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Sâmela Luz – 3° período ENF. A Fisiologia é uma área que visa estudar a natureza dos organismos, em geral, abordando o funcionamento normal de cada organismo vivo, considerando as características, mecanismos específicos e processos químicos e físicos, neste caso, tendo o corpo humano como objetivo, vemos como estes fazem dele um ser vivo e seu pleno funcionamento homeostático. Na Fisiologia, ou como em qualquer área de estudo, é necessário ter-se uma matriz de conhecimento pré-adquiridos, para que o foco desejado seja claramente compreendido. Portanto, nesse sentido, ao estudar e entender a Fisiologia Humana, devemos ter conhecimento sobre o início de tudo, dos átomos as moléculas, das células aos tecidos, dos tecidos aos órgãos e dentro da Fisiologia, dos órgãos aos sistemas e dos sistemas aos organismos. Assim, sabendo-se que a célula é a menor unidade estrutural e fundamental do corpo humano, capaz de realizar todas funções vitais. MAPA CONCEITUAL DA FISIO Os diversos conteúdos, que são abordados no estudo de Fisiologia humana, foram organizados de forma estrutural no mapa conceitual abaixo, sendo divididos em 4 grupos para fim de melhor entendimento da disciplina. 1. Regulação/ Homeostasia: Sistema Nervoso e Sistema Endócrino. O Hipotálamo, que faz parte do sistema nervoso também é considerado parte do Sistema Endócrino, pois ele tem uma relação de estimulação dieta com a Hipófise, que a principal glândula do Sistema Endócrino que regula a função de outras glândulas no corpo. Esta é dividida em Adenohipófise (anterior), os hormônios são secretados pelo hipotálamo para estimular partes dessa glândulas a produzir outras substâncias que vão estimular glândulas distantes a ela a produzirem seus hormônios, e Neurohipófise (posterior), recebe células nervosas que são prolongamentos do Hipotálamo e liberam substâncias, consideradas hormônios. 2. Integração: Sistema Cardiovascular e Sistema Respiratório. Para os Hormônios tróficos, que são produzidos pela hipófase anterior, chegarem até a glândula alvo (ex.: tireoide), ele precisa ser levado pelo sangue, que só circula a partir do funcionamento do coração, principal órgão do sistema cardio., através de um sistema de vasos sanguíneos que se interconectam, e também carreiam nutrientes e oxigênio. No Sistema Respiratório, o oxigênio é vital ao organismo, sendo imprescindível desde a nível celular/ molecular, na mitocôndria para que não ocorra o processo de acidez na matriz mitocondrial, que alteraria todo o funcionamento das várias enzimas necessárias para produzir o ATP na mitocôndria. Portanto, o Sistema Respiratório atua em conjunto com o Cardiovascular, porque o sangue que carreia o oxigênio e o deixa nas células, também retorna com o subproduto da produção do ATP, junto com as mitocôndrias, o CO2, que se acumulado na circulação sanguínea (hipercapnia) gera uma toxidade, que afeta o equilíbrio do organismo (homeostase), produzindo uma série de distúrbios, podendo levar ao óbito. Isso pode acontecer, pois o mesmo carreador de oxigênio, que é a hemoglobina, também leva o CO2 até a circulação pulmonar para ser eliminado pela fase expiratória da ventilação. 3. Excreção: Sistema Renal. Todos os processos dos sistemas citados acima, geram subprodutos (excretas) que precisam ser eliminados do corpo (excretados), porque o acúmulo gera alguma alteração geral ao funcionamento bioquímico do organismo ou específico ao sistema. Então, o sistema renal é responsável por essa excreção e pela regulação hídrica do corpo, dessa forma, têm-se a necessidade de ingestão diária de pelo menos 2 litros de água. A mesma, em parte, também será excretada, porque ela também é um subproduto resultante da quebra completa de nutrientes para se formar ATP, portanto ela acaba sendo produzida pelo corpo através de outros processos. Sendo assim, a real função da sua excreção é levar para fora do corpo outros tipos de excretas que são nocivos. 4. Manutenção: Sistema Digestório. O corpo também precisa de nutrientes para todos esses processos funcionarem em equilíbrio, estes estão presentes nesse sistema, são os Macronutrientes, são os alimentos que, quando ingeridos, aportam carboidratos, gorduras e proteínas, os dois primeiros fornecem energia para corpo produzir ATP, já a proteína tem uma função mais plástica, de remodelação, e os Micronutrientes, que são reguladores, como os sais minerais, vitaminas. O sistema digestório é imprescindível para que através dele o corpo aporte esses nutrientes. Enfim, compreendemos que os Sistemas não atuam isoladamente, sempre vão interagir e agir de forma associada, porém cada um mantendo suas funções específicas, para a manutenção homeostática, que é uma forma de equilíbrio dinâmico e interno que deve ser mantido pelo organismo. Entretanto, se algum processo em um dos sistemas tiver uma falha, causará alterações que podem interferir na homeostase, exigindo uma cadeia de respostas rápidas dos sistemas para buscar o reequilíbrio do organismo. HOMEOSTASE E A FISIOLOGIA Claude Bernard, o pai da fisiologia moderna, observou que apesar das variações do meio ambiente, o meio interno se encontra em condições aproximadamente constantes. Então, a partir deste estudo, em 1929, Cannon idealizou o termo HOMEOSTASE, tendo com o objetivo resumir o que é a regulação do meio interno, sendo um equilíbrio dinâmico e constante. Agentes Estressores que podem levar a ruptura da homeostase, são fatores que podemos classificá-los em várias espécies e geralmente agem em conjunto. Segundo Rio, em 1995, são vários tipos de estresse, físico, psíquico, sobrecarga, crônico, agudo, etc.. EXEMPLOS: • Agente Estressor Térmico, a pessoa pode estar submetida a uma temperatura muito elevada, que acabará gerando o aumento da temperatura corporal exigindo que os mecanismos de termorregulação entrem em ação, para que o organismo não superaqueça. • Agente Estressor Químico, como quando inalamos algo de origem química que pode afetar o bom funcionamento do corpo e de alguma maneira a resposta do corpo tem que se iniciar para reequilibrar o organismo. Ex.: droga inoculada, fármaco mal dosado. • Agente Estressor Patogênico, entra no organismo e abala o funcionamento, enquanto o organismo desencadeia várias respostas para tentar combatê-lo. Ex.; Covid-19 Stress: é um conjunto de fatores estressores agindo sobre o corpo. E segundo Selye, em 1965, o estresse significa uma reação inespecífica do organismo frente a qualquer exigência. Porque, o desencadeamento das respostas (conjunto sindrômico) em busca do reequilíbrio são as mesmas, diante de todo e qualquer agente estressor. Ø Síndrome Geral de Adaptação: é a síntese das respostas que são deflagradas frente a ruptura da homeostase, ou seja, um conjunto de situações/respostas que são desencadeadas para tentar reverter a quebra do equilíbrio. É dividida em 3 fases, reação de alarme que se divide em choque e contrachoque, de resistência que perdura enquanto os agentes estressor abalarem o corpo, e de exaustão. Ø Pode ser negativo ou positivo: todo stress que causa a ruptura da homeostase e leva o corpo o a ter que forçar um maior funcionamento com mais gasto de energia é negativo, ou aqueles que agem cronicamente, podendo levar o individuo a uma etapa de exaustão que pode causar o óbito também. Já a atividade física, quando feita de maneira adequada na dose certa para que o corpo rompa sua homeostase, mas consiga buscar adaptações favoráveis, é um stress positivo, mas quando mal dosado pode ser negativo. RESPOSTAS: Quando a Homeostase é rompida, o sistema nervoso que percebe as alterações e deflagra as respostas mediando a ação de correção via sistema endócrino. Portanto, existem 2 vertentes diferentes de resposta: ü A primeira etapa é o sistema nervoso sintático, que estimula diretamente uma glândula, suprarrenal, que é dividida em externa (Córtex) e interna (Medula). A Medula Adrenalproduz e libera os hormônios Adrenalina e Noradrenalina, que são super importantes para diversas funções. Na corrente sanguínea, vão gerar as ações mais importantes para combater a ruptura da homeostase, que são o aumento do bombeamento de sangue, que leva nutrientes e oxigênio para as células que vão estar produzindo mais ATP, e a noradrenalina faz o desvio de sangue de áreas onde não está sendo muito necessário naquele momento e vasodilata outras onde que para reverter a situação o sangue é mais necessário. Além disso, esses hormônios vão fazer com que os pulmões ventilem mais, para captar mais ar, levando mais oxigênio pra dentro da circulação. ü A Segunda etapa se faz pelo hipotálamo, através do hormônio da Adenohipófise que libera o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) que regula o córtex das suprarrenais, que libera cerca de 30 hormônios, entre eles o glicocorticoides, que têm características androgênicas, e o cortisol (principal marcador de estresse no organismo) que é imprescindível ser liberado para que ele atue junto ao fígado, e o mesmo libere glicose para a circulação. “Para Selye, 1965, a reação hormonal do estresse é acentuada, sobretudo no eixo hipotálamo hipófise-córtex da suprarrenal. Um grupo de células do hipotálamo libera uma substância denominada fator, que é um hormônio de liberação ou inibição, este é transportado para o lobo anterior da hipófise. O fator que irá estimular Adenohipófise, será o hormônio de liberação da corticotropina (CRF). O CRF induzirá a Adenohipófise a liberação do hormônio adrenocorticotropina (ACTH) e este estimula a liberação de hormônios pelo córtex da suprarrenal em especial os glicocorticoides, dentre esses se acentua o cortisol.” FEEDBACK NEGATIVO: • Todo processo de ruptura do corpo é corrigido através do feedback; • Principal processo de correção das alterações que surgem no corpo; • Sempre que há correção de um problema a resposta gerada é interrompida;
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