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Prova AV1_Direito do Consumidor

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FACULDADE UNINASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO DO CONSUMIDOR
1ª Avaliação
	JoALUNO(A)
	 Joseana Keli do Nascimento
	MATRÍCULA
	 01290938
	DISCIPLINA
	Direito do Consumidor 
	DATA DA PROVA
	 07/04/2021
	PROFESSOR
	Micael Benaic Honório Santos 
	TIPO DE PROVA
	----
	TURMA
	5º NA
	CÓDIGO DA TURMA
	PTL0040105NNA
	NOTA
	 
	CCG-MDL-13 Versão 00
ATENÇÃO:
- O(a) estudante deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
- Essa avaliação contém 05 (cinco) questões discursivas. 
- A atividade equivale ao total de 8,0 (oito) pontos. 
- Ao final, o(a) aluno(a) deve encaminhar as respostas para o e-mail do professor: 011800474@prof.uninassau.edu.br 
- O prazo final de envio é 08/04/2021 (quinta-feira), até às 18:30. Atividades enviadas após esse horário, serão automaticamente desconsideradas. 
- Não esquecer informar o nome e número de matrícula, no cabeçalho da atividade. 
QUESTÃO 01
Nas prateleiras do Supermercado Super Bom LTDA, constam informações referentes à quantidade, às características, à composição, à qualidade e ao preço dos produtos, bem como as referentes aos riscos a eles associados, mas não consta informação sobre os tributos incidentes sobre tais produtos. 
Diante da situação apresentada, o supermercado está infringindo regra constante no CDC? Justifique sua resposta. (1,5)
RESPOSTA: Diante do caso mencionado, o Supermercado Super Bom LTDA, NÃO está infringindo o princípio da transparência, prevista no art. 6º, inc. III do CDC, “ a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”, todavia, com a lei 12.741/12 (Lei do Imposto na Nota), a qual, visa dá maior transparência aos tributos pagos pelos consumidores, regulamentou o dever de detalhamento em Nota Fiscal dos tributos cobrados, para informativo aos consumidores, porém, não se faz necessário exposição informativa nas prateleiras, junto aos esclarecimentos do produto a ser vendido. Agora, caso o Supermercado deixe de informar na Nota Fiscal os tributos cobrados, estará sim, infringindo o CDC.
QUESTÃO 02
Letícia passou sua lua de mel em Paris. Ela voltou da França em um voo direto que pousou em Natal (RN). A viagem dos sonhos acabou se transformando em um pesadelo ao final. Isso porque a mala de Letícia foi extraviada pela companhia aérea, que simplesmente perdeu a bagagem. Além do transtorno, Letícia sofreu um enorme prejuízo econômico. Na mala, havia duas bolsas de grife francesa e cinco vestidos da última coleção. Diante disso, Letícia ajuizou ação de indenização contra a “Air Paris” pedindo o pagamento de R$ 100 mil a título de danos materiais, além de reparação por danos morais. A companhia aérea, em contestação, pugnou pela limitação da indenização com base nas convenções de Varsóvia e Montreal. Após a tramitação regular da ação, o processo foi concluso para prolação da sentença. 
Acerca da situação hipotética apresentada, responda, de forma justificada, aos seguintes questionamentos: (1) Em conformidade com entendimento recente do STJ, que solução deverá ser dada ao caso? (2) Existe limitação para a indenização dos danos materiais e morais no sentindo em que argumentou a defesa? (2,0)
RESPOSTA: 1) De conformidade com o caso exposto, a prolação deverá preceituar-se pela jurisprudência do Resp 1.842.066-RS da 3ª Turma, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 09/06/2020 (Info 673), em conformidade com o RE 636331 do STF/RJ, fazendo valer a CF no art. 178 “A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade”, no que tange os transportes internacionais, ratificando os acordos firmados pela União, sendo assim, a solução para o caso deverá prevalecer o art. 22 da Convenção de Montreal, no que se refere a Danos Materiais, todavia, relativo aos Danos Morais, reger-se-á pelo CDC, pois as indenizações por danos morais em decorrência de extravios de bagagens e ou de atrasos de voos internacionais não estão submetidas à tarifação prevista na Convenção de Montreal ou de Varsóvia.
2) Referente a limitação para indenização por Dano Material, no caso citado, SIM, pois de conformidade com o art. 22 da Convenção de Montreal, relativo a perda de bagagem, limita-se a 1.000 Direitos Especiais de Saque, que corresponde hoje a R$ 5.940,00, porque Letícia deixou de informar por escrito, através de Declaração Especial, os bens de valores que integraram a bagagem extraviada, que caso tivesse feito poderia, ela ser ressarcida no valor integral do patrimônio. E no que é relativo ao Dano Moral, NÃO existe limite de valor para a indenização, pois os prejuízos de ordem extrapatrimonial não admite tarifação ou tabelamento prévio, ressalta o Rel. Min. Luis Felipe Salomão - STJ. 4ª Turma, no REsp 1.608.573/RJ, DJe 23/8/2019. 
QUESTÃO 03
Mara adquiriu, diretamente pelo site da fabricante, o creme depilatório Belle et Belle, da empresa Bela Cosméticos Ltda. Antes de iniciar o uso, Mara leu atentamente o rótulo e as instruções, essas unicamente voltadas para a forma de aplicação do produto. Assim que iniciou a aplicação, Mara sentiu queimação na pele e removeu imediatamente o produto, mas, ainda assim, sofreu lesões nos locais de aplicação. A adquirente entrou em contato com a central de atendimento da fornecedora, que lhe explicou ter sido a reação alérgica provocada por uma característica do organismo da consumidora, o que poderia acontecer pela própria natureza química do produto. Não se dando por satisfeita, Mara procurou você, como advogado(a), a fim de saber se é possível buscar a compensação pelos danos sofridos. 
Diante do caso, e considerando os temas abordados em aula, qual princípio atinente ao direito do consumidor teria sido violado pela fornecedora do produto? Justifique sua resposta. (1,5)
RESPOSTA: Diante do caso mencionado acima, o princípio violado do CDC, foi o da Boa-Fé Objetiva, o qual para harmonização do interesses dos participantes das relações de consumo e proteção do consumidor, é de suma importância, foi inobservado, em desacordo do art. 4º caput, inc. III, que cuida do dever do fornecedor, Bela Cosméticos Ltda, em oferecer informações claras ao consumidor, sobre a periculosidade do uso de produto químico que deveria ser apresentado nas informações da composição, que existiam substâncias com potenciais alérgicos e quais trariam perigos à saúde, Art. 9º “O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto”. Nesse caso, Mara, por sua vez é vulnerável na relação de consumo, onde é protegida pelo art. 31 “A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”, c/c com o art 8º da Lei nº 13.486/2017, informações essas, que se tivessem sido apresentadas, não teria ela, vindo a sofrer alergia e como resultado, lesões onde o produto fora aplicado, também não poderá ser afastada a responsabilidade civil do fabricante, por não oferece a segurança desejada, uma vez que o produto é defeituoso.
QUESTÃO 04
Heitor agraciou cinco funcionários de uma de suas sociedades empresárias, situada no Rio Grande do Sul, com uma viagem para curso de treinamento profissional realizado em determinado sábado, de 9h às 15h, numa cidade do Uruguai, há cerca de 50 minutos de voo. Heitor custeou as passagens aéreas, translado e alimentação dos cinco funcionários com sua própriarenda, integralmente desvinculada da atividade empresária. Ocorre que houve atraso no voo sem qualquer justificativa prestada pela companhia aérea. Às 14h, sem previsão de saída do voo, todos desistiram do embarque e perderam o curso de treinamento.
Diante do caso narrado, apesar de Heitor ter boas condições financeiras, enquadra-se na condição de vulnerabilidade e hipossuficiência, assim como os seus funcionários, para o pleito de reparação? Justifique sua resposta. (2,0)
RESPOSTA: Sim, Heitor enquadra-se nas condições de vulnerabilidade (iure et de iure) e hipossuficiência técnica, uma vez que não possui a hipossuficiência econômica, mas não tem meios técnicos para obter provas indispensáveis a elucidação que responsabilize a companhia aérea, fornecedora do transporte, conforme o art. 6º, inc. VIII “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;” o qual é o caso, ainda os deixou de prestar as devidas informações e assistência para atenuar a situação de seus consumidores, que gerou doloroso desconforto e aflição aos que seriam seus passageiros, causando-lhes danos materiais e morais, a serem reparados.
QUESTÃO 05
Com o advento da internet, as relações de consumo se alteraram radicalmente e as pessoas começaram a utilizar computadores, tablets e celulares para realizar grande parte das atividades de consumo, como compras em sites e pedidos de comida por aplicativos de smartphone. Até a compra de supermercado não é mais a mesma: dos carrinhos de ferro, passou-se aos carrinhos de compra virtuais na hora de fazer a feira da semana. 
Partindo desse pressuposto, com o ambiente tão drasticamente atingido pela revolução digital, como um código nascido em 1990 poderia continuar regulando satisfatoriamente as relações de consumo? (1,0)
RESPOSTA: Partindo desse pressuposto, mesmo havendo um notável comércio evolutivo, que na atualidade passou a ser o e-commerce, tem feito com que o STJ se desdobre, no intuito de adequar o CDC nas transformações sofridas pelas contínuas mudanças na maneira de relação entre consumidor e fornecedor, nos últimos trinta e um anos de existência do CDC, o qual tem satisfeito as necessidades e irá regular SIM, de tal forma, por décadas essas relações consumeristas, evolutivamente sendo amparado e assessorado pelo órgão citado acima, bem como, sendo-o atualizado, em alguns artigos, havendo necessidade para adequação legal do código. 
Boa Prova!

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