Buscar

Cefalosporinas: características e classificação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Intermediária – Problema 4 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
1 
UNIME 2021 
cefalosporina 
 
 As cefolosporinas fazem parte do grupo dos 
antibioticos beta-lactâmicos, como a penicilina e os 
carbapenêmicos tambem fazem. 
 
 
 
 
 Caso algum fator do meio quebrar o anel beta-
lactâmico da droga, ela se torna inativa.  ex disso 
seria a produção de beta lactamase, que acaba 
clivando o anel beta lactamico, fazendo com que o 
antibiotico perca seu efeito.
 Porque o anel confere a droga sua 
caracteristica antibiotica bactericida. 
 
 As prinicpais caracteristicas dos farmacos que 
fazem parte desse grupo, são: 
① São drogas bactericidas, para dos dois tipos de 
microrganismos, tanto Gram + como Gram -. 
② Diferem pelo tipo de micro-organismo inibido 
③ Apresentam mesmo mecanismo de ação. 
 Quando comparado a penicilina, as cefalosporinas 
possuem meia-vida mais curta e se apresentam 
como drogas mais seguras. 
 E em caso de reação alergica NÃO grave a 
penicilina, pode utilizar cefolosporina como 
substituta. 
 Em casos de alergia grave às penicilinas, deve-se 
evitar o uso de cefalosporinas, devido à 
similaridade química das classes, que pode 
provocar reação alérgica cruzada. 
 
 Maioria das cefalosporinas é produzida 
semissinteticamente. 
 
 As cefalosporinas têm o mesmo mecanismo de ação 
das penicilinas e são afetadas pelos mesmos 
mecanismos de resistência. 
 Mas as cefalosporinas tendem a ser mais 
resistentes a certas β-lactamases do que as 
penicilinas. 
 classificação: 
 A classe das cefalosporinas é muito heterogênea e 
seus componentes são dividios em 5 geraçoes: 
❶ Primeira Geração: cefalexina, cefadroxila, cefazolina 
e cefalotina; 
❷ Segunda Geração: cefuroxima, cefaclor e cefoxitina; 
❸ Terceira Geração: ceftriaxona, cefotaxima e 
ceftazidima; 
❹ Quarta Geração: cefepime; 
❺ Quinta geração: ceftarolina e ceftobiprole; 
❻ Outras cefalosporinas: cefiderocol. 
 
 
 
 
 
Primeira Geração: 
 cefalexina, cefadroxila (de administração oral) 
cefazolina e cefalotina (de administração parenteral) 
 
 O espectro de ação desta geração é bastante 
limitado, só abrange Streptococcus e Streptococcus 
comunitários. 
 Não possuem atividade: contra H. influenzae, 
estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos 
resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e 
anaeróbios. 
 Uma vantagem é que podem ser utilizadas durante 
a gestação. 
 
 A Cefalotina e a Cefazolina são administradas sob a 
forma de sal sódico. Devem ser administradas por 
via endovenosa (intravenosa)  pois a via 
intramuscular é muito dolorosa. 
Tanto a cefolosporina, quanto a penicilina e os 
carbapenêmicos, são caracterizados pela 
presença do anel beta-lactâmico na molécula e 
pela ação (inibição) sobre a síntese da parede 
bacteriana.  por isso esses três fazem parte 
dos BETA-LACTÂMICOS. 
Foi a do caso de Yan 
Classificação de bactérias patológicas 
mais comum no nosso meio: 
Gram + Gram - 
Cocos Streptococcus 
Staphylococcus 
Enterococos 
Neisserias 
Moraxellas 
Bacilos Listeria 
Clostridium 
Pseudomonas 
Haemophilus 
Enterobactérias 
 
Intermediária – Problema 4 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
2 
UNIME 2021 
 O Cefadroxil possui um longo tempo de meia-vida, 
portanto, pode ser empregado com intervalos 
maiores entre as doses. 
 A absorção da Cefalexina pode ser prejudicada pela 
ingestão de alimentos, porém a efetividade não é 
comprometida. 
É importante lembrarmos que o uso empírico de 
cefalosporinas de primeira geração, normalmente não é 
recomendado. 
 Aplicação clinica pode ser: 
1. Infecções cutâneas 
2. Infecções de partes moles 
3. Infecções osseas e de articulações. 
 
 Elas não atravessam a barreira hematoencefálica 
(BHE), portanto, não são recomendadas em 
infecções do sistema nervoso central (SNC). 
 
 A Cefazolina é o fármaco de escolha para profilaxia 
de muitas cirurgias, devido a sua baixa toxicidade, 
espectro de ação (Staphylococcus sensíveis a 
oxacilina), baixo custo e meia vida prolongada. 
Segunda Geração: 
 cefuroxima, cefaclor e cefoxitina (cefamicina) 
 As cefalosporinasde segunda geração: 
 Possuem boa penetração no SNC. 
 Espectro de ação mais amplo, cobrindo 
anaeróbios e alguns bacilos Gram-, como 
enterobactérias (comunitárias) e Haemophilus, 
mas perdem o espectro de ação contra 
Staphylococcus e Streptococcus quando 
comparadas à primeira geração. 
 Essa geração tem melhor ação nas gram-negativas 
porque essas drogas possuem resistência a hidrolise 
feita pelas cefalosporinases. 
 
 A aplicação clínica principal é para: 
1. Infecções gastrointestinais causadas por Klebisiella, 
Salmonella, Shigella ou Escherichia 
2. Infecções por anaeróbios. 
 
As cefalosporinas de segunda geração também não 
são indicadas para infecções do sistema nervoso, pois 
não atingem concentrações significativas no líquor. 
 A Cefuroxima tem administração parenteral, 
podendo ser intramuscular ou endovenosa. 
 A formulação oral é indicada em infeções leves. 
 Pode ser usada para tratar: 
1. infecções respiratórias, 
2. urinárias, 
3. infecções de pele e partes moles 
4. infecções intra-abdominais. 
 
 O Cefaclor é administrado por via oral. 
 É semelhante à cefuroxima, pois apresenta as 
mesmas indicações clínicas, porém sua 
absorção é prejudicada pela ingestão de 
alimentos. 
 
 A Cefoxitina possui estrutura química similar à da 
cefalotina, no entanto, pertence à classe das 
cefamicinas. 
 É administrada preferencialmente por via 
endovenosa, pois a intramuscular é bastante 
dolorosa e não ocorre absorção oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira Geração: 
ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima; 
 Esta geração é a mais conhecida e utilizada entre as 
cefalosporinas, tendo excelente penetração no SNC 
e em líquidos teciduais. 
 O seu espectro de ação inclui: 
1. Neisserias, Streptococcus (sensíveis e resistentes), 
2. pseudomonas, 
3. Haemophilus influenzae; 
4. além de alta atividade contra Enterobacteriaceae 
(Escherichia coli, Proteus mirabilis, Proteus indol-
positiva, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, 
Citrobacter). 
 
 A Ceftriaxona possui meia vida longa, podendo ser 
administrada em uma ou duas vezes ao dia. Já 
a Cefotaxima, precisa ser administrada com uma 
frequência maior, pois possui tempo de meia vida 
curto. 
 A ceftriaxona é comumente utilizada para a 
meningite meningocócica e para a gonorreia. Além 
disso, é efetiva contra infecções por Streptococcus 
resistentes e enterobactérias (Escherichia coli, 
Klebisiella, Shigella, Salmonella). 
 As cefalosporinas dessa 2ª geração são 
fortes indutores de beta-lactamases e por isso é 
importante evitar a monoterapia  ou seja, dar 
preferencia de usar combinando a cefolosporina 
com um inibidor de beta lactamases. 
 Esta geração pode ser dividida em um: 
 subgrupo com atividade contra Haemophilus 
influenzae (cefuroxima) 
 um subgrupo com atividade contra 
bacteroides (cefoxitina). 
Intermediária – Problema 4 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
3 
UNIME 2021 
 
 
 
 
 
 
Quarta Geração: 
cefepime 
 Possui somente um representante principal, o 
cefepime. 
 Tem uma boa penetração no SNC e que costuma ser 
usado contra germes intra-hospitalares, cuja 
gravidade tende a ser maior. 
 
 Sobre o espectro de ação, há cobertura de: 
1. Streptococcus (sejam sensíveis ou resistentes), 
2. Staphylococcus aureus meticilino-sensíveis (MSSA) 
até Haemophilus, 
3. Pseudomonas, 
4. Neisserias 
Enterobactérias incluindo o grupo PESC 
(Providencia, Proteus, Enterobacter, Serratia e 
Citrobacter). 
 
OBS: o espectro de ação da quarta geração, de forma geral, é 
a união das coberturas das cefalosporinas de primeira e de 
terceira gerações. 
 
 A aplicação clínica principal épara infecções 
hospitalares, como pneumonias nosocomiais. 
 É utilizado ainda nas infecções por MSSA 
(comunitário) e por enterobactérias mais 
resistentes, assim como em casos de neutropenia 
febril. 
 EFEITOS COLATERAIS: o cefepime pode 
causar convulsões. 
 Quando isso ocorre ou há falha terapêutica, a 
opção principal torna-se a combinação 
piperaciclina- tazobactam (tazocin). 
 
Quinta Geração: 
ceftarolina e ceftobiprole 
 A ceftarolina é a única disponível no Brasil, e ainda 
com o custo bastante alto. 
 Esta droga possui espectro de ação semelhante à 
ceftriaxona, porem tem atividade melhor contra 
Gram +. 
 
 VANTAGEM: amplificação do espectro de ação 
das cefalosporinas - cobre Staphylococcus aureus 
meticilino-resistente (MRSA) e enterococos. 
 DESVANTAGEM: o fato que esta geração não 
possui ação relevante contra anaeróbios. 
 
 farmacocinética: 
 Várias das cefalosporinas precisam ser 
administradas por via IV ou IM devido à sua escassa 
absorção oral. 
 As cefalosporinas são eliminadas por meio de 
secreção tubular e/ou filtração glomerular. Portanto, 
as doses precisam ser ajustadas no caso de 
disfunção renal para evitar acúmulo e toxicidade. 
 A ceftriaxona é uma exceção, pois é excretada 
por meio da bile pelas fezes e, portanto, 
empregada com frequência em pacientes com 
insuficiência renal. 
 A maioria das cefalosporinas parenterais, por 
possuírem meia-vida curta (geralmente no máximo 
1 hora), devem ser administradas a cada 4 horas no 
tratamento de infecções sistêmicas graves. 
 Essa regra não se aplica a cefazolina e a 
ceftriaxona que, por possuírem meia-vida mais 
longa, podem ser administradas a cada 8 e 
24horas.
 Os principais efeitos adversos são: 
1. Distúrbios gastrointestinais; 
2. Alterações hematológicas; 
3. Reações cutâneas. 
 
 mecanismo de ação: 
 As cefalosporinas atuam como agente bactericida 
por meio da sua ação inibitória sobre a síntese da 
parede bacteriana. 
 A parede bacterina que é composta por 
peptidoglicano, que acaba sendo sintetizada 
pela enzima transpeptidase ou PBP OU PLP 
(porteina ligadora de penicilina).  esse 
processo pode ser chamado de TRANSPEPTIDAÇÃO: 
processo pelo qual a parede bacteriana de 
peptidoglicano acaba sendo sintetizada pela PLP. 
 
 Com isso, quando a cefalosporina se liga a essa 
parede celular acaba provando sua inativação. 
 
 O grupo pode ser dividido entre 
aqueles com: 
 boa ação anti-pseudo monas 
(ceftazidima) 
 fraca atividade contra pseudomo nas 
(ceftriaxona e cefotaxima). 
Intermediária – Problema 4 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
4 
UNIME 2021 
 mecanismo de resistência: 
 
 Os métodos de defesa das bactérias contra as 
cefalosporina são classificados em: 
① Produção de beta-lactamases 
② Perda de purinas 
② Via pbp – relacionada 
 
① A beta-lactamase é uma enzima que a bactéria 
produz e a parir dai degradam o anel Beta-
lactâmico das cefalosporina, fazendo com que esse 
antibiótico perca seu efeito. 
 Isso serve para o grupo de Beta-lactamicos. 
 
Uma forma de driblar, inibir esse processo é por meio da 
utilização de cefalosporina + inibidores de beta-lactamases, ex: 
acido clavulânico, sulbactam, tazobactam..) 
 
② A perda de purinas é mais restrito a gram -, porque 
são elas que possuem PURINAS. 
Essa perda de PURINAS vai levar a redução da 
permeabilidade da parede bacteriana, ou seja, a 
cefalosporina não vai conseguir atravessar e não vai 
chegar no espaço periplasmatico, ela não vai conseguir 
chegar ate seu sitio de ação  e então se a cefalosporina 
não chega, a parede celular da bactéria continua intacta e vai 
resultar como resistência as cefalosporinas. 
 
Purinas: canis proteicos que estão localizados na membrana 
externa, acima da cadeia de peptidoglicano, que esta ali no 
espaço periplasmático. 
 
③ Na via pbp – relacionada, ocorre a mudança 
conformacional dessa enzima, fazendo com que a 
cefalosporina não consiga se encaixar 
corretamente, conseuqnetente ela acaba não 
promovendo seu mecanismo de ação e a parede 
bacteriana continua intacta. 
 
 
 contra - indicação: 
 Não deve ser usada por pacientes que apresentam 
hipersensibilidade aos antibióticos do grupo 
cefalosporina.

Continue navegando