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varicela



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Varicela: Varicela: 
Também conhecida como “catapora” uma infecção viral primária, 
aguda (ALTAMENTE CONTAGIOSA), que é caracterizada pelo 
surgimento de exantema (bolinhas vermelhas), que em torno de 
horas ganham aspecto vesicular e evoluem para pústulas (elevação 
na epiderme que contém fluido turvo/purulento) e que formam 
crostas após 3/4 dias. 
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA CLÍNICA: Presença dessas lesões por 
todo o corpo, sendo umas podem estar em estágio diferente da 
outra e que causam prurido (coceira) -> crianças é benigna e 
autolimitada (geralmente), mas em adultos e adolescentes é mais 
exuberante. 
AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus de RNA (Vírus varicella-zóster). 
TRANSMISSÃO: Disseminação aérea de partículas virais (contato 
direto ou de secreções respiratórias -> raramente ocorre 
transmissão por meio do contato com as lesões). 
O período de incubação da doença varia de 10 a 21 dias, sendo que 
em imunossuprimidos, ele pode menor. Porém o período de 
transmissão varia de 1 a 2 dias antes do aparecimento dos 
exantemas e se prolonga até que todas as lesões fiquem em formato 
de crosta -> uma pessoa que já teve contato com essa patologia fica 
imune permanentemente (raros os casos de reinfecção) e a 
imunidade passiva da mãe para o feto dura até o 6º mês de vida do 
bebê. 
Manifestações clínicas: Podem aparecer manifestações 
anteriormente da formação dos exantemas (prodrômico), e que são 
raras em crianças a não ser que sejam imunossuprimidas, sendo 
essas manifestações: Febre baixa, cefaleia, anorexia e vômito, 
podendo durar de horas a 3 dias. 
 
Gestantes não imunes a varicela e que entraram em contato com 
casos, devem receber imunoglobulinas humanas contra esse vírus 
(encontrados no CRIE). 
O diagnóstico clínico é por meio das manifestações da doença e o 
laboratorial, que é feito para descarte de diagnósticos diferenciais 
em casos graves, pode ser por meio de: Ensaios imunoenzimáticos 
(EIE), aglutinação por látex (AI) e imunofluorescência indireta (IFI), 
embora o PCR seja o teste considerado padrão ouro para o 
diagnóstico de casos de varicela grave -> Amostras são retiradas de 
raspado das lesões. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Varíola, coxsackioses, infecções 
cutâneas, dermatite herpitiforme, impetigos, erupção variceliforme 
de Kaposi, riquetisioses... 
TRATAMENTO: Para pessoas sem risco de agravamento da doença, 
o tratamento deve ser de acordo com a manifestação sintomática 
do indivíduo (anti-termico, alagésicos...), além de fazer recomendação 
de higienes da pele (água e sabão) e corte das unhas e em pacientes 
com infecções secundárias deve ser recomendado o uso de 
antibióticos. Já em pessoas com risco de agravamento da doença, é 
utilizada a administração endovenosa ou oral de aciclovir. 
A notificação compulsória para a varicela é feita apenas em casos 
graves internados ou de óbitos. Além disso, as definições de casos 
de varicela são: 
• Caso suspeito: Paciente com quadro discreto de febre com 
duração de 2 a 3 dias e de início súbito, além de presença de 
sintomas indeterminados e de erupções cutâneas pápulo-
vesicular, que se inicia comumente na face, couro-cabeludo ou 
tronco; 
• Caso confirmado: Paciente com quadro infeccioso de início súbito 
e que apresenta exantema pápulo-vesicular ao longo do corpo 
em diversos estágios, e com a presença de algumas vesículas 
que evoluíram para crostas de 2 a 3 dias, sem outra causa 
aparente (pode ser confirmado com ou sem confirmação 
laboratorial). 
PREVENÇÕES: A prevenção contra a varicela se dá por meio do 
diagnóstico precoce (permite a busca de contatos recentes do 
infectado), isolamento do enfermo (7 dias), da vacinação -> tetraviral 
(sarampo, caxumba, rubéola e varicela) ou monoviral (apenas varicela) 
sendo que a dose de ambas as vacinas é de 0,5mL e deve ser 
aplicada pela via subcutânea. 
Indicações: A vacina é disponível na rotina do sistema público de saúde 
de acordo com: 
• Crianças de 15 meses: Dose de tetraviral em crianças já 
vacinadas para triviral; 
• 4 anos de idade: 1 dose da vacina varicela (atenuada); 
• Povos indígenas a partir dos 7 anos de idade, não vacinados: 1 
ou 2 doses (dependendo do laboratório de fabricação da vacina); 
• Trabalhadores de saúde não vacinados: 1 ou 2 doses 
(dependendo do laboratório da produção da vacina). 
**São considerados surtos por varicela: Casos agregados em 
instituição, creches... e números maiores do que esperados com 
Faculdade Ciências Médicas MG // Medicina preventiva Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D 
base nos anos anteriores. Em ambientes hospitalares, basta a 
confirmação de apenas 1 caso para ser considerado quadro de 
surto. 
**Em casos de surto em hospitais e creches deve ser promovida a 
vacinação de contatos -> vacina em imunocompetentes e maiores 
de 9 meses em até 5 dias. Além disso crianças menores de 9 
meses, gestantes e imunodeprimidos devem receber imunoglobulina 
humana anti-varicela, até 96 horas após o contato; 
**Em casos de contraindicação da vacina, deve ser realizada a 
utilização de imunoglobulinas-humanas anti-varicela; 
**Mulheres em idade fértil devem evitar gravidez até 1 mês após a 
imunização.