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Leishmaniose 
 A leishmaniose visceral é conhecida como calazar e é causada por 
um protozoário, com apresentação de doença sistêmica. Esse 
protozoário flagelado é da mesma família que o Trypanosoma 
cruzi. 
 Existem 3 espécies que formam o complexo Donovani 
 Picada de fêmeas dos flebotomíneos (Lutzomyia) contaminadas 
com os protozoários do género Leishmania (no Brasil  L. chagasi) 
 Reservatórios: cão, raposa, marsupiais. 
 Tempo de incubação: 10 dias - 24 meses (média de 2-6 meses). 
 Doença cutânea: L.amazonensis, L.braziliensis, L.guyanensi 
 Doença visceral: L.chagasi 
 
Profilaxia 
Quadro clínico 
 
 Detecção ativa e passiva de casos suspeitos de 
calazar; detecção e eliminação de reservatórios 
infectados; controle dos vetores flebotomíneos. 
 Notificar os casos suspeitos 
Epidemiologia 
Diagnóstico 
 Exames inespecíficos: Pancitopenia, hipoalbuminemia, 
hipergamaglobulinemia (inversão da relação albumina/ 
globulina),VHS e PCR T . Pode ocorrer aumento das 
enzimas hepáticas e da bilirrubina, além de proteinúria e 
hematúria (glomerunonefrite subclínica). 
 Específicos: Soroloaia: teste rápido, IFI, ELISA rk39. 
 Diagnóstico parasitolóaico: visualização de formas 
amastigotas do parasito em material biológico obtido 
preferencialmente da medula óssea (por ser um 
procedimento mais seguro). No entanto, punção esplénica 
é o método mais sensível. 
 Teste de Montenegro: geralmente negativo por conta da 
imunodepressão, logo não deve ser utilizado para o 
diagnóstico. 
 Obs.: na forma tegumentar da leishmaniose, o teste de 
Montenegro geralmente é positivo. 
Tratamento 
 Período inicial: febre com duração inferior a 3-4 semanas + palidez 
cutaneomucosa + hepatoesplenomegalia. 
 Período intermediário: a febre se torna irregular, a hepatoesplenomegalia e a 
palidez aumentam. Surge emagrecimento, que pode ser acentuado. 
 Período final: febre contínua, piora do estado geral, hipoalbuminemia, síndrome 
edemigênica, ascite, icterícia e hemorragias. 
 Calazar é uma das causas de esplenomegalia gigante. 
 Febre + perda ponderal + hepatoesplenomegalia + pancitopenia + hipoal¬ 
buminemia + hipergamaglobulinemia. 
 
Fisiopatologia 
 A principal característica do protozoário é a presença de 2 fases 
distintas: a forma promastigota, definida como infectante, com 
forma flagelada e móvel, e a forma amastigota, presente nos 
macrófagos do mamífero parasitado, que pode ser o homem, o cão 
ou outro mamífero, e é imóvel. 
 O ciclo do parasita nesses mosquitos dura de 3 a 5 dias e tem 2 
fases. 
1. Estágio infectante ou estágio no mosquito: dura desde o momento 
em que o mosquito pica o animal infectado, com a transformação no 
intestino do mosquito de amastigotas em formas infectantes, as 
promastigotas. Essas serão transmitidas em uma nova picada; 
2. Estágio no ser humano: começa no momento da picada do inseto, 
com a transmissão de promastigotas, que serão logo fagocitadas. 
@medcomath 
 Antimonial pentavalente (N-metil glucamina). 
 Anfotericina B (preferencialmente lipossomal, desoxicolato como 
alternativa): escolha nos refratários ou que desenvolvam toxicidade ao 
antimonial; gestantes; idade menor que 1 ano ou > 50 anos; 
insuficiências (cardíaca, hepática ou renal); escore de gravidade: clínico 
> 4 ou clínico-laboratorial > 6; intervalo QTc > 450 ms ou usando 
drogas que alteram intervalo QT; HIV e demais imunodeprimidos.

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