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Parecer Juridico caso Os Exploradores da Caverna

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
CAMPÛS DE SANTIAGO - CURSO DE DIREITO NOTURNO 
 I SEMESTRE
INTRODUÇÃO AO DIREITO I – Prof.ª FABIANA BARCELOS DA SILVA CARDOSO
BETINA DE LIMA
VANESSA SALBEGO
PARECER JURIDICO SOBRE O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA
SANTIAGO-RS
2020
Título: Parecer Jurídico, “O caso dos exploradores de caverna” 
Endereçamento: Fabiana Barcelos da Silva
Ementa: RÉUS CONDENADOS POR ASSASSINATO. PROCESSO CRIMINAL. HOMICÍDIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. ART. 121. FILOSOFIA DO DIREITO.
Parecer nº 0001/2020 ACIDENTE COM TRABALHADORES QUE DEVIDO A SITUAÇÃO DE SOBREVIVENCIA RESULTA EM ASSASSINATO DE ROGER WHETMORE. JULGAMENTOS EM CONTRAPOSIÇÃO, PARECER PELA CONDENÇÃO DOS TRABALHADORES QUE COMETERAM O ATO ILÍCITO.
Relatório: 
                O Caso dos Exploradores de Cavernas. Trata-se nos presentes autos do processo a condenação dos quatro membros da Sociedade Espeleológica pela morte do Sr. Roger Whetmore. No ano de 4299 os referidos membros adentraram sob a companhia do Sr. Roger Whetmore a uma caverna, durante a expedição na caverna, onde ocorreu um desmoronamento de pedras, assim trancando a entrada da mesma, devido a dificuldade da comunicação e a demora da volta dos exploradores, foi enviada outra equipe na caverna em busca de notícias dos exploradores, para saber o motivo da demora. Mas somente no vigésimo dia, depois do encaminhado o grupo de buscas, foi que os exploradores conseguiram contato com uma equipe de socorro, por um rádio transistorizado, sendo assim o presidente da comissão de resgate foi questionado por Roger, quantos dias ainda levaria para serem resgatados e se sobreviveriam nas condições em que se encontravam, sem alimento, em resposta ficou dito que mais 10 dias para que a equipe conseguisse retirá-los do local e que havia a possibilidade de não resistirem até o resgate, após perdeu -se a comunicação durante 8 horas. Assim que conseguiram estabelecer uma nova comunicação, Roger Whetmore, perguntou ao médico da equipe de resgate se poderiam resistir alimentando-se da carne humana, ninguém queria se comprometer com tal informação, mas muito a contragosto o presidente da comissão respondeu em sentido afirmativo, continuou questionando se deveriam escolher em um jogo de sorte qual deles seria sacrificado, mas ninguém ousou se comprometer com tal método, logo após a comunicação caiu novamente pois supostamente havia acabado a bateria do rádio. Quando os espeleólogos foram libertados soube-se que no vigésimo terceiro dia após adentrarem a caverna o Sr. Whetmore tinha sido morto e sua carne serviu de alimento para seus companheiros. Segundo os relatos dos companheiros, Whetmore teria proposto tirar na sorte, para saber qual deles serviriam de mantimento, inicialmente os acusados hesitaram, mas adiante concordaram com o feito. Entretanto, antes que estes fossem lançados o Sr. Whetmore declarou desistência e foi acusado de violação do acordo. Então, quando chegou a sua vez um dos acusados atirou-os em seu lugar, o que foi adversa a sorte, e então foi morto.
          Passo a opinar.
Tomando como base o dispositivo legal de que:
“Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte” N.C.S.A (n.s) § 12-A
 
Fundamentação:
Diante de tais informações, o que tem como provas é apenas as palavras dos réus, que não pode ser apenas a única questão levada em consideração, visto que as únicas testemunhas deste caso são os acusados, quem garante o que de fato aconteceu no interior da caverna, qual o real motivo que estes tiveram para assassinar seu colega no vigésimo terceiro dia, mesmo que por sobrevivência, não justifica tal atrocidade, sendo que muitas pessoas morrem de desnutrição no mundo e nem assim foi adotado o método do canibalismo para a sobrevivência, sabemos que no presente ato cometido pelos réus estes não se encontravam em estado de necessidade, pois mesmo alegando tais circunstâncias, poderiam sim ter aguardado, sabendo que os exploradores não morreriam todos de uma única vez, logo automaticamente o primeiro que viesse a falecer serviria de alimento para os demais poder sobreviver, podemos dar de exemplo, temos relatos reais da tragédia dos sobreviventes do desastre aéreo dos Andes, ocorrido em 13 de outubro de 1972, mas nem com as condições que se encontravam, sem suprimentos e presos, tiveram tal reação, aguardaram para que o mais fraco viesse a falência e assim pudessem se alimentar sem cometer crime algum. Sabemos que os réus encontravam-se em plena consciência de seus atos, e que não eram homens comuns pois estes eram estudados e conheciam seus direitos e deveres como cidadãos e mesmo tendo a ciência que Roger em um momento de lucidez recusou-se a participar de tal ato tão repugnante, decidiram a vida de seu companheiro em um jogo de dados que a vítima se recusou a participar e mesmo assim o assassinaram brutalmente, por ter desistido de algo que ele propôs e veio ao arrependimento. Os exploradores cometeram sem pudor o crime de homicídio, mesmo nas circunstâncias em que se encontravam nenhuma vida é mais valiosa que a outra, assim diz que o valor do bem jurídico que consiste na vida humana é inquestionável e inadmissível. A vida é um direito inviolável, que temos como base o que está no Art. 5° da Constituição da República Federativa do Brasil, que é a nossa lei maior. Assim diz: 
Art. 5° . Todos os homens são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, segurança e a propriedade. (CF,2000).
 Nesse caso ressalto então, que os reús em momento algum tinham direito de determinar as ações que deveriam ser tomadas com a vida alheia, e de ter que medir qual mais valiosa, sendo que dentre elas, todas eram valiosas e únicas.
Conclusão: 
Portanto diante dos fatos concluo que os acusados da morte de Roger devem ser condenados por terem assassinado e dilacerado seu corpo, conforme o Art. 
121, capítulo 2, III IV do Código Penal. 
 
Por fim, o mesmo só poderá ser aprovado pela justiça!
É o parecer.
 Betina de Fatíma de Lima
 Vanessa Bordignon Salbego
Santiago – RS
04 de Maio de 2020.

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