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1 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL CLASSIFICAÇÃO DOS ARCOS PARCIALMENTE DESDENTADOS CLASSE I – Extremidade livre BILATERAL. CLASSE II – Extremidade livre UNILATERAL. CLASSE III – Espaço intercalado UNILATERAL POSTERIOR. CLASSE IV – Espaço intercalado anterior que cruza a linha mediada. REGRA 1: A classificação deve ser feita após as extrações. REGRA 5: A área ou áreas desdentadas mais posteriores sempre determinam a classificação. REGRA 6: As outras áreas desdentadas e que são secundárias em relação àquela que determina a classificação, são denominadas de áreas de modificação (1,2,3,4, etc). REGRA 3: Se houver um 3° molar estiver ausente e não há necessidade de substituí-lo, ele não deve ser incluído na classificação: observar a oclusão do paciente (antagonista). Se houver um 3° molar que possa ser utilizado como dente suporte, ele deve ser incluído na classificação. REGRA 4: Se um 2° molar estiver faltando e não há necessidade de substituí-lo, ele não será considerado na classificação. REGRA 8: Não deve haver modificação no arco IV. É o elemento constituinte das PPRs, responsável pela fixação e pelo suporte. Os apoios alojam-se em cavidades especialmente preparadas para recebê-los, denominadas preparos para apoios ou nichos. FUNÇÕES: FIXAÇÃO – é a característica biomecânica da PPR que determina a posição de assentamento final, onde o movimento oclusocervical é impedido pela presença de apoios, garantindo que a prótese não se desloque até esse limite. No deslocamento cervical pode lesionar os tecidos moles subjacentes (comprimir a papila). Os apoios garantem o princípio biomecânico de fixação da PPR, impedindo o movimento oclusocervical. SUPORTE – a função principal dos apoios é assegurar que uma parte, ou a totalidade das cargas exercidas sobre os dentes artificiais durante a mastigação seja transmitida aos dentes suportes. O periodonto de sustentação é capaz de receber forças de grande intensidade desde que dirigidas ao longo eixo do dente. Para que as forças sejam dirigidas axialmente aos dentes suportes, tanto os apoios como os preparos para apoios, devem ter características projetadas mecanicamente para esta finalidade. Uma das características dos apoios é que a transmissão de forças para os dentes suportes seja axial. Geralmente os apoios são parte integrante da unidade grampo, mas podem também ser utilizados de forma isolada, nos casos clínicos onde há necessidade de obter suporte e não necessariamente retenção direta. Os apoios devem ser rígidos para que as forças sejam dirigidas e distribuídas as estruturas de suporte, de acordo com o plano elaborado. RETENÇÃO INDIRETA: É também uma das principais funções dos apoios, restrita aos casos de extremidade livre, onde ocorrem movimentos de rotação reais. A retenção indireta é imprescindível para garantir o desempenho adequado da retenção direta. Os apoios aplicados no cíngulo dos caninos, por estarem a frente do fulcro onde ocorre a rotação, atuam como retentores indiretos. RESTABELECER O PLANO OCLUSAL: os dentes perdidos, quando não restabelecidos podem promover migrações dentárias. Algumas destas situações clínicas podem ser caracterizadas por inclinações, onde parte ou mesmo toda a superfície oclusal encontra-se em infra-oclusão. A forma mais comum de restabelecer o plano oclusal é através da ortodontia ou da PPF. Porém, podemos solucionar algumas destas situações através de PPRs com macroapoios, que devolverão de forma parcial ou total a anatomia da superfície oclusal. O macroapoio aplicado ao molar visa restabelecer o contato oclusal por sua inclinação mesial. FECHAMENTO DE PEQUENOS DIASTEMAS: Minimiza desta forma a impacção de alimentos, prevenindo cáries e problemas periodontais. Os contatos proximais são funcionalmente importantes na reabilitação por PPR, especialmente nos casos de extremidade livre. Movimentos mesiais e distais da sela geram forças nos sentidos distomesial e mesiodistal que serão bem mais distribuídas quando o dente suporte mantiver o contato com o seu adjacente. A característica de conter dois dentes a fim de eliminar o diastema pode ser tão eficaz quanto a presença natural do ponto de contato. Os apoios se classificam quanto a sua: Função, localização, natureza da superfície, forma, número. O planejamento da PPR leva em consideração dois tipos de apoios quanto a sua função: os diretos e indiretos. As características morfológicas dos dois são idênticas. Apoios diretos Os apoios diretos, primários ou principais, são localizados diretamente ao lado dos espaços desdentados. Eles são utilizados para a transmissão de forças aos dentes suportes. 3 Apoios indiretos Os apoios indiretos, secundários ou auxiliares, são localizados distantes dos espaços desdentados, utilizados para neutralizar os movimentos de rotação da prótese em alguns casos de Prótese Parcial Removível, principalmente em extremidades livres e classe IV. Quanto a sua localização: - Apoio oclusal: localizado sobre a superfície oclusal de pré-molares e molares. - Apoio de cíngulo: localizado nas faces palatina ou lingual dos dentes anteriores. É o mais indicado sobre caninos, ele tem prioridade de indicação sobre os apoios incisais quando as características do cíngulo são favoráveis, além do fator estético. - Apoio incisal: a única indicação do apoio incisal é sobre os dentes anteriores. Pouco utilizado, ele tem a grande desvantagem de criar uma alavanca muito grande sobre os dentes suportes. Outro aspecto negativo deste grampo é a estética desfavorável. Quanto a sua natureza da superfície: A) Confeccionado sobre esmalte dental. B) Confeccionado sobre o amálgama ou resina. C) Confeccionado sobre uma prótese parcial fixa. Quanto a sua forma: Simples: preparados diretamente na boca. Geométrico: preparados sobre elementos de uma prótese parcial fixa. Quanto ao número de apoios: SIMPLES: sobre a superfície oclusal de pré-molares e molares. O tamanho dos apoios oclusais varia em função do tamanho dos dentes suportes. DUPLO: apoio oclusal duplo transmite axialmente as cargas mastigatórias dando estabilidade aos dentes isolados. GEMINADO: junto com o apoio oclusal geminado deve ser preparado uma passagem permitindo espaço para o grampo geminado. Isto ajuda a respeitar a morfologia dos dentes, a não interferir com a oclusão e garantir resistência suficiente ao grampo. São cavidades preparadas a fim de alojar os apoios da PPRs. O preparo adequado para o apoio assegura espaço suficiente para não comprometer a resistência e não interferir na oclusão. Função: alojar os apoios planejados, tornando possível a execução de todas as suas funções: • Transmissão das forças mastigatórias para os dentes pilares, segundo seu longo eixo; • Impedir a incidência de resultantes laterais nocivas, protegendo os tecidos de sustentação do periodonto. • A confecção dos nichos é muito importante para a acomodação do apoio, proporcionando espaço suficiente para que os apoios não atuem como contatos prematuros ou interferências incisais e oclusais. Transmissão de esforços pelos apoios: A determinação da localização dos apoios diretos e indiretos está relacionada com a localização dos espaços protéticos e a linha de fulcro da prótese. Dependendo da via de transmissão dos esforços que incidem sobre a PPR, a localização dos apoios oclusais podem variar: ESPAÇO DESDENTADO INTERCALADO: - Colocação do apoio adjacente (próximo) ao espaço protético. - Os espaços desdentados intercalares receberão suporte direto por meio de apoios diretos. EXTREMIDADES LIVRES: - Desdentados da classe I e II de Kennedy, receberão apoios diretos e indiretos. - Sempre em extremidade livre oapoio no dente pilar será localizado para mesial (distante do E.P) para evitar movimento de translação distal da prótese. DENTE ISOLADO: - Com a função de restabelecer os pontos de contato proximais, os dentes pilares isolados receberão apoio duplo, ou seja, dois apoios diretos. ATENÇÃO: nos espaços desdentados intercalados podem acontecer variações da regra de localização dos apoios. Devido a localização da área retentiva do dente pilar, a inclinação do dente pilar, e a estética. Grampos de retenção: são elementos retentores, programados para conferir retenção e estabilidade a PPR, impedindo sua movimentação no sentido gengivo-oclusal e lateral. O grampo deve resistir as forças que tendem a remover a PPR de seu local de assentamento. É proporcionada pelo braço de retenção do grampo. Grampos de oposição: estabiliza o dente frente as forças horizontais que tendem a deslocá-lo no ato da inserção ou remoção da PPR, bem como durante a função, localiza-se normalmente na face lingual. RETENÇÃO - qualidade da PPR de resistir as forças verticais de deslocamento: - Ação da gravidade; - Da aderência dos alimentos; - Dos movimentos normais da musculatura bucal (mastigação, fonação, deglutição). RETENTORES Grampos (circunferenciais ou por ação de ponta). Encaixes (de precisão ou de semi-precisão). GRAMPOS POR AÇÃO DE PONTA OU A BARRA O braço do grampo parte da sela, da direção gengivo- oclusal atingindo a área retentiva do dente. Sofrem deformação por torção e apenas suas pontas apresentam ação retentiva. VANTAGENS DOS GRAMPOS Circunferencial: retenção, estabilidade, suporte e abraçamento. Por ação de ponta: estética, mínimo de contato com o dente (não altera contorno) e grande ação retentiva. 5 DESVANTAGENS DOS GRAMPOS Circunferencial: altera o contorno do dente. Por ação de ponta: acúmulo de alimentos e não confere estabilidade. - Simples ou de Akers: indicado quando a área retentiva se localiza distante do E.P em pré-molares e molares. - Reverso: semelhante ao simples, entretanto a retenção na face vestibular do molar localiza-se adjacente ao espaço desdentado. - Em anzol ou laço reverso: área da retenção mais próxima ao apoio oclusal. - Em anel modificado: apresenta dois apoios oclusais interligados pelo braço de oposição e um braço de retenção pela vestibular. Indicações – elementos intercalares (P.M e M) e molares posteriores ao espaço protético com inclinação para mesial. - Em meio a meio (Half and Half): é constituído por dois apoios oclusais, dos quais partem o braço de retenção (vestibular) e um braço de oposição (lingual) em direções opostas. Indicação: pré-molares isolados entre dois espaços protéticos (espaços intercalados). - Gêmeo ou geminado: associação de dois grampos circunferenciais, unidos pelos apoios. Indicados para pré-molares e molares (principalmente em casos que necessitam de retentores indiretos). Classe II, III e IV. - Múltiplo: unidos pelos braços de oposição; substitui o grampo geminado quando as áreas de retenção são adjacentes. GRAMPO EM T - Grande ação retentiva; - Indicação: caninos, pré-molares e dentes anteriores nas classes I, II e III (considerar o espaço protético). GRAMPO EM U: - Para molares com coroa clínica curta e equador protético próximo da gengiva (PPR dentossuportada). GRAMPO EM I - Apresenta sua ponta ativa próximo vestibular adjacente ao espaço protético. É o mais estético, tem grande capacidade retentiva, é mais curto, rígido e menos retentivo que o T. - Indicações: caninos e pré-molares, quando o E.P for posterior a estes pilares. GRAMPO EM 7 - Características iguais ao grampo em T, sendo que eliminamos a extensão mesial ou distal da ponta ativa do grampo (estética). MDL ou MDL MODIFICADO - Dentes anteriores: espaços intercalados (superiores e inferiores). Trata-se de um grampo bastante estético pois o braço de retenção por vestibular é curto. Travamento na face proximal. GRAMPO EM Y - Indicado para face lingual de caninos e incisivos (dente isolado entre dois espaços protéticos). Tipos: Para incisivos e caninos Face vestibular: grampo em T (ou outro tipo de grampo por ação de ponta). Face lingual: grampo em Y (dentes isolados) ou apoio de cíngulo (extremidade livre e espaços intercalados). Para pré-molares Face vestibular: grampo em T Face lingual: braço de oposição Face oclusal: apoio Classes I e II de Kennedy Elementos de estabilização Função de estabilizar a PPR eliminando ou reduzindo o movimento de rotação e lateralidade da prótese. Movimento de aproximação da sela e base acrílica aos tecidos de suporte. - Intensidade da força mastigatória. - Adaptação dos apoios e retentores diretos. - Adaptação da base acrílica no rebordo. - Qualidade do rebordo. ↓ Aspectos que diminuem este movimento. 7 Qualidade do rebordo: Pouco reabsorvido, fibromucosa densa e firmemente aderida → menor movimento de aproximação da sela aos tecidos. Muito reabsorvido, fibromucosa flácida → maior movimento de aproximação da sela aos tecidos. Melhor adaptação da sela e base acrílica ao rebordo → menor espaço entre a base e a fibromucosa → menor o deslocamento da sela e base em direção ao rebordo. Movimento de afastamento da sela e base acrílica dos tecidos de suporte. Ocorre pela ação pegajosa de alimentos e pela musculatura paraprotética → neste movimento o retentor indireto deve ser eficaz. Função: resistir ao deslocamento das bases de extremidade livre durante os movimentos de afastamento dos tecidos. Devem estar situados o mais distante possível do espaço protético e da linha de fulcro. Linha de fulcro: relação braço de potência/braço de resistência. São eixos ou linhas imaginárias que passam pelos 2 principais apoios da prótese, um de cada lado do arco. É em torno deste eixo que ocorrem as alavancas ântero-posterior. NUNCA PLANEJAR UMA PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL UNILATERAL. - Sempre selecionar elementos de retenção indireta do outro lado do arco, equilibrando o braço de resistência com o braço de potência. Classe II – potência: deslocamento no sentido cervico- oclusal. Apoio anterior em relação a linha de fulcro para aumentar a resistência. Classe I – linha fulcro passa através dos apoios principais mais posteriores. Braço de resistência: tudo que está para anterior a linha de fulcro (área dentada). Braço de potência: vai da extremidade da base até a linha de fulcro. Deslocamento no sentido cervico- oclusal. Classe III – criamos uma forma geométrica para distribuição dos esforços que irão incidir dentro dos limites da prótese. Eliminamos a linha de fulcro, pois não ocorre movimentação. Eixos de rotação virtuais: a disposição dos retentores diretos, em número de 3 ou mais, formam um plano. Portanto não existe rotação real, promovendo a estabilização. Classe IV – a sela tende a sofrer movimentos para vestibular e para lingual em torno da linha de fulcro (principalmente no movimento protrusão). PLANEJAMENTO E DESENHO EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL É o ato de projetar e elaborar um plano de tratamento, através de informações coletadas sobre a saúde geral e bucal do paciente, visando um melhor prognóstico. Delineamento do modelo: - Paralelismo e planos guias - Delimitação do equador protético - Áreas retentivas - Áreas de interferência - Estética Para execução do planejamento e desenho da armação metálica, deve-se seguir uma sequência lógica: 1. Classificação do arco parcialmente desdentado. 2. Localização dos dentes pilares. 3. Apoios. 4. Retentores diretos (grampos de retenção e oposição). 5. Conectores menores. 6. Conectores maiores e barras. 7. Selas. 8. Linha defulcro – localização dos retentores indiretos. Localização dos apoios: - Espaços Intercalados: Os apoios se localizam nas faces proximais aos espaços protéticos; - Casos de extremidade livre (Classe I e II): Os apoios se localizam na face mesial (distante ao espaço protético); - Pré-Molar e Molar isolados entre dois espaços intercalares receberá dois apoios, um mesial e um distal; - Molar inclinado para mesial, o apoio será na distal (distante ao espaço protético) ou dois apoios, um mesial e um distal; 1-Pilar com extremo livre posterior - Grampos por ação de ponta ou de Roach são os mais indicados. Usado mais em caninos e pré-molares (verificar estética). 2-Pilar intermediário (elemento isolado entre dois espaços protéticos): - Anterior: Grampo em Y - Posterior: Grampo circunferencial anel modificado ou meio a meio (half and half) 3- Pilar anterior: - Incisivos e caninos (superiores e inferiores) - Grampo MDL ou MDL modificado 4- Pilar posterior em espaços intercalados - Pré-molares e molares; - Área de Retenção distante ao apoio oclusal e sem inclinação - Grampo circunferencial simples ou de Akers - Área de Retenção próxima ao apoio oclusal e sem inclinação. - Grampo circunferencial reverso; - Grampo circunferencial laço reverso ou anzol. 5- Pilar inclinado: - Geralmente é um molar mesializado e isolado. - Grampo circunferencial em anel modificado (dois apoios). - Grampo circunferencial reverso (apoio na distal). Conectores menores: união do grampo a sela e/ou conector maior. - Rigidez. MAXILA Barra ântero-posterior (dupla). Barra em U. Barra palatina simples ou única. Barra palatina ou cobertura total do palato. MANDÍBULA Barra lingual Placa lingual Preencher os espaços desdentados, fixar os dentes artificiais e efetuar a transferência das forças oclusais as estruturas bucais de suporte. Mantendo- se a biomecânica da PPR, os retentores podem ser alterados para satisfazer a estética. É permitido mudanças na forma e posição dos grampos para alcançar a melhor retenção. Definição: são bases provisórias confeccionadas sobre os modelos funcionais. Objetivos: - Permitir a determinação dos registros da dimensão vertical e relação central. - Possibilitar a transferência com o arco facial e a montagem dos modelos em articulador. - Possibilitar as provas clínicas. - Possibilitar a montagem dos dentes artificiais. - Desempenhar a função de verdadeiras matrizes das futuras próteses totais. 9 Técnica de confecção e materiais empregados: - Modelo funcional - Cera para alívio - Isolante de resina acrílica - Pincel tamanho médio - Resina acrílica ativada quimicamente - Lamparina e isqueiro - Pote com tampa para resina acrílica - Espátula dupla 7 e 31, espátula 36 e Lecron - Baixa rotação e peça reta - Pontas para desgaste e acabamento de resina acrílica (Maxicut) - Faca para gesso - 2 placas de vidro - Lápis cópia ou lapiseira Delimitação da área basal ou área chapeável dos modelos superior e inferior: MODELO SUPERIOR Espaço coronomaxilar Fundo de vestíbulo bucal Fundo de vestíbulo labial Freio labial Término posterior MODELO INFERIOR Chanfradura do masséter Fundo de vestíbulo bucal Fundo de vestíbulo labial Fossa retro–alveolar Assoalho bucal Freio lingual Papila retromolar Alívios das áreas retentivas com cera rosa 7 Na maxila: face vestibular da região de canino a canino e das tuberosidades alveolares. Na mandíbula: face vestibular e lingual da região de canino a canino e na lingual na região da fossa retro- alveolar. PASSO A PASSO 1. Aplicação do isolante para resina acrílica (Cel- Lac) no modelo e na placa de vidro. 2. Colocar somente uma tira de cera rosa 7 em cada extremidade da placa de vidro. 3. Preparo da resina acrílica. 4. Relação polímero/monômero 3/1. 5. Espatulação da resina acrílica no pote com tampa. 6. Fase arenosa, fase pegajosa ou filamentosa e fase plástica (momento da manipulação da resina nas pontas dos dedos). 7. Uniformidade da resina e prensagem da mesma entre duas placas de vidro. 8. Adaptação da resina acrílica sobre o modelo e remoção dos excessos utilizando o Lecron. 9. Espera da total polimerização da resina acrílica. 10. Remoção da base de prova do modelo. 11. Regularização das bordas, arredondamento e acabamento, utilizando a caneta de baixa rotação, peça reta e broca maxcut. 12. Observar os limites da área chapeável. DIFERENÇAS ENTRE MOLDEIRA INDIVIDUAL E BASE DE PROVA: Confecção M.I = sobre o modelo anatômico B.P = sobre o modelo funcional Extensão M.I = 1 a 2 mm aquém do fundo de fórnix, respeitando inserções de freios e bridas. B.P = fundo de fórnix = limite entre a fibromucosa móvel e aderida. Espessura M.I = 2 lâminas de cera B.P = 1 lâmina de cera Cabo M.I = presença B.P = ausência Função M.I = moldagem funcional, obtenção do modelo de trabalho. B.P = base provisória (matriz) da P.T Alívios em cera M.I = áreas de alívio que não podem ser comprimidas e também nas áreas retentivas do modelo anatômico. B.P = apenas nas áreas retentivas do modelo funcional. Muralha de cera adaptada a base de prova para registro das relações intermaxilares e orientação da montagem dos dentes artificiais. Dados a serem registrados nos planos de cera: • Forma do arco dental • Limite vestibular do arco • Linhas de referência para seleção e montagem dos dentes • Dimensão vertical de oclusão • Relação central Técnica de confecção e materiais utilizados: ✓ Lâmina de cera rosa n° 7 ✓ Espátula n° 7, 31 e 36 (24) ✓ Espátula Lecron ✓ Lamparina e isqueiro (álcool) Aquecer sobre a chama da lamparina uma faixa de cerca de 1 cm da lâmina de cera ao longo do seu comprimento e dobrar esta faixa. Aquecer novamente outra faixa e dobrar em zigue- zague. Continuar aquecendo e dobrando até que consiga um rolete de cera plástico. Dobrar ao meio para aumentar a altura do rolete. Dar forma do arco dental ao rolete. Adaptá-lo sobre a base de prova e uni-lo firmemente com cera fundida. Retenção e estabilidade da base de prova Observar - A base de prova sobre ou sub estendida. - Desadaptação da base de prova após polimerização da resina acrílica. - Alívios em cera muito extensos sobre o modelo funcional. - Rebordos reabsorvidos. 11 Retenção das bases de prova Nem sempre é possível obtê-la, visto que muitas vezes é necessário eliminarmos as retenções mecânicas no modelo funcional antes de confeccioná-la. Se a base estiver sem retenção, utilizar fixadores ou adesivos, como o Corega (pó ou gel) e Fixodent, para ajudar na retenção da base de prova e plano de cera na boca do paciente. Esta retenção é muito importante para realização das orientações do plano de cera na arcada superior. As referências para orientação do plano em cera superior são: - Linha bi-pupilar - Plano de camper ou protético Com a base de prova e plano em cera superior posicionado na boca do paciente, realizaremos as orientações necessárias na cera, de acordo com cada região: REGIÃO ANTERIOR-SUPERIOR Contorno Vestibular – Vista Lateral 1. Observar a condição do suporte labial; 2. Obter um ângulo de aproximadamente 45o entre a superfície do lábio superior e a base do nariz. Altura – Vista Frontal 1. 1 a 2 mm acima/ abaixo ou ao nível do tubérculo labial em repouso; 2. Observar o paralelismo do plano de cera com a linha bi- pupilar REGIÃO POSTERIOR-SUPERIOR Altura: -Observar o paralelismo entre o plano de cera e o plano de Camper ou plano protético bilateralmente. Contorno vestibular:Observar o espaço do corredor bucal bilateralmente. PLANO DE CAMPER - É a linha imaginária que se extende do trágus à asa do nariz. - Constitui uma linha de referência lateral. - É estabelecido com o auxílio da Régua de Fox. → Realizado a orientação do plano de cera superior, realiza-se o registro do arco facial com a base de prova e plano de cera posicionados na boca do paciente. → O arco fácil é um acessório do articulador, com a finalidade de transportar os planos de orientação da boca do paciente ao articulador, transferindo a distância intercondilar. → Após o registro do arco facial realiza-se a montagem do modelo superior no articulador com a base de prova e rolete em cera. → Para a montagem do modelo inferior no articulador é necessário o registro das relações intermaxilares ou interoclusais. Registros intermaxilares ou interoclusais: são registro, no sentido vertical e horizontal, do relacionamento da mandíbula em relação a maxila, na posição correta para se realizar um trabalho protético ou o estudo da oclusão do paciente. REGISTROS: Dimensão vertical de oclusão Relação central Determinamos a Dimensão vertical de oclusão, através da Dimensão Vertical de Repouso. D.V.O: É a distância harmônica da face entre a maxila e a mandíbula, quando os dentes estão em oclusão central. D.V.R: Posição fisiológica que independe dos dentes. Paciente está com a musculatura da face relaxada e confortável. Equilíbrio entre os músculos abaixadores e elevadores da mandíbula. E.F.L: É o espaço que existe entre a posição de repouso e a posição de oclusão. É a diferença entre a DVR e a DVO. Este espaço varia de 2 a 4 mm. DVO= DVR – EFL MÉTODO DOS DOIS PONTOS OU MÉTODO MÉTRICO DE PLEASURE - Paciente sentado em posição ortostática, com o encosto e o assento da cadeira formando um ângulo de 90° e sem as bases de prova na boca. - Marca-se dois pontos na pele do paciente, seguindo a sua linha média: um na maxila (ponta do nariz) e o outro da mandíbula (mento); - Mede-se por meio do compasso do Willis (ou compasso geométrico ou régua), a distância entre dois pontos (a mandíbula deverá estar em repouso). Registramos esta medida como sendo a DVR. - Desta medida obtida, remove-se de 2 a 4 mm (EFL) e observamos a DVO. - Diminuir o compasso até chegar na DVO. - Coloca-se na boca do paciente a base de prova superior com o plano de cera corretamente orientado (paralelo a linha bi-pupilar e ao plano de camper). Isola-se a superfície oclusal do plano de cera com vaselina e plastifica-se o plano de cera inferior com uma espátula aquecida. Levar o plano de cera inferior a boca do paciente e fechar lentamente em relação cêntrica. A cera plastificada vai ceder e medimos a DVO, observando as pontas do compasso nos dois pontos marcados na face do paciente. Quando a DVO estiver aumentada, remover cera do inferior. Quando a DVO estiver diminuída, acrescentar cera no inferior. Para confirmação da DVO utilizar o método das proporções faciais de Willis: Utilizando o compasso de Willis, confirmaremos se a distância do canto externo do olho até a comissura labial é igual à distância da base do nariz à base do mento. Podemos também realizar alguns testes visuais que podem auxiliar na correta determinação da DVO: - Harmonia facial, repouso, estético (avaliando o perfil), fonética e teste fisiológico – deglutição. RELAÇÃO CENTRAL Para obtenção dos registros interoclusais (D.V.O), as posições de referência são necessárias. Quando existem os dentes naturais, a posição de Oclusão Central entre a mandíbula e maxila, é regida pela relação das superfícies oclusais dos dentes, produzindo a Máxima Intercuspidação Habitual (maior número de contatos oclusais entre os arcos superior e inferior). Ocorrendo a perda total dos dentes naturais, desaparece a oclusão central, e a posição da mandíbula é guiada pelo equilíbrio da musculatura. A partir deste registro que chamamos de Relação Central, podemos reconstruir a Oclusão Central no paciente desdentado. 13 Existem muitas definições de R.C, no entanto a mais aceita é a “posição mais anterior e superior, não forçada, dos côndilos na cavidade articular.” Características: - Não depende dos dentes. - É bilateral. - Posição de referência horizontal. - Posição que pode ser reproduzida. - Posição de equilíbrio. MÉTODOS DE REGISTRO DA RELAÇÃO CENTRAL: - MÉTODO DE REGISTRO GRÁFICO: técnicas extra ou intra-orais (arco gótico) - MÉTODO DA INCLINAÇÃO DA CABEÇA - MÉTODO MANIPULATIVO - MÉTODO DE REGISTRO DIRETO OU EM CERA - MÉTODO DE REGISTRO FUNCIONAL OU FISIOLÓGICO: deglutição, levantamento da língua. REQUISITOS PRÉVIOS: - Bases de prova estáveis - Dimensão vertical já estabelecida - Paciente calmo e muscularmente relaxado MÉTODOS PARA REGISTRO DA RELAÇÃO CENTRAL Guiar a mandíbula à posição mais retrusiva, não forçada, para registrar a Relação Central. Paciente sentado e com a cabeça inclinada levemente para trás. Manipular a mandíbula com o polegar e indicador da mão direita, realizando movimentos rápidos de abertura e fechamento. Segurar a base de prova superior com os dedos polegar e indicador da mão esquerda; Para auxiliar o registro da Relação Central, pode-se utilizar dois métodos complementares no momento da retrusão guiada da mandíbula: - Método de Registro Fisiológico pela Deglutição: Durante a deglutição, a mandíbula deixa sua posição de repouso e vai para a DVO. Quando a saliva é forçada para trás pela ação da língua, a mandíbula é retruída para a posição de RC. - Método de Registro Fisiológico pelo Levantamento da Língua: O paciente eleva a ponta da língua no sentido póstero-superior, seguido do fechamento da boca. A mandíbula é conduzida para a RC. Após o registro da Dimensão Vertical de Oclusão e Relação Cêntrica, marcaremos as linhas de orientação do plano de cera superior para escolha e montagem de dentes artificiais. Após o registro da Dimensão Vertical de Oclusão e Relação Cêntrica, marcaremos as linhas de orientação do plano de cera superior para escolha e montagem de dentes artificiais. - Linha Mediana (traçar uma linha imaginária no centro da face e transferi-la par o plano de cera superior e inferior); - Linha da distal dos caninos (Linha da bissetriz entre a asa do nariz e a comissura labial); - Linha alta do sorriso (pedir ao paciente para sorrir). - Com estas medidas, obteremos o comprimento do Incisivo Central e a largura dos seis dentes anteriores. - Análise do formato do rosto do paciente: Quadrangular, triangular ou Ovoide. - Escolha da cor e formato dos dentes, conforme sexo, idade e raça do paciente. - Com todas estas informações selecionaremos os dentes através da carta molde. Após os registros das linhas de orientações para escolha dos dentes, unir os planos de cera superior e inferior com grampos (grampeador) para remoção da boca das bases de prova superior e inferior juntas, sem modificar a sua posição. REALIZA-SE MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS NOS ROLETES EM CERA (protético). Modelo inferior.
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