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Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 10 AULA 09 – Impactos da dívida pública na liquidez do sistema financeiro, esterilização, impactos cambiais. Metas de Inflação. Modelo Pós-Keynesiano de fragilidade financeira. SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA Impactos da dívida pública 02 Metas de Inflação 05 Modelo Pós-Keynesiano de fragilidade financeira 07 Olá caros(as) amigos(as), Esta é a última aula de nosso curso. Apresentarei os itens faltantes, que estão presentes no sumário logo acima. São itens bastante curtos. A maioria deles é mero aprofundamentos teórico de temas já vistos em aulas passadas. Peço que, mesmo após o concurso, continuem acessando a área do aluno. Passada a prova objetiva e a quantidade de compromissos a que estive sujeito neste início de ano, terei condições de prestar um apoio em relação à prova discursiva. Pretendo comentar alguns temas (uns 30 a 35 temas), além de fazer uma aula de técnicas de discursivas; e disponibilizar esse material gratuitamente, dentro da área dos nossos cursos da STN. É o mínimo que posso fazer, diante da série de atrasos de aulas a que todos vocês foram submetidos. E aí, todos prontos? Então, aos estudos! Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 10 LM LM i EFEITO DE UM AUMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA (Deslocamento para a direita da curva IS) Equilíbrio inicial E2 iE2 E1 iE1 E1 iE1 IS2 IS1 IS1 Y YE1 YE1 YE2 1. Impactos da dívida pública na liquidez do sistema financeiro, esterilização, impactos cambiais 1) Impactos na liquidez do sistema financeiro Os aumentos do déficit e da dívida pública (política fiscal expansiva) geram relevantes consequências econômicas. Estas consequências foram estudadas por nós nos modelo IS-LM e OA-DA. Vimos que, em regra, aumentos do déficit provocam aumento do produto, mas provocam também aumento dos juros e dos preços (inflação). Na análise gráfica dos modelos, isto não é difícil de ser verificado. No que tange à parte teórica, também já estudamos estes assuntos nas aulas 04 e 05. Quero, aqui, apenas esclarecer por que já estudamos, para não parecer que deixamos de ministrar o conteúdo no curso ;-) O aumento da dívida pública é proveniente de déficits públicos, ou de políticas fiscais expansivas. No estudo da teoria dos fundos emprestáveis (aula 04, página 23), vimos que esta política fiscal expansiva do governo reduz a poupança nacional, tornando menor a oferta de fundos emprestáveis. Como os recursos utilizados pelo sistema financeiro são oriundos justamente da poupança da economia, pode-se concluir Em outras palavras: a dívida pública reduz a liquidez do sistema financeiro. Do ponto de vista gráfico, isto é verificado facilmente no modelo IS-LM (deslocamento da IS para a direita): Do ponto de vista teórico, isto é explicado pela teoria dos fundos emprestáveis. Quando temos um aumento do déficit público ou da dívida pública, isto reduz a poupança do governo, o que reduz a poupança Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 10 nacional. A consequência será uma menor liquidez do sistema financeiro (menor oferta de fundos emprestáveis). A menor liquidez do sistema financeiro fará com que a taxa de juros aumente. Finalmente, como sabemos, o aumento da taxa de juros fará o nível de investimentos da economia cair. Ou seja, podemos concluir que o aumento da dívida pública (aumento de déficit) reduz a poupança nacional, reduzindo a liquidez do sistema financeiro, o que faz a taxa de juros subir e, ao mesmo tempo, ainda faz os investimentos privados caírem. Este último fenômeno também foi estudado por nós: o efeito deslocamento ou crowding out (aula 04, página 24). Trata-se de uma mudança na composição da demanda agregada. O aumento do déficit público desloca (ou expulsa) o setor privado da economia, uma vez que há aumento dos gastos do governo em detrimento de uma redução dos investimentos (já que os juros sobem). 2) Impactos cambiais Os impactos cambiais da dívida pública - ou do aumento de déficit público - foram estudados na aula 05 (página 40), quando estudamos os déficits gêmeos. O aumento da dívida pública reduz a poupança nacional, reduzindo também o saldo do comércio exterior de bens e serviços (X – M). Assim, podemos entender que o excesso de gastos de governo, consubstanciado no déficit orçamentário (decorrente de políticas fiscais expansionistas), provoca também déficit comercial. Conforme estudamos na aula regimes cambiais, um déficit comercial (importações superiores às exportações) eleva a demanda de moeda estrangeira no país, uma vez que as operações de importação fazem aumentar a demanda de dólares. Esta elevação da demanda de moeda estrangeira faz seu valor aumentar, de tal forma que o US$ será valorizado, e, consequentemente, o R$ será desvalorizado. Então, podemos concluir que o aumento da dívida pública tende a provocar uma desvalorização da moeda nacional (desvalorização cambial). Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 10 3) Esterilização Agora, um assunto novo, ainda não visto por nós em nenhum momento do curso. Às vezes, quando o BACEN faz intervenções no mercado de câmbio, ocorrerá também, inevitavelmente, alterações na quantidade de M1 (moeda nacional). Estas alterações na quantidade de M1 podem ser indesejáveis. Por exemplo, suponha que, em determinado dia, ocorra um grande aumento na entrada de capitais externos no país. Para evitar uma excessiva valorização cambial (valorização do R$, proveniente da desvalorização do US$), o BACEN pode intervir no mercado de câmbio, no intuito de comprar esse excesso de dólares. Assim, ele evitará a desvalorização do US$ e a consequente valorização do R$. No entanto, se o BACEN comprar estes US$, ele, sem querer, aumentará a quantidade de R$ (M1) na economia. Isto porque, ao comprar os US$, o BACEN pagará com R$, aumentando, portanto, a quantidade de M1 da economia. Este aumento de M1 pode ser indesejável, especialmente porque é uma medida inflacionária (política monetária expansiva). Assim, para evitar esse efeito indesejável, o BACEN pode, depois de comprar o excesso de US$, vender títulos públicos no mercado aberto. Ao vender títulos públicos, o BACEN reduz a quantidade de M1 na economia, anulando o aumento de M1 provocado pela compra de US$. A isso damos o nome de política de esterilização. Neste caso, o BACEN “esteriliza” os efeitos da compra de US$ (aumenta o M1), vendendo títulos públicos (diminui o M1). Esta venda de títulos públicos faz a dívida pública aumentar. Primeiro, a dívida aumenta porque o governo precisa de dinheiro para comprar os US$; ou seja, a esterilização tem custos fiscais imediatos. Segundo, porque, ao vender títulos públicos, o governo recebe M1, mas assume uma dívida que deverá ser paga no futuro. Os US$ que o BACEN compra geralmente são aplicados em títulos públicos de outros países (títulos externos), que remuneram juros bem mais baixos que aqueles que o BACEN vai pagar pela venda de seus títulos no mercado interno. Ou seja, esta operação representa um custo fiscal para o governo. Podemos concluir, portanto, que a esterilização faz o endividamento público aumentar.Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 10 2. Metas de inflação Em muitos países (como o Brasil), a autoridade monetária definiu como objetivo principal atingir uma taxa de inflação baixa. O regime de metas para a inflação é um regime no qual se utiliza prioritariamente a política monetária para controlar a inflação, que deve estar em uma linha ou uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente. Segundo relatório do próprio Banco Central, o regime de metas para a inflação caracteriza-se geralmente por quatro elementos básicos: 1) Conhecimento público de metas numéricas de médio-prazo para a inflação; 2) Comprometimento institucional com a estabilidade de preços como objetivo primordial da política monetária; 3) Estratégia de atuação pautada pela transparência para comunicar claramente o público sobre os planos, objetivos e razões que justificam as decisões de política monetária; e 4) Mecanismos para tornar as autoridades monetárias responsáveis pelo cumprimento das metas para a inflação. Ainda, segundo o BACEN, o regime de metas para a inflação envolve mais do que o anúncio público de metas numéricas para a inflação. A transparência e a prestação de contas regulares à sociedade e a seus representantes são elementos essenciais desse regime. O regime de metas funciona assim. O BACEN estipula uma meta para a inflação (geralmente, uma “banda”, dentro da qual a inflação poderá variar). Geralmente, esta meta é estipulada 01 (um) ano antes. Se, no decorrer do período, a inflação ameaça romper a meta, utiliza-se política monetária restritiva (aumento da taxa de juros) para reduzir a pressão inflacionária. Se a inflação se encaixar de modo tranquilo dentro da meta estipulada, existe espaço para o governo reduzir a taxa de juros da economia (no caso, ele fará isso por meio da política monetária expansiva). O governo prefere a política monetária em vez da política fiscal para executar o plano de metas pois aquela pode ser implementada de forma imediata pela autoridade monetária. Já a política fiscal depende de muitos fatores externos (negociações com o Poder Legislativo, reformas institucionais, alteração da lei orçamentária, etc). Desta forma, o uso da Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 10 política monetária oferece maior flexibilidade ao Banco Central, pois pode ser implementada de forma imediata, ao contrário da política fiscal. No regime de metas para a inflação, a prioridade número 1 da política monetária é o controle da inflação. As prioridades número 2 e 3 também são o controle da inflação! Hoje, não há dúvidas sobre as vantagens da estabilidade de preços, que é condição necessária para que possa haver crescimento autossustentado. Os principais bancos centrais do mundo adotam, de forma implícita ou explícita, a estabilidade de preços como principal objetivo da política monetária. Desta forma, à taxa de juros da economia (ou à política monetária), em regra, não se podem atribuir metas adicionais, como o controle do câmbio ou o crescimento econômico. Entretanto, essas e outras variáveis econômicas podem ser levadas em consideração na construção da política monetária. Mas apenas serão levados em conta de modo secundário (a inflação é o principal item a ser levado em conta). Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 10 3. Modelo pós-keynesiano de fragilidade financeira O modelo pós-keynesiano de fragilidade financeira analisa o mercado financeiro, mais especialmente a existência de bolhas no mercado financeiro. Daí, o termo modelo de “fragilidade financeira”. O modelo não é tão simples e nem é tratado em livros de graduação. Assim, se cair algo na prova, certamente, será pautado nas premissas ou nas conclusões do modelo. É nisso que focaremos. Talvez, ele esteja sendo cobrado neste concurso (e não foi cobrado nos anteriores), tendo em vista a bolha especulativa a que o mundo foi sujeito na crise financeira de 2008. Uma bolha acontece quando os preços dos ativos financeiros estão muito acima daquele preço segundo o qual o ativo vale, considerando os custos de produção dos bens de capital. Por exemplo, se uma empresa possui um estoque de ativos (instalações, valor da marca, capital humano e físico, estoques, etc) que vale “X”, mas o ativo financeiro diz que a empresa vale “3X”, isto é sinal de uma bolha. É sinal de fragilidade financeira, segundo o modelo. Segundo o modelo pós-keynesiano, as bolhas podem ser explicadas no contexto das mudanças cíclicas do nível de emprego e renda. Elas começam durante a fase de expansão ou crescimento econômico. As bolhas irão resultar da combinação de dois fatores, a saber: O excesso do estado de confiança A redução da preferência pela liquidez dos agentes econômicos como um todo (os agentes preferem colocar a moeda no mercado financeiro, em vez de retê-la; e os bancos comerciais preferem deixar a moeda disponível para crédito, em vez de constituir reservas bancárias). Durante a fase que antecede o crescimento econômico (chamada fase da calmaria), as firmas possuem uma situação financeira “rígida”, ou seja, os seus lucros são superiores aos encargos contratuais (juros e amortizações) relativos as dívidas que possuem junto aos investidores e junto aos bancos comerciais. À medida que um número crescente de firmas consegue honrar os seus compromissos junto aos investidores e aos bancos comerciais, ocorre um aumento do estado de confiança, tanto das firmas como dos bancos, com relação à capacidade dos novos projetos de investimento em produzir lucros suficientes para permitir o pagamento dos juros e das amortizações. Do ponto de vista dos bancos, esse aumento do estado de confiança se traduz numa redução da preferência pela liquidez dos mesmos, ou seja, numa redução da parcela dos depósitos que os mesmos desejam manter Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 10 sob a forma de reservas bancários. A redução da preferência pela liquidez, por sua vez, se traduz num aumento da oferta de crédito por parte dos bancos comerciais. Do ponto de vista das firmas, esse aumento do estado de confiança irá produzir um aumento do preço de demanda dos bens de capital, levando a um aumento do investimento. O aumento do investimento irá produzir um aumento da renda e dos lucros através do mecanismo convencional do multiplicador keynesiano. O aumento dos lucros irá fazer com que as firmas que anteriormente não obtinham receitas suficientes para realizar o pagamento dos seus encargos contratuais estejam agora em condições de fazê-lo. Ao mesmo tempo, o aumento dos lucros irá fazer com que os resultados realizados dos projetos de investimentos igualem ou superem os resultados esperados, de forma a confirmar o estado de confiança inicial. Esses acontecimentos causam um novo aumento do estado de confiança e uma aceleração do investimento. A economia entra na fase de crescimento econômico (sai da fase que antecede o crescimento). Ou seja, a economia sai da fase da calmaria e entra na fase da prosperidade. Na medida em que a economia entra na fase de crescimento e, portanto, o nível de renda aumenta rapidamente, o otimismo das unidades familiares também irá aumentar. Esse aumentoda confiança terá 02 efeitos. Primeiro, produzirá um aumento da propensão marginal a consumir, uma vez que um aumento do estado de confiança faz com que os indivíduos tenham menos receio a gastar demasiadamente, diminuindo, assim, o incentivo à poupança. Segundo, o aumento da confiança irá reduzir a preferência pela liquidez das famílias, de forma que as mesmas estarão mais dispostas a aplicar o seu estoque de riqueza em ativos financeiros (ações) do que em depósitos bancários. O simples mecanismos da oferta e da demanda nos diz que esse aumento na procura de ações ou ativos financeiros por parte das famílias irá produzir um aumento do preço das mesmas. Esse aumento, por sua vez, torna-se um processo de alta nas cotações da bolsa de valores inteira. Isto acontece por que: Efeito adaptativo: os indivíduos tendem a acreditar que o comportamento corrente do preço das ações irá se manter no futuro próximo, induzindo-os a comprar ações com base na expectativa de valorização das mesmas da (é a natureza adaptativa do processo de formação de expectativas); e Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 10 Efeito manada: os indivíduos tendem a imitar o comportamento médio que prevalece no mercado, de forma que um movimento inicial de compra de ações pode levar um número crescente de indivíduos a fazer o mesmo. Com esses efeitos sendo atendidos, o preço das ações irá aumentar continuamente, justificando, em grande medida, as expectativas iniciais de valorização das ações, caracterizando a ocorrência de uma bolha nos preços das ações. Ou seja, cresce a fragilidade financeira. Deve-se ressaltar, contudo, que o preço das ações não aumentará indefinidamente. Ao longo da fase de crescimento econômico, ocorre uma elevação no endividamento das firmas, o qual irá produzir uma deterioração persistente de sua situação financeira. Estas passarão de empresas seguras do ponto de vista financeiro (onde os lucros conseguem pagar os encargos) para empresas de postura especulativa ou Ponzi1. Nessa situação, se a autoridade monetária aumentar as taxas de juros com o objetivo de conter a inflação resultante do superaquecimento da economia, então a fragilidade financeira será exposta. Haverá uma crise financeira, que obrigará as empresas a vender seus ativos para pagar os compromissos junto aos bancos e/ou investidores. Esse movimento de venda de ativos faz com que o preço destes ativos diminua. Ou seja, o movimento de venda dos ativos, inicialmente, interromperá e, em seguida, reverterá o processo de elevação dos preços dos mesmos. Em outras palavras, quando os preços dos ativos começarem a diminuir, a bolha explode. Até agora, fica claro que, do ponto de vista pós-keynesiano, as bolhas são um fenômeno normal em uma economia capitalista, uma vez que resultam da maneira pela qual os agentes se comportam em um contexto de incerteza. De fato, para este modelo, as bolhas e a consequente fragilidade financeira existente na economia resultam do próprio comportamento dos agentes dentro de economias. Portanto, a existência de bolhas está intimamente relacionada a um aumento contínuo do grau de fragilidade financeira da economia como um todo; de forma que a mesma se torna crescentemente suscetível à ocorrência de uma crise financeira. 1 Um esquema Ponzi é uma operação fraudulenta de investimento, conhecido geralmente como “pirâmide”, que envolve o pagamento de rendimentos extremamente altos aos investidores, acima daqueles praticados no mercado, às custas dos recursos aplicados pelos novos investidores que chegarem posteriormente, ao invés de ser através da receita gerada por qualquer negócio real e lícito. Aqueles investidores antigos, que chegaram primeiro recebem seus dividendos, mas os novos investidores são prejudicados, pois, no momento em que eles investem, a empresa já não é mais lucrativa. Macroeconomia para STN Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 10 Deve-se ressaltar que, do ponto de vista pós-keynesiano, as bolhas não são um fenômeno inevitável do processo de comportamento dos agentes e formação de expectativas inerentes às economias capitalistas. Na verdade, sua ocorrência será mais provável em economias em que: O investimento é inelástico (pouco sensível) às variações da taxa de juros; Os mercados financeiros não são tão organizados (são pouco desenvolvidos); Existam reduzidas possibilidades de substituição entre moeda e demais ativos financeiros na carteira dos investidores. Em economias onde os mercados financeiros são bastante regulados (ou organizados) e onde o investimento é bastante elástico às variações da taxa de juros, a fragilidade financeira será menor e as bolhas são mais difíceis de ocorrer (ou até mesmo tendem a não ocorrer). .... Bem pessoal, com isso, terminamos o nosso curso! Abraços e bons estudos! Heber Carvalho
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