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Rua Kioto, n.°321, Vila Nascente - Fone/Fax 67 3383-2907 - CEP: 79036340. Campo Grande - MS 
e-mail : advocacia@nogueiracosta.com.br 
www.nogueiracosta.com.br 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA -ª VARA DO 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL NA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS. 
 
 
 
Brasileiros, casados entre si, ele empresário, portador da cédula 
de identidade nº. 8678700 SSP/MG, inscrito no CPF nº. 030.891.596-86, ela 
delegada de polícia, portadora da cédula de identidade nº. 9164037 
PCMG/MG, inscrita no CPF nº. 061.891.766-74, ambos com endereço à 
Avenida Nelly Martins, nº. 1581, apartamento 201, bloco B, Carandá 
Bosque, Campo Grande – MS, CEP 79.032-295, vem, perante Vossa 
Excelência, por seu advogado in fine assinado (mandato incluso) propor 
a presente 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS 
MATERIAIS E MORAIS 
SSAAUULLOO VVIIEEIIRRAA VVIIAANNAA EE JJEENNNNIIFFEERR EESSTTEEVVAAMM DDEE
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Rua Kioto, n.°321, Vila Nascente - Fone/Fax 67 3383-2907 - CEP: 79036340. Campo Grande - MS 
e-mail : advocacia@nogueiracosta.com.br 
www.nogueiracosta.com.br 
 
Em face de 
Pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº. 
08.845.815/0001-83, estabelecida na Avenida das Nações Unidas, nº. 
14261, 14º e 15º andares, ala B, Bairro Vila Gertrudes, São Paulo – SP, CEP 
04.794-000, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
1. DOS FATOS 
Os requerentes adquiriram da requerida, através de 
compromisso de compra e venda firmado em 08/10/2014, o 
apartamento nº. 201 da torre B, do empreendimento denominado 
Green Life Residence, pelo valor de R$556.000,00, conforme se 
comprova com o contrato anexo. 
A previsão para a conclusão da obra e a entrega do imóvel era 
dezembro de 2015. Entretanto, somente em 01/08/2017 foi transferida a 
posse do imóvel aos requerentes, como se comprova com o “termo de 
recebimento das chaves” em anexo. 
Ocorre que mesmo antes de terem tomado posse do imóvel os 
requerentes foram obrigados a arcar com as taxas de condomínio 
referentes aos meses de junho e julho de 2017, no valor total de 
R$1.878,42, conforme se comprova com os documentos anexos. 
Além disso, ainda tiveram que pagar o valor de R$1.926,35 de 
IPTU, também vencidos antes da data de ingresso na posse do imóvel, 
conforme se comprova com os documentos anexos. 
Obviamente que estes débitos deveriam ser suportados pela 
requerida, já que os requerentes não haviam, ainda, tomado posse do 
bem. 
Mas os prejuízos não param aí. 
Quando do lançamento do empreendimento, a publicidade 
veiculada tinha como seu principal atrativo a existência de uma trilha 
ecológica particular em solo natural para caminhada, conforme se 
observa do portfólio (doc. anexo) amplamente divulgado (f. 20). No 
MMBB EENNGGEENNHHAARRIIAA SSPPEE 002244 SS..AA
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mesmo material (f. 42) consta a existência de “área verde entregue 
recuperada e revitalizada”, inclusive com destaque em vermelho. 
A expectativa que se criou era de que os moradores teriam uma 
exclusiva área de caminhada em contato direto com a natureza, 
conforme se observa da imagem divulgada do material acima referido: 
 
 
 
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Com efeito, esse diferencial foi determinante para a aquisição 
da unidade por parte dos requerentes, sendo também o fato que 
justificou o preço pago. 
No entanto, quando da entrega das unidades os requerentes 
observaram que fora veiculada publicidade enganosa, pois a área que 
seria destinada a trilha ecológica, foi entregue como Área de 
Preservação Permanente (APP) pela Secretaria Municipal de Meio 
Ambiente e Desenvolvimento Urbano, sendo vedado o acesso pelos 
condôminos, conforme se comprova com as fotografias anexas. 
Tanto é assim que fora instaurado inquérito pelo Ministério 
Público Estadual para fins de apurar eventual utilização irregular por 
parte dos condôminos da área de preservação permanente, conforme 
se comprova com a cópia anexa. 
Obviamente que tal situação representa grave lesão aos direitos 
dos requerentes, pois tiveram frustrada a expectativa de residir num 
condomínio onde haveria trilha ecológica, ambiente em que poderiam 
usufruir do contato direto com a natureza, o que indubitavelmente 
possui um valor inestimável nos dias atuais. 
Assim, os requerentes se sentem enganados, na medida em que 
o grandediferencial que os fizeram optar pela aquisição de uma 
unidade do empreendimento era justamente a possibilidade de ter uma 
trilha ecológica à sua disposição. 
Além disso, se soubessem que não haveria trilha ecológica, os 
requerentes jamais aceitariam o preço cobrado pelo apartamento. 
Não apenas pelo valor agregado pelo contato direto com a natureza, 
mas também pela metragem do terreno de área comum dos 
condôminos. 
Com efeito, com vistas a evitar o enriquecimento ilícito, deve a 
requerida ser condenada a indenizar os valores de condomínio e IPTU 
pagos pelos requerentes, além de indenização decorrente do 
descumprimento da oferta relativa à trilha ecológica, além da 
compensação moral pela frustração de não terem acesso a área 
prometida na publicidade. 
2. DO DIREITO 
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2.1. DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS DE CONDOMÍNIO E 
IPTU 
Conforme acima narrado, os requerentes foram obrigados a 
realizar o pagamento da taxa de condomínio e IPTU do imóvel antes 
mesmo de terem tomado posse do bem, o que não pode ser admitido, 
sob pena de enriquecimento ilícito da requerida. 
Evidente que se os requerentes ainda não tinham ingressado na 
posse do apartamento, nada justifica que eles sejam obrigados a 
realizar o pagamento das referidas despesas. 
Nesse ponto, cumpre destacar que embora haja previsão 
contratual no sentido de que a taxa de condomínio deveria ser paga 
pelos requerentes a partir da instalação do condomínio, tal cláusula 
deve ser reputada abusiva, pois propicia o enriquecimento sem causa. 
O mesmo se aplica ao IPTU, que segundo o contrato, seria de 
responsabilidade dos requerentes após a liberação do “habite-se”. 
Nesse sentido, os incisos IV e V do art. 6º do CDC consideram 
direito básico do consumidor a proteção contra práticas e cláusulas 
abusivas, viabilizando sua revisão. Vejamos: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas; (grifou-se) 
Corroborando, o inciso IV, do art. 51 do mesmo diploma legal 
considera nulas as cláusulas consideradas iníquas, abusivas, 
incompatíveis com a boa-fé e equidade: 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais 
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem 
o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a 
boa-fé ou a eqüidade; (grifou-se) 
O Colendo STJ, já decidiu a questão envolvendo a taxa de 
condomínio em sede de recurso repetitivo, conforme se verifica da 
ementa abaixo: 
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PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. CONDOMÍNIO. DESPESAS 
COMUNS. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPROMISSO DE COMPRA E 
VENDA NÃO LEVADO A REGISTRO. LEGITIMIDADE PASSIVA. 
PROMITENTE VENDEDOR OU PROMISSÁRIO COMPRADOR. 
PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. IMISSÃO NA POSSE. 
CIÊNCIA INEQUÍVOCA. 
1. Para efeitos do art. 543-C do CPC, firmam-se as seguintes teses: 
a) O que define a responsabilidade pelo pagamento das obrigações 
condominiais não é o registro do compromisso de compra e venda, mas 
a relação jurídica material com o imóvel, representada pela imissão na 
posse pelo promissário comprador e pela ciência inequívoca do 
condomínio acerca da transação. 
b) Havendo compromisso de compra e venda não levado a registro, a 
responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair tanto sobre o 
promitente vendedor quanto sobre o promissário comprador, dependendo das 
circunstâncias de cada caso concreto. 
c) Se ficar comprovado: (i) que o promissário comprador se imitira na posse; 
e (ii) o condomínio teve ciência inequívoca da transação, afasta-se a 
legitimidade passiva do promitente vendedor para responder por despesas 
condominiais relativas a período em que a posse foi exercida pelo 
promissário comprador. 
2. No caso concreto, recurso especial não provido.1 (grifou-se) 
O mesmo raciocínio deve ser aplicado à questão envolvendo o 
IPTU, pois não se justifica que os promitentes compradores tenham que 
arcar com despesas tributárias incidentes sobre bem que sequer a 
posse havia lhes sido transferida. 
Com efeito, resta evidente que a requerida deve ser condenada 
a ressarcir os valores pegos pelos requerentes, devidamente atualizados 
até a data do efetivo pagamento. 
2.2. DA INDENIZAÇÃO PELO NÃO CUMPRIMENTO DA OFERTA 
RELATIVA À TRILHA ECOLÓGICA 
O art. 37 do CDC proíbe a veiculação de publicidade 
enganosa, sendo que em seu §1º há expressa menção do que 
caracteriza essa espécie de publicidade, conforme se verifica verbis: 
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de 
caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
 
 
1 REsp 1345331/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 
08/04/2015, DJe 20/04/2015. 
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modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, 
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. (grifou-se) 
Por seu turno, ao tratar da oferta, a norma consumerista explicita 
que toda informação ou publicidade veiculada obriga o fornecedor e 
integra o contrato. Veja-se o teor do art. 30: 
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada 
por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e 
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular 
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 
 
Segundo ensina JOSÉ GERALDO FILOMENO2, a oferta se refere à 
manifestação do anunciante-fornecedor, com escopo de propor a 
colocação de produtos ou serviços no mercado. Essa manifestação 
pode decorrer da entrega de prospectos distribuídos de mão em mão, 
malas diretas, correspondências, dentre outros. 
Como explicam FLÁVIO TARTUCE e DANIEL AMORIM3, as regras 
que regulam a publicidade e a oferta no CDC visam proteger o 
consumidor, parte vulnerável, das chamadas armas de sedução 
utilizadas pelos fornecedores e prestadores. 
A força obrigatória da oferta é tamanha que os autores acima 
citados preconizam: 
Constata-se que o art. 30 do CDC tem o condão de fazer prevalecer a oferta 
em relação às cláusulas contratuais. Então, simbologicamente, é como se o 
conteúdo do contrato fosse rasgado ou inutilizado e depois substituído pelo 
teor da informação prestada quando do início da contratação. Em outras 
palavras, todos os elementos que compõem a oferta passam a integrar 
automaticamente o conteúdo do negócio celebrado.4 
Portanto, não há dúvida sobre a vinculação da oferta à relação 
contratual. Nesse sentido se fora veiculada publicidade tendo como 
principal atrativo a existência de trilha ecológica, a inexistência desse 
diferencial caracteriza inadimplemento contratual, o que impõe a 
necessidade de reparação dos danos causados. 
 
 
2 Manual de Direitos do Consumidor. São Paulo: Atlas, 2015, pg. 221. 
3 Manual de Direito do Consumidor. Rio de Janeiro: Forense, 2015, pg. 350. 
4 Op. Cit. pg. 353. 
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Nessa toada, veja-se o entendimento da jurisprudência em 
casos semelhantes: 
COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA. - TRILHA DE 
ECOTURISMO. Não houve a entrega da área verde com a trilha 
ecoturística e o córrego preservado. Alegação de culpa de terceiro que 
não se sustenta. As rés, antes de assumirem a obrigação de entrega do 
empreendimento, deveriam ter efetuado prévio planejamento das obras. 
A demora para regularização do empreendimento constitui elemento 
integrante do risco da atividade da ré não sendo suficiente para afastar sua 
responsabilidade, até porque são fatos previsíveis, e não extraordinários. – 
(...). A publicidade integra o futuro contrato firmado. Inteligência do artigo 
37, caput e §1º do CDC cc art.18, inciso III do mesmo diploma. (...). 
- DANO MATERIAL. O montante do quantum indenizatório fixado no 
percentual de 20% do valor contratado do imóvel, com as devidas 
atualizações deve ser mantido, pois se houve valorização do imóvel desde 
a conclusão da obra, a desvalorização se deu na mesma, ou até em superiores 
proporções. 
- DANO MORAL. Imóvel entregue com diversos vícios de construção. 
Frustração das expectativas dos moradores. Extrapolamento das barreiras do 
mero dissabor. Aquele que adquire imóvel, como o dos autos – com 
grande área de lazer - ainda na planta cria expectativa de que quando 
da entrega poderá usufruir de sua inteireza. Valor fixado na sentença que 
deve ser mantido (R$20.000,00 sendo R$10.000,00 para cada autor). 5 
(grifou-se) 
 
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL EM CONSTRUÇÃO. 
INDENIZATÓRIA. PUBLICIDADE ENGANOSA. Preliminar de 
ilegitimidade passiva rejeitada. Material do empreendimento que previa 
área de preservação permanente, córrego preservado e trilha 
ecoturística. Obras não realizadas. Entraves decorrentes da necessidade de 
licença ambiental que constituem fortuito interno. Afronta ao art. 6º, III e IV, 
do CDC. A oferta vincula o fornecedor, de modo que na ausência de 
cumprimento da oferta, o consumidor poderá, entre outros pedidos, 
requerer o abatimento do preço. Art. 30 do CDC. Percentual de 10% do 
valor atualizado do contrato. Sentença mantida. Recurso desprovido. 6 
(grifou-se) 
 
CONTRATO – Compra e venda de imóvel em construção –
 Publicidade enganosa – Ausência de construção de trilha ecoturística e 
 
 
5 TJSP – AC 1028082-85.2014.8.26.0114 – 4ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Enio 
Zuliani – julgado em 25/09/2015. 
6 TJSP – AC 1009325-09.2015.8.26.0114 – 7ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Mary Grün 
– julgado em 06/02/2018. 
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de disponibilização de estrutura para instalação de TV a cabo – Decadência 
afastada – Pretensão condenatória que se sujeita ao prazo prescricional geral 
de dez anos – Teoria do Diálogo das Fontes – Legitimidade da corré Rossi 
verificada, pois as rés fazem parte do mesmo grupo econômico – 
Inobservância da oferta amplamente divulgada pelas rés – Frustração 
de legítimas expectativas da autora – Riscos inerentes ao 
empreendimento que não podem ser transferidos à autora – Informação 
imprecisa das rés acerca da construção de estrutura para instalação de tv a 
cabo 
- Reparação pela desvalorização do imóvel – Indenização por dano 
material devida – Depreciação do imóvel a ser apurada em liquidação de 
sentença – Hipótese em que foi afastada a condenação das rés pelos 
prejuízos decorrentes da ausência de disponibilização de estrutura para 
instalação de ar condicionado – Recurso desprovido na parte conhecida.7 
(grifou-se) 
Do último acórdão, cabe transcrever trecho do voto do ilustre 
relator: 
In casu, restou incontroverso que, até o momento, não foi construída a área 
verde de mais de quatorze mil metros quadrados, com trilha 
ecoturística, amplamente anunciada pelas rés, em total desacordo com o 
constante da oferta de fls. 45/48, que, nos termos do art. 30 do Código de 
Defesa do Consumidor, vincula o fornecedor. Assim, não há como 
deixar de reconhecer que as rés veicularam publicidade enganosa, 
frustrando a legítima expectativa na autora no sentido de usufruir a 
área verde divulgada no material publicitário. 
E nem venham as requeridas, a fim de eximir-se das responsabilidades que 
lhe cabem, alegar que a trilha ecoturística não foi implantada em razão de 
dificuldades de obtenção de licenças junto ao órgão ambiental, pois são 
riscos previsíveis inerentes ao empreendimento, que não podem ser 
transferidos à compromissária compradora. 
Destarte, uma vez verificado que a requerida não cumpriu com 
a oferta divulgada, deve haver a sua condenação nos danos materiais 
e morais daí decorrentes. 
No caso dos danos materiais, caracterizados pela 
desvalorização do imóvel em razão da inexistência da trilha ecológica, 
deve ser restituído aos requerentes o equivalente a 5% do valor do 
imóvel, pois além da frustração decorrente da ausência do atrativo, 
deve ser considerada ainda a redução da metragem total do imóvel. 
 
 
7 TJSP – AC 1019458-76.2016.8.26.0114 – 1ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Luiz 
Antônio de Godoy – julgado em 03/08/2018. 
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No tocante aos danos morais, considerando a gravidade da 
ofensa e a capacidade econômica das partes, o valor de R$6.760,71 é 
capaz de atender aos critérios da compensação, punição e 
proporcionalidade. 
3. DO PEDIDO 
Ante o exposto pede e requer a Vossa Excelência: 
a) A citação da requerida na pessoa de seu representante 
legal, para que compareça à audiência a ser designada por 
Vossa Excelência, sob pena de revelia e confissão; 
b) A inversão do ônus da prova, na forma do artigo 6º, VIII, do 
CDC; 
c) Ao final a procedência do pedido para o fim de: 
i) condenar a requerida a ressarcir os valores pagos a 
título de taxa de condomínio (R$2.630,78) e IPTU 
(R$2.728,51), no valor total de R$5.359,29, que deverá 
ser atualizado com juros de 1% e IGPM, até a data do 
efetivo pagamento; 
ii) indenizar os danos materiais decorrentes do 
descumprimento da oferta no tocante à trilha 
ecológica, no importe equivalente a 5% do valor pago 
pelo imóvel, ou seja, R$27.800,00, devidamente 
atualizados com juros de 1% e IGPM, até a data do 
efetivo pagamento; 
iii) compensar os danos morais decorrentes da frustração 
ocorrida com o descumprimento da oferta, sugerindo-
se o valor de R$6.760,71, devidamente atualizados com 
juros e correção monetária desde a data do evento 
danoso. 
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, 
especialmente o depoimento pessoal do requerido, 
testemunhas, bem como as demais que se fizerem 
necessárias ao deslinde da presente e que ficam desde já 
requeridas. 
Dá-se à causa o valor de R$39.920,00. 
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Campo Grande (MS), 29 de maio de 2019. 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA DO JUIZADO 
ESPECIAL CÍVEL CENTAL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MATO GROSSO 
DO SUL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO N° 0808780-80.2019.8.12.0110 
 
MB ENGENHARIA SPE 024 S.A., com sede na avenida T-9, nº 1.423, Setor 
Bueno, Goiânia-GO, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.845.815/0001-83, com sede na cidade de 
Goiânia, estado de Goiás, na Avenida T9, Esq. C/T 33, n.º 1423 – Parte, Setor Bueno, CEP 74215-
020 e, por seus advogados e procuradores abaixo assinados, nos autos da “Ação de Reparação de 
Danos Materiais e Morais” que lhes move SAULO VIEIRA VIANA E JENNIFER ESTEVAM 
DE ARAUJO, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar sua 
CONTESTAÇÃO, conforme as razões de fato e de direito que passam a expor. 
 
I - RESUMO DA LIDE 
 
Os Autores ajuizaram a presente “Ação de Reparação de Danos Materiais e 
Morais”, alegando, em síntese que, em 21/10/2014, adquiriram, por meio de Instrumento Particular 
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de Promessa de Compra e Venda, a unidade nº 0201, Bloco B, do empreendimento “Green Life Via 
Park”, pelo valor histórico de R$ 556.000,00 (quinhentos e cinquenta e seis mil reais). 
 
Argumentaram que, no ato da aquisição do imóvel, lhe fora prometida a entrega de 
trilha ecológica particular em solo natural para caminhada, correspondente a entrega de área verde 
recuperada e vitalizada, o que não teria sido cumprido pela Ré, o que teria lhes causado diversos 
danos. 
 
Ainda, relataram que se viram obrigados a arcar com o pagamento de despesas 
condominiais e IPTU no importe de R$ 5.359,29 (cinco mil, trezentos e cinquenta e nove reais e 
vinte e nove centavos). 
 
Diante o exposto, ingressaram com a presente demanda requerendo a condenação da 
Ré: a) ao pagamento de indenização pelos supostos danos morais sofridos no importe de R$ 
6.760,71 (seis mil, setecentos e sessenta reais e setenta e um centavos); b) a inversão do ônus da 
prova c) indenização por danos materiais pela desvalorização do imóvel, correspondente a quantia 
de R$ 27.800,00 (vinte e sete mil e oitocentos reais). d) restituição do valor de R$ 5.359,29 (cinco 
mil, trezentos e cinquenta e nove reais e vinte e nove centavos). 
 
Esses, resumidamente, foram os fatos e fundamentos do pedido inaugural, os quais, 
data vênia, não se sustentarão, nos termos das razões da defesa ora apresentada, razão pela qual 
deverá a presente demanda ser julgada totalmente improcedente. 
 
II – PRELIMINARMENTE 
 
II.1 - DA MANIFESTA ILEGITIMIDADE AD CAUSAM QUANTO À PLEITO 
INDENIZATÓRIO RELATIVOS À AREA COMUM DO EMPREENDIMENTO 
 
Primeiramente, compete à Ré arguir preliminar de ilegitimidade ad causam 
apresentada pelos Autores, uma vez que, em simples leitura dos fatos narrados, depreende-se não 
serem os titulares do direito pleiteado com relação a construção de trilha ecológica/área verde 
em suposta área comum do empreendimento. 
 
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Permita-se a exploração do conceito de “legitimidade”: Trata-se da qualidade para 
estar em juízo, em relação a determinado conflito trazido ao exame do juiz, sendo que deve haver 
uma relação de legítima adequação entre sujeito e a causa. 
 
No caso em tela, de acordo com a narrativa da peça exordial, os Autores informaram 
que a trilha ecológica em solo natural/área verde, pertencente ao empreendimento 
denominado Green Life Via Park, fora transformada em APP – Área de preservação 
permanente, sendo vedado o acesso de moradores. 
 
Veja, Exa. Os Autores são adquirentes da unidade 0201, pertencente ao Bloco B do 
empreendimento Green Life Park, a qual foi devidamente entregue, em perfeitas condições de 
habitação, mas vem em juízo reclamar um direito referente à suposta área comum do o 
empreendimento. 
 
Ora, Excelência, está claro que, independentemente do exame de mérito, os Autores 
não são titulares do direito pleiteado, posto que, conforme narrado, os supostos problemas alegados 
em inicial são na suposta área comum do empreendimento E NÃO NA UNIDADE DOS 
AUTORES. 
 
Com efeito, cabe ao CONDOMÍNIO, devidamente representado por seu 
síndico, realizar qualquer pretensão quanto às áreas comuns do empreendimento E NÃO OS 
AUTORES. É o que preconiza o nosso CPC: 
 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
 
 
No caso em comento, os autores pleiteiam para si um direito coletivo dos demais 
condôminos. Ademais é sabido que o “condomínio” ocorre quando existe a instauração de duas ou 
mais pessoas sobre o mesmo bem, o que gera a importância de um representante (síndico) para 
pleitear o interesse em comum de seus moradores (condôminos). 
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Imagine Excelência, que cada condômino ajuíze ação pleiteando a reforma de obras 
nas áreas comuns do empreendimento, patente a instauração de caos jurídico e, consequentemente, 
prejuízos à Ré! Ademais, a área comum é inseparável, não sendo possível delimitar a área de fato 
pertencente a cada condômino. O Código Civil traz: 
 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e 
partes que são propriedade comum dos condôminos. 
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, 
esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes 
comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos 
condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos. 
 
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de 
sua propriedade exclusiva; são também inseparáveis das frações ideais 
correspondentes as unidades imobiliárias, com as suas partes acessórias. 
 
Sendo assim, não é possível delimitar o direito dos Autores quanto à área comum do 
empreendimento, não podendo ele, portanto, pleitear direitos sobre uma área que é de utilização de 
todos os condôminos do empreendimento. 
 
Os Autores são realmente parte ilegítima para reclamar para si coisa comum aos 
demais condôminos. Tendo em vista a área comum ser do condomínio, portanto, os interesses 
inerentes à essa área são representados pelo síndico, devendo, assim, o condomínio figurar no polo 
ativo das ações que dizem respeito à coisa comum. 
 
 
Imagine, Excelência, que cada condômino ajuíze ação pleiteando a reforma de obras 
nas áreas comuns do empreendimento, patente a instauração de caos jurídico e, consequentemente, 
prejuízos à ré! 
 
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É correto dizer que os condôminos se submetem às regras condominiais e, para 
tanto, há medidas administrativas e judiciais que poderiam ter sido tomadas para que os Autores 
pudessem ver o seu direito satisfeito. 
 
Contudo, referidas medidas não foram tomadas, ou seja, a questão do ajuizamento da 
ação em nome do condomínio deveria ter sido deliberada em assembleia geral e dessa decisão o 
síndico está vinculado. 
 
Nesta oportunidade, estando a vontade dos Autores de acordo com a vontade de 
todos os demais condôminos ou, ao menos, de sua maioria, o Condomínio deve agir em juízo para 
alcançar o bem pretendido. 
 
A legitimidade ad causam insere-se no âmbito do interesse de agir porque a sua falta 
traduz-se em ausência de utilidade do provimento jurisdicional, ou seja, a legitimidade é apenas um 
dos requisitos sem os quais não há interesse de agir. 
 
Neste diapasão, cumpre ressaltar que a legitimidade para propor a demanda é do 
condomínio constituído, uma vez que representa o interesse da coletividade (moradores do 
empreendimento). 
 
Inclusive assim entende a jurisprudência pátria: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL ? OBRIGAÇÃO DE FAZER OU CONVERSÃO EM PERDAS E 
DANOS ? ÁREA DE LAZER COMUM DE VÁRIOS CONDOMÍNIOS ? 
ILEGITIMIDADE ATIVA DO CONDÔMINO ? CONDOMÍNIO POSSUI 
LEGITIMIDADE PARA DEFENDER OS INTERESSES COLETIVOS ? 
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA CONSTRUTORA/VENDEDORA ? 
PREJUDICADA ? NÃO CONHECIMENTO ? PRESCRIÇÃO NÃO ACOLHIDA ? 
PRAZO QUINQUENAL PREVISTO NO CDC ? DESCUMPRIMENTO DE 
CONTRATO ? DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS ? MERO 
ABORRECIMENTO ? RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE 
CONHECIDA, DESPROVIDO. 
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1. O condômino é parte ilegítima para pleitear para si direito inerentes à área 
comum, sendo do condomínio, representado pelo síndico, a legitimidade para a 
defesa dos interesses coletivos. 2. Reconhecida a ilegitimidade ativa ad causam do 
condômino para ajuizar a presente ação em relação aos pedidos de obrigação de 
fazer ou sua conversão em perdas e danos, fica prejudicada a análise da 
ilegitimidade passiva, não devendo ser conhecida a matéria. 3. Não se aplica ao 
caso a prescrição trienal, pois versa a lide sobre indenização decorrente de relação 
de consumo, cujo prazo prescricional é de cinco anos, conforme artigo 27 do 
Código de Defesa do Consumidor. A última tentativa das partes em solucionar a 
questão objeto do litigio ocorreu em 27.05.2011, ocasião em que a área ainda não 
tinha sido construída. Assim, considerando que a ação foi distribuída em 
22.07.2014, não restou configurada a prescrição. 4. O simples inadimplemento 
contratual, sem maiores consequências, constitui mero aborrecimento ou dissabor 
da vida cotidiana, notadamente insusceptível de indenização por dano moral. Na 
hipótese, embora configurado o inadimplemento contratual, não ficou demonstrado 
dano moral indenizável, vez que respeitado o direito de moradia da condômina. (TJ-
MS - APL: 08031647620148120021 MS 0803164-76.2014.8.12.0021, Relator: Des. 
Sideni Soncini Pimentel, Data de Julgamento: 08/03/2016, 5ª Câmara Cível, Data de 
Publicação: 11/03/2016)” 
 
TJ-DF - APELAÇÃO CÍVEL AC 761626220038070001 DF 0076162-
62.2003.807.0001 (TJ-DF) Data de publicação:12/05/2005 Ementa: 
CONDOMÍNIO. ÁREA DE USO COMUM. CONDÔMINO. PRELIMINAR DE 
ILEGITIMIDADE ATIVA. SÍNDICO. I - O DIREITO PLEITEADO REFERE-SE À 
ÁREA DE USO COMUM DOS CONDÔMINOS. O CONDOMÍNIO, 
REPRESENTADO POR SEU SÍNDICO, É QUE DETÉM LEGITIMIDADE 
PARA DEFESA DOS INTERESSES COMUNS. II - PROCESSO EXTINTO, SEM 
JULGAMENTO DE MÉRITO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD 
CAUSAM CONHECIDA DE OFÍCIO. 
 
TJ-MG - 100249509088970011 MG 1.0024.95.090889-7/001(1) (TJ-MG) Data de 
publicação: 11/05/2007 Ementa: AÇÃO ORDINÁRIA DE DESFAZIMENTO DE 
OBRA EM ÁREA DE USO COMUM - CONDÔMINOS - ILEGITIMIDADE 
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PASSIVA AD CAUSUM - SÍNDICO - PROCESSO EXTINTO - VOTO VENCIDO. 
Compete ao síndico representar ativa e passivamente o condomínio, em juízo ou 
fora dele, e praticar todos os atos de defesa dos interesses comuns, nos limites de 
suas atribuições. A pessoa jurídica do Condomínio não se confunde com a pessoa 
física dos Condôminos. Preliminar instalada de ofício e processo anulado. V.V.: Na 
ausência de síndico legalmente constituído, nada obsta que o condomínio seja 
representado por seus condôminos que são titulares de uma relação comunitária de 
direitos. (Des. Alberto Aluízio Pacheco de Andrade) 
 
Ademais, o Magistrado Fernando Ribeiro Montefusco, da 09ª Vara do Juizado Especial 
Civel da Comarca de Goiânia, em prolação de sentença em caso semelhante - processo nº 
5027040.91.2017.8.09.0051) entendeu pela ilegitimidade ativa, data vênia, para transcrição de 
parte de sua decisão: 
 
“Compulsando os autos, infere-se que os adquirentes de unidade no empreendimento 
em questão ajuizaram demanda atinente a sua área comum, qual seja, o clube privativo 
supostamente não construído. Neste diapasão, cumpre ressaltar que a legitimidade 
para propor a demanda é do condomínio constituído, uma vez que representa o 
interesse da coletividade (moradores do empreendimento). 
(...) 
Logo, forçoso é convir que os reclamantes não possuem legitimidade para compor o 
polo ativo da demanda, de modo que o feito deverá ser extinto sem resolução do mérito 
com relação ao pedido de construção do CLUBE PRIVATIVO, restando prejudicada, 
por conseguinte, a análise da preliminar de incompetência do Juízo. No mais, passo à 
análise do pedido de indenização formulado. In casu, as reclamadas comprovaram por 
meio das fotografias coligidas à defesa que o Clube Privativo do Setor Invent Max (em 
que se situa o imóvel dos reclamantes) se encontra finalizado, ao contrário do que 
afirmam os reclamantes. Estes, por sua vez, sequer coligiram ao feito provas robustas 
capazes de infirmar a documentação mencionada alhures, de modo que ganha robustez 
de veracidade as assertivas das reclamadas neste sentido. Resta evidenciado que a 
construtora cumpriu o seu intento, qual seja, de proceder com a construção do 
empreendimento em conformidade com a publicidade veiculada. Com efeito, os 
reclamantes se olvidaram em demonstrar os fatos constitutivos de seu direito, conforme 
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dicção do artigo 373, I, CPC/2015. Logo, diante da inexistência de qualquer conduta 
ilícita perpetrada pelas reclamadas a fim de ensejar o alegado dano moral sofrido 
pelos reclamantes (sendo que situação diversa não foi comprovada), não merece 
guarida o pedido de indenização neste particular. À vista dessas considerações, 
primeiramente: 
a) DECLARO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO em 
relação ao pedido de construção do CLUBE PRIVATIVO em face da ilegitimidade 
ativa dos reclamantes, fazendo-o com fulcro no artigo 485, VI, CPC/2015; 
b) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos morais.” 
 
Como demonstrado, os Autores são parte manifestamente ilegítima para pretender 
ser os titulares do “bem da vida” deduzido em juízo, pois da narrativa do pedido em tela, não se 
extrai a noção de legitimatio ad causam o plano material, o que transformaria a titularidade da 
relação de direito material em realidade processual. 
 
Dessa forma, tendo em vista que o pleito dos Autores em nada se relaciona com sua 
unidade habitacional, é certo que este são figuras ilegítimas para pleitear obras na área comum 
do empreendimento. 
 
Ora, dada a patente ilegitimidade ad causam quanto ao pedido de obrigação de fazer 
referente aos reparos da unidade, tendo em vista que os supostos vícios são na área comum do 
empreendimento e não em sua unidade, requerem a extinção do processo, nos termos do artigo 485, 
VI, do Código de Processo Civil. 
 
II. 2 - DA NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA – INCOMPETÊNCIA DO 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
 
Antes de adentrar ao mérito da lide, imperioso destacar a incompetência deste MM. 
Juízo para análise e julgamento do presente feito. 
 
Isto porque a ação versa acerca da revitalização de área verde existente no entorno 
do empreendimento, objeto da presente demanda. 
 
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No que tange a alegação de ausência de entrega de trilha ecológica/área verde, é 
certa a necessidade de realização de PROVA PERICIAL, a fim de que seja apurada eventual 
desvalorização imobiliária oriunda da não entrega da área verde (o que admite-se em razão 
do princípio da eventualidade). 
 
Assim, ante a necessidade de produção de PROVA PERICIAL, a qual desde já 
é requerida pela Ré sob pena de violação ao princípio do contraditório e ampla defesa, resta 
patente a incompetência do Juizado Especial para o deslinde do feito. 
 
Neste sentido: 
 
(...)Na forma do art. 3º da lei 9.099/95, o Juizado Especial Cível é competente apenas 
para causas cíveis de menor complexidade. 
O Supremo Tribunal Federal (STF), em recente julgamento em 14.4.2011 do Recurso 
Extraordinário nº 537.427, relatado pelo Ministro Marco Aurélio, decidiu que 
somente os "casos de baixa complexidade", observado o conjunto 
"fáticoprobatório", e "simples compreensão" é que podem ser julgados pelos 
Juizados Especiais. 
Portanto, não é o Juizado competente para litígios que envolvam problemas técnicos 
cuja análise, compreensão e solução sejam difíceis e dependam de complexas provas, 
especialmente periciais. 
O Enunciado nº 36 do Colégio Recursal da Lapa (DJE de 17.6.2010, pág. 35), dispõe 
que: "Não se admite prova pericial nos processos de competência do Juizado Especial 
Cível". Conforme Enunciado nº 45 do I ENCONTRO DO PRIMEIRO COLÉGIO 
RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DA CAPITAL (DJE do TJSP de 02- 
10-2009, pág. 31), “A perícia é incompatível com o procedimento da Lei 9.099/95 e 
afasta a competência dos juizados especiais”. 
Tal é a hipótese dos autos em que o autor sustenta que houve negligência médica no 
Chile, onde os médicos atestaram que "nada de mais grave havia acontecido e que ele 
poderia permanecer no Chile até a data de retorno" (fls. 4) mas, ao retornar ao Brasil, 
teria o autor constatado ter sofrido rompimento do ligamento. A prova da imperícia 
médica alegada pelo autor é complexa e, mesmo que vinculada a perícia indireta, não 
pode ser produzida no Juizado Especial Cível. Veja-se que a contestação da ré baseia-
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se no documento de fls. 18, emitido pela clínica médica chilena, cujo acerto ou erro 
depende de prova técnica. 
Reconheço, portanto, a incompetência do Juizado Especial Cível, devendo a parte 
autora repropor esta ação perante Vara Cível Comum. 
Por estas razões, JULGO EXTINTO O PROCESSO, em fase de conhecimento, sem 
julgamento de mérito, na forma do artigo 51, inc. II, da lei 9099/95. Processo nº 
0003035-52.2011.8.26.0011, em curso perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível 
do Foro Regional de Pinheiros da Comarca da Capital do Estado de São Paulo 
 
Corroborando com tal entendimento, prevê enunciado 31 do 1º Encontro das Turmas 
Recursais do Estado de Santa Catarina: 
 
“31. É incabível a realização no Juizado Especial Cível de prova pericial, porquanto 
não acolhida dentre as hipóteses definidas no art. 35 da Lei n. 9.099/95.” 
 
No mesmo sentido: 
 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. AÇÃO COMINATÓRIA... MATÉRIA 
CONTROVERTIDA SOMENTE PASSÍVEL DE SER ELUCIDADE ATRAVÉS 
DE PERÍCIA TÉCNICA. COMPLEXIDADE CARACTERIZADA. 
INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO. EXTINÇÃO DA AÇÃO. RECURSO 
IMPROVIDO. I - ... o equacionamento da matéria controvertida e do conflito de 
interesses estabelecido reclama a efetivação de prova pericial. II – Envolvendo 
matéria complexa, porquanto sua elucidação reclama a efetivação de prova 
pericial... o juizado especial cível não está municiado com competência para 
processar e julgar a demanda manejada, impondo-se sua extinção, sem a 
apreciação do mérito, consoante recomendam os artigos 3.º e 51, inciso II, da sua 
lei de regência (Lei n. 9.099/95). III – Recurso conhecido e improvido. Sentença 
confirmada. Unânime.” (ACJ n° 2004.01.1.024218-5. Órgão Julgador: Primeira 
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Distrito Federal. 
Relator: Teófilo Rodrigues Caetano Neto. Publicação no DJU em 14/06/2004. p. 
107). 
 
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 IMPRESCINDIBILIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. PROVA COMPLEXA. 
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS 
ACOLHIDA. SENTENÇA CASSADA. PROCESSO EXTINTO.1. ... revela a óbvia 
necessidade de perícia técnica formal... 2. E, se indispensável se torna a perícia 
técnica formal para se chegar ao correto e justo deslinde da causa, por se tratar de 
prova complexa, afastada está a competência do Juizado Especial Cível. 3. Recurso 
conhecido, acolhendo-se a preliminar de incompetência absoluta dos Juizados 
Especiais Cíveis para conhecer, processar e julgar o feito, dada a complexidade da 
prova, que depende de prova pericial, com a cassação da sentença e extinção do 
processo sem conhecimento do mérito, com fulcro no art. 51, II, da Lei 9.099/95. 
(ACJ nº 2003.01.1.064835-0. Órgão Julgador: Segunda Turma Recursal dos 
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Distrito Federal. Relator: Benito Augusto 
Tiezzi. Publicação no DJU em 27/11/2003. p. 52).” 
 
 
Desta forma, imperiosa a extinção do feito, com fulcro do artigo 51, II da Lei 
9099/95. 
 
III. DO MÉRITO PROPRIAMENTE DITO. 
III.1 – DA TRILHA ECOLÓGICA – ÁREA VERDE 
 
A – DA ÁREA VERDE QUE ENCONTRA-SE ALOCADA NO ENTORNO DO 
EMPREENDIMENTO EM DISCUSSÃO – NÃO CARACTERIZADA COMO ÁREA 
COMUM 
 
Antes de adentrar ao mérito propriamente dito, se faz necessário esclarecer 
detalhadamente o projeto de construção do empreendimento em comento, com a especificação da 
área total construção, e demonstração das áreas denominadas “áreas comunsdo empreendimento”. 
 
O projeto de construção do empreendimento fora devidamente aprovado pela 
Municipalidade de Campo Grande/MS, consoante alvará de Aprovação nº 2534/2011, emitido em 
04/10/2011. 
 
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A área total do terreno - excluindo-se a área verde de preservação ambiental que 
possui metragem de 4.320m² - comporta a metragem total de 12.282,19 m², conforme pode-se 
verificar no anexo memorial descritivo. A área efetivamente construída, alcança a metragem de 
41.495,63 m². 
 
Relevante pontuar antecipadamente que, a área verde que encontra-se alocada no 
entorno do empreendimento em discussão, não integra o projeto de construção do empreendimento 
em discussão, razão pela não pode ser considerada como área comum do empreendimento. 
 
Isto é, a área verde que encontra-se nas imediações da edificação em discussão, não 
pode ser considerada como área comum do empreendimento, haja vista que não encontra-se 
relacionada no projeto de construção, ora detalhado. 
 
No início das obras do empreendimento em pauta, a Ré, verificando a existência de 
área verde - de titularidade da prefeitura - no entorno da edificação a ser construída, comprometeu-
se em criar projeto de restauração da área, para que, futuramente, pudesse ser utilizada pelos 
moradores. 
 
Frise-se que o projeto de restauração da área verde, seria realizado por mera 
liberalidade da Construtora Ré, estando sujeita à aprovação prévia da Prefeitura de Campo 
Grande. 
 
O objetivo da restauração, seria elevar o visual do empreendimento, para que os 
moradores, além de usufruir das áreas comuns do empreendimento, pudessem valer-se da área 
verde para lazer com o acesso dos condôminos a trilha ecológica a ser utilizada pelos 
condôminos, após a revitalização da área. 
 
Neste interim, temos que as áreas comuns do empreendimento em discussão 
encontram-se descritas no memorial de implantação abaixo colacionado: 
 
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Corroborando com o aqui articulado, o projeto de planta do empreendimento que 
demonstra o projeto de vista para a área ecológica localizada no entorno da construção, pode-se 
constatar de forma clara e inequívoca a divisão existente entre a área verde e o empreendimento em 
discussão, a saber: 
 
 
 
Neste mesmo sentido, o juiz de direito da 10ª Vara do Juizado Especial Cível 
Central da Comarca de Campo Grande, decidiu em caso análogo, nos autos do processo de nº 
0800748-86.2019.8.12.0110, a saber: 
 
(...) Ao ser analisado o fôlder, ou documento que se refere à ficha técnica de 
implantação do empreendimento, juntado às páginas 21/62, especialmente dos desenhos constantes 
das páginas 39 e 40, evidencia-se que a citada área verde, não faz parte da área privativa do 
condomínio. Apesar de o Autor argumentar em seu depoimento que não teria sido informado 
quanto a área verde pertencer ao Município, além de restar evidenciado não se tratar de área 
comum do empreendimento, a Requerida desincumbiu-se de seu ônus de constituir prova de suas 
alegações. O Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (PRADA) e os Relatórios 
Técnicos de Monitoramento do Plano de Recuperação de Área de APP, juntados às páginas 
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212/235, 236/343 e 244/250 comprovam que a trilha ecológica estaria projetada não para área 
comum, mas em solo natural, conforme visto no fôlder (p. 39 e 40), em área que não integrava o 
projeto de construção do empreendimento, cujo projeto de restruturação da área verde no entorno 
da edificação da Ré estaria sujeito à aprovação da Prefeitura e foi iniciado pela Requerida, 
inclusivecom a trilha e a área cercada (conforme depoimento) visando a utilização pelos 
moradores do emprendimento. (...). 
 
Portanto, basta uma breve análise ao projeto de implantação acima colacionado, para 
verificar que a trilha ecológica/área verde, não encontra-se alocada na área comum do 
empreendimento, motivo pelo qual, não há que se falar em indenização a título de danos materiais 
passíveis de indenização correspondente a desvalorização do imóvel aqui discutido. 
 
Desta feita, considerando que a área verde não integra a área comum do 
empreendimento aqui destacado, não há que se falar em responsabilidade da Ré no que tange a 
proibição do acesso da área pela prefeitura – ponto que será abordado no tópico subsequente. 
 
B – DO PROJETO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA VERDE E SUA EXECUÇÃO 
 
Como já explanado no tópico anterior, a Ré, concomitantemente ao projeto de 
construção do empreendimento em discussão, criou projeto de restruturação da área verde alocada 
no entorno da edificação construída, o qual estaria sujeito à aprovação da Prefeitura de Campo de 
Grande/MS. 
 
O projeto de recuperação da área verde do empreendimento em discussão, tem como 
objetivo fazer a recuperação paisagística da área do entorno do empreendimento em discussão, 
permitindo o usufruto de um ambiente verde, com gramados e arvores, que interajam com a 
humanização do local – público em geral, incluindo moradores. 
 
A proposta, seria a realização de pequenas mudanças das espécies inicialmente 
previstas, para garantir o embelezamento da área, bem como a retirada parcial de plantas da espécie 
Lucena – para implantação de tela de proteção da área de PRADA (PROJETO DE 
RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA OU ALTERADA – PRADA / TR 149 – GREEN 
LIFE). 
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Em que pese tratar-se de área urbana, há interfase com o meio ambiente pela APP da 
Microbacia do Córrego Pindaíba (tubulado no trecho) que se limita a Oeste do Terreno do 
Condomínio e das áreas objeto deste. 
 
Devido ás obras civis e aterros, se fez necessário desflorestar a área, deixando um 
pátio para manobras e depósitos de materiais e entulhos. 
 
Com o término da obra, iniciou-se a fase de revitalização e paisagismo de 
humanização da área verde, atendendo a holística e beleza do condomínio, pelo verde de gramados 
e plantio de mudas de espécies nativas e exóticas adaptadas à região, permitindo o desfrute do local 
para lazer dos condôminos na área destinada para tanto. 
 
Diante disto, pode-se concluir antecipadamente, que a responsabilidade da Ré no que 
tange a área comum do empreendimento seria a revitalização da área, que consistia na sua 
conservação para usufruto dos condôminos. 
 
O projeto de revitalização fora devidamente aprovado pela Prefeitura de Campo 
grande, mediante emissão de licença de operação de nº 03.265/2017, foi aprovada em 25/07/2017, 
com validade até 22/12/2020 (anexa). 
 
Pois bem, com a aprovação do projeto pela Prefeitura, a Ré iniciou as obras de 
revitalização do local, as quais estão sendo realizadas continuamente, conforme pode-se constatar 
nos relatórios de monitoramento anexos. 
 
Conforme pode-se verificar nas fotos abaixo colacionadas – tiradas em janeiro de 
2019 – a Ré vem realizando as obras de manutenção do reflorestamento, de modo que a área verde 
que entorna o condomínio encontra-se com excelente aspecto estético, a saber: 
 
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 Desta feita, tem-se que o reflorestamento da área está sendo realizada pela Ré e 
encontra-se em ótima performance. 
 
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Conforme laudo de manutenção, o gramado tem contido as enxurradas e erosões e 
assoreamentos, mantendo um ambiente frequentado por espécies de pássaros e insetos 
polinizadores. 
 
Foi realizada a criação de depósito temporário com resíduos produzidos pelo 
condomínio para evitar o contato com a área revitalizada, bem como a pista de caminhada já está 
sendo utilizada pelos moradores, mediante uso restrito com chaves e cadeados, não causando 
impactos ao reflorestamento. 
 
Assim sendo, tem-se que a Ré está realizando todas as medidas possíveis para a 
revitalização da área verde alocada no entorno do empreendimento, motivo pelo qual não há que se 
falar em descumprimento contratual, desvalorização do imóvel e tampouco propaganda enganosa. 
 
É de se pontuar, ainda que, o processo de revitalização de área verde, não é um 
processo célere, de modo que a área está sendo revitalizada aos autos. 
 
Conforme narrado acima, a Ré realizou a reconstrução da área verde, com a 
implantação de novos tipos de planta, o que, como é sabido, não pode ser concluído de imediato. 
 
Tanto é verdade que

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