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Procedimento Ordinário e Sumário

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PROCESSO PENAL 3 –
Procedimento Ordinário e 
Sumário - 2ª Aula (22/03/2021)
PROF. RODRIGO GUERRA
Procedimento 
Comum 
Ordinário
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade
• Petição Inicial 
• Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso,
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
• Antes de proceder ao juízo de admissibilidade da peça acusatória,
incumbe ao magistrado pronunciar-se de ofício acerca de eventual
causa de suspeição (impedimento ou incompatibilidade), sem prejuízo
da verificação de sua competência.
• É plenamente possível o reconhecimento ex officio tanto da
incompetência absoluta quanto da relativa .
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade
• Duas são as opções dadas ao magistrado: pode ele rejeitar a peça
acusatória, caso presente uma das hipóteses do art. 395 do CPP, ou
determinar o recebimento da peça acusatória, com a subsequente
citação do acusado, nos termos do art. 396 do CPP.
• Não cabe ao magistrado determinar de ofício diligências durante a fase
investigatória - Correição Parcial - contra a decisão judicial que
determinar a realização de novas diligências entre o oferecimento e o
recebimento da peça acusatória.
• O momento processual correto para o recebimento da peça acusatória é
o do art. 396 do CPP: “Nos procedimentos ordinário e sumário,
oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente,
recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.”
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• Rejeição da Petição Inicial – Art. 41, CPP: “A denúncia ou queixa
conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.”
• Ausente a qualificação do acusado, ou se a peça acusatória não
descrever o fato delituoso, deve o magistrado rejeitar a peça
acusatória.
• Inépcia da Petição Inicial: formal ou material.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• Inépcia formal ocorre quando a peça acusatória não preenche os
requisitos obrigatórios do art. 41 do CPP, dando ensejo à rejeição
com base no art. 395, I, do CPP: “Art. 395. A denúncia ou queixa
será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta [...]”;
• Inépcia material se dá quando não há justa causa para a ação
penal, hipótese em que a rejeição da peça acusatória terá como
fundamento o inciso III do art. 395: “Art. 395. A denúncia ou
queixa será rejeitada quando: [...] III - faltar justa causa para o
exercício da ação penal. [...]”
• De acordo com os Tribunais Superiores, eventuais vícios da
denúncia ou queixa só podem ser reconhecidos até o momento da
sentença.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• A rejeição da peça acusatória com fundamento no art. 395, inciso
I, do CPP, só faz coisa julgada formal. Cabe Recurso em Sentido
Estrito (CPP, art. 581, I) ou o oferecimento de nova peça
acusatória.
• Ausência de Pressuposto Processual - Art. 395, inciso II, 1ª parte, 
do CPP: “A denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...] II -
faltar pressuposto processual [...]”;
• Pressupostos de Existência e de Validade 
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• São três os pressupostos de existência: 
• a) demanda veiculada pela peça acusatória, onde se exteriorize 
uma pretensão punitiva: a falta de denúncia ou queixa causa a 
inexistência do processo.
• b) órgão investido de jurisdição;
• c) presença de partes que possam estar em juízo: Capacidade de 
Ser Parte (Personalidade). 
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• Os pressupostos processuais de validade dizem respeito,
sobretudo, à inexistência de vício ou defeito de atos processuais e
à questão da originalidade da demanda.
• Exemplos: perempção; litispendência; coisa julgada; juiz
competente e imparcial; legitimidade ad processum; capacidade
postulatória; citação válida; requisitos da denúncia ou queixa
(CPP, art. 41); dentre outros.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• Falta de Condições para o exercício da Ação Penal – Art. 395: ”A
denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...] II – faltar
pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
penal; [...]
• Falta de justa causa (suporte probatório mínimo) para o exercício
da ação penal: prova da materialidade e indícios de autoria.
• A Justa Causa funciona como condição de garantia contra o uso
abusivo do direito de acusar. Em regra, esse lastro probatório é
conferido pelo inquérito policial, o qual, no entanto, não é o único
instrumento investigatório.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• Rejeição Parcial da Inicial Acusatória.
• Se acaso novos elementos probatórios quanto à imputação que foi
objeto de rejeição venham à tona no curso da instrução
processual, nada impede o aditamento da peça acusatória ou o
oferecimento de nova denúncia ou queixa. Caberá recurso em
sentido estrito contra a rejeição parcial da peça acusatória (CPP,
art. 581, I).
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Negativo
• O art. 581, inciso I, do CPP, prevê que caberá recurso no sentido
estrito da decisão que não receber a denúncia ou a queixa.
• Prevalece o entendimento de que “não recebimento” e “rejeição”
da peça acusatória são expressões sinônimas.
• Súmula nº 707 do STF: “Constitui nulidade a falta de intimação
do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto
da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor
dativo”.
• A Lei nº 9.099/95 prevê que caberá apelação contra a decisão de
rejeição da denúncia ou queixa (art. 82, caput), a qual deve ser
interposta no prazo de 10 (dez) dias.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• A depender do motivo da rejeição da peça acusatória, é possível
que ao invés de interpor recurso em sentido estrito, delibere por
sanar o vício que deu ensejo à rejeição da inicial.
• O Código de Processo Penal não diz, expressamente, em quais
hipóteses deve o magistrado receber a peça acusatória. Porém,
explicita os motivos de rejeição da denúncia ou queixa no art.
395.
• De acordo com a jurisprudência, recebida a peça acusatória, não
pode o juiz rejeitá-la depois, porquanto teria ocorrido preclusão
pro judicato. Caso pudesse fazê-lo, o juiz estaria concedendo
habeas corpus de ofício contra si mesmo, o que não é possível.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• Em recente julgado, a 6ª Turma do STJ concluiu que o fato de a
denúncia já ter sido recebida não impede o juízo de primeiro grau
de, logo após o oferecimento da resposta à acusação, reconsiderar
a anterior decisão e rejeitar a peça acusatória, ao constatar a
presença de uma das hipóteses elencadas nos incisos do art. 395
do CPP, suscitada pela defesa, sem que se possa objetar eventual
preclusão pro judicato. Afinal, as matérias numeradas no art.
395 do Código de Processo Penal dizem respeito a condições da
ação e pressupostos processuais, cuja aferição não está sujeita à
preclusão (art. 267, § 3º, do CPC, c/c o art. 3º do CPP).
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• Sob outro aspecto, se é admitido o afastamento das questões
preliminares suscitadas na Resposta à Acusação, no momento
processual definido no art. 397 do CPP, também deve ser
considerado admissível o seu acolhimento, com a extinção do
processo sem julgamento do mérito por aplicação analógica do
CPC.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• (Des) necessidade de fundamentação do recebimento da peça
acusatória.
• Na dicção do Supremo, o ato judicial que formaliza o recebimento
da denúncia pelo Ministério Público não se qualifica, nem se
equipara, para os fins a que se refere o inciso IX do art. 93 da
ConstituiçãoFederal, a ato de caráter decisório, daí por que não
se exige que seja fundamentado.
• Aliás, há precedentes admitindo inclusive a possibilidade de
recebimento tácito da inicial acusatória, quando o juiz, sem se
referir expressamente ao recebimento, determina de imediato a
citação do acusado
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• Ressalva importante deve ser feita quanto aos procedimentos
que preveem defesa preliminar (peça da defesa apresentada
entre o oferecimento e o recebimento da peça acusatória). Nesses
casos, os próprios Tribunais impõem a necessidade de motivação
do ato de recebimento da exordial acusatória.
• Além de ser possível causa de fixação da competência por
prevenção (CPP, art. 83), o curso da prescrição é interrompido
pelo recebimento da denúncia ou da queixa (CP, art. 117, I).
• O recebimento da denúncia por órgão judiciário incompetente
não interrompe a prescrição penal. Como já se pronunciou o
Supremo Tribunal Federal.
Fase Postulatória e Juízo de 
Admissibilidade Positivo
• Prevalece o entendimento de que não é a propositura da peça
acusatória que instaura a ação penal, mas sim o seu recebimento pelo
juiz.
• Não há recurso contra a decisão de recebimento da peça acusatória. A
jurisprudência tem admitido a impetração de habeas corpus
objetivando o trancamento do processo penal. Esse trancamento do
processo é tido como uma medida de natureza excepcional, que só pode
ser admitido quando evidente o constrangimento ilegal sofrido pelo
investigado, nas seguintes hipóteses: a) manifesta atipicidade formal
ou material da conduta delituosa; b) presença de causa extintiva da
punibilidade; c) ausência de pressupostos processuais ou de condições
da ação penal; d) ausência de justa causa para o exercício da ação
penal
Citação do Acusado
• Recebida a peça acusatória, deve o juiz determinar a citação do
acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10
(dez) dias.
• Se o acusado não for encontrado, deve ser citado por edital.
• Art. 366 do CPP: “Se o acusado, citado por edital, não
comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz
determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos
do disposto no art. 312.”
Citação do Acusado
• Por outro lado, verificando-se que o acusado se oculta para não
ser citado, sua citação deve ser feita por hora certa, nos termos
do art. 362 do CPP, hipótese em que, após a nomeação de
defensor dativo, o processo retomará seu curso normal.
Resposta à Acusação
• Não se confunde com a extinta defesa prévia (antiga redação do
art. 395), nem tampouco com a chamada defesa preliminar.
• Defesa Prévia – antigo art. 395, CPP.
• Defesa Preliminar: a) Lei de drogas; b) Procedimento originário
dos Tribunais; c) Juizados Especiais Criminais; d) Decreto-Lei nº
201/67; e) Lei de improbidade administrativa; e f) Crimes
funcionais afiançáveis.
Resposta à Acusação
• Superior Tribunal de Justiça - súmula nº 330: “É desnecessária a
resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de
Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”.
• Na visão do Supremo Tribunal Federal é indispensável a
observância do procedimento previsto no art. 514, mesmo quando
a denúncia estiver lastreada em inquérito policial.
• A inobservância do procedimento que prevê defesa preliminar
deve configurar tão somente nulidade relativa (STF e STJ).
Resposta à Acusação
• A despeito do teor do art. 394, § 4º, do CPP, quando o
procedimento especial contar com previsão legal expressa de
defesa preliminar, não há necessidade de ulterior apresentação
da resposta à acusação.
• 1º Princípio da Especialidade;
• 2º Art. 394, § 5º, do CPP: “[...] § 5º Aplicam-se subsidiariamente
aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as
disposições do procedimento ordinário.”
Resposta à Acusação
• A resposta à acusação introduzida no art. 396-A do CPP pela Lei nº
11.719/08 deve ser oferecida após o recebimento da peça acusatória,
imediatamente depois da citação do acusado.
• Finalidade principal: absolvição sumária, nas hipóteses de atipicidade,
excludentes da ilicitude ou da culpabilidade, salvo inimputabilidade,
ou causa extintiva da punibilidade (CPP, art. 397).
• Na eventualidade: arguir preliminares, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas, e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
• As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a
112 do CPP.
Resposta à Acusação
• As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts.
95 a 112 do CPP.
• Incompetência, Ilegitimidade de parte, Litispendência, Coisa
Julgada ou Suspeição.
• Art. 111 do CPP - a oposição deve ocorrer em separado, em
petição avulsa.
• A resposta à acusação não pode ser apresentada pelo próprio
acusado, a não ser que este seja advogado.
• Prazo – 10 dias.
Resposta à Acusação
• Obrigatória - Art. 396-A, § 2º, do CPP: “não apresentada a
resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe
vista dos autos por 10 (dez) dias.”
• Hipótese de nulidade absoluta, por força do art. 564, III, “e”, do
CPP.
•
Revelia
• Se o acusado tiver sido citado pessoalmente e deixar de 
apresentar resposta à acusação, o processo correrá a sua revelia, 
o que também irá ocorrer caso mude de endereço sem comunicar 
ao juízo seu novo endereço - Art. 367 do CPP.
• Com a introdução da citação por hora certa no processo penal
pela Lei nº 11.719/08, a revelia do acusado também será
decretada caso não seja apresentada a resposta à acusação -
parágrafo único do art. 362 do CPP.
• A única consequência da revelia no processo penal é a
desnecessidade de intimação do acusado para a prática dos
demais atos processuais, exceção feita à intimação da sentença,
que deve ser realizada sob quaisquer circunstâncias (CPP, art.
392).
Réplica
• É possível a aplicação subsidiária do quanto previsto no art. 409
do CPP, inserido na 1ª fase do procedimento do júri:
“Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o
querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias”.
• Aplicação subsidiária do art. 350 do novo CPC, se o réu alegar
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este
deve ser ouvido, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
Julgamento de Mérito (antecipado)
• Art. 397, CPP;
• Art. 516, CPP: “O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em
despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado
ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência
da ação” (Crimes Funcionais);
• Art. 61, CPP: “Em qualquer fase do processo, o juiz, se
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.”
• Nos casos de ação penal exclusivamente privada ou
personalíssima, também é possível o encerramento antecipado do
processo em virtude de manifestação, isolada ou conjunta, do
poder de disponibilidade das partes.
Absolvição Sumária
• Art. 397, CPP: “Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e
parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o
acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa
excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de
causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não
constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.”
• A absolvição sumária pode ser aplicada a quaisquer processos
penais, sejam comuns, eleitorais ou militares, tendo em vista a
forma categórica e abrangente com que o art. 394, § 4º, do CPP,
afirmou sua aplicabilidade a todos os procedimentos penais de
primeiro grau, ainda que não regulados no CPP.
Absolvição Sumária
• “I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do
fato”: o crime foi praticado sob o amparo de causa excludente da
ilicitude, ouseja, em estado de necessidade, legítima defesa,
estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de
direito.
• Também é possível a absolvição sumária com fundamento nas
causas excludentes da ilicitude (justificantes) previstas na Parte
Especial do Código Penal e em leis especiais (CP, arts. 128, I e II,
142, I, II e III, 146, § 3º,150, § 3º, I e II, etc.), assim como nas
causas supralegais de exclusão da ilicitude, como, por exemplo, o
consentimento do ofendido.
Absolvição Sumária
• II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade
do agente, salvo inimputabilidade: a coação moral irresistível,
obediência hierárquica ou a inexigibilidade de conduta diversa,
que funciona como causa supralegal de exclusão da
culpabilidade.
• III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime:
reconhecida a atipicidade formal ou material da conduta
delituosa.
• IV – extinta a punibilidade do agente: Não se trata de Sentença 
Absolutória, mas declaratória de extinção da punibilidade.
Absolvição Sumária
• Há necessidade, portanto, de um juízo de certeza. Vigora, então, no
momento da absolvição sumária, o principio do in dubio pro societate,
ou seja, havendo dúvida acerca da presença de uma das hipóteses do
art. 397 do CPP, incumbe ao juiz rejeitar o pedido de absolvição
sumária.
• Diferença para a Absolvição Sumária do Art. 415, CPP: “Art. 415. O
juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I –
provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou
partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV –
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.”
• Possível a absolvição sumária do inimputável na 1ª fase do
procedimento do júri, desde que a inimputabilidade seja a única tese
defensiva.
Absolvição Sumária
• A decisão de absolvição sumária do art. 397 do CPP faz coisa
julgada formal e material, porquanto o magistrado ingressa na
análise do mérito, para fins de reconhecer que o fato é atípico,
que não é ilícito, que não é culpável, ressalvada a
inimputabilidade, ou que não é punível.
• O recurso cabível contra a absolvição sumária é o de apelação.
Trata-se de sentença definitiva de absolvição proferida por juiz
singular (CPP, art. 593, inciso I).
• Se for pela Extinção da Punibilidade o recurso correto é o RESE,
com fundamento no art. 581, VIII, do CPP.
Absolvição Sumária
• A decisão de absolvição sumária do art. 397 do CPP faz coisa
julgada formal e material, porquanto o magistrado ingressa na
análise do mérito.
• Cabe Apelação. Trata-se de sentença definitiva de absolvição
proferida por juiz singular (CPP, art. 593, inciso I).
• Se for pela Extinção da Punibilidade o recurso correto é o RESE,
com fundamento no art. 581, VIII, do CPP.
• Caso o magistrado refute os argumentos expendidos pela defesa
na resposta à acusação e não absolva sumariamente o acusado -
habeas corpus, quando houver risco à liberdade de locomoção,
seja por meio de mandado de segurança, nas demais hipóteses.
Absolvição Sumária
• Suspensão Condicional do Processo. A oportunidade processual
correta para o oferecimento da proposta de suspensão
condicional do processo é imediatamente antes da designação da
audiência una de instrução e julgamento, caso afastada a
possibilidade de absolvição sumária do acusado.
• A audiência una de instrução e julgamento do art. 400, caput, do
CPP, só deve ser designada na hipótese de o acusado rejeitar a
proposta de suspensão em audiência anteriormente realizada
para fins específicos de aceitação do benefício.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Art. 399, CPP: “Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará
dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado,
de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do
querelante e do assistente.”
• Será necessária a notificação do ofendido, ainda que este não
ocupe a posição de querelante ou de assistente do Ministério
Público, e mesmo que não tenha sido requerido seu depoimento
por qualquer das partes. (Art. 201, § 2º, do CPP)
• Intimação para AIJ com prazo razoável de antecedência.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Art. 400. “Na audiência de instrução e julgamento, a ser
realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à
tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o
disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos
dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.”
• Início do prazo: da intimação para AIJ.
• Prazo – réu preso ou solto.
• No âmbito do procedimento comum sumário, a audiência deve
ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias (CPP, art. 531).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm#art222
Audiência de Instrução e Julgamento
• Audiência UNA.
• Princípio da Oralidade
• Incumbe ao juiz indeferir fundamentadamente a produção de
provas que julgar impertinentes, irrelevantes ou protelatórias.
• Requerimento de Diligências – Art. 402, CPP: “Produzidas as
provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e
o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências
cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados
na instrução.”
Audiência de Instrução e Julgamento
• Art. 404, CPP: “Ordenado diligência considerada imprescindível, 
de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída 
sem as alegações finais” 
• Não há previsão legal de recurso contra a decisão que defere ou
indefere o requerimento de diligências. Correição Parcial.
Apelação, arguindo-se, como preliminar, nulidade processual por
cerceamento de acusação ou de defesa.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Mutatio libelli - Art. 384, CPP:
• Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica
do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou
circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude
desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-
se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
• § 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o
art. 28 deste Código. § 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco)
dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes,
designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de
testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e
julgamento. § 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput
deste artigo. § 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três)
testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito
aos termos do aditamento. §5º Não recebido o aditamento, o processo
prosseguirá.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Alegações Finais (Orais) - Art. 403 do CPP: Não havendo requerimento
de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais
orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela
defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir,
sentença.
• § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de 
cada um será individual. 
• § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, 
serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o 
tempo de manifestação da defesa.
• § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de 
acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente 
para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) 
dias para proferir a sentença.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Em se tratando de nulidade relativa ocorrida durante o curso da
instrução probatória, além da comprovação do prejuízo, a defesa
deve suscitá-la em alegações orais (ou memoriais),sob pena de
preclusão (CPP, art. 571, II).
• Ordem de Apresentação das Alegações Finais - Primeiro fala a
acusação (Ministério Público ou querelante), no prazo de 20
(vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez).
• Caso haja assistente da acusação, seu advogado deverá se
manifestar após o Ministério Público, sendo-lhe concedido, para
tanto, 10 (dez) minutos, prorrogando-se por 10 (dez) minutos o
tempo de manifestação da defesa.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Memoriais das Alegações Finais.
• Ausência de Alegações Finais – consequências.
• Sentença
• Registro da Audiência
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