!! As cefalosporinas disponíveis 
comercialmente são ineficazes contra MRSA, L. 
monocytogenes, C. difficile e os enterococos. 
 
A!! O que muda de uma geração para outra é uma 
modificação química que objetiva uma 
composição ideal – amplo espectro. 
QUANTO MAIOR A GERAÇÃO, MAIS 
FORTE O FÁRMACO 
PRIMEIRA GERAÇÃO 
Atuam como substitutas da benzilpenicilina. 
Possuem resistência à penicilinase estafilocócia, 
mas são bastante sensíveis às beta-lactamases 
produzidas por gram-negativas. 
Assim, cobrem adequadamente: 
 S. aureus; 
 Estreptococos; 
 S. pneumoniae; e 
 Bacilos gram-negativos entéricos. 
Exemplos: cefalotina, cefazolina, cefalexina e 
cefadroxil. 
 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P4 | Luíza Moura e Vitória Neves 
SEGUNDA GERAÇÃO 
Apresentam maior atividade contra três 
microrganismos gram-negativos adicionais: 
 H. influenzae; 
 Enterobacter aerogenes; e 
 Algumas espécies de Neisseria. 
A!! A atividade contra microrganismos 
positivos é mais fraca. 
A cobertura antimicrobiana das cefamicinas 
(cefotetano e cefoxitina) também inclui: 
 Anaeróbicos (p. ex., Bacteroides fragilis). 
Elas são as únicas cefalosporinas disponíveis 
comercialmente com atividade apreciável contra 
bactérias gram-negativas anaeróbicas. 
Contudo, nenhuma é um fármaco de primeira 
escolha, devido à crescente prevalência de 
resistência do B. fragilis aos dois fármacos. 
Exemplo: cefuroxima, cefaclor e cefoxitina. 
 
TERCEIRA GERAÇÃO 
Tem papel importante no tratamento das 
doenças infecciosas. 
Embora sejam menos potentes do que as 
cefalosporinas de primeira geração em relação à 
atividade contra MRSA, as de terceira geração 
têm atividade aumentada contra bacilos gram-
negativos, incluindo: 
 Já mencionados; 
 Maioria dos outros microrganismos 
entéricos; e 
 Serratia marcescens. 
Ceftriaxona e cefotaxima tornaram-se os 
fármacos de escolha no tratamento da 
meningite. 
Ceftazidima tem atividade contra P. aeruginosa. 
 Contudo, a resistência é crescente, e o uso 
deve ser avaliado caso a caso. 
As cefalosporinas de terceira geração devem ser 
usadas com cautela, pois são associadas com: 
 “Lesão colateral” importante. 
O que significa, essencialmente, a indução e a 
disseminação da resistência antimicrobiana. 
Exemplo: ceftriaxona, ceftalozane, cefotaxima e 
ceftazidima 
 
QUARTA GERAÇÃO 
A Cefepima é classificada como cefalosporina de 
quarta geração e deve ser administrada por via 
parenteral. 
Ela apresenta amplo espectro antibacteriano, 
com atividade contra: 
 Estreptococos; e 
 Estafilococos (mas apenas os que são 
suscetíveis à meticilina). 
Ela também é eficaz contra microrganismos 
gram-negativos, como: 
 Espécies de Enterobacter; 
 E. coli; 
 K. pneumoniae; 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P4 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 P. mirabilis; e 
 P. aeruginosa. 
Ao selecionar um antimicrobiano ativo contra P. 
aeruginosa, os clínicos devem se basear em 
antibiogramas locais (teste laboratorial de 
sensibilidade de uma cepa bacteriana isolada a 
diferentes antimicrobianos) para orientação. 
 
QUINTA GERAÇÃO (AVANÇADA) 
Ceftarolina é uma cefalosporina de geração 
avançada e amplo espectro, administrada por via 
IV como um pró-fármaco, a ceftarolina fosamila. 
Ela é o único antimicrobiano disponível 
comercialmente nos EUA ativo contra MRSA e 
é indicada para o tratamento de: 
 Infecções complicadas da pele e sua 
estrutura; e 
 Pneumonias adquiridas na comunidade. 
A estrutura singular da ceftarolina permite que 
se fixe na: 
 PLP2a encontrada nos MRSA; e na 
 PLP2x presente no Streptococcus 
pneumoniae. 
Ela tem: 
 Amplo espectro de atividade gram-
positiva; 
 Atividade gram-negativa similar à da 
ceftriaxona e das cefalosporina de 
terceira geração. 
Lacunas importantes na cobertura incluem: 
 P. aeruginosa; 
 Enterobacteriaceae produtoras de β-
lactamase de espectro estendido (β-LEE); e 
 Acinetobacter baumannii. 
O regime de duas dosificações diárias limita 
também o uso fora do ambiente hospitalar. 
EFEITOS ADVERSOS 
Como as penicilinas, as cefalosporinas são 
geralmente bem toleradas. 
Porém, pode acontecer reações de 
hipersensibilidade parecida com as da 
penicilina. 
Além disso, pacientes que tiveram: 
 Resposta anafilática; 
 Síndrome de Stevens-Johnson; ou 
 Necrólise epidermal tóxica a penicilinas 
não devem receber cefalosporinas. 
Dados sugerem que a reatividade cruzada entre 
penicilinas e cefalosporinas é ao redor de 3 a 5% 
e é determinada pela semelhança da cadeia 
lateral. 
A!! A maior taxa de alergias cruzadas é entre as 
penicilinas e as cefalosporinas de primeira 
geração. 
Pode acontecer também: 
 Nefrotoxicidade (especialmente com 
cefadrina), porque há intolerância ao 
álcool induzida pelo fármaco. 
 Diarreia causada pela C. difficile. 
USOS CLÍNICOS 
As cefalosporinas são empregadas no 
tratamento de infecções causadas por 
microrganismos sensíveis a elas. 
 Tal como ocorre com outros antibióticos, os 
padrões de sensibilidade variam, e o tratamento 
é, muitas vezes, iniciado de forma empírica. 
Podem ser tratados muitos tipos de infecções: 
 
MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO – P4 | Luíza Moura e Vitória Neves 
 Septicemia (cefuroxima, cefotaxima); 
 Pneumonia causada por microrganismos 
suscetíveis; 
 Meningite (ceftriaxona, cefotaxima); 
 Infecções do trato biliar; 
 Infecções do trato urinário (gravidez ou 
pacientes que não respondem a outros 
fármacos); 
 Sinusite (cefadroxila).

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