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Clínica 1 REMOÇÃO MECÂNICA DO BIOFILME O que todo paciente precisa? Escova + creme dental + método auxiliar Escova de dente Dureza – inversamente proporcional ao diâmetro das cerdas Tipos: o Ultramaciais – cerdas extremamente macias, indicadas para pacientes que exercem força exagerada na escovação o Macias – flexíveis, com capacidade de atingir a superfície sulcular e interproximais o Duras – causam efeitos deletérios (recessões e abrasões) Como escolher a escova ideal? 1. Cerdas maciais e arredondadas com diâmetro pequeno 2. Cabeça de tamanho pequeno (para acesso adequado na boca) 3. Cabo espessura compatível com a destreza manual do paciente Exemplos: Elmex e curaprox Cuidados com a escova dental Contaminação cruzada (escovas sem proteção, juntas com as demais) Não compartilhar escovas Deixar secar entre o uso Uso de dentifrício com anti-séptico Microbiota bucal e meio ambiente Aplicar desinfetante (clorexidina – 1x por semana) Métodos de escovação Escovação horizontal ou Scrub • Pacientes infantis ou com pouca coordenação motora • Escova posicionada a 90° na coroa do dente • Movimentos de mesial para distal Escovação vertical (Técnica de Leonard) ✓ Indicação: pacientes com pouca coordenação motora ✓ Escova posicionada a 90° na coroa do dente ✓ Movimentos de cervical para incisal Escovação circular (Técnica de Fones) ▪ Indicação: pacientes ou crianças com perda de coordenação motora ▪ Escova posicionada a 90° em relação a coroa ▪ Movimentos circulares Escovação sulcular (Técnica de Bass) ➢ Escova posicionada a 45° da coroa ➢ Penetração de cerdas na região sulcular ➢ Indicação: pacientes portadores de gengivites e periodontites ➢ Técnica bastante indicada ➢ Em dentes anteriores: posicionar a escova na vertical, 45° também ➢ Vantagens: concentração na área cervical e interproximal Técnica de Chaters (vibratória) ❖ Indicação: pacientes com perdas teciduais ❖ Escova posicionada 45° para a superfície incisal ou oclusal ❖ Laterais das cerdas pressionadas contra a gengiva com movimento vibratório Qual melhor método? Aquele que o paciente já executa! Iremos adaptá-las às necessidades específicas em relação ao controle de biofilme. Se o paciente consegue remover de maneira eficiente biofilme e possui saúde periodontal não se faz necessário interferir no método de escovação Quantas vezes por dia é recomendado escovar os dentes? Do ponto de vista periodontal – 1x por dia ou 1x a cada dois dias < 2 minutos diários – remove 40% do biofilme Consenso: 2x por dia Durante quanto tempo devemos permanecer escovando? 1) Maioria dos pacientes: 30 e 60 segundos 2) Pelo menos 2 minutos 3) Estratégias: ouvir música! 4) Tempo aproximado para remover 100% do biofilme: 6 minutos Quanto tempo dura a escova de dentes? o Depende da frequência de escovação e força executada o Média de 3 meses o É importante verificar a situação da escova do paciente, pois isso diz muito sobre a escovação Escovas de dentes elétricas • Movimentos oscilatórios e rotatórios e energia acústica de baixa frequência • Alto custo • Remoção de biofilme levemente superior à escova convencional • Ter atenção quanto a pressão exercida Indicações: ▪ Pacientes com dificuldades motoras e/ou deficiência mental ▪ Crianças pequenas ▪ Higiene realizada por um cuidador Remoção do biofilme interdental Escovas dentais não alcançam as superfícies interproximais com eficiência Reservatórios de biofilme Maioria das doenças periodontais e dentárias tem origem nas superfícies interproximais Em dentes posteriores: cool (região sem queratina) Fio dental antes ou depois? É mais eficaz utilizar antes da escovação. Tipos: ✓ Encerado – dentes com contato interproximal muito apertado ✓ Não encerado – se abre em múltiplas fibras e promove maior área de higiene, indicado para pontos de contatos normais ✓ Fita dental – maior superfície de abrangência ✓ Super floss – são modificados, indicados para pacientes portadores de aparelhos ortodônticos Técnica a) Fio de 30 a 50cm b) Dedos: anelar e médio c) 2 a 3cm de fio dental que são segurados entre os dedos d) Insere na região interdental e) Abraça o dente até a estrutura de sulco gengival f) Movimento de “vai e vem” – vestibular para lingual g) Em outras estruturas, deve desenrolar o fio, inserir e abraçar no dente a região do fio que ainda não foi utilizada Limpeza da língua ▪ A língua age como reservatório que permite o acúmulo e estagnação de bactérias e resíduos alimentares ▪ Principal sítio de compostos sulfurados voláteis (relacionado com a halitose) Recursos de limpeza auxiliares • Porta-fio • Dispositivo de plástico, que é encaixado no espaço interproximal • Custo mais alto • Indicações: pacientes com limitações motoras para uso do fio dental convencional • Deve ser trocado sempre que o fio se torna sujo ou desfiado • Funcionam da mesma forma do fio dental convencional Passa fio ➢ Auxilia a passagem do fio ➢ Indicação: pacientes com aparelhos ortodônticos ou pontes fixas ➢ Utilizado associado ao fio dental Escovas interproximais ❖ Consiste em cerdas de nylon macias e torcidas em um fio de aço inoxidável ❖ Várias formas e tamanhos ❖ Cilíndricas e cônicas ❖ Indicações: aparelhos ortodônticos, pônticos, próteses implanto-suportadas (evitar haste de aço) e espaços interdentais amplos Soft Picks o Palitos emborrachados o Alternativa para pacientes com limitação motora ao uso de fios dentais com espaço interdental preenchido o Fio dental é superior na remoção do biofilme Escovas uni e bitufo • Escovas com pequena cabeça, dotadas de um pequeno grupo de tufos ou único tufo de cerdas • Tufos: tem de 3-6mm de diâmetro, pode ser afilado ou reto • Cabo: reto ou contra-angulado • Cerdas colocadas na região a ser limpa e ativadas com movimentos de rotação • Indicação: locais onde escova convencional não acesse (dentes apinhados) Irrigadores orais ✓ Jato pulsátil de alta pressão (ar e água) ✓ Limpam bactérias não aderentes e fragmentos da cavidade bucal ✓ Úteis na remoção dos fragmentos de áreas inacessíveis (aparelhos ortodônticos, próteses fixas e próteses sobre implantes) ✓ É um mecanismo acessórios, deve ser complemento da escovação Efeitos colaterais de uma má escovação 1. Abrasão dentária 2. Recessão gengival 3. Hipersensibilidade dentinária Motivação Cognitivo – nível de entendimento Psicomotor – adaptar com a capacidade do paciente Afetivo/emocional – considerar motivos pessoais e mostrar-se preocupado com a saúde do paciente Mecanismos Evidenciador de placa – visualização da higiene Não é determinante para verificar presença de doença ISG – porcentagem Como fazer? 1. Verificar condições da escova de dentes atual 2. Corar placa após escovação convencional do paciente 3. Demonstração da técnica de escovação 4. Paciente tenta executar sozinho 5. Procedimento repetido com dispositivos de limpeza interdental 6. Consultas de retorno 7. Registros periódicos sobre o estado gengival e quantidade de placa Importante: Muita pasta atrapalha a ação mecânica da escova Ideal: 1 ervilha
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