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O Papel do Supervisor Escolar

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GESTÃO ESCOLAR INTEGRADA COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO, COORDENAÇÃO, INSPEÇÃO, SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Fabiano Moura Rúbio
O Papel do Supervisor Escolar
Em Português, a palavra "visão" refere-se ao ato de ver. O prefixo "super", em latim, indica uma posição superior, e a palavra "supervisor" significa "ver melhor". De acordo com o dicionário, supervisão significa dirigir, guiar, verificar. Segundo a etimologia da palavra, supervisor refere-se a revisar, visualizar, atividades que se combinam com o surgimento da indústria e a necessidade de verificar a qualidade da produção e otimizar o tempo.
Para repensar o papel da supervisão nas instituições escolares, é necessário fazer uma breve análise e estudar com atenção os fatos e conceitos da história da supervisão educacional, afim de compreender sua origem e processo de desenvolvimento. 
No Brasil, a supervisão é uma profissão relativamente nova. Antes de ser incluída no campo da educação, a supervisão era usada na indústria afim de melhorar a qualidade e a quantidade. Pode-se dizer que, desde 1900, a supervisão passou a fazer parte da educação, e sua finalidade era melhorar o desempenho escolar por meio de ações educativas, buscando atender às necessidades dos alunos. 
Assim, a supervisão escolar teve início no Brasil, por meio de cursos promovidos pelo Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE), o qual foi o primeiro a formar supervisores escolares para atuarem no ensino elementar (primário) brasileiro. A finalidade era modernizar e melhorar a qualidade do ensino e a formação dos professores (CARLOS e LODI, 2012).
Saviani (2006) acredita que, assim como outras habilitações educacionais criadas e formalmente institucionalizadas na educação brasileira, nos termos da Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências (BRASIL, 1968), a supervisão escolar começa a ser formada no currículo de graduação e se processa a partir da linha em que se davam os cursos promovidos pelo PABAEE (LIMA, 2008).
Lima (2001) acredita que com a implantação dos parâmetros curriculares nacionais (MEC, 1997), a supervisão educacional passa a ser considerada uma importante aliada na implantação dos professores, juntamente com uma avaliação rigorosa desses parâmetros. No entanto, para atingir este objetivo, é necessária uma supervisão nas perspectivas de participação, cooperação, integração e flexibilidade. 
Hoje em dia, o supervisor não é mais um mero inspetor ou agente de produção. Seu foco passa a ser na quantidade, na produtividade, na fiscalização, na verificação da eficácia e no controle, passando a fazer parte da equipe de gestão escolar, que vai acompanhar, orientar, auxiliar e gerenciar a equipe docente. Como mostram Rangel et al. (2001):
A supervisão passa de escolar, como é frequentemente designada, a pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem. A sua função continua a ser política, mas é uma função sociopolítica crítica (...).
O supervisor não pode modificar a rotina da sala de aula do professor, mas ele pode, e deve, sugerir mudanças no planejamento e na forma de administrar o conteúdo, sempre visando facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o supervisor trabalha junto com o professor, proporcionando sempre um diálogo que possa favorecer o crescimento de toda a equipe.
Sperb (1976) destaca que a supervisão é sempre uma forma de verificação e avaliação, mas verificação e avaliação utilizadas com o propósito de prestar assistência e cooperação. Para Medina (2002), é importante que ambas as partes atuem em conjunto, pois o trabalho do supervisor depende das exigências do trabalho do professor em sala de aula.
É impossível lidar com a questão da supervisão sem uma descrição clara do contexto em que ela atua, porque temos que reconsiderar seu papel político e social a partir daí. Reiteramos que a construção de uma nova realidade deve envolver a construção de um novo paradigma. A supervisão deve adotar esse paradigma no processo de argumentação baseado em atos de fala, em que sejam questionadas as reivindicações de validade legitimadas pela força do argumento, aceitável ou inaceitável.
Conclui-se assim, que a supervisão educacional tem desempenhado um papel importante, buscando respeitar o currículo, fiscalizar a prática e instruir os professores individualmente. Concentrando-se na tecnologia, burocracia e controle, e buscando promover e agilizar o currículo por meio da interação em grupo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1968.
BRASIL, Ministério da Educação, (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF.
CARLOS, J. A.; LODI, I. G. A prática pedagógica em supervisão escolar: a importância da inter-relação entre o supervisor pedagógico e o corpo docente. Araxá: Evidência, v. 8, n. 8, 2012.
LIMA, E. C. Um olhar histórico sobre a supervisão. In: RANGEL, M. (org.). Supervisão pedagógica: princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2001.
MEDINA, A. S. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre: Age, 163 p., 2002.
RANGEL, M. et al. Supervisão pedagógica. Campinas - SP: Papirus, 2001.
SAVIANI, D. A Supervisão Educacional em Perspectiva Histórica: da função a profissão pela mediação da ideia. In FERREIRA, N. S. C. (org). Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 5ª Ed São Paulo: Cortez, 2006.
SPERB, D. C. Administração e Supervisão Escolar. Porto Alegre: Globo, 1976.

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