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Sintese Ações de enfermagem na prevenção do delirium em pacientes na UTI (Maiara e Quezia)

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Introdução Ações de enfermagem na prevenção do delirium em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva 
 
 O presente trabalho trata-se de uma síntese do artigo “Ações de enfermagem na prevenção do delirium em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva”. A unidade de terapia intensiva é um ambiente que tem como objetivo a manutenção da vida e a recuperação da saúde, e para isso, utiliza se de intervenções cada vez mais complexas, aumentando as chances de erros e eventos adversos que colocam em risco a segurança do paciente. O foco principal é apontar os principais eventos adversos/erros que são cometidos na UTI e quais ações de enfermagem são de suma importância na assistência do paciente e as medidas recomendadas para os profissionais da enfermagem que visam garantir a segurança do paciente em UTI. Os principais erros e falhas que ocorrem dentro das Unidades de Terapias Intensivas, estão relacionados a três categorias: aos medicamentos; aos registros nos prontuários e seguimento da SAE e os eventos adversos observados foram lesões por pressão, infecções da corrente sanguínea, flebites, hipotensão arterial, em sua maioria de competência da enfermagem. A principal recomendação consiste na comunicação, na capacitação e na conscientização dos profissionais sobre os erros e eventos adversos. Tendo conhecimento que o Delirium é um distúrbio de consciência e cognição, que tem como características a diminuição da atenção e alterações secundárias tais como percepção alterada, déficit de memória, orientação e raciocínio. Os fatores de risco incluem principalmente, a idade avançada, a privação de sono, imobilidade, desidratação e uso de sedativos. Uns eventos adversos que está cada vez mais comum em unidades de terapia intensiva são os riscos de queda, em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos da América apontou que a prevalência de quedas aumentou 36,3% no ano de 2010.Em outros países tiveram resultados semelhantes no número de quedas. O evento citado pode trazer inúmeras consequências para o paciente, alguns exemplos são as fraturas, a retirada não programada de cateteres vasculares, drenos e sondas, piora no quadro clínico e até mesmo vir a óbito, além dos exemplos citados a queda pode aumentar o tempo de internação do paciente. Alguns fatores de risco contribuem para a maior ocorrência de eventos adversos em pacientes, a maior incidência de quedas ocorre em pacientes com 64 anos ou mais, eventos nos quais ocorrem na maior parte dos casos nas primeiras semanas de internação em que o paciente está se familiarizando com os estados em que se encontra ou em casos de demência, delirium ou alteração de memória. A segurança do paciente tem sido tema bastante abordado nos últimos anos em instituições hospitalares e instituições de saúde pelo mundo, a temática tem sido assunto para debates em diversos lugares, os meios de comunicação a cada dia tem nos dado informações sobre a importância da segurança do paciente. 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
De acordo com as diretrizes para o delirium da National Institute for Health and Care Excelence (NICE) , mostra que a melhoria na qualidade do sono pode ajudar na prevenção do Delirium, dentre outras medidas como evitar contenção precoce, se houver necessidade avaliar de tempo em tempo a necessidade, observar se o paciente está se alimentando, facilitar o acesso com familiares e pessoas conhecidas para tornar o ambiente um pouco mais familiar. As ações de enfermagem e a falta delas podem ser decisivas no período de internação do paciente. O fato da UTI ser um ambiente climaticamente frio, com ausência de janelas e relógio, e com o número de pessoas controladas faz com que o paciente perca a noção de tempo, a luz intensa pode levar a ativação excessiva de cortisol, hormônio responsável pela manutenção da vigília no corpo humano, levando o indivíduo a não ter um sono reparador, ou seja como dito no artigo a equipe de profissionais de saúde deveriam criar uma estratégia para cada paciente de forma individualizada que de alguma forma ajudasse na prevenção do Delirium, lembrando que ao se manter a atividade muscular, passiva ou ativa, minimiza-se a atrofia muscular, melhorando a recuperação do paciente e diminuindo a incidência de delirium e a sua estadia na UTI.
A privação de sono pode acarretar num mal funcionamento cognitivo na má formação de proteínas e pode haver efeito no humor do paciente. uma medida importante da enfermagem está relacionada no aprazamento de medicações colocando horários que não venham interferir na qualidade do sono do paciente e nem venha dificultar as ações medicamentosas. O paciente deve ser estimulado a praticar tarefas básicas afim de promover uma melhor autonomia do cliente. Nas ações para a prevenção do ruído e o controle da iluminação, quando associadas pode demonstrar uma ótima melhora em seu estado do sono. Embora muitas literaturas abominem o uso de contenção mecânicas as vezes se torna necessário para a segurança do próprio paciente, para que ele não venha retirar materiais como tubos, cateteres e drenos que fornecem suporte à vida. Verificar se o paciente faz uso de aparelhos auditivos e óculos pode ajudar a prevenir a desorientação pois passa de necessidade para um conforto melhor do paciente podendo favorecer a interação com o meio. Estudos mostram que a presença de família e amigos pode melhorar significativamente o quadro de desorientação, por isso favorecer esses encontros e indispensável, quando não existe essa possibilidade acionar uma assistente social é indispensável. Está sempre atento na quantidade de alimento que está sendo ingerida pelo paciente é uma ótima tática de prevenção pois se a glicemia diminuir pode acabar provocando casos de hipoglicemia causando a desorientação. Em relação às ações do controle fisiológico, a desidratação é uma causa de delirium, pois causa a perda de eletrólitos e diminui a oxigenação dos órgãos, causando hipóxia. Deste modo as ações para preservar a hidratação previnem não só o delirium, mas outras comorbidades, devendo ser avaliada a hidratação do paciente, incentivada a ingestão hídrica sempre que possível, evitando a constipação e hipóxia
A seguir sera notificado algumas ações de enfermagem que podem ajudar a prevenir/minimizar o impacto do Delirium. 
 
AMBIENTE: 
· Minimizar movimentos da cama em pacientes submetidos à longa internação em UTI 
· Manter um calendário e relógio em um local de fácil visualização. 
· Colocar placa de orientação com os nomes dos membros da equipe de atendimento e a programação diária. 
· Reduzir e controlar luminosidade. 
· Diminuir as luzes principais da UTI entre 23:00 horas e 07:00 horas. 
· Oferecer máscara para os olhos para todos os pacientes. 
· Promover estratégias para reduzir e controlar ruídos em toda a unidade. 
· Manter os corredores silenciosos. 
· Reduzir conversas não clínicas no setor. 
· Reduzir os volumes dos telefones entre 23:00 horas e 07:00 horas. 
· Orientar funcionários e visitantes para falar baixo. 
 
MOBILIZAÇÃO: 
· Promover um posicionamento eficaz para garantir conforto ao paciente. 
· Promover e encorajar mobilização precoce e frequente no leito, através de exercícios ativos e passivos de amplitude de movimento. 
· Encorajar deambulação, fornecendo auxílio e dispositivos 
· Promover o sono e eliminar fatores que interfiram com o ciclo normal de sono 
· Não dar banho de rotina nos pacientes à noite 
· Promover o sono, apagando a luz à noite 
· Programar trechos de sono ininterruptos, ajustando horário de medicamentos, rotinas e procedimentos e minimizando distúrbios e intervenções à noite. 
 
EQUIPAMENTOS / DISPOSITIVOS: 
· Remover ou minimizar equipamentos que não sejam essenciais ou que dificultem a mobilização. 
· Proporcionar recursos visuais, como óculos ou lentes. 
 
 FAMÍLIA E AMIGOS: 
· Incentivar, encorajar e permitir a visita regular e participação frequente de familiares e amigos 
· Fornecer panfletos informativos às famílias 
· Encorajar a família a participar da assistência do paciente, especialmente a alimentaçãoe reorientação. 
 
 CONTROLE FISIOLÓGICO: 
· Avaliar a hidratação do paciente e reconhecer precocemente a desidratação. 
· Incentivar a ingestão oral de líquidos e a reposição hídrica. 
· Evitar constipação. 
· Avaliar a hipóxia e otimizar a saturação de oxigênio 
· Manejo da dor, com avaliação e controle, para otimizar analgesia e garantir conforto ao paciente. 
· Promover auxílio na alimentação e incentivo durante as refeições 
 
 
Referencias: 
DA CRUZ, Franciele Ferreira et al. Segurança do paciente na UTI: uma revisão da literatura. 2018. 
PINCELLI, Erick Lagonegro; WATERS, Camila; ZUPSEL, Zelia Nunes. Ações de enfermagem na prevenção do delirium em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva/Nursing actions in preventing delirium in patients in the Intensive Care Unit. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 60, n. 3, p. 131-139, 2015. 
SEVERO, Isis Marques et al. Fatores de risco para quedas em pacientes adultos hospitalizados: um estudo caso-controle. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 26, 2018.

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