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FARMACODINAMICA

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1 CAROLINA BORGES B. VIDAL 5ºA 2020.2 
AULA 02 – PROF SARA 
Farmacodinâmica – 
interação fármaco – receptor 
FARMACODINÂMICA 
Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos 
fármacos e seus mecanismos de ação. Descreve as 
ações dos fármacos no organismo e as influências das 
suas concentrações na magnitude das respostas. 
O completo fármaco-receptor (FR) inicia alterações na 
atividade bioquímica e/ou molecular celular por meio 
de um processo > transdução de sinal. 
TRANSDUÇÃO DE SINAL 
Fármacos > sinais 
Receptores > detectores de sinais; 
Moléculas “segundas mensageiras” (moléculas 
efetoras) são parte da cascata de eventos que traduz a 
ligação da substância em uma resposta celular. 
O COMPLEXO FÁRMACO-RECEPTOR 
A intensidade da resposta é proporcional ao número de 
complexos FR: 
 
ESTADOS RECEPTORES 
Receptores existem em 2 estados: inativo (R) e ativo 
(R*) que estão em equilíbrio reversível entre si. 
Receptores se localizam na superfície da membrana 
ou em compartimentos internos (citosol, núcleo), pode 
ser: 
» Receptores 
» Enzimas 
» Canais iônicos 
» Outros fármacos 
TIPOS DE RECEPTORES 
Receptores farmacológicos: enzimas, ácidos nucleicos 
e proteínas estruturais. 
1. CANAIS IONICOS TRANSMEMBRANA 
DISPARADOS POR LIGANTES 
São responsáveis pela regulação do fluxo de íons 
através das membranas celulares. 
Duram pouco milissegundos. 
Exemplo: receptor nicotínico pela acetilcolina resulta 
em um influxo de sódio, gerando um potencial de ação 
e contrai o músculo esquelético. 
2. RECEPTORES TRANSMEMBRANA ACOPLADOS 
À PROTEÍNA G 
São constituídos de um peptídeo α-helicoidal que tem 
7 regiões que se estendem através da membrana. 
Duram de segundos até minutos. 
No domínio extracelular: área de fixação do ligante. 
Domínio intracelular: estão ligados à proteína G (Gs, 
Gi...), que tem 3 subunidades: 
» α que liga ATP 
» β 
» γ 
Ligante fixado > ativa proteína G > ganha + 1 fosfato 
> GDP → GTP > alfa dissocia-se da proteína G > 
alfa-GTP ativa a molécula efetora. 
Efetores: 
• ativam os segundos mensageiros, que são 
responsáveis por ações adicionais no interior 
da célula. 
• ADENILILCICLASE: produz 2º mensageiro 
AMPc 
• FOSFOLIPASE C: gera IP3 e DAG 
SEGUNDOS MENSAGEIROS 
São essenciais na condução e ampliação dos sinais 
oriundos de receptores acoplados à proteína G. 
AMPc: regula fosforilação de proteínas. 
IP3: regulação das concentrações de cálcio 
intracelular livre. 
DAG: ativa várias enzimas, como a proteína quinase 
PKC. 
Fármaco + receptor ↔ complexo fármaco – 
receptor → efeito biológico 
 
ACEPTORES: componentes que não causam 
diretamente qualquer alteração na resposta 
bioquímica ou fisiológica (albumina) 
 
 
2 CAROLINA BORGES B. VIDAL 5ºA 2020.2 
3. RECEPTORES LIGADOS A ENZIMAS 
Aumenta a atividade enzimática; 
Ligante ativa ou inibe a atividade dessa enzima 
citosólica. 
Dura minutos a horas. 
Funções biológicas controlas: metabolismo, 
crescimento e diferenciação. 
Receptores ligados a enzimas mais comuns: fator de 
crescimento epidermal, fator de crescimento derivado 
de plaquetas, peptídeo natriurético atrial, insulina > são 
os que tem atividade tirosina quinase como parte da 
estrutura. 
Ligante ativa > receptor sofre alteração 
conformacional > forma quinase inativa → ativa > 
autofosforila e fosforila os resíduos de tirosina em 
proteínas específicas > receptor fosforilado > 
fosforila moléculas – alvo > cascata de ativação > 
multiplicação do sinal inicial. 
4. RECEPTORES INTRACELULARES 
Duram de minutos (início da resposta) a dias (duração 
da resposta). 
Ligante precisa difundir-se para o interior da célula 
para interagir com ele, sendo assim, precisa ser 
lipossolúvel suficiente para mover-se através da 
membrana celular. 
Estes ligantes são transportados pelo organismo em 
proteínas plasmáticas (ex: albumina). 
Alvos primários: fatores de transcrição; 
Ativação ou inativação destes fatores (liga-se a 
cromatina), causa a transcrição do DNA em RNA e a 
translação do RNA. 
O complexo ligante-receptor ativado migra ao núcleo > 
se une a sequencias especificas do DNA > regulação da 
expressão gênica. 
POTÊNCIA VS EFICÁCIA 
Potência: é a quantidade de fármaco necessária para 
produzir um efeito de uma dada intensidade. 
Menor quantidade de fármaco necessário para obter 
50% do efeito. 
Eficácia: habilidade do fármaco de provocar a resposta 
farmacológica quando interage com um receptor. 
Depende do número de complexos fármaco-receptor 
formados e da eficiência do acoplamento desde a 
ativação do receptor até a resposta celular. 
Eficácia máxima todos os receptores estão ocupados 
pelo fármaco. 
AGONISTA 
Se liga ao receptor e produz uma resposta biológica. 
AGONISTAS TOTAIS 
Fármaco se liga a um receptor e produz a resposta 
biológica máxima que mimetiza a resposta do ligante 
endógeno. 
Um fármaco que se liga ao receptor estabilizando-o no 
seu estado conformacional ativo. 
AGONISTAS PARCIAIS 
Tem eficácia (atividade intrínseca) maior do que zero, 
mas menor que agonista total. 
Por mais que tenha todos os receptores ocupados, não 
consegue produzir uma máxima da mesma amplitude 
de um agonista total. 
Pode ter afinidade maior, menor ou igual à do agonista 
total. 
 
AGONISTAS INVERSOS 
Receptores que revelam uma conversão espontânea 
de R para R* na ausência de agonistas (ou seja, podem 
ser ativados sem a presença de um agonista). Mostram 
uma atividade constitutiva que é parte da resposta 
basal mensurada na ausência do fármaco. 
Estabilizam a forma R inativa. 
Receptores constitutivamente ativos são forçados ao 
estado inativo pelo agonista inverso, isso diminui o 
número de receptores ativados para menos do que 
observado na ausência de fármaco. 
ANTAGONISTAS 
Diminuem ou se opõem à ação de outro fármaco ou 
ligante endógeno. Não tem efeito na ausência de um 
agonista. 
Não tem atividade intrínseca: não provocam efeitos por 
si próprios: mas são capazes de se fixar avidamente 
aos receptores-alvos. 
ANTAGONISTAS COMPETITIVOS 
Antagonista e agonista se ligam ao mesmo local 
receptor, o antagonista competitivo impede que 
agonista se ligue ao seu receptor e mantém este 
receptor no estado inativo. 
Pode ser superado com adição de mais agonistas para 
alcançar o efeito máximo. 
O agonista parcial pode atuar como um antagonista de um 
agonista total 
 
 
3 CAROLINA BORGES B. VIDAL 5ºA 2020.2 
Aumentam a DE50 (dose do fármaco que produz uma 
resposta terapêutica ou desejada) 
ANTAGONISTAS IRREVERSÍVEIS 
Causa uma redução do efeito máximo. Não podem ser 
superados com adição de agonistas. 
ANTAGONISTA NÃO COMPETITIVO 
Pode ligar-se covalentemente ou com afinidade muito 
alta ao local ativo do receptor (antagonista 
irreversível), o que reduz o número de receptores 
disponíveis para o agonista. 
2º tipo: se fixa em um local diferente (alostérico) do que 
o local de ligação do agonista, impedindo o receptor de 
ser ativado mesmo quando o agonista está fixo no local 
ativo. 
 
ANTAGONISTA FUNCIONAL E QUÍMICO 
Ou fisiológico: atuar em um receptor completamente 
separado, iniciando eventos que são funcionalmente 
opostos aos do agonista. 
Antagonismo químico: evita as ações de um agonista, 
modificando-o ou sequestrando-o, sendo que fique 
incapaz de se ligar e ativar seu receptor. 
ÍNDICE TERAPÊUTICO 
É a relação da dose que produz toxicidade com a dose 
que produz o efeito eficaz ou clinicamente desejado. 
“Mensuração da segurança do fármaco”. 
» valor elevado indica uma grande margem entre 
as doses efetivas e tóxicas. 
» IT baixa: fácil toxicidade, porque a distância entre 
efetiva e tóxica são próximas (as vezes 
sobrepõem-se) 
Fármacos com IT PEQUENOS (dose é crucialmente 
importante): são aqueles cuja biodisponibilidade altera 
de modo crítico o efeito terapêutico. Ex: varfarina. 
Fármacos com IT AMPLOS: é seguro e comum 
administrar dosesem excesso, a biodisponibilidade 
não altera criticamente os efeitos terapêuticos ou 
clínicos. Ex: penicilina 
AMPLIFICAÇÃO DOS SINAIS 
Receptores com capacidade de amplificar a duração e 
a intensidade do sinal. 
2 fenômenos respondem pela amplificação: 
I. 1 complexo ligante-receptor pode interagir com 
várias proteínas G, multiplicando o sinal original 
várias vezes. 
II. Proteína G ativada persiste por mais tempo que 
o completo ligante-receptor original. 
É dito que os sistemas que exibem essa característica 
possuem receptores de reserva. Receptores de 
reserva são exibidos pelos receptores de insulina, 
onde se estima que 99% dos receptores são “reserva”; 
DESSENSIBILIZAÇÃO DOS RECEPTORES 
Administração repetida ou contínua de um 
agonista/antagonista. 
Taquifilaxia: administração repetida de um fármaco 
resulta em efeitos menores. 
Receptor se torna dessensibilizado à ação do fármaco 
> permanece presente na superfície celular > não 
responde ao ligante. 
Dessensibilização por estimulação contínua > receptor 
sofre endocitose (internalizados) > diminuindo o efeito. 
Podem ser reciclados para a superfície celular, 
durante a recuperação são “refratários” ou “não 
responsivos”; 
UPREGULATION: 
 + sensível à agonista 
 + resistente à antagonista 
 Gera sensibilização, aumenta número de receptores 
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Segundo o sentido da interação: 
INTERAÇÕES DE SINERGIA 
Incrementa o efeito do fármaco 
» Somação: fármacos tem o mesmo mecanismo 
de ação 
» Potenciação: fármacos produzem o mesmo 
efeito por mecanismos de ação diferentes. 
INTERAÇÕES DE ANTAGONISMO 
Diminuição do efeito do fármaco. 
» Ineficácia de 1 ou + fármacos implicados na 
interação 
INTERAÇÕES RELACIONADAS COM TTO 
→ Alta união a proteínas plasmáticas 
→ Fármacos inibidores ou indutores enzimáticos 
→ Fármacos que afetam a função renal 
→ Fármacos de estreita margem terapêutica 
Diferença entre antagonista competitivo e não competitivo: 
Competitivo: reduz a potência do agonista 
Não competitivo: reduz a eficácia do agonista. 
 
 
 
4 CAROLINA BORGES B. VIDAL 5ºA 2020.2 
→ Pauta de administração dose/intervalo. 
→ Polifarmacia: desencadeia outros tipos de 
interações farmacológicas;

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