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TIPOS DE ORÇAMENTO 1- Tradicional; 2- De desempenho; 3- Orçamento-programa 4- Orçamento base zero. TIPOS DE ORÇAMENTO TRADICIONAL Orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco em questões contábeis, em detrimento da atenção às reais necessidades da coletividade e da administração. Não havia menção a qualquer objetivo ou meta a ser atingida. Há especificações de despesas e receitas sem a presença de um planejamento do governo. TIPOS DE ORÇAMENTO TRADICIONAL - A distribuição dos recursos para unidades orçamentárias se dá com base na proporção dos recursos gastos em exercícios anteriores e não em função do programa de trabalho que pretendem realizar. Após a definição dos gastos de custeio, se houvesse sobra, ou na linguagem técnica, se houvesse um superávit orçamentário, então seriam implementados novos investimentos, os quais poderiam ser a criação de novos serviços ou na melhoria dos serviços já existentes. Representa o início da evolução do orçamento público. TIPOS DE ORÇAMENTO DE DESEMPENHO Evidenciar as "coisas que o governo compra" passa a ser menos importante em relação às "coisas que o governo faz". Ênfase é dada ao resultado. Orçamento apenas estima e autoriza as despesas pelos produtos finais a obter ou tarefas a realizar, com ênfase limitada no resultado, sem vinculação a um programa ou planejamento governamental central das ações do governo Também conhecido como funcional ou de realizações; TIPOS DE ORÇAMENTO DE DESEMPENHO Tem-se a evidenciação contábil de receitas e despesas; Órgãos seriam contemplados com recursos orçamentários conforme o desempenho no exercício anterior. Com isso, havia uma certa competição entre os órgãos pela divisão dos recursos e, portanto, contemplava-se com mais recursos a entidade que possuía mais prestigio político ou quem se destacava em termos de realizações. Apesar de apresentar certa relevância com a busca pelos objetivos e metas do governo, faltava-lhe ainda sua vinculação com o Planejamento. TIPOS DE ORÇAMENTO DE DESEMPENHO Não poderia ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe faltava algumas características essenciais, entre elas, a vinculação ao Sistema de Planejamento (PPA). Apresenta os propósitos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários, os custos dos programas propostos para atingir aqueles objetivos e dados quantitativos que meçam as realizações e o trabalho levado a efeito em cada programa TIPOS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PROGRAMA Recursos se relacionam a objetivos, metas e projetos de um plano de governo: a um programa Plano de trabalho expresso por objetivos, ações e metas a serem alcançadas, vinculadas a um processo de planejamento público de médio ou longo prazo e pela identificação dos recursos necessários à sua execução. Modelo adotado no Brasil a partir da Lei n. 4.320/64, que preza por um instrumento de organização da atuação estatal: Art. 2°. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos aos princípios de unidade, universalidade e anualidade. TIPOS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PROGRAMA Depois de inserido na Lei nº 4.320/64, o orçamento-programa não foi efetivamente implementado. Três anos após, o Decreto-Lei nº 200/67 reforçou a ideia de orçamento-programa em seu art.16: Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual. TIPOS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PROGRAMA Decreto Federal nº 2.829/98 e da Portaria MOG nº 42/1999 aplicada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: Passou a ser obrigatória a identificação, nas leis orçamentárias, das técnicas relativas ao orçamento-programa na elaboração das propostas orçamentárias. Com isso, o orçamento-programa foi efetivamente implementado na Lei nº 9.969, de 11 de Maio de 2000 (Lei Orçamentária Anual de 2000), como parte do Plano Plurianual (PPA), planejamento de médio prazo, de 2000/2003. TIPOS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PROGRAMA CF/88 que solidificou a técnica do orçamento-programa, instituindo um sistema orçamentário baseado no planejamento de médio prazo (materializado no PPA) e na definição de prioridades a cada ano (disciplina da LDO). Instrumento de planejamento da ação do governo, por meio de programas de trabalho, projeto e atividades, com o estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados. TIPOS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PROGRAMA É o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização; A alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas; As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis; Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício; A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento; Principal critério de classificação: funcional-programático; Utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados; O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais. TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO BASE ZERO Método em que todo recurso solicitado é criticamente analisado a fim de que, quando da elaboração da proposta orçamentária, haja um real questionamento dos recursos nas respectivas áreas, sem qualquer compromisso com um montante inicial de dotação. Cada órgão que solicita recurso deve justificar os seus gastos sem utilizar o montante do exercício anterior como parâmetro para valor inicial mínimo. TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO BASE ZERO Administrador justifica o orçamento proposto em cada detalhe, com a respectiva quantia a ser gasta, sem o parâmetro do exercício anterior. é uma análise criteriosa dos recursos solicitados pelos órgãos do governo. Deverão verificar a verdadeira necessidade de cada área governamental. TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO BASE ZERO Exige do gestor público o conhecimento de todas as prioridades do órgão, para que sejam classificadas em ordem de importância. Caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as decisões são voltadas para a maximização da eficiência na alocação dos recursos públicos. No OBZ, busca-se evitar a ocorrência do incrementalismo e da inércia TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO BASE ZERO Todos os programas de trabalho devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário; Não há “preferência” por programas existentes apenas pelo fato de já estarem em execução; é necessário que haja evidências de sucesso para sua permanência na agenda. Vantagens: Ajuda detectar orçamentos inflados; elimina processos que não agregam valor; aumenta a comunicação e coordenação dentro da organização. TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO BASE ZERO Desvantagens do Orçamento Base Zero: consome mais tempo para a sua elaboração; obriga os gestores a justificar cada item do orçamento; requer treinamento específico dos gestores. TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTOPARTICIPATIVO Abrange a população ao processo decisório e há uma relação entre o Executivo e Legislativo. O orçamento participativo foi criado em 1989 na cidade de Porto Alegre, fruto de convergência de diversos fatores como: movimentos sociais organizados demandando por maior participação popular; A Constituição de 1988, que facilitava tal participação nas decisões municipais e a vitória do Partido dos Trabalhadores (PT), que montou sua plataforma política exatamente nesta abertura da prefeitura a uma maior participação civil deram maior visibilidade ao Orçamento Participativo TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTOPARTICIPATIVO No Brasil, dada a quantidade de despesas obrigatórias e a pouca flexibilidadepara o redirecionamento das ações governamentais, os processos que contemplam a participação popular na definição dos orçamentos se atêm a uma parcela restrita da alocação dos recursos. Incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade Ouvir de forma direta as comunidades para a definição das ações do governo, para resolução dos problemas por elas considerados prioritários TIPOS DE ORÇAMENTO TÉCNICAS DE ORÇAMENTO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO Necessidade de elaborar um bom site para busca de informação, participação civil, transparência e monitoramento seja um ótimo ponto de partida. Esperança de criar processos orçamentários públicos, abertos e transparentes, que permitissem aos cidadãos se envolverem diretamente na seleção de resultados específicos de políticas públicas TIPOS DE ORÇAMENTO TIPOS DE ORÇAMENTO 1- Orçamento clássico ou tradicional tem ênfase naquilo que a instituição realiza, não no que ela gasta. 2- O orçamento tradicional tinha como foco o controle, para que o Poder Legislativo não extrapolasse a proposta do Poder Executivo. 3- Uma das virtudes do orçamento tradicional era a de se programar excedentes orçamentários para o financiamento dos investimentos pretendidos. 1- orçamento clássico ou tradicional tem ênfase naquilo que a instituição gasta, não no que realiza. ERRADO 2- orçamento surgiu como forma de controle do parlamento sobre o executivo patrimonialista. O erro está no controle sobre o Poder Legislativo (parlamento). ERRADO 3- O orçamento clássico ou tradicional não tinha qualquer perfil de programação para investimentos. ERRADO 21 TIPOS DE ORÇAMENTO 4- O orçamento de desempenho está dirigido mais para os produtos gerados pela administração pública que pelos resultados propriamente ditos; 5- orçamento por desempenho caracteriza-se pela forte vinculação ao sistema de planejamento. 6- Uma das vantagens do orçamento-programa em relação ao orçamento tradicional é a possibilidade de se conjugar a formulação do orçamento ao planejamento governamental. 7- No orçamento-programa, a alocação dos recursos está dissociada da consecução dos objetivos. 4- Ao contratio mais dirigido aos resultados ERRADO 5 – ERRADO 6- certo 7- errado. orçamento-programa, os objetivos são fixados previamente, antes da alocação dos recursos. 22 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ORÇAMENTÁRIA - Carta Magna determinou sua observância relativamente aos projetos de leis orçamentárias (art. 166, § 7o), além de ordenar, especificamente, a publicação pelo Poder Executivo, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (art. 165, § 3o) 23 23 PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS Impostos, que são decretados independentemente de qualquer atuação específica do Estado, destinam-se a prover a execução de obras públicas e serviços públicos gerais. 24 24 PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS Não se sujeitam a essa proibição: Repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159; A destinação de recursos para as ações e serviços de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para a realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212. A prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8o, bem como o disposto no § 4o26 do art. 167 25 25 PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS Ao contribuinte, não cabe indagar o que será feito com o produto da arrecadação de impostos, pelo menos enquanto contribuinte. Porém, enquanto cidadão, poderá questionar não só a vinculação, como também a má aplicação dos recursos advindos de tributos em geral. 26 26 PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS A vinculação por ser prévia, universal e indiscriminada provoca distorções na alocação de recursos, comprometendo a otimização do retorno da despesa pública (FURTADO, 2013) 27 27 PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE DOS INCENTIVOS FISCAIS Em regra, incentivos tributários ou fiscais dependem de lei específica do ente político competente. Essa lei específica não poderá tratar de várias espécies de incentivos fiscais referentes aos diversos tributos e ao mesmo tempo cuidar de matérias afins. 28 28 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Estimativas de receitas e as autorizações de despesas devem referir-se a um período limitado de tempo, em geral, um ano ou o chamado "exercício financeiro", que corresponde ao período de vigência do orçamento. Art. 2. da Lei n. 4.320/1964, "a Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade 29 29 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Fundamentos: A previsão orçamentária não pode ter uma existência limitada; Realização de maior controle da sua execução; Proteção do contribuinte: revisão periódica da carga tributária 30 30 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Exceção: A autorização e abertura de créditos especiais e extraordinários se promulgados nos últimos quatro meses do ano-conforme art. 167, § 2, da CF: "'os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses, casos em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente". 31 31 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE § 5. do art. 165 da CF Determina que o orçamento deve considerar todas as receitas e todas as despesas, e nenhuma instituição governamental deve ficar afastada do orçamento 32 32 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE O princípio da universalidade também contempla tudo que pode aumentar e diminuir a arrecadação da receita e a realização da despesa. Todas as receitas e despesas devem ser inclusas na LOA Nenhuma instituição pública deve ficar fora do Orçamento Nenhuma despesa pode ser realizada sem autorização legislativa 33 33 PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO Todas as parcelas de receitas e despesas, obrigatoriamente, devem fazer parte do orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de deduções. 34 34 PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 6º da Lei nº 4.320/1964: todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções 35 35 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE Veda a inserção de matéria estranha em leis orçamentário-financeiras. § 8 do art. 165 - Constituição Federal: a lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas, nos termos da lei. 36 36 PRINCÍPIO DA UNIDADE Orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. Cada esfera de Governo deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existem o Orçamento da União, o de cada estado e o de cada município. 37 p. 40 afo 37 PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO DE VERBAS Vedada a transposição, o remanejamento, a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Relação com o princípio da legalidade. 38 p. 40 afo 38 PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO DE VERBAS Transposição: realocação no âmbito de programas de trabalho, dentro do mesmo órgão Remanejamento: realocação na organização de um ente público com destinação de recursos de um órgão para o outro Transferência: realocação de recursos entre categoriaseconômicas de despesas, dentro do mesmo órgão e do mesmo programa de trabalho. 39 p. 40 afo 39 PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO O orçamento deve ser elo entre planejamento e ações governamentais; Exigência da CF/88 - PPA 40 p. 40 afo 40 ORÇAMENTO PÚBLICO
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