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1 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA 2.FEBRE AMARELA INTRODUÇÃO • GÊNERO: FLAVIVIRUS; o Transmitido pelo mesmo gênero do vírus Febre amarela, dengue, Zika, Chikungunya; o Mas apenas a febre amarela é considerada uma zoonose, pois no ciclo de transmissão de todas as doenças, somente no caso da FA tem um hospedeiro animal (primatas → macacos); SINTOMAS EM HUMANOS • Muitas vezes as pessoas acham que estão gripadas, pois os sintomas são muito abrangentes: o Febra alta; o Sensação de mal estar; o Dor de cabeça; o Dor muscular; o Cansaço; o Calafrios; o Náuseas; o Vômitos; o Após três a quatro dias a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente; 2 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA COMPLICAÇÕES: • Há aumento da febre; • Diarreia; • Reaparecimento dos vômitos, dor abdominal; • Icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite); o O vírus da FA tem tropismo pelos hepatócitos provocando uma lesão hepática e gerando uma não degradação da bilirrubina, levando a um acúmulo que acaba gerando uma coloração de mucosas/pele mais amarelada (icterícia), além de caracterizar o nome da doença; • Manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramento no nariz e gengivas) com comprometimento dos órgãos vitais como fígado e rins; • 15% das pessoas contaminadas vão levar a um quadro mais grave, de complicações da febre amarela, que são hospitalizados, com maiores alterações e alguns veem a óbito; PREVENÇÃO: VACINA • Tomar cuidado pois existem medicações contraindicadas da doença, (mas que são dadas em caso de dor e febre na rotina), que podem prejudicar o processo de cicatrização e coagulação, por conta do seu princípio ativo (inibidores de ciclooxigenase que promove a inibição de prostaglandinas (inibe febre e dor) e tromboxano (evita coagulação); o Prostaglandina eleva temperatura corporal e promove dor; o Tromboxano é uma substância coagulante; • Tanto a dengue quanto a FA possuem manifestações hemorrágica; o Dipirona; o Ibuprofeno; o Paracetamol; o Ácido acetil salicílico; O CICLO • Em 1942 a febre amarela foi considerada erradicada no Brasil devido a vacinação, mas o ciclo que foi erradicado foi o ciclo urbano; 3 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA o O Aedes aegypti participa do ciclo urbano da doença, mas não há casos confirmados desta transmissão no brasil há 80 anos; • No começo de 2018 na região sudeste houve a epidemia (CICLO SILVESTRE) de febre amarela; • Existem dois ciclos da Febre amarela; CICLO URBANO (cidades) • Transmissão pelo vírus Aedes aegypt (mosquito com hábitos urbanos), e promove a transmissão entre pessoas infectadas para pessoas não infectadas; • Não é considerada uma zoonose, mas sim uma Antropoonose (somente entre seres humanos); • Foi erradicado no brasil há 80 anos devido a uma vacinação em massa; CICLO SILVESTRE • Reservatório são os primatas que são picados por mosquitos, que promovem a transmissão para seres humanos que passam pela região; o Pessoas que contraíram a doenças estavam próximas a regiões de matas; • Mosquitos de dois gêneros Haemagogus e Sabethes (mosquitos de hábitos silvestres, ficam nas copas das árvores desenvolvendo todo seu ciclo); 4 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA MACACOS • Macacos encontrados mortos em regiões de matas; o Com isso parques são fechados, locais isolados, para que pessoas que frequentassem o local e eventualmente fossem picadas por mosquitos Haemagoggus e Sabethes; o Se não existissem os macacos, iria gerar um aumento na epidemia no local com humanos que iriam continuar frequentando os locais; o Aumento de doses de vacina na região de contaminação; ▪ Regiões longe de parques estão seguras em realção a contaminação do ciclo silvestre; • Se matar o macaco vai piorar a situação, pois quem transmite a febre amarela é o msoquito; o Os macacos atuam como SENTINELAS OU BIO INDICADORES (indicadores de saúde da região); o A morte deles além de ser um problema ecológico podem aumentar o grande número de indivíduos contaminados; • A gravidade da doença nos macacos depende da espécie; o Algumas espécies são mais suscetíveis apresentando mais mortes, enquanto outras são mais resistentes; o O bugio-ruivo (macaco alouatta guariba) é o mais suscetível, apresentando uma maior quantidade de mortes; o O macaco prego (originário da áfrica e berço da febre amarela) apresenta gerações de imunidade adquirida apresentando uma maior resistência ao vírus de forma evolutiva, apresentando uma quantidade de morte reduzida; ▪ Já macacos originários da América do Sul, não apresentam histórico de imunidade de gerações, logo, tornam-se menos resistentes; o Já o sagui (sagui tufo preto) é um intermediário entre o bugio-ruivo e o macaco prego; • Macaco não é o reservatório vitalício da febre amarela; o Se o mosquito picar o macaco, vai transmitir o vírus, caindo na corrente sanguínea ficando de 2 a 4 dias na circulação sanguínea, indo depois para os tecidos como o fígado; 5 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA o Enquanto o vírus estiver na circulação o mosquito pode picar ele e transmitir para outros macacos ou humanos (pode transmitir num espaço de 1 semana); o O macaco em menos de 1 semana ele pode ir a óbito ou adquirir imunidade e neutralizar o vírus e se tornar imune; MEDIDAS PREVENTIVAS PARA OS ANIMAIS: • Isolar os animais infectados do recinto evitando que mosquitos entrem naquele local; o Os macacos podem ficar todo juntos, somente evitar que o mosquito pique algum deles e pique um animal saudável ou ser humano; PARA O SER HUMANO: • Vacinar; o Medida mais efetiva; • Controlar a população de mosquitos; • Uso de repelentes; 6 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA CICLO DE NOTIFICAÇÃO DE FEBRE AMARELA EM MACACOS: PERGUNTAS E RESPOSTAS A RESPEITO DA FEBRE AMARELA 1. A cidade de São Paulo passa por uma epidemia de febre amarela? R: Não, ela passa por uma endemia. Existem casos ao longo de todo ano de febre amarela; Em 2008 o estado de SP passou por uma epidemia; 2. Quem toma ônibus no terminal rodoviário Tietê deve tomar a vacina? R: Não, uma vez em que o mosquito não reside na rodoviária. O habitat dos mosquitos é na região dos parques; 3. Uma pessoa que reside fora da área e ficará hospedada na área de contágio por um curto período de tempo, deve se vacinar? R: Sim. Deverá ser vacinada. Não importa o tempo de permanência, a pessoa ficará exposta de qualquer forma; 4. Tomei a vacina e depois lembrei que já tinha sido vacinado. O que pode acontecer? O que devo fazer? 7 LUIZA CASTRO – MEDICINA VETERINÁRIA R: Não há problemas. Pode funcionar como reforço imunológico ou não acontecer nada. O que não pode acontecer é tomar a vacina e antes de 10 dias tomar de novo (não dá tempo de gerar resposta imunológica); 5. A vacina fracionada é segura? R: Vacina fracionada = vacina dividida em 5 doses de 0,1 ml (dividiu-se a vacina integral de 0,5 ml em 5 de 0,1 ml). Existem estudos feitos na África que vem sendo acompanhado há 10 anos que embasam a possibilidade de fracionamento vacinal, onde demonstram que as pessoas que tomaram essa vacina não baixaram a imunidade ao longo desses 10 anos. Mas alguns lugares solicitam a vacina integral para poder adentrar ao país; 6. Quem já tomou a vacina há mais de dez anos precisa tomar novamente? R: A vacina atual de febre amarela é uma vacina vitalícia (até 2017/2018 acreditava- se que era necessário o reforço em 10 anos); 7. Pode ter efeito colateral? R: Sim, toda vacina pode causar efeito colateral, porém esses efeitos são brandos (febre baixa, dor no local da aplicação etc.). Existe sim a possibilidade de evolução para óbito por conta de reação vacinal; 8. Quem não mora na área de risco, mas frequentou recentemente os parques fechados devese vacinar? R: A vacinação deve ser feita previamente a exposição a zonas de risco. A vacinação pós exposição não surte efeito. Se ela já frequentou o parque já se expos ao vírus, agora deve esperar um tempo para ver se realmente contraiu, e depois se vacinar; 9. Tivemos casos de febre amarela silvestre na cidade de São Paulo este ano? R: Sim. Casos humanos e casos em macacos; 10. A vacina ataca o fígado? A vacina é de má qualidade? R: Se a ANVISA liberou ela é considerada segura e de boa qualidade;
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