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padlet.com/isabelaportugal36/smu0nbckk56zkm8d Motor de Relutância Seminário da disciplina de Máquinas Elétricas. ISABELA PORTUGAL 15/11/20, 21:56 HS Motores de Relutância Augusto Cordeiro Bernardo Mol Daniel Correia Isabela Portugal Natália Gentil CONCEITO DE RELUTÂNCIA: Comecemos com a de�nição de relutância, que é a oposição do material/meio a passagem de linhas de campo magnético. Quanto maior a RELUTÂNCIA de um meio -> menor sua REATÂNCIA Quanto menor a RELUTÂNCIA de um meio -> maior sua REATÂNCIA. https://padlet.com/isabelaportugal36/smu0nbckk56zkm8d https://padlet.com/isabelaportugal36 MOTOR DE RELUTÂNCIA - COMPOSIÇÃO: Composto por um Rotor e um Estator, feitos com materiais ferromagnéticos. O estator apresenta saliências onde �cam presentes os seus enrolamentos. Em contrapartida, o motor de relutância não necessariamente apresenta enrolamentos a serem alimentados, nem apresenta ímãs permanentes. MOTOR DE RELUTÂNCIA - FUNCIONAMENTO: Um motor de relutância pode ser classi�cado como: Relutância variável ou relutância comutável: Em uma máquina com relutância comutável tanto o estator quanto o rotor são alimentados com correntes, enquanto na máquina com relutância variável (MRV), apenas o estator é alimentado. MÁQUINA DE RELUTÂNCIA VARIÁVEL (MRV): A máquina é composta por circuitos independentes e, enquanto temos o estator alimentado com corrente alternada, o rotor, por sua vez, não apresenta enrolamentos a serem alimentados, nem ímãs permanentes. Ele é constituído por lâminas de material magnético �xados ao longo de seu eixo, formando pólos salientes. Esse tipo de construção garante: Robustez; viabiliza operação em velocidades elevadas; reduz as perdas joulicas no rotor; Aumenta o rendimento da máquina. MÁQUINA DE RELUTÂNCIA VARIÁVEL (MRV): Cada uma das fases da máquina é excitada por vez. Com isso, são gerados, naturalmente nos pólos no estator, que produzem seu próprio �uxo de campo magnético, quando isso ocorre, o rotor se moverá de forma que seus polos se alinharam com esse campo, buscando um posicionamento onde a relutância seja mínima. Uma vez alinhado, esta fase deixa de ser excitada e a outra passa a ser alimentada, produzindo um novo �uxo e fazendo com que o rotor se mova novamente, em busca do alinhamento de menor relutância. Esse processo se repete continuamente e, por https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/35f0bd18b142a3d4503bf71fd1ea9627/figura1.JPG isso, este tipo de motor é também classi�cado como motor de passo, ou seja, sua rotação não é contínua. Quanto maior o número de pólos, menor a quantidade de regiões de conjugado nulo e menores serão as oscilações do conjugado. As regiões de conjugado nulo ocorrem quando a Reatância é mínima e máxima. Até a potência de 150KW esse tipo de motor apresenta: Bom rendimento; Boa densidade de potência; Baixa inércia; Baixo custo de fabricação; Con�abilidade e tolerância a falhas; Pode operar com a perda de uma das fases. MÁQUINA DE RELUTÂNCIA VARIÁVEL (MRV): Para este motor trifásico de 12 polos de estator e 8 de rotor, percebemos que na posição “a”, o rotor ainda não está alinhado, o que indica uma maior relutância e, consequentemente, uma menor reatância. Ao se mover em busca de uma posição de menor relutância, a reatância irá se elevando aos poucos até que o rotor �nalmente alcance a posição “b”, onde a relutância é mínima e, consequentemente, a reatância seja máxima. MODELO MATEMÁTICO: Tensão nos terminais de cada fase: MODELO MATEMÁTICO: Conjugado mecânico, onde: D é o coe�ciente de atrito viscoso do sistema J é o momento de inércia do sistema ACIONAMENTO DA MRV: Este tipo de máquina, não pode ser simplesmente ligada a uma fonte cc ou ca. A alimentação dos enrolamentos de estator deve ocorrer de forma cuidadosa, temporizada, e relacionada com a posição do rotor de forma a produzir um conjugado médio útil. Os controladores empregados são implementados em softwares https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/cc21a6a93998bb82e1b8f5caaacf2eac/figura2.JPG https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/eac81e8700f492fec23221d43a331ef5/FIGURA7.JPG https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/cd62676e2a08c11df03f8a355d99309e/FIGURA8.JPG e determinam a sequência e as formas de onda da excitação da fase requerida para obter as características conjugado-velocidade desejadas. Eles geralmente consistem de componentes eletrônicos de baixa potência os quais não podem ser usados para fornecer diretamente as correntes necessárias para excitar as fases do motor. Invés disso, eles atuam no inversor, que por sua vez fornece a corrente de fase. Vale ressaltar que neste tipo de máquina, o sentido do conjugado não depende do sentido da corrente aplicada. Com isso, o acionamento do motor se torna mais simples pois, como não há a necessidade de se produzir uma corrente reversa, o circuito de controle pode utilizar, em determinados modos de operação, somente uma chave por fase, reduzindo assim o custo e a complexidade do conjunto motor/conversor. APLICAÇÕES: Os motores de relutância são robustos, têm construção simples e baixo custo de fabricação, por esses motivos são muito utilizados em acionamentos de velocidade variável, processador de alimentos, substituição dos servo-acionamentos tradicionais, aplicações em altas velocidades, entre outras. Nas aplicações que demandam acionamento com velocidade variável é muito comum optar pelos motores de relutância variável (MRV). São utilizados nos mais diversos setores, como, também, em: veículos elétricos, empilhadeiras, compressores de ar, bombas, maquinaria têxtil, acessórios automotivos, máquinas de limpeza e eletrodomésticos. A �gura abaixo apresenta um motor de passo de relutância variável em uma aplicação industrial. O conjunto consiste em uma bomba de líquido com �uxo constante e o motor de passo é controlado por um circuito processador que recebe informações sobre o �uxo de líquido, que o mantém constante. APLICAÇÕES: Outra possível aplicação é o posicionamento da cabeça de leitura e gravação de um drive de disco �exível conforme apresentado na �gura abaixo. https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/cc10e6ce172fd2266b77021505a0017a/figura3.JPG https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/87b3d501bd1b9e23fc4ab55bdafe04d6/FIGURA4.JPG APLICAÇÕES: Outra aplicação importante é apresentada na imagem abaixo. O motor de passo com relutância variável pode ser utilizado é utilizado para posicionar o papel, que pode avançar ou recuar na máquina, e também para movimentar com precisão a cabeça de impressão sobre o papel. APLICAÇÕES: O motor de passo também é utilizado em automação, elevadores, robótica e mecatrônica. No exemplo abaixo, o motor com relutância variável foi utilizado para o controle preciso de movimento com a estrutura em blocos apresentada para lógica de robótica. CURIOSIDADE: EVOLUÇÃO DA TOPOLOGIA DO ROTOR Para uma melhor compreensão da evolução construtiva dos motores https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/967598a01121238d6c270d6996c4e3e6/FIGURA5.JPG https://padlet-uploads.storage.googleapis.com/854353569/2273a5c712273da7fb264b439d80be61/FIGURA6.JPG síncronos de relutância, são apresentados, cronologicamente, os principais marcos de seu desenvolvimento: 1923 – 1963: O trabalho apresentado em 1923 por J. K. Kostko foi o ponto de partida. Kostko propôs uma nova con�guração de rotor segmentado em que são introduzidas barreiras de �uxo, incrementando os seus índices de desempenho, em comparação ao rotor convencional. As barreiras de �uxo são ranhuras no rotor que permitem minimizar o �uxo segundo o eixo em quadratura e, ao mesmo tempo, possibilitam �uir mais facilmente o �uxo segundo o eixo direto. 1963 – 1967: Em 1967, Lawrenson e Agu otimizaram o projeto anterior com a inclusão de um canal no centro de cada segmento do rotor, melhorando ainda mais as suas características de desempenho. Apesar desse ganho, a construção complicadado rotor e os altos custos envolvidos limitaram a sua aplicação. 1970 – 1972: O fato marcante neste intervalo foi o projeto dos rotores com barreiras de �uxo. Neste projeto, o rotor possuía duas barreiras de �uxo por pólo e era dotado de gaiola de partida. Ao contrário do rotor convencional e segmentado, era acionado através de um inversor com uma relação constante entre a tensão e a frequência de estator. A principal característica procurada com estas variações no projeto dos rotores é obter uma maior relação entre as indutâncias segundo o eixo direto e o eixo em quadratura, melhorando os índices de desempenho. 1972 – 1986: Em 1966 Cruickshank e Menzies apresentaram a primeira máquina de gaiola com o rotor axialmente laminado. Embora a laminação axial apresentasse um grande potencial em termos de desempenho, principalmente uma alta relação entre as suas indutâncias de eixo direto e eixo em quadratura, o motor não foi plenamente utilizado devido a restrições de projeto impostas pela presença da gaiola de partida. Essas restrições �zeram com que o seu desempenho fosse inferior ao do motor de indução equivalente, diminuindo o seu interesse nos anos seguintes. 1989 – 2001: A partir de 1989, foram desenvolvidos os motores com rotor axialmente laminado sem a gaiola de partida, que apresentam altos índices de desempenho. Com o desenvolvimento da eletrônica de potência e o aprimoramento das estratégias de controle, o motor síncrono de relutância com rotor axialmente laminado, controlado vetorialmente, renovou o interesse dos pesquisadores na sua utilização em acionamentos de alto desempenho. ※※※※※※