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PROCESSO PENAL 3 – Procedimento Ordinário e Sumário - 2ª Aula (22/03/2021) PROF. RODRIGO GUERRA Procedimento Comum Ordinário Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade • Petição Inicial • Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. • Antes de proceder ao juízo de admissibilidade da peça acusatória, incumbe ao magistrado pronunciar-se de ofício acerca de eventual causa de suspeição (impedimento ou incompatibilidade), sem prejuízo da verificação de sua competência. • É plenamente possível o reconhecimento ex officio tanto da incompetência absoluta quanto da relativa . Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade • Duas são as opções dadas ao magistrado: pode ele rejeitar a peça acusatória, caso presente uma das hipóteses do art. 395 do CPP, ou determinar o recebimento da peça acusatória, com a subsequente citação do acusado, nos termos do art. 396 do CPP. • Não cabe ao magistrado determinar de ofício diligências durante a fase investigatória - Correição Parcial - contra a decisão judicial que determinar a realização de novas diligências entre o oferecimento e o recebimento da peça acusatória. • O momento processual correto para o recebimento da peça acusatória é o do art. 396 do CPP: “Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.” Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • Rejeição da Petição Inicial – Art. 41, CPP: “A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.” • Ausente a qualificação do acusado, ou se a peça acusatória não descrever o fato delituoso, deve o magistrado rejeitar a peça acusatória. • Inépcia da Petição Inicial: formal ou material. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • Inépcia formal ocorre quando a peça acusatória não preenche os requisitos obrigatórios do art. 41 do CPP, dando ensejo à rejeição com base no art. 395, I, do CPP: “Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta [...]”; • Inépcia material se dá quando não há justa causa para a ação penal, hipótese em que a rejeição da peça acusatória terá como fundamento o inciso III do art. 395: “Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...] III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. [...]” • De acordo com os Tribunais Superiores, eventuais vícios da denúncia ou queixa só podem ser reconhecidos até o momento da sentença. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • A rejeição da peça acusatória com fundamento no art. 395, inciso I, do CPP, só faz coisa julgada formal. Cabe Recurso em Sentido Estrito (CPP, art. 581, I) ou o oferecimento de nova peça acusatória. • Ausência de Pressuposto Processual - Art. 395, inciso II, 1ª parte, do CPP: “A denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...] II - faltar pressuposto processual [...]”; • Pressupostos de Existência e de Validade Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • São três os pressupostos de existência: • a) demanda veiculada pela peça acusatória, onde se exteriorize uma pretensão punitiva: a falta de denúncia ou queixa causa a inexistência do processo. • b) órgão investido de jurisdição; • c) presença de partes que possam estar em juízo: Capacidade de Ser Parte (Personalidade). Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • Os pressupostos processuais de validade dizem respeito, sobretudo, à inexistência de vício ou defeito de atos processuais e à questão da originalidade da demanda. • Exemplos: perempção; litispendência; coisa julgada; juiz competente e imparcial; legitimidade ad processum; capacidade postulatória; citação válida; requisitos da denúncia ou queixa (CPP, art. 41); dentre outros. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • Falta de Condições para o exercício da Ação Penal – Art. 395: ”A denúncia ou queixa será rejeitada quando: [...] II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; [...] • Falta de justa causa (suporte probatório mínimo) para o exercício da ação penal: prova da materialidade e indícios de autoria. • A Justa Causa funciona como condição de garantia contra o uso abusivo do direito de acusar. Em regra, esse lastro probatório é conferido pelo inquérito policial, o qual, no entanto, não é o único instrumento investigatório. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • Rejeição Parcial da Inicial Acusatória. • Se acaso novos elementos probatórios quanto à imputação que foi objeto de rejeição venham à tona no curso da instrução processual, nada impede o aditamento da peça acusatória ou o oferecimento de nova denúncia ou queixa. Caberá recurso em sentido estrito contra a rejeição parcial da peça acusatória (CPP, art. 581, I). Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Negativo • O art. 581, inciso I, do CPP, prevê que caberá recurso no sentido estrito da decisão que não receber a denúncia ou a queixa. • Prevalece o entendimento de que “não recebimento” e “rejeição” da peça acusatória são expressões sinônimas. • Súmula nº 707 do STF: “Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo”. • A Lei nº 9.099/95 prevê que caberá apelação contra a decisão de rejeição da denúncia ou queixa (art. 82, caput), a qual deve ser interposta no prazo de 10 (dez) dias. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • A depender do motivo da rejeição da peça acusatória, é possível que ao invés de interpor recurso em sentido estrito, delibere por sanar o vício que deu ensejo à rejeição da inicial. • O Código de Processo Penal não diz, expressamente, em quais hipóteses deve o magistrado receber a peça acusatória. Porém, explicita os motivos de rejeição da denúncia ou queixa no art. 395. • De acordo com a jurisprudência, recebida a peça acusatória, não pode o juiz rejeitá-la depois, porquanto teria ocorrido preclusão pro judicato. Caso pudesse fazê-lo, o juiz estaria concedendo habeas corpus de ofício contra si mesmo, o que não é possível. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • Em recente julgado, a 6ª Turma do STJ concluiu que o fato de a denúncia já ter sido recebida não impede o juízo de primeiro grau de, logo após o oferecimento da resposta à acusação, reconsiderar a anterior decisão e rejeitar a peça acusatória, ao constatar a presença de uma das hipóteses elencadas nos incisos do art. 395 do CPP, suscitada pela defesa, sem que se possa objetar eventual preclusão pro judicato. Afinal, as matérias numeradas no art. 395 do Código de Processo Penal dizem respeito a condições da ação e pressupostos processuais, cuja aferição não está sujeita à preclusão (art. 267, § 3º, do CPC, c/c o art. 3º do CPP). Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • Sob outro aspecto, se é admitido o afastamento das questões preliminares suscitadas na Resposta à Acusação, no momento processual definido no art. 397 do CPP, também deve ser considerado admissível o seu acolhimento, com a extinção do processo sem julgamento do mérito por aplicação analógica do CPC. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • (Des) necessidade de fundamentação do recebimento da peça acusatória. • Na dicção do Supremo, o ato judicial que formaliza o recebimento da denúncia pelo Ministério Público não se qualifica, nem se equipara, para os fins a que se refere o inciso IX do art. 93 da ConstituiçãoFederal, a ato de caráter decisório, daí por que não se exige que seja fundamentado. • Aliás, há precedentes admitindo inclusive a possibilidade de recebimento tácito da inicial acusatória, quando o juiz, sem se referir expressamente ao recebimento, determina de imediato a citação do acusado Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • Ressalva importante deve ser feita quanto aos procedimentos que preveem defesa preliminar (peça da defesa apresentada entre o oferecimento e o recebimento da peça acusatória). Nesses casos, os próprios Tribunais impõem a necessidade de motivação do ato de recebimento da exordial acusatória. • Além de ser possível causa de fixação da competência por prevenção (CPP, art. 83), o curso da prescrição é interrompido pelo recebimento da denúncia ou da queixa (CP, art. 117, I). • O recebimento da denúncia por órgão judiciário incompetente não interrompe a prescrição penal. Como já se pronunciou o Supremo Tribunal Federal. Fase Postulatória e Juízo de Admissibilidade Positivo • Prevalece o entendimento de que não é a propositura da peça acusatória que instaura a ação penal, mas sim o seu recebimento pelo juiz. • Não há recurso contra a decisão de recebimento da peça acusatória. A jurisprudência tem admitido a impetração de habeas corpus objetivando o trancamento do processo penal. Esse trancamento do processo é tido como uma medida de natureza excepcional, que só pode ser admitido quando evidente o constrangimento ilegal sofrido pelo investigado, nas seguintes hipóteses: a) manifesta atipicidade formal ou material da conduta delituosa; b) presença de causa extintiva da punibilidade; c) ausência de pressupostos processuais ou de condições da ação penal; d) ausência de justa causa para o exercício da ação penal Citação do Acusado • Recebida a peça acusatória, deve o juiz determinar a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. • Se o acusado não for encontrado, deve ser citado por edital. • Art. 366 do CPP: “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.” Citação do Acusado • Por outro lado, verificando-se que o acusado se oculta para não ser citado, sua citação deve ser feita por hora certa, nos termos do art. 362 do CPP, hipótese em que, após a nomeação de defensor dativo, o processo retomará seu curso normal. Resposta à Acusação • Não se confunde com a extinta defesa prévia (antiga redação do art. 395), nem tampouco com a chamada defesa preliminar. • Defesa Prévia – antigo art. 395, CPP. • Defesa Preliminar: a) Lei de drogas; b) Procedimento originário dos Tribunais; c) Juizados Especiais Criminais; d) Decreto-Lei nº 201/67; e) Lei de improbidade administrativa; e f) Crimes funcionais afiançáveis. Resposta à Acusação • Superior Tribunal de Justiça - súmula nº 330: “É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”. • Na visão do Supremo Tribunal Federal é indispensável a observância do procedimento previsto no art. 514, mesmo quando a denúncia estiver lastreada em inquérito policial. • A inobservância do procedimento que prevê defesa preliminar deve configurar tão somente nulidade relativa (STF e STJ). Resposta à Acusação • A despeito do teor do art. 394, § 4º, do CPP, quando o procedimento especial contar com previsão legal expressa de defesa preliminar, não há necessidade de ulterior apresentação da resposta à acusação. • 1º Princípio da Especialidade; • 2º Art. 394, § 5º, do CPP: “[...] § 5º Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.” Resposta à Acusação • A resposta à acusação introduzida no art. 396-A do CPP pela Lei nº 11.719/08 deve ser oferecida após o recebimento da peça acusatória, imediatamente depois da citação do acusado. • Finalidade principal: absolvição sumária, nas hipóteses de atipicidade, excludentes da ilicitude ou da culpabilidade, salvo inimputabilidade, ou causa extintiva da punibilidade (CPP, art. 397). • Na eventualidade: arguir preliminares, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas, e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. • As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 do CPP. Resposta à Acusação • As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 do CPP. • Incompetência, Ilegitimidade de parte, Litispendência, Coisa Julgada ou Suspeição. • Art. 111 do CPP - a oposição deve ocorrer em separado, em petição avulsa. • A resposta à acusação não pode ser apresentada pelo próprio acusado, a não ser que este seja advogado. • Prazo – 10 dias. Resposta à Acusação • Obrigatória - Art. 396-A, § 2º, do CPP: “não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.” • Hipótese de nulidade absoluta, por força do art. 564, III, “e”, do CPP. • Revelia • Se o acusado tiver sido citado pessoalmente e deixar de apresentar resposta à acusação, o processo correrá a sua revelia, o que também irá ocorrer caso mude de endereço sem comunicar ao juízo seu novo endereço - Art. 367 do CPP. • Com a introdução da citação por hora certa no processo penal pela Lei nº 11.719/08, a revelia do acusado também será decretada caso não seja apresentada a resposta à acusação - parágrafo único do art. 362 do CPP. • A única consequência da revelia no processo penal é a desnecessidade de intimação do acusado para a prática dos demais atos processuais, exceção feita à intimação da sentença, que deve ser realizada sob quaisquer circunstâncias (CPP, art. 392). Réplica • É possível a aplicação subsidiária do quanto previsto no art. 409 do CPP, inserido na 1ª fase do procedimento do júri: “Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias”. • Aplicação subsidiária do art. 350 do novo CPC, se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este deve ser ouvido, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. Julgamento de Mérito (antecipado) • Art. 397, CPP; • Art. 516, CPP: “O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação” (Crimes Funcionais); • Art. 61, CPP: “Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.” • Nos casos de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima, também é possível o encerramento antecipado do processo em virtude de manifestação, isolada ou conjunta, do poder de disponibilidade das partes. Absolvição Sumária • Art. 397, CPP: “Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.” • A absolvição sumária pode ser aplicada a quaisquer processos penais, sejam comuns, eleitorais ou militares, tendo em vista a forma categórica e abrangente com que o art. 394, § 4º, do CPP, afirmou sua aplicabilidade a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados no CPP. Absolvição Sumária • “I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato”: o crime foi praticado sob o amparo de causa excludente da ilicitude, ouseja, em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito. • Também é possível a absolvição sumária com fundamento nas causas excludentes da ilicitude (justificantes) previstas na Parte Especial do Código Penal e em leis especiais (CP, arts. 128, I e II, 142, I, II e III, 146, § 3º,150, § 3º, I e II, etc.), assim como nas causas supralegais de exclusão da ilicitude, como, por exemplo, o consentimento do ofendido. Absolvição Sumária • II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade: a coação moral irresistível, obediência hierárquica ou a inexigibilidade de conduta diversa, que funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade. • III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime: reconhecida a atipicidade formal ou material da conduta delituosa. • IV – extinta a punibilidade do agente: Não se trata de Sentença Absolutória, mas declaratória de extinção da punibilidade. Absolvição Sumária • Há necessidade, portanto, de um juízo de certeza. Vigora, então, no momento da absolvição sumária, o principio do in dubio pro societate, ou seja, havendo dúvida acerca da presença de uma das hipóteses do art. 397 do CPP, incumbe ao juiz rejeitar o pedido de absolvição sumária. • Diferença para a Absolvição Sumária do Art. 415, CPP: “Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.” • Possível a absolvição sumária do inimputável na 1ª fase do procedimento do júri, desde que a inimputabilidade seja a única tese defensiva. Absolvição Sumária • A decisão de absolvição sumária do art. 397 do CPP faz coisa julgada formal e material, porquanto o magistrado ingressa na análise do mérito, para fins de reconhecer que o fato é atípico, que não é ilícito, que não é culpável, ressalvada a inimputabilidade, ou que não é punível. • O recurso cabível contra a absolvição sumária é o de apelação. Trata-se de sentença definitiva de absolvição proferida por juiz singular (CPP, art. 593, inciso I). • Se for pela Extinção da Punibilidade o recurso correto é o RESE, com fundamento no art. 581, VIII, do CPP. Absolvição Sumária • A decisão de absolvição sumária do art. 397 do CPP faz coisa julgada formal e material, porquanto o magistrado ingressa na análise do mérito. • Cabe Apelação. Trata-se de sentença definitiva de absolvição proferida por juiz singular (CPP, art. 593, inciso I). • Se for pela Extinção da Punibilidade o recurso correto é o RESE, com fundamento no art. 581, VIII, do CPP. • Caso o magistrado refute os argumentos expendidos pela defesa na resposta à acusação e não absolva sumariamente o acusado - habeas corpus, quando houver risco à liberdade de locomoção, seja por meio de mandado de segurança, nas demais hipóteses. Absolvição Sumária • Suspensão Condicional do Processo. A oportunidade processual correta para o oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo é imediatamente antes da designação da audiência una de instrução e julgamento, caso afastada a possibilidade de absolvição sumária do acusado. • A audiência una de instrução e julgamento do art. 400, caput, do CPP, só deve ser designada na hipótese de o acusado rejeitar a proposta de suspensão em audiência anteriormente realizada para fins específicos de aceitação do benefício. Audiência de Instrução e Julgamento • Art. 399, CPP: “Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.” • Será necessária a notificação do ofendido, ainda que este não ocupe a posição de querelante ou de assistente do Ministério Público, e mesmo que não tenha sido requerido seu depoimento por qualquer das partes. (Art. 201, § 2º, do CPP) • Intimação para AIJ com prazo razoável de antecedência. Audiência de Instrução e Julgamento • Art. 400. “Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.” • Início do prazo: da intimação para AIJ. • Prazo – réu preso ou solto. • No âmbito do procedimento comum sumário, a audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias (CPP, art. 531). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm#art222 Audiência de Instrução e Julgamento • Audiência UNA. • Princípio da Oralidade • Incumbe ao juiz indeferir fundamentadamente a produção de provas que julgar impertinentes, irrelevantes ou protelatórias. • Requerimento de Diligências – Art. 402, CPP: “Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.” Audiência de Instrução e Julgamento • Art. 404, CPP: “Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais” • Não há previsão legal de recurso contra a decisão que defere ou indefere o requerimento de diligências. Correição Parcial. Apelação, arguindo-se, como preliminar, nulidade processual por cerceamento de acusação ou de defesa. Audiência de Instrução e Julgamento • Mutatio libelli - Art. 384, CPP: • Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo- se a termo o aditamento, quando feito oralmente. • § 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. § 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. § 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. § 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. §5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. Audiência de Instrução e Julgamento • Alegações Finais (Orais) - Art. 403 do CPP: Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. • § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. • § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. • § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. Audiência de Instrução e Julgamento • Em se tratando de nulidade relativa ocorrida durante o curso da instrução probatória, além da comprovação do prejuízo, a defesa deve suscitá-la em alegações orais (ou memoriais),sob pena de preclusão (CPP, art. 571, II). • Ordem de Apresentação das Alegações Finais - Primeiro fala a acusação (Ministério Público ou querelante), no prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). • Caso haja assistente da acusação, seu advogado deverá se manifestar após o Ministério Público, sendo-lhe concedido, para tanto, 10 (dez) minutos, prorrogando-se por 10 (dez) minutos o tempo de manifestação da defesa. Audiência de Instrução e Julgamento • Memoriais das Alegações Finais. • Ausência de Alegações Finais – consequências. • Sentença • Registro da Audiência • PROCEDIMENTO SUMÁRIO - Diferenças
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