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HIGIENE DO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR GESTÃO DA SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Jean Carlos Padilha* Professor *Formação acadêmica: Tecnólogo em Química Ambiental, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Especialista em Gestão Ambiental com ênfase em Perícias e Auditorias Ambientais, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Ciência do Solo (Qualidade e Sustentabilidade Ambiental) ▪ De acordo com o Professor e Engenheiro de Produção Robson Spinelli, a Higiene do Trabalho pode ser entendida como a “Ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle daqueles fatores ou tensões ambientais, que surgem no, ou do trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, ou desconforto significativo entre trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade” ▪ “Ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle daqueles fatores ou tensões ambientais, que surgem no, ou do trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, ou desconforto significativo entre trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade” Higiene do Trabalho ▪ Trata-se de uma ciência específica, analisada e executada como uma arte e que se propõe a estudar, avaliar e agir na vida do trabalhador durante as horas dentro da empresa, além da influência da atividade desenvolvida sobre a comunidade do entorno ▪ A Higiene do Trabalho está dividida em três partes: o reconhecimento dos fatores de tensão ambiental, a avaliação que auxiliará na prevenção de doenças do trabalho e as medidas de controle contra esses agentes Higiene do Trabalho ▪ Trata-se de uma das fases mais importantes, pois se um agente tóxico não for reconhecido, não será avaliado nem controlado ▪ Nesta etapa avaliações qualitativas ou quantitativas (como níveis de ruídos, gases, vapores, temperatura, intensidade luminosa, entre outros) são imprescindíveis, assim como necessária a interpretação e correlação adequada das informações geradas por estas análises Reconhecimento ▪ É uma etapa importante por ser uma ferramenta de prevenção de doenças do trabalho, pois, se o ambiente for saudável, possivelmente não teremos doenças profissionais, e se a avaliação ambiental não for feita ou realizada de maneira inadequada, só descobriremos esta falha quando o trabalhador adoecer – aí já será tarde demais. Além da avaliação quantitativa, temos também a avaliação qualitativa, com o mapa de riscos ▪ Existe uma responsabilidade muito grande quando se faz uma avaliação ambiental, pois se houver falha na estratégia ou na metodologia, o trabalhador correrá riscos de estar em ambiente insalubre, sem que a empresa tenha tomado os devidos cuidados Avaliação ▪ Após o reconhecimento e a avaliação, vem a etapa de controle desses agentes, que deve ser feita preferencialmente através de medidas de engenharia, protegendo o ambiente de trabalho ▪ De modo geral para todos os agentes, as medidas de controle devem ser adotadas, priorizando-se a sua eficiência, isto é, em primeiro lugar, as que se referem à fonte, seguidas das que se referem ao percurso e, finalmente, as relativas aos trabalhadores Medidas de Controle ▪ Além das Medidas de Controle a empresa pode idealizar e adotar um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) que deve envolver, no mínimo: ✓ Informações de segurança de processos ✓ Uma Política interna de revisão dos riscos ✓ O Gerenciamento de modificações e novos projetos ✓ A Manutenção e garantia da qualidade de atividades e sistemas críticos ✓ O Estabelecimento de normas e procedimentos operacionais ✓ Uma Política de capacitação de recursos humanos, estabelecendo claramente responsabilidades, autoridades e capacitação correlata Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) ✓ Uma Política de capacitação de recursos humanos, estabelecendo claramente responsabilidades, autoridades e capacitação correlata ✓ O Método de análise e investigação de incidentes ✓ O Estabelecimento de Planos de Contingência e Emergência ✓ E o Estabelecimento de Auditorias específicas Medidas de Controle ▪ A confiança na determinação do nível de risco e sua sensibilidade à condições prévias e premissas devem ser consideradas em uma Análise de Risco e comunicadas eficazmente para os tomadores de decisão e, quando apropriado, a outras partes interessadas ▪ É importante que sejam estabelecidos e ressaltados fatores como a divergência de opinião entre especialistas, a incerteza, a disponibilidade, a qualidade, a quantidade e a contínua pertinência das informações, ou as limitações sobre a modelagem adotada na avaliação Análise de Riscos ▪ A análise de risco pode ser realizada com diversos graus de detalhe, dependendo do risco, da finalidade da análise e das informações, dados e recursos disponíveis ▪ Dependendo das circunstâncias, a análise pode ser qualitativa, semi- quantitativa ou quantitativa, ou uma combinação destas Análise de Riscos ▪ Agentes Físicos: como Ruído, vibrações, temperaturas extremas, pressões anormais, radiações ionizantes (geradas, por exemplo, em equipamentos de Raios-X) e radiações não ionizantes (geradas, por exemplo, em processos de soldagens) ▪ Agentes Químicos: como gases e vapores, aerodispersóides – poeiras, fumos metálicos, névoas e neblinas ▪ Agentes Biológicos: como vírus, bactérias, fungos, algas, protozoários ou parasitas, entre outros Agentes de Riscos ▪ Somente com a ação efetiva da Higiene do Trabalho poderemos compreender a necessidade de melhoria da empresa e do ambiente de trabalho ▪ Devemos sempre lembrar que as medidas estruturais, técnicas e administrativas devem ser consideradas na construção de um ambiente seguro Considerações
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