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Direito Tributário - Tributos em Espécie e Processo Tributário (1)

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Direito Tributário - Tributos em Espécie e Processo Tributário
A propositura de uma Execução Fiscal (Lei n.º 6.830/1980) para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias, parte de um procedimento específico, permeado pela ideia da indisponibilidade do erário público e pela celeridade quanto à satisfação dos créditos fazendários. A simplificação do procedimento, por vezes, pode deixar para trás a existência de vícios praticados tanto no seu curso em si, quanto no que diz respeito à constituição do título executivo de que se constitui a Certidão de Dívida Ativa (CDA). Neste contexto, o domínio dos instrumentos de defesa do executado é de fundamental importância, para o adequado manejo e para que surtam os seus devidos efeitos corretivos em âmbito judicial.
Considerando as informações apresentadas, disserte acerca das defesas do Executado no âmbito da Execução Fiscal, especificamente quanto aos Embargos do Devedor ou Embargos à Execução e quanto à chamada Exceção de Pré-executividade. Justifique sua resposta.
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Quanto aos embargos do devedor, que tem sua previsão legal na Lei de Execuções Fiscais, em seu art. 16. Este, ou seja, os embargos, devem ser oferecidos em 30 dias, a contar da data de efetivação do depósito judicial, da data da juntada aos autos da prova da fiança bancária ou do seguro garantia e da data de intimação da penhora efetiva em garantia do juízo. Por estes motivos, deve o executado estar atento a esse prazo para então exercer esse meio de defesa. 
Em prática, o executado pode abordar toda e qualquer matéria de defesa, de acordo o artigo 745 do Código de Processo Civil, na redação da Lei 11.382/06, aplicável subsidiariamente, haja vista a Lei 6.832/80 ser omissa a respeito.
Já a Exceção de Pré-executividade trata-se de uma forma que é possibilitada ao executado de intervir no curso da execução, comunicando ao magistrado a existência de algum óbice ao seu prosseguimento. O professor João Aurino de Melo Filho (FILHO, 2015) a define como um meio de reação ou oposição do executado contra a execução. Não obstante a exceção de pré-executividade não possuir previsão legal, esta forma de defesa privilegia os princípios do contraditório e da ampla defesa previstos, respectivamente, no art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.

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