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O organismo é dividido em sistemas, o sistema em órgãos e os órgãos em tecidos Cada órgão tem células de vários tecidos: tecido nervoso, muscular, epitelial e conjuntivo, que sãos os quatro tecidos básicos. O sangue é um do tecido conjuntivo estando na classe dos de transporte. È conjuntivo, pois na organização as células estão dispersas na matriz extracelular. No caso do sangue é o plasma. Esse plasma é liquido e na maioria das vezes nos tecidos a matriz amorfa é representada por diversas proteínas fibronectina, laminina que não necessariamente formam fibras. O sangue não tem essa matriz fibrosa, mas quando o sangue coagula podemos ver umas fibrilas entre as células. As células também podem ficar em determinadas condições em que se apresente com essas fibrilas. Essas fibrilas, no caso, são o resultado da reação do fibrinogênio que é uma proteína solúvel que por ação de toda uma reação química que leva o sangue a cogular o fibrinogênio é convertido em fibrina, e as células ficam presas a matriz que antes era liquida e se tornou fibrosa. Essa matriz é dinâmica e sob determinadas situações ele vai coagular e as células vão ficar presas sem se movimentar. Essa fibrina é uma malha que pode ser vista ao microscópio e as células ficam como um tecido conjuntivo fibroso. Então, o sangue é um tecido conjuntivo que tem essa condição muito particular de que frequentemente essa matriz é liquida sendo chamada de plasma. Algumas vezes essa fase liquida é chamada de soro. O soro é a fase liquida de um sangue que sofreu coagulação. Depois que cogula há uma retração das células e aparece uma fase liquida, aquele coagula sofre uma retração e aparece uma fase liquida. Ali nós já não temos fibrinogênio solúvel. O fibrinogênio foi convertido em fibrina e prendeu todas as células. O cálcio é necessário para que haja coagulação, por isso muitos anticoagulantes são inibidores da ação do cálcio. Inibindo a ação do cálcio as células ficam livres e ai você tem separação das células da fase liquida mas nesse plasma você tem o fibrinogênio livre e outras substâncias. Se tratando de soro ele passa a ter uma série de fatores de crescimento (substâncias que reagem com receptores e ativam a proliferação celular). O soro é um produto que tem uma grande concentração de fatores de crescimento e por isso é tão usado. Um desses fatores é liberado pelas plaquetas. Ele tem muito mais fatores proliferativos que o plasma e por isso se trabalha mais com ele. O soro é um produto que se consegue após a coagulação, ou seja, a fase liquida após a coagulação. Se você impede a coagulação o que você tem é plasma. A coagulação do sangue é um processo de ativação que leva as células a serem imobilizadas. Em geral quando um vaso é lesado essa cascata é ativada para impedir que o sangue saia livremente. A lesão estimula a área a liberar fatores que levam o fibrinogênio a se converter em fibina e isso é o resultado de uma cascata de de reações quimics chamadas via intriseca e via extrínseca. Quando forma a fibrina as células ficam presas pela formação de um tampão. Esse tampão é o que é chamado de coágulo ou trombo que impede a perda sanguínea. Esa é uma reação de defesa que impede a saída do sangue e ele se foram em 2 ou 3 minutos. O revestimento do vaso tem fatores que impedem a formação do coágulo. Se ele for retirado ele forma placas de coágulo por não haver mais esses fatores. O plasma contém água (92%), fibrinogênio, globulinas (grupo em que se encontra as imunoglobulinas), a abulmina que, dentre outras funções, retém água no espaço vascular devido a sua hidrofilicidade. Essa proteína (proteína produzida pelos hepatócitos) controla a pressão osmótica do sangue. Esse controle de pressão osmótica fica muito fácil de ser percebido em uma pessoa com doença renal: devido ao erro na filtragem do sangue a pessoa acaba perdendo muitas proteínas, dentre elas a abulmina. Esse quandro resulta em uma hipoabulminia (baixa abulmina no sangue). Como é a abulmina que controla a pressão osmótico, a troca de água entre os tecidos e a água que fica no espaço vascular termina retendo mais água nos tecidos do que deveria. A consequência disso é que essas pessoas acabam apresentando inchaço dentro dos membros inferiores, um edema. O plasma também contém íons solúveis, subst. Não proteicas, produtos metabólicos, nutrientes, aminoácidos, gases, substâncias reguladoras. As células do sangue são analisadas ao microscópio e isso demanda a preparação da células. Esfregaço sanguíneo: se pega um uma gota espeça e esfrega-se Distensão sanguínea: se pega a gota e distende-se uma lâmina sobre a outra. A camada fina resultante permite a individualização das células. Uma lâmina a 45 graus e uma gota em geral menos de 50 mmL são utilizadas. Estuda-se o sangue por distensão sanguínea. Essas células precisam ser coradas, pois, diferentemente das hemácias, não conseguiríamos visualizá-las de outra forma. Essa coloração usa em geral dois corantes: Azul de Metileno e Eosina. O Azul de Metileno é um corante básico e a Eosina ácido. Esse equilíbrio ácido/básico nos ajuda a discriminar núcleo do citoplasma, grânulo que tem afinidade pelo azul de metileno ou não, por exemplo. Diferenciar e dar nomes aos leucócitos. As hemácias são células anucleadas nos humanos mas em alguns animais essas células são nucleadas (aves e anfíbios). Alguns cientistas costumam dizer que nos humanos temos hemácias e nas aves e anfíbios temos eritrócitos. A quem diga que não devamos chamar nos mamíferos as hemácias de eritrócitos porque a hemácia deixou de ser uma célula pela perda do núcleo. Eritrocito é uma célula vermelha e a hemácia não tem núcleo então não devem se chamar assim. Algumas pessoas a chamam de corpúsculo do sangue. A hemácia perde o núcleo na última etapa de seu amadurecimento. A hemácia tem a forma de um disco bicôncavo. Ela é discoide. Tem uma região central em que ela concentra menor volume de hemoglobina por conta dessa concavidade no meio. E temos certeza da normalidade da forma quando olhamos após corar com eosina um halo no centro (área mais clara). Se ao levar o sangue ao microscópio e não se encontrar esse halo no meio essa hemácia está com a forma alterada e pode ser um esferocito e isso é uma doença genética em que algumas pessoas tem as hemácias em forma de esfera. Ela tem um tamanho médio de 7 micometros. Se você muda a salinidade do meio elas podem inchar ou desinchar, mas isso é induzido in vitro para fins didáticos. No citoplasma predomina hemoglobina. A membrana das hemácias é bilipidica e possui proteínas integrais na membrana e que nas hemácias vale destacar a glicoforina A e a Banda 3. A glicoforina A e a Banda3 tem uma propriedade comum que é a fixação das proteínas do citoesqueleto. A espectrina é a proteína que predomina no citoesqueleto das hemácias. Ela fica organizada debaixo da membrana como se forma-se umas alças. O citoesqueleto garante a forma da célula dentre outras funções. A esterocitose hereditária e a a elitocitose hereditária são exemplos de doenças em que a forma do citoesqueleto (espectrina) é alterada em com isso toda a forma da hemácia é afetada. No caso da esterocitose há deficiência de espectrina. A taxa de síntese de determinadas proteínas varia e isso é regulado geneticamente. Diminuição na quantidade de espectrina pode ser uma causa da esterocitose. Na verdade a espectrina forma alguns amarrados que ficxam a espectrinas nas proteínas integrais de membrana. Então essas proteínas da membrana se ligam a espectrina por proteínas acessórias como a 4.1, a actina, tropomiosina. Existe uma alteração de forma da hemácia que não tem nada a ver com citoesqueleto: anemia falciforme. A forma da hemácia se altera sempre que o teor de oxigênio está baixo e a quantidade varia com o local em que elas estão. Essas hemácias em condições em que o teor de oxigênio está muito baixo a forma dela se altera porque a hemoglobina sofre uma precipitação (alteração da estrutura dahemoglobina). Isso acontece porque alguns indivíduos nascem com mutações nos genes que expressam as proteínas que constroem as cadeias da hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína complexa com duas cadeias alfa e beta que são expressas por genes distintos. Mutações que levam a alterações no final dos códons muda um aminoácido que vai entrar na construção da hemoglobina, alterando a proteína final. Hemoglobina é uma proteína plasmática que está presente no citoplasma da hemácia. Existem outras alterações na hemoglobina como a Talassemia. A talassemia é uma doença genética em que a concentração de hemoglobina cai muito na hemácia e acaba provocando várias alterações genéticas. Tem vários tipos de talassemia e isso tem a ver com a concentração da hemoglobina. A Talassemia é uma doença genética em que ocorre uma alteração na expressão da hemoglobina em que essa altrações vão comprometer uma ou as duas cadeias que formam essa proteína acabam ocasionando a baixa concentração de hemoglobina. Além de ter essas proteínas, a membrana da hem´cia tem açucares. Muitas dessas estruturas são estruturas que vão se constituar numa coisa que vamos chamar de sistemas de grupos sanguíneos. Sistemas de grupos sanguíneos representam várias estruturas da membrana que são determinados geneticamente que geram as diferenças halotipicas entre nós. São os sistemas de grupos sanguíneos que vão mostrar pequenas diferenças em nossa espécie. O sistem ABO tem o antígeno A, B e O. Nesse caso ele é representado por um oligossacarídeo composto por glicose, duas galactoses e no meio delas uma N-acetilglicosamina. O antígeno O além desses quatro tem uma fucose na galactose terminal. Esse oligossacarídeo também está presente no falso O, pois não tem a fucose. O grupo bombei são alguns indivíduos que não tem a fucose no final. O grupo do antígeno A tem a fucose na mesma posição que a do grupo O e mais uma Nacetilgalactosamina no finalzinho por conta de o individuo do grupo A ter uma enzima diferente da do grupo O e ela adiciona essa N-acetilgalactocosamina (N-acetilgalactosaminil transferase). O individuo do grupo B tem mais uma galactose no final (D-galactosiltransferase). O individuo do grupo AB tem os dois tipos de enzima. Hora vai ter o antígeno A e hora o antígeno B na membrana das hemácias. As vezes a quantidade do antígeno é tão não balanceada que acaba resultando em erro na constatação do grupo sanguíneo. Apenas métodos mais sensíveis são capazes de lidar com essa propriedade. Existe outro sistema que é guiado por um sistema de proteínas complexas: o sistema RH. O antígeno que representa por sistema RH é uma proteína e, além disso, é bem complexa. È uma proteína integral que está na membrana e tem vários antígenos (Cc, DD, Ee...). Além disso há vários outros sistemas ( mais de 20): Kel, o outro Diego, Mn, sistema Duff. A heterogeneidade das nossas hemácias representada pela expressão genica diferente de um individuo para outro leva a presença de antígenos em nossas hemácias que nos diferenciam entre si. Por isso é tão importante saber dos diferentes sistemas de grupos sanguíneos, pois haverão situações em que embora o individuo seja do mesmo grupo ABO e RH a transfusão será incompatível. A incompatibilidade ocorre porque este recebeu múltiplas transfusões de sangue vão fazer com que se produzam anticorpos contra os outros sistemas de grupo sanguíneo. A eritropoese é o processo de produção das hemácias. Ele acontece ao nível da medula óssea. Nos indivíduos adultos a produção do sangue é intramedular na cavidade dos ossos esponjosos (medula ossea). Na extremidade dos nossos ossos longos e no interios de ossos chatos nos temos cavidades que são trabeculadas com uma construção parecida com uma esponja. No interior desses ossos nos vamos encontrar os precursores hematopoesicos que são eritoblastos, células muito imaturas que ainda sofrem divisão celular e diferenciação e proliferação. Os eritoblastos passam por diversas alterações. Essas alterações causam mudanças na forma e no tamanho. A quantidade de mitocôndrias diminuem. Os ribossomos também diminuem. As alterações ocorrem dos estágios mais precoces para os estágios mais tardios. Tem menos ribossomos ao longo da diferenciação e isso tem a ver com o amadurecimento. Os primeiros estágios tem divisão celular. Quando chega ao último estágio não há mais divisão celular e nele acontece a perda do núcleo. Então, a última etapa do amadurecimento da hemácia é a perda do núcleo que pela equivalência a uma citocinese (última etapa da divisão celular – o núcleo vai para um lado e não deixa quase citoplasma e quase se cola a membrana plasmática). O que obra é uma célula sem núcleo. Esse núcleo sai como se fosse uma última divisão celular em que o núcleo sai envolto em uma membrana. A hemácia que acabou de ser formada é reticulocito. Reticulocito tem uma coloração um pouco diferente de uma hemácia normal. 1 a 2% da hemácia circulante é hemácia jovem. Quando se corou essa hemácia jovem se formou uma estrutura formando rede. Isso é o RNA ribossomal que sobra as vezes ainda no eritoblasto que está em seu último estágio, ele precipita e forma uma rede (Reticulocito: célula que tem uma rede). Então, essas hemácias jovem vão amadurecer e perder esse RNA que será degradado. Essas hemácias vão durar por volta de 120 dias e depois serão eliminadas por um processo chamado hemocaterese por conta de um processo de envelhecimento. Um dos hormônios importantes na produção das nossas hemácias é a eritropoetina. A eritropoietina é um fator que age nessas células para que elas amadureçam e formem nossas hemácias. A eritropoietina não é produzida na medula óssea. Ela é produzida no rim e são os túbulos renais que produzem eritropoietina. É uma cooperação de diversos órgãos para a produção das nossas hemácias e é por isso que pessoas que tem doenças renais também tem anemia. Os leucócitos são divididos em pelo menos dois grandes grupos. Eles são mais de cinco tipos, mas os livros só falam de cinco tipos, porque essas funções, que pareciam ser tão especificas de um determinado grupo termina sendo compartilhada por uma determinada célula que é um pouquinho diferente, mas essa pequena diferença faz com que elas entrem em um grupo diferente. Ainda existem células chamadas de NKT. Dois diversos tipos de leoucocitos que temos no sangue são divididos em granulocitos e em agranulocitos. Conclui-se então que o fato de apresentar granulo no citoplasma ou não apresentar granulo no citoplasma separa dois grandes grupos. Quanto ao núcleo estes leucócitos (?)são chamado de polimorfos nucleares, pois a forma varia. São granulocitos que estão no sangue e podem ter o núcleo com formas diferentes. Os granulocitos tem núcleo polimorfo nuclear. Os agranulocitos tem núcleo que geralmente é mononuclear. A forma não costuma mudar muito. O formato do núcleo é esférico e pode apresentar uma uma depressão (hilo). Nem sempre temos uma oportunidade de ver isso por conta do ângulo da visualização. Os granulocitos são os neutrófilos, os eosinofelos e os basófilos. Eles receberam esse nome por conta da afinidade dos grânulos por determinado corante. O basófilo é um grânulo ácido que tem afinidade pelo azul de metileno. Os eosinofelos terão grânulos com afinidade pela eosina. E os neutrófilos não tem muita afinidade nem por um nem por outro. Quando levamos ao microscópio eletrônico nós encontramos esse grânulos muito facilmente visível. Esses grânulos, no caso dos neutrófilos, na microscopia eletrônico, nós conseguimos revelar bem. No caso dos basófilos quando olhamos na microscopia. Menos de 1% dos nossos grânulos são basófilos. As formas dos núcleos Metamiolecito (primeira forma), Bastão (segunda forma) e Segmentado (Forma final). Quando chmamos de eosinofelo ele já está maduro e são encontrados na faixa dos 4%. 70% dos nossos leuococitos são neutrófilos. Os mononucleares são representados pelos monócitos e pelos linfócitos.Os monócitos podem representaraté 8% dos nossos leuococitos e os linfócitos aproximadamente 35%. Os monócitos são os maiores leuococitos do sangue (15 micrometros) sendo 4 vezes maior que uma hemácia. Enquanto os linfócitos são os menores e eles são representados por três grandes grupos: Tipo T, B e NK.
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