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INTOXICAÇÃO POR CARBAMATO E ORGANOFOSFORADO

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São inibidores da enzima acetilcolinesterase. 
Classificados como colinérgicos indiretos de 
receptores muscarínicos. O mecanismo de 
ação se dá a partir da ligação dessas drogas a 
enzima acetilcolinesterase impedindo e 
bloqueando a reação de catabolismo da 
acetilcolina e consequentemente aumentado a 
quantidade de acetilcolina livre para se ligar a 
receptores muscarínicos exercerem seus 
efeitos colinérgicos. 
 
Figura 1 – CHUMBINHO 
 
Chumbinho inicialmente era composto por 
carbamato, entretanto atualmente possui 
organofosforado em sua composição. A 
intoxicação por chumbinho em pequenos 
animais ocorre com certa frequência e o 
tratamento precisa ser iniciado o mais rápido 
possível. 
 
Na medicina veterinário são usados como 
endoparasiticidas e ectoparasiticidas e são 
muito eficazes nessas apresentações. Erros 
 
 
de uso são comuns e podem acabar intoxicando 
os animais devido aos seguintes erros: 
• Diluição do produto de forma errada, 
aplicando assim quantidade excessiva no 
animal. 
• Animal acabar ingerindo a droga via oral 
durante o banho. 
• Acidentes de manejo. 
Além do uso tópico na medicina veterinária 
apresentam uso agrícola e domiciliar. 
• Uso agrícola: São utilizados como 
agrotóxicos e inseticidas nas lavouras. 
• Uso domiciliar: São usados para a limpeza 
de ambiente contra ectoparasitas. As 
orientações de dosagem dever sem 
seguidas e o ambiente deve ser mantido 
arejado após a aplicação para que não 
ocorra intoxicação. 
 
Figura 2 - Uso agrícola de carbamatos e 
organofosforados nas lavouras 
 
• São muito lipossolúveis chegando em 
TODOS os tecidos e órgãos 
• São rapidamente absorvidos pela pele, 
trato respiratório e digestório 
• Ultrapassam a barreira hematoencefálica 
chegando ao sistema nervoso 
intoxicação 
• Ultrapassam também a placenta 
• A biotransformação é hepática (P450) e a 
eliminação é renal-fecal 
• Caso fêmea esteja em lactação ocorre a 
eliminação pelo leite 
 
O modo de ação da acetilcolinesterase se dá 
pela ligação da acetilcolina em seus dois sítios 
ativos: 
• Sítio aniônico 
• Sítio esterásico 
Após essa ligação ocorre a hidrólise da 
acetilcolina em duas moléculas: 
• Molécula colina 
• Molécula de ácido acético 
É necessário a ligação da acetilcolina nos dois 
sítios enzimáticos para que ocorra sua 
hidrólise. 
 
Carbamatos e organofosforados se ligam a 
enzima acetilcolinesterase bloqueando a 
ligação e hidrolise de acetilcolina. A 
consequência desse bloqueio é o acúmulo de 
acetilcolina e sua ação mais intensa e 
prolongada na membrana pós-sináptica. 
 
• Ocorre a ligação do carbamato nos dois 
sítios ativos da enzima acetilcolinesterase 
• Carbamilação – Ligação dos carbamatos a 
enzima acetilcolinesterase 
• Carbamilação é uma ligação fraca e 
reversível, o retorno a atividade normal da 
enzima acetilcolinesterase depende da 
dose usada, idade e espécie. 
 
• Ocorre a ligação do organofosforado no 
sítio esterásico da enzima 
acetilcolinesterase 
• Ao se ligar ao sítio esterásico ocorre 
fosforilação 
• Fosforilação é uma ligação estável e 
irreversível 
Acetilcolinesterase, presente nas sinapses 
neuronais. Butirilcolinesterase presente no 
plasma sanguíneo. 
 
A maior parte das manifestações clínicas 
estão relacionadas com as ações em 
receptores muscarínicos que estão presentes 
nas musculaturas lisas. 
• Ocorre o aumento da secreção de 
glândulas exócrinas – sialorreia e 
lacrimejamentos 
• Miose 
• Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, 
incontinência fecal 
• Hipersecreção brônquica, 
broncoconstrição, dispneia e cianose 
• Bradicardia e hipotensão 
• Incontinência urinaria 
A níveis motores somáticos por ação em 
receptores nicotínicos podem ocorrer: 
• Fasciculação 
• Fraqueza muscular generalizada 
• Paralisia 
• Tremores 
Ocorre também alterações no sistema 
nervoso, como: 
• Sonolência 
• Letargia 
• Fadiga 
• Convulsão 
• Ataxia 
• Depressão de centros respiratório e 
cardiovasculares 
 
• Histórico e avaliação clínica 
• Manifestações clínicas: Prestar atenção 
nas manifestações como sialorreia, miose, 
vômitos, diarreias, fasciculação, entre 
outros. 
• Necropsia – Presença de grande 
quantidade de muco pulmonar e secreções 
no sistema gastrointestinal. 
• Resposta ao tratamento: Quando o animal 
apresenta melhora do quadro após 
aplicação do protocolo para intoxicação 
por anticolinesterásicos 
• Dosagem de acetilcolinesterase: Feita a 
dosagem da enzima no sangue do animal. 
Esse exame não é rápido e pode ser feito 
pós mortem a fim de confirma o 
diagnóstico. 
 
1. Deve ser administrado atropina 
2. Animal deve ser colocado no oxigeno para 
tratar a dispneia. 
3. Caso a intoxicação tenha sito por via tópica 
é recomendado banho com água 
temperatura ambiente para morna para 
tirar o excesso do produto da pele do 
animal. Não é indicado água quente, nem 
que esfregue a pele do animal a fim de não 
favorecer a absorção do produto pelos 
poros 
4. Provocar vômito: Apenas é indicado caso o 
animal tenha acabado de ingerir, sem que 
apresente sintomas de intoxicação 
5. Ingestão de carvão ativado caso a 
intoxicação tenha sito por via oral 
6. Animal deve ser mantido na fluidoterapia a 
fim de reidratar e repor a perda de 
eletrólitos devido a quadros de vômitos e 
diarreias. 
 
• Deve ser administrada a dose de 0,1 a 0,5 
ml/kg via IV 
• Primeira conduta a ser tomada na suspeita 
de intoxicação por carbamato e 
organofosforado 
• Atropina é antagonista competitivo da 
acetilcolina a receptores muscarínicos a 
nível central e periférico 
• Possui meia vida curta de 4 horas 
• EFEITOS NORMAIS E ESPERADOS APÓS 
APLICAÇÃO 
o Excitação leve 
o Aumento de frequência cardíaca 
o Diminuição do peristaltismo do 
sistema gastrointestinal 
o Diminuição da secreção de glândulas 
exócrinas 
o Relaxamento da musculatura lisa: 
brônquios e bexiga 
o Midríase 
• SINAIS CLÍNICOS DE ATROPNIZAÇÃO 
CORRETA 
o Supressão de secreções 
o Taquicardia 
o Midríase 
• INTOXICAÇÃO POR ATROPINA 
o Midríase constante 
o Excitação e agitação psicomotora 
o Arritmias cárdicas 
o Ressecamento excessivo da mucosa 
oral 
Deve-se tomar cuidado para não acabar 
intoxicando o animal por atropina durante o 
tratamento de intoxicação por carbamatos e 
organofosforado. 
 
 
• Deve ser uma SOMENTE em intoxicação 
por ORGANOFOSFORADO 
• Antes de entrar com pralidoxima fazer 
ATROPINA – um não substitui o outro 
• Deve ser administrado apenas na 6h iniciais 
• MECANISMO DE AÇÃO 
o São antídotos verdadeiros 
o Se ligam ao organofosforado e 
conseguem quebrar e retirá-lo do 
sítio ativo esterásico 
 
• DIAZEPAN - Deve ser administrado caso 
ocorra convulsões devido a intoxicação 
• Ajuda também no relaxamento muscular 
• Contraindicação 
o Morfina 
o Barbitúricos 
o Fenotiazínicos 
o Causam arritmias graves, 
depressão 
cardiovascular/respiratória