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febre de origem indeterminada

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Luisa Krejci 
Febre de origem indeterminada 
Definição:
Temos como definição nada mais e nada menos que: 
Uma síndrome clínica tendo como principal manifestação a febre, que apesar de esforços para identificação da causa, permanece sem uma etiologia esclarecida.
Foi definida através de 3 critérios:
•Temperatura axilar superior a 38,3 em diversas ocasiões;
•Duração mínima de 2 ou mais semanas;
•Ausência de diagnóstico etiológico após uma semana de investigação hospitalar.
Obs: Como hoje temos maior tecnologia em diagnostico, alguns especialistas sugerem a redução do tempo para 3 dias de investigação hospitalar ou três consultas ambulatoriais. 
Obs: a maioria dos casos são de doenças comuns com apresentação atípica. (?) pois é ne... não vamos chamar Dr.house não kkkk 
Princípios gerais na abordagem inicial que precisamos ter em mente, antes de tudo: 
· Certificar que o paciente está com febre
· Excluir doenças potencialmente graves e tratáveis 
· Excluir febre provocada por medicamentos 
· Exclua imunodepressão subjacente 
· Pensar sempre em associação de doenças 
· Manter boa relação médico-paciente
· Há um tempo para agir e um tempo para esperar 
Etiologia:
As causas da febre de origem desconhecida geralmente são divididas em 4 categorias: 
· Infecções (25 a 50%): tuberculose e abcessos. 
· Doenças do tecido conjuntivo (10 a 22%): doença de still e arterite de células gigantes.
· Neoplasmas (5 a 35%): linfomas e leucemia 
· Diversas (15 a 25%)
O mal uso de antibióticos e anti-inflamatórios e erros de interpretação de exames são responsáveis por aumentar o número de casos.
Obs: países desenvolvidos, causas não infecciosas e subdesenvolvidos, causas infecciosas.
Importante saber: 
HIPERTEMIA x FEBRE: A febre é definida pela elevação da temperatura do termostato hipotalâmico e, consequentemente, do corpo. Já a hipertermia, é definida pelo aumento da temperatura corporal sem elevação do limiar de temperatura no hipotálamo.
Diagnostico:
A investigação diagnóstica deve se basear:
· Nas doenças que mais tem associação com FOI. 
· Conhecimento do ambiente de origem do paciente.
· Sua idade.
· Seu estado imunológico 
· Epidemiologia do local.
O primeiro passo para investigação, é o obvio é se certificar de que o paciente realmente tem febre.
A temperatura axilar deve ser aferida pelo menos 4 vezes ao dia e é considerado febre se for pelo menos 37,8.
Deve-se fazer uma anamnese minuciosa e repeti-la periodicamente.
Anamnese não pode se limitar a dados orgânicos, mas deve abranger: 
· Aspectos profissionais, 
· Local de moradia, 
· Padrão da febre 
· Contato com pessoas doentes e animais, 
· Viagens, endemias dos lugares visitados. 
A história pregressa deve ser investigada: 
· Uso de medicações atuais e prévias, 
· Doenças anteriores, 
· Internações, 
· Cirurgias, transfusões sanguíneas 
· Patologias dentárias.
A história familiar deve ser cuidadosamente detalhada, buscando por parentes com sintomas semelhantes, provenientes de uma exposição comum ou de doenças de caráter genético.
O exame físico também deve ser completo e detalhado, deve-se pesquisar especialmente por:
· Lesões cutâneas, 
· Lesões em orofaringe, 
· Seios paranasais, 
· Visceromegalias, 
· Adenomegalias, 
· Sopros cardíacos massas palpáveis em abdome e pelve. 
O exame físico completo deve ser realizado diariamente buscando novos sinais.
Obs: O peso corporal deve ser aferido semanalmente. Perda de peso progressiva e rápida associada a febre prolongada costuma estar associado a neoplasia maligna.
Após anamnese e exame físicos completos, deve-se excluir doenças potencialmente graves com tratamento disponível.
Obs: Principais causas de morte evitável por FOI:
· Endocardite bacteriana, 
· Doenças das vias biliares, 
· Abscessos abdominais e 
· infecções em imunossupressores 
investigar se a causa não está sendo por uso de medicamentos, como efeito colateral, o principal é: penicilina. 
Exames complementares: 
A investigação deve começar com a coleta de uma amostra de sangue que ficará guardada a 4oC e servirá para comparar níveis de anticorpos no futuro e saber se eles estão aumentando ou diminuindo com o curso da doença/tratamento.
Exames laboratoriais: hemograma que é pouco específico, pode trazer informações importantes que norteiam a investigação. (sugerem neoplasia ou infecção bacteriana.)
Exames que podem ajudar: 
· Hemograma, hepatograma
· 3 pares de hemoculturas (sítios diferentes e horas separadas)
· Rx de tórax e perfil
· Sorologias (hepatites, HIV, CMV e outras)
· Urina I e culturas
· VHS E PCR
· Provas reumatológicas 
· TC de tórax e abdome 
Após a avaliação inicial, as biópsias
são importantes para o esclarecimento etiológico.
As principais são de linfonodos, de medula óssea e de fígado.
Os exames de imagem podem ser utilizados para localizar linfonodomegalias em planos profundos.
Importante: A cirurgia é o passo final da investigação e deve ser planejado de forma cautelosa quando não houver nenhum outro método laboratorial ou de imagem disponível.
Os materiais obtidos na laparotomia devem ser enviados para estudo citológico e cultivados para bactérias aeróbicas, anaeróbicas e micobactérias.
Fluxograma das etapas de exames: 
Tratamento:
É importante que a equipe multiprofissional tenha um bom relacionamento com o paciente e sua família, pois a febre prolongada sem diagnóstico e tratamento causa ansiedade.
Além de que, o grande número de exames e o extenso período de internação levam os familiares e o paciente a duvidar da competência da equipe de saúde.
O tratamento da FOI só pode ser realizado com sucesso após a identificação da etiologia causadora da febre, para que o tratamento seja direcionado a patologia específica do paciente.
FOI;
Hematologia e bioquimica
sorologias
cultura
testes cutaneos 
exames de imagem 
biopsias
laparotomia exploratoria 
Luisa krejci

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