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Camila Guimarães Lopes Resenha do artigo: “Empreendedorismo: Conceitos e Definições” Resenha crítica realizada como exigência para obtenção de nota parcial na disciplina de Empreendedorismo, do Regime Acadêmico Emergencial (RAE), ministrada pelo Prof. Dr. Luan Carlos Santos, da Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados - MS 2020 Identificação da obra O título do artigo: “Empreendedorismo: Conceitos e Definições”. Escrito por Adelar Francisco Baggio, Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Daniel Knebel Baggio, Doutor em Contabilidade pela Universidad de Zaragoza, Espanha. Publicado na Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Paginação 25-38. Ano de 2014. ISSN 2359-3539. Apresentação A obra a ser resenhada foi exclusivamente criada a fim de contribuir na construção referencial acerca do tema “empreendedorismo”. Consiste em uma pesquisa bibliográfica, trazendo conceitos e referências, contudo, explica o processo de empreender, as fases, os perfis e sua diferenciação para homens e mulheres. As definições citadas são apropriadas para a compreensão base do tema, teorias e sua importância para a sociedade atual, que necessita cada vez mais de inovação para um desenvolvimento consistente, economicamente viável e consciente. Estrutura da obra A obra baseia-se em uma discussão sobre o tema do empreendedorismo. Contendo 14 páginas, é dividida em introdução; resultados e discussões, onde trata acerca do tema abordado, conceitos, teorias, tipos de empreendedores (incluindo o mérito do povo brasileiro), características e especificidades considerando as diferenças entre homens e mulheres; Contém quadros explicativos de habilidades e requisitos; aborda acerca das motivações e anseios do empreendedor; as diferenças entre um líder e um empreendedor; os processos necessários para se tornar um empreendedor; faz referências aos atores Hisrich & Peter do artigo “Empreendedorismo” com frases que objetivam a compreensão do assunto tratado; e por fim, a conclusão direta e sucinta sobre o tema estudado, ofertando assim sua contribuição para o entendimento do mesmo. 1 Conteúdo O empreendedorismo se tornou objeto de estudo na década de 80 por grande parte das nações. Desde então, surgiram muitas críticas, teorias e estudos a respeito do tema. Não adianta possuir estoque de conhecimento sem colocar em prática alguma atividade: é necessário aprender constantemente. O empreendedor da vida real aprende errando, repetidas vezes, até encontrar a solução, em busca de mudanças e melhorias, com criatividade e inovação. É preciso ter a capacidade de enxergar oportunidades e explorar as suas potencialidades. Uma das formas é agregando valor ao produto ou serviço. Os brasileiros possuem a cultura do empreendedorismo, porém devem superar alguns obstáculos como autoconfiança; falta de confiança; desenvolver abordagens próprias ao país; disciplina; compartilhamento; e burocracia. A diferença entre um inventor e um empreendedor é que o primeiro apenas cria algo a partir de sua percepção, e o segundo tenta implementar com paixão e criatividade, aceitando riscos e possibilidades de fracasso. “O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade” (Dolabela, 2010, p. 25). Qualquer pessoa pode se tornar um empreendedor, diferentemente da idade ou sexo. Porém existem diferenças entre homens e mulheres: o primeiro visa resultados, inflexível e de caráter mais imponente; o segundo é mais flexível e possui uma abordagem diferente. Contudo, não pode-se apenas resumir o empreendedorismo em fatores econômicos: existe uma vertente social, com crenças e valores. Bennett (1992) afirma que há um novo estilo de empreendedor surgindo: o ecoempreendedor, cujo atividades se destinam a ações ambientais. Para ser empreendedor, é necessário além de habilidades técnicas e administrativas, as habilidades empreendedoras: gestão de mudanças, liderança, inovação, controle pessoal, capacidade de correr riscos e visão de futuro. São fatores que influenciam a motivação: pessoais, ambientais e sociológicos. Algumas características dos empreendedores de sucesso são: visionários; tomada de decisões; fazem a diferença; exploram oportunidades; determinados e dinâmicos; dedicados; otimistas e apaixonados pelo que fazem; são líderes e formam equipes; bom networking; planejam; possuem conhecimento; riscos calculados; criam valor etc. 2 As principais fontes de ideias segundo Hisrich & Peter (2004, p. 163) são: clientes; empresas; canais de distribuição (fornecedores); governo e pesquisa e desenvolvimento. Ainda concluem os passos para se tornar um empreendedor: I) identificar e avaliar oportunidades; II) desenvolver um plano de negócios; III) determinar e captar os recursos necessários; IV) gerenciar a organização. Podem ser motivos que impedem o potencial empreendedor: ansiedade perante o desconhecido; percepção distorcida; interesses pessoais problemas de ajustamento. A conclusão é que existe um grande potencial que não vem sendo utilizado. Análise crítica Empreendedorismo é intrinsecamente o sinônimo de arriscar, explorar oportunidades, buscar melhorias seja ela qual for, desde que beneficie a sociedade de alguma forma. Entretanto, após muitas definições, contextos e teorias, fica claro que não é sobre finanças, mas também sobre o social, as crenças, anseios e valores que o empreendedor tem. É isso o que o difere de um simples inventor: a paixão pelo que faz e vontade de fazer acontecer. Certa vez, Confúcio disse: “Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.” Empreender é isso. No que tange ao brasileiro ter aspectos culturais que propriciam um empreendedorismo nato, seria interessante o autor citar exemplos desta afirmação, para que não seja mera afirmação e também abordar sobre os microempreendedores (MEI). Acerca da burocracia, as grandes corporações - tema abordado no livro A era do capital improdutivo de Ladislau Dowbor - estão “esmagando” os microempreendedores, sejam eles dos mais diversos ramos empresariais. Isso faz com que aconteça uma possível oligopolização dos setores, pois, para os bancos e instituições financeiras, acaba sendo mais interessante subsidiar e investir nas grandes empresas por apresentarem certa segurança e um lucro “mais garantido”. O microempreendedor além de enfrentar desafios no que se refere ao capital financeiro, possuem uma concorrência por vezes desleal e falta de incentivos governamentais. Não é só considerado empreendedor aquele que traz uma inovação ou pertencente às grandes empresas, mas também aquele que busca iniciar um negócio do zero. No parágrafo onde Schumpeter (1988), supracitado pelos autores, afirma que “empreendedorismo é um processo de ‘‘destruição criativa’’, através da qual produtos ou 3 métodos de produção existentes são destruídos e substituídos por novos”, discordo parcialmente pois existe uma necessidade de reinventar sistemas produtivos, buscar uma melhoria contínua. Não quer dizer que criando algo melhor estará destruindo algo criativo, mas sim, aperfeiçoando um produto/serviço de forma a se adaptar às necessidades atuais pois os tempos mudam. No parágrafo onde, supracitado Dornelas (2008), afirma que “empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”, discordo parcialmente pois nem sempre o empreendedor assume riscos calculados. Há muitos exemplos de pessoas que começam um negócio do zero, apostando na capacidade e na paixão pelo que faz, sem nem mesmo por à risca dados e cálculos. Visto que, muitos deles não possuem as habilidades técnicas para isso. Então, fica claro que, a citação trata de pessoas com capacidades técnicas bem desenvolvidas, não considerando aqueles que lutam dia a dia com a própria força de vontade em busca de um sonho; que empreende sem nem mesmo saber o significado de “empreender” oua existência desta palavra. É importante ter as competências e habilidades necessárias; também é indispensável um planejamento de ações e riscos, inovação, estudos de mercado, viabilidade da implementação da tecnologia, necessidades do consumidor, expectativas e afins. Porém empreender é mais do que planejar. É sobre fazer acontecer, independente de como. Identificação do autor Os autores Daniel e Adelar são naturais de Ijuí - Rio Grande do Sul. Ambos possuem uma longa trajetória por entre as universidades, onde lecionam atualmente. Daniel Knebel Baggio é graduado em Administração pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI - 2005), possui Mestrado em Contabilidade e Finanças - Universidad de Zaragoza (2007) e Doutorado em Contabilidade e Finanças - Universidad de Zaragoza (2012) revalidado pela Universidade de São Paulo (USP) em Controladoria e Contabilidade. Hoje em dia, é professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UNIJUI e do Programa de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Organizações da Universidade Regional Integrada (URI). Investigador pela Universidade de Zaragoza, integrando o Grupo de Investigación en 4 Economia Financiera (GIECOFIN), da UNIJUI, integrando o Grupo de Pesquisa em Competitividade e Gestão Estratégica para o Desenvolvimento (GPCOM) e da URI, integrando o Grupo de Pesquisa de Métodos Aplicados à Gestão Organizacional (MAGO). Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração Financeira, atuando nos temas: Finanças, Mercado de Capitais, Fundos e Análise de Investimentos, Governança Corporativa, Empreendedorismo, Jogos Empresariais e Métodos Quantitativos de Pesquisa. (Informações coletadas do Lattes por meio do Escavador em 05 de Agosto de 2020). Adelar Francisco Baggio, é doutor em Desenvolvimento Regional com enfoque em Governança de Cooperativas pela UNIJUI, Graduado em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI (1971), possui uma Pós-Graduação na FGV e USP de São Paulo (1974), mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1978) e Aperfeiçoamento em Abordagem Transpessoal da Consciência pela Universidade Internacional da Paz. Exerce funções, atualmente, como professor titular da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul -UNIJUI e Consultor Empresarial. Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente em: planejamento e competitividade empresarial, planejamento estratégico, liderança, gestão estratégica, gestão de conflitos organizacionais, gestão de redes de cooperação, planejamento estratégico comunitário municipal e criatividade e empreendedorismo nos negócios. Tem uma variedade de obras publicadas. (Informações coletadas do Lattes por meio do Escavador em 05 de Agosto de 2020). Assinatura Camila Guimarães Lopes, graduanda do 9ª período do curso de Engenharia de Produção, cursando a disciplina de Empreendedorismo. 5
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