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Monografia - Mateus Araújo Ervedoza

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR 
CENTRO DE CIÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO E GESTÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
 
 
 
 
 
MATEUS ARAÚJO ERVEDOZA 
 
 
 
E PESQUISA 
 
VENDA DIRETA: INFLUÊNCIA NA ECONOMIA E NA 
FORMAÇÃO DELÍDERES EMPREENDEDORES 
O ALUNO DE ENSINO MÉDIO 
NÃO PROFISSIONALIZANTE E A PSSIBILIDADE DE 
ESTÁGIO 
 EM ÓRGÃOS PÚBLICOS OU PRIVADOS 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR 
CENTRO DE CIÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO E GESTÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
 
 
 
 
MATEUS ARAÚJO ERVEDOZA 
 
 
 
E PESQUISA 
 
 
VENDA DIRETA: INFLUÊNCIA NA ECONOMIA E NA 
FORMAÇÃO DELÍDERES EMPREENDEDORES 
 
 
Monografia apresentada como 
exigência parcial para a 
conclusão do curso de 
Graduação em Ciências 
Econômicas da Universidade 
de Fortaleza - UNIFOR. 
 
 
 
Professor Orientador Dr. Nicolino Trompieri Neto 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus Araújo Ervedoza 
 
 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
VENDA DIRETA: INFLUÊNCIA NA ECONOMIA E NA 
FORMAÇÃO DE LÍDERES EMPREENDEDORES 
 
 
 
 
Monografia apresentada como 
exigência parcial para a 
conclusão do curso de 
Graduação em Ciências 
Econômicas da Universidade 
de Fortaleza - UNIFOR. 
 
 
 
 
DATA DE APROVAÇÃO: ____/____/____ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
___________________________________________________ 
Professor Dr. Nicolino Trompieri Neto 
Orientador 
 
 
___________________________________________________ 
Professor Me. José Haroldo Aguiar Junior 
Membro da banca 
 
 
__________________________________________________ 
Professor Esp. José Landsberg Costa Lima Filho 
Membro da banca 
 
 
 
RESUMO 
 
O marketing de rede é compreendido como uma estratégia de marketing para 
uma distribuição direta movimentando bens e/ou serviços do fornecedor para o 
consumidor, por meio de uma equipe hierárquica com vários níveis. No mercado 
em que está inserido, se encontra conhecido também como MMN que é um 
acrônimo para Marketing Multinível; e como Marketing de Relacionamento. 
Múltiplos níveis de pessoas divulgam produtos para consumidores baseados em 
um representante de vendas ou distribuidor, membro ou consultor, conseguem 
consumidores e também patrocinam e treinam outros representantes para fazer o 
mesmo trabalho que fazem: criando uma rede de relacionamentos. Neste sentido, 
o presente trabalho busca esclarecer algumas questões sobre diferença da venda 
direta do processo de distribuição tradicional, através de pesquisa bibliográfica e 
documental; como o MMN é viável e sustentável dentro da economia de um país; 
mostrar os perigos que as pirâmides financeiras trazem para economia; mostrar 
que o MMN é uma ótima plataforma para pessoas que querem começar a 
empreender, e buscam liberdade financeira e aprender habilidades geradoras de 
renda. 
 
Palavras-chaves: Venda Direta. Marketing de Relacionamento. Marketing de 
Rede. Marketing Multinível. Pirâmide Financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Network marketing is understood as a marketing strategy for direct distribution by 
moving goods and / or services from the supplier to the consumer through a 
multilevel hierarchical team. In the market in which it is inserted, it is also known 
as MMN which is an acronym for Multilevel Marketing; and Relationship Marketing. 
Multiple levels of people advertise consumer products based on a sales 
representative or distributor, member or consultant, get consumers and also 
sponsor and train other representatives to do the same work they do: creating a 
network of relationships. In this sense, the present work seeks to clarify some 
questions about the difference between the direct sale of the traditional distribution 
process, through bibliographical and documentary research; how MMN is feasible 
and sustainable within a country's economy; show the dangers that the financial 
pyramids bring to the economy; show that MMN is a great platform for people who 
want to start entrepreneurship, and seek financial freedom and learn income-
generating skills. 
 
Key-words: Direct Selling. Marketing of relationship. Network marketing. Multi-
level marketing. Financial pyramid. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................06 
 
2. REFERANCIAL TEÓRICO............................................................................08 
 
3. VENDA DIRETA............................................................................................10 
 3.1 ORIGENS NO BRASIL E NO MUNDO....................................................10 
 3.2 AFINAL, QUAL O CONCEITO DE VENDA DIRETA?.............................12 
 3.3 ABVD.......................................................................................................14 
 
4. MARKETING DE REDE OU MULTINÍVEL...................................................16 
 4.1 DEFINIÇÕES...........................................................................................16 
 4.2 ORIGEM..................................................................................................18 
 4.3 PIRAMIDES FINANCEIRAS....................................................................20 
 4.4 REGULAMENTAÇÃO..............................................................................21 
 
5. POR QUE EMPREENDER NESSE MODELO DE NEGÓCIO?....................23 
 5.1 ROBERT KYOSAKI..................................................................................23 
 5.2 INFLUENCIA NA ECONOMIA..................................................................29 
 5.3 O PROFISSIONAL DE MARKETING DE RELACIONAMENTO...............34 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................37 
 
7. REFERÊNCIAS..............................................................................................38 
 
6 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente no mundo dos negócios está ficando cada vez mais 
competitivo, principalmente por conta do avanço tecnológico que o mundo esta 
sofrendo dia após dia, pessoas podem achar praticamente qualquer tipo de 
informação através de poucos cliques, isso é bastante vantajoso se comparado 
com antigamente, porem, as empresas e o mercado vem cada vez mais cobrando 
dos seus funcionários produtividade e especialização. 
Muito interessante perceber que aquele antigo modelo de emprego que 
troca horas de trabalho por um salário no final do mês, está diminuindo, cada vez 
mais as empresas estão procurando remunerar seus funcionários por 
produtividade e não horas trabalhadas, isso acaba fazendo com que os 
funcionários procurem se tornar especialistas em uma área para se tornarem mais 
produtivos trabalhando o mesmo período, assim aumentando o valor das suas 
horas trabalhadas e consequentemente seus salários mensais. 
Esse tipo de competitividade acaba dificultando novos empreendedores, 
pessoas que sempre sonharam em ter seu próprio negócio, por conta da grande 
quantidade de empresas já existentes do mercado em qualquer área e 
principalmente porque hoje em dia para que alguém comece qualquer tipo de 
empreendimento, na maioria das vezes, deve-se investir um alto valor inicial, 
fazendo com que muitas destas desistam e fiquem em busca de um negócio 
perfeito com baixo risco e investimento inicial, onde possam alavancar no futuro e 
construir riqueza gerando uma liberdade financeira. 
Partindo desta explanação, este trabalho levanta o seguinte problema: 
porque a venda direta vem crescendo ano após ano e é uma ótima escola de 
negócio, para indivíduos que procuram se desenvolver como pessoas e construir 
uma renda residual de acordo com sua produtividade? 
Com base neste questionamento,esse estudo busca fornecer os insumos 
necessários para a compreensão de como a venda direta e o marketing de 
relacionamento funcionam e conseguem se manter no mercado durante um longo 
período de tempo. Entender como um empreendedor no ramo do marketing de 
relacionamento trabalha de forma profissional. 
 
7 
 
 
 
Portanto, como objetivo, o presente trabalho visa estudar, discutir e 
diferenciar as empresas de venda direta de empresas do mercado tradicional, e 
desmistificar a carreira de um profissional de marketing de relacionamento. 
Focando nos seguintes pontos: levantar a origem de empresas de venda direta e 
network marketing; demonstrar qual a diferença do sistema de distribuição de 
produtos dentro dessa indústria, diferenciando das empresas tradicionais; citar 
estatísticas de algumas empresas no ramo; influências na economia; esclarecer 
como um profissional de marketing de rede trabalha justificar porque é uma ótima 
forma de começar seu próprio negócio. 
Esta pesquisa justifica-se, pois em pleno século XXI, ainda existem 
bastantes pessoas com certo tipo de preconceito com empresas de vendas 
diretas ou marketing multinível, sendo um dos principais alvos desse tipo de 
preconceito os profissionais que decidem seguir carreira nessa profissão, 
tachados de aproveitadores, pessoas que se aproveitam de outras menos 
favorecidas para venderem um pacote de produtos e ganharem certo valor de 
comissão, quase sempre prometendo dinheiro fácil de forma rápida, muitas vezes 
vendendo sonhos como: viagens, qualidade de vida, poder trabalhar onde quiser, 
com quem quiser e na hora que quiser, mostrando que a empresa muitas vezes 
premiam certos avanços de títulos com carros de luxo e etc. 
Esse tipo de atitude acaba gerando certo repulso sobre muitas pessoas 
leigas no assunto, pelo fato de muitas delas conhecerem alguém que já tentou 
empreender nesse ramo e acabou desistindo ou por terem consumido algum 
produto que não deu nenhum resultado. Porém, muitas pessoas não sabem é que 
isso tudo é culpa de quem deva ter mostrado o produto ou o plano de negócio de 
forma nem um pouco profissional, irresponsável e antiética. 
Além dessa introdução, o capitulo dois analisa o referencial teórico. O 
capítulo três conta um pouco da origem da venda direta, diferenciando o processo 
de distribuição dos produtos nessas empresas para as demais, citando o órgão 
que regulariza essa atividade no Brasil. Já no capítulo quatro fala-se dos 
diferentes sistemas que existem nessa indústria citando estatísticas de algumas 
empresas do ramo, e também mostrar que esse modelo de negócio não é 
pirâmide financeira. Por fim, no capítulo de conclusão mostra como se trabalhar 
de maneira profissional nesse tipo de carreira e busca esclarecer alguns 
preconceitos que esses profissionais sofrem. 
 
8 
 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
A maioria das pessoas ainda não entende muito sobre a verdadeira 
diferença do processo de distribuição de produtos ou serviços de venda direta 
para demais formas como varejo e atacado. Venda direta é uma estratégia que a 
empresa decidiu levar seu produto ou serviço para o mercado, muitas vezes esse 
modelo de distribuição acompanha uma forma não tão comum de marketing. 
Venda direta pode ser considerado como uma forma de marketing direto (Berry 
1997), ou o marketing um-a-um (Pitta 1998), ou vai direto para uma rede de 
consumidores final (Luk & Fullgrabe 1999). 
Pedroso Neto (2000) caracteriza a venda direta como a ida do vendedor 
até o consumidor, geralmente em sua casa, usando o boca a boca, para expor 
seu serviço ou produto. Esses vendedores podem ser comissionados, receber 
salários fixos ou ambos. Seu lucro está na diferença no preço comprado no 
atacado e a venda no varejo, podendo ser empregados ou autônomos, ou 
nenhum dos anteriores recebendo apenas comissões sobre as vendas. 
Dentro desse modelo de distribuição existem algumas vertentes o modelo 
mononível e o tão polemico multinível, esse modelo permite que pessoas 
construam sua própria rede também de distribuidores que possam ajuda-los a 
levar o produto ou serviço para o mercado consumidor, ganhando uma renda 
residual na forma de comissão paga pela empresa que ele representa, em cima 
do volume de compra (produto/serviço) da sua rede, compra essa feita por 
distribuidores ou consumidores finais. 
Vários empreendedores de sucesso, com grande credibilidade que tem 
opiniões bastante positivas sobre Marketing de Rede. Segundo Robert Kiyosaki 
(2010); um grande empresário e autor de livros de educação financeira, escreveu 
o Best Seller “Pai Rico, Pai Pobre” o livro de finanças pessoal mais vendido em 
todo o mundo; fala que quando ouviu sobre marketing multinível pela primeira vez 
era uma pessoa totalmente cética e contra esse modelo de negócio, mas logo 
depois que aprofundou seu conhecimento no assunto, viu vantagens que poucas 
oportunidades de negócios oferecem; fala também que as pessoas mais ricas do 
mundo constroem sistema de redes e todas as outras vão à busca de emprego. 
 
9 
 
 
 
“(...) hoje em dia aconselho as pessoas a levar em consideração o marketing de 
rede” (KIYOSAKI, Independência Financeira, 1998, p.98). 
Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos da América; “Está 
comprovado que o Marketing de Rede é uma fonte de receita viável e gratificante 
(...)” (TRUMP, Nós Queremos que Você Fique Rico, 2007, p. 297). Max 
Gehringer, um grande empresário brasileiro e escritor, autor de diversos livros 
sobre carreiras e gestão empresarial, conhecido por seus artigos em revistas 
como Época, Exame, Você S/A, comentarista da Rádio CBN e do programa 
Fantástico, na TV Globo. Numa entrevista para radio CBN; no dia 03/12/2007; 
falou “Tente o Marketing Multinível. Você será autônomo, terá o treinamento 
apropriado e não terá chefes pegando no seu pé. Os resultados serão 
consequência direta do seu esforço”. 
Mauro Halfeld (2006); engenheiro, professor e gestor de investimentos; 
também em entrevista na Radio: Coluna CBN Dinheiro disse: “Sugestões para 
ganhar mais; ter um segundo trabalho, sim, aproveitar os momentos de folga para 
ter mais renda”. (...) sem falar na enorme variedade de produtos a serem 
vendidos no marketing de rede’’. 
Sergio Buaiz; desde 1993 tem atuado como líder, executivo, consultor e 
treinador de dezenas de empresas de Marketing Multinível, especialmente nas 
áreas ligadas à estratégia comercial, tecnologia, comunicação, treinamento e 
relacionamento com a força de vendas. “(...) o Marketing de Rede é, sem sombra 
de duvidas, um dos caminhos mais interessantes para se tentar equilibrar a má 
distribuição de renda do nosso planeta.” (BUAIZ, Marketing de Rede – A Formula 
de Liderança, 1998, p.49). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
3. VENDA DIRETA 
 
3.1 Origens no Brasil e no Mundo 
 
O Estadão, no dia 23/11/2015, postou um pequeno artigo no seu site, com 
o titulo: “De onde surgiu a venda direta?” e subtítulo: “Das enciclopédias à 
revolução dos catálogos e da internet, confira a evolução das vendas diretas”. 
Falando um pouco da origem desse tipo de comercialização na humanidade. 
“Uma das atividades mais antigas do mundo, as vendas diretas fazem parte de 
uma antiga tradição que surgiu da necessidade básica do homem de se 
comunicar, de trocar bens e compartilhar experiências”. Seguindo os instintos e o 
desenvolvimento das técnicas e tecnologias, as vendas diretas evoluíram, mas 
continuam sendo fonte de renda e uma forma alternativa de trabalho para milhões 
de pessoas em todo o mundo. 
Diferentemente dos catálogos e das facilidades proporcionadas pelo 
advento da internet, os primeiros revendedores contavam com poucas 
oportunidades para comercializar os seus bens. Geralmente, as transações 
aconteciam em eventos relacionados a festas religiosas, que possibilitavam o 
encontro de pessoas de diversas regiões, formando verdadeiros conglomeradostemporários. Cada cultura compartilha sua herança sobre as vendas diretas, mas 
as tradições se espalharam e se misturaram pelo mundo (...)”. 
No site da ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, 
sita que um dos primeiros registros oficiais sobre a venda direta surgiu na 
Inglaterra no final do Séc. XVIII, quando a editora da Enciclopédia Britânica adota 
a prática de vender, de porta em porta, suas coleções. Na cidade de Nova York 
em 1886, o vendedor de livros a domicílio David McConnell passa a oferecer 
perfumes como brinde para quem compra seus produtos. Logo percebe que as 
pessoas compram os livros para ganhar as fragrâncias, e decide vender 
cosméticos de porta em porta. Em 1887 aumentou sua equipe para 12 
vendedoras, então funda a Perfumes Califórnia. Dez anos depois a Perfumes 
Califórnia lança seu primeiro catálogo de ofertas, com perfumes e outros produtos 
de beleza. 
 
11 
 
 
 
No Japão, na década de 1930, por conta de um surto de infecções 
intestinais que provoca um aumento do índice de mortalidade infantil, o 
pesquisador Minoru Shirota desenvolve o leite fermentado Yakult, que inibe 
bactérias nocivas e equilibra a flora intestinal. O produto é distribuído por sistema 
de entrega domiciliar. Nessa mesma década, no ano de 1939 a Perfumes 
Califórnia, com distribuidores em 40 estados americanos, muda seu nome para 
Avon. Já na década seguinte, em 1946, o engenheiro americano Earl Tupper 
lança uma linha de utensílios plásticos para cozinha, a Tupperware, e o sistema 
de reuniões domiciliares. 
Os jovens empreendedores Jay Van Andel e Rich DeVos no ano de 1959 
fundam a Amway, e desenvolvem o método de oferecer aos vendedores 
condições de montar sua própria rede de negócio na distribuição de uma variada 
linha de produtos. A texana Mary Kay Ash funda a empresa que leva seu nome, 
no inicio da década de 60, com o objetivo de estimular mulheres a montar seu 
próprio negócio. 
No Brasil, logo quando começou a década de 40, a Hermes, empresa 
brasileira, começa a desenvolver no país o conceito de venda direta, por meio do 
reembolso postal. Em 1959 a Avon inaugura sua fábrica em São Paulo. Sua 
primeira produção foi o batom Fashion, na cor Clear Red. 
Logo depois a Yakult inicia suas atividades no Brasil, no meio dos anos 60, 
apresentando seu sistema de vendas aos consumidores locais, dois anos depôs 
constrói uma fábrica em São Bernardo do Campo e nessa mesma década no ano 
de 1969 é criada a Natura, com um laboratório para produzir cosméticos e uma 
pequena loja em São Paulo, iniciando o sistema de venda direta, em 1974, ponto 
de partida para o crescimento da empresa. 
A Tupperware chega ao Brasil, em 1976, com seu método de reuniões 
domiciliares e a Natura entra no mercado de maquiagem e perfumaria crescendo 
operações para o mercado chileno, no inicio dos anos 80, no mesmo período que 
a Nu Skin Enterprises inicia suas atividades no mercado brasileiro. Na década de 
1990, com o sucesso da venda direta no país, chegam empresas como Amway, 
Nature’s Sunshine, Herbalife, Mary Kay e Fibrative. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
3.2 Afinal, qual o conceito de Venda Direta? 
 
Luk & Fullgrabe (1999) a venda direta pode ser considerada um tipo de 
marketing direto, onde os relacionamentos entre clientes e vendedores se 
estreitam. Ainda notam-se outras formas de marketing direto como a 
desintermediação, na qual reduz significativamente o numero de intermediários no 
processo de distribuição (Baker 1984; Greener 1987; Hart & Stapleton 1992). A 
redução de intermediários, desde a fabrica para o consumidor final, acaba 
afetando no preço do produto, fazendo com que produtos de melhor qualidade 
com um maior valor agregado, cheguem na mão dos clientes com preços mais 
acessíveis justamente pelo fato das empresa economizarem na distribuição e no 
marketing. 
 
“Os produtos vendidos para os consumidores finais podem ser distribuídos 
de forma direta ou através de intermediários. Os produtos que são vendidos 
de forma direta do fabricante ao consumidor, como no caso da Yakult e 
Avon, não utilizam intermediários tradicionais para vende de produtos” (LAS 
CASAS, 2006, p. 313). 
 
A ABEVD classifica como venda direta, um sistema de comercialização de 
bens de consumo e serviços, baseado no contato pessoal entre vendedores e 
compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo. O sistema de venda 
direta oferece vantagens para todos os envolvidos. 
Para os revendedores é uma ótima fonte alternativa de renda, aberta a 
qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade, escolaridade ou experiência 
anterior, esses também têm o benefício de trabalhar em horários flexíveis, ganhar 
conforme a dedicação e se desenvolver pessoal e profissionalmente; já para as 
empresas a venda direta envolve os mais diversos setores da economia – de 
cosméticos e produtos de limpeza a recipientes plásticos para alimentos e 
suplementos nutricionais. Outra grande vantagem é o potencial de expandir o 
alcance geográfico de seus produtos; para o consumidor representa um 
atendimento personalizado que não existe no varejo tradicional; e para a 
sociedade contribui para minimizar o problema do desemprego, além da 
oportunidade de complementação da renda familiar, gerando mais riqueza para o 
país. 
 
13 
 
 
 
As três modalidades mais praticadas de venda direta são primeiro o “door 
to door” ou porta-a-porta aonde; apesar de ser a forma mais antiga ainda é a mais 
praticada pelas pessoas e uma das mais eficazes o revendedor vai até a 
residência ou local de trabalho do consumidor para demonstrar e vender os 
produtos; depois o catálogo essa modalidade o revendedor deixa o catálogo ou 
folheto na residência do consumidor e depois passa para retirar o pedido; e por 
ultimo a party plan nessa o revendedor promove um chá na casa de um 
consumidor e seus amigos, em que demonstra e revende os produtos; apesar de 
não serem tão praticadas, algumas pessoas ainda usam essa técnica e tem 
bastante sucesso. 
Os revendedores podem lucrar de duas maneiras, pelo sistema mononível, 
onde revendedor compra o produto e o revende com uma margem de lucro média 
de 30%, e o mais polemico sistema multinível além da margem de lucro, o 
revendedor que indicar outros revendedores também ganha uma porcentagem 
em cima dessas vendas. Nesse sistema, os ganhos são proporcionais ao esforço 
empregado. Nos dois modelos existe a oportunidade de ganho ao revender 
produtos para os consumidores finais e, também, o benefício de adquirir produtos 
para consumo pessoal com desconto. 
Segundo Cobra (1997), uma das razões do marketing está na realização e 
concretização da venda, afinal é através dela que os recursos para gerir e manter 
qualquer processo dentro da organização prove das receitas das negociações, é 
sem duvida uma tarefa árdua, porem sem ela é impossível à empresa sobreviver. 
O custo da força de venda é alto justamente pelos vendedores trabalharem 
no “campo”, visitando diretamente os clientes de forma externa, não realizando 
suas vendas dentro das organizações, tendo que se deslocar lhe dando com 
varias despesas como hospedagens, refeições, telefonemas entre tantos outros 
custos. Fazendo com que os vendedores se tornem verdadeiras empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
3.3 ABEVD - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas 
 
A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma 
entidade sem fins lucrativos fundada em 1980. Com o objetivo é promover e 
desenvolver a venda direta no Brasil. 
A ABEVD e suas associadas têm como princípios: o compromisso de 
praticar uma relação saudável entre consumidores e revendedores; a 
preocupação com o aperfeiçoamento constante da força de vendas; oferecer aos 
consumidores produtos e serviços de alta qualidade por um preço competitivo e 
alinhado com as necessidades dos clientes. 
As suas ações são apoiadas no Código deÉtica, que orienta a conduta das 
empresas nos relacionamentos com os vendedores diretos, assim como no 
relacionamento entre as próprias empresas e os consumidores. O objetivo maior 
do Código de Ética é contribuir para a promoção da concorrência leal e a melhora 
na percepção da sociedade sobre a venda direta como uma oportunidade de 
trabalho e geração de renda. 
A ABEVD é membro da World Federation of Direct Selling Associations 
(WFDSA) organização que congrega todas as associações nacionais de vendas 
diretas existentes no mundo. A WFDSA é uma organização não governamental e 
voluntária. Atualmente, reúne entidades de vendas diretas de mais de 60 países 
diferentes. A ABEVD é um membro atuante desta entidade internacional. 
 
3.3.1 História 
 
No final dos anos 1970, a venda direta já era uma atividade em franca 
expansão no mundo: contava com empresas sólidas e envolvia milhões de 
trabalhadores. Para representar essa indústria que se desenvolvia rapidamente, 
foi criada, em 1978, nos Estados Unidos, a organização não governamental World 
Federation of Direct Selling Associations (WFDSA). 
No Brasil no dia 20 de setembro de 1979, nascia em São Paulo a 
Associação Brasileira das Empresas Vendedores de Mercadorias as 
Revendedoras a Domicílio, apoiada por empresas como Avon, Natura, Vogue, 
Christian Gray, Jafra, Yakult, Tupperware e Stanley Home. Os primeiros desafios 
dos associados estavam relacionados à regulamentação do setor, especialmente 
 
15 
 
 
 
questões trabalhistas e tributárias. Um exemplo eram os projetos de lei que 
tratavam da simplificação das exigências para o registro de pequenas empresas e 
firmas individuais nas juntas comerciais. Nos primeiros anos, no entanto, ainda 
havia, entre as empresas, o receio de trocar informações com potenciais 
competidores. O relacionamento entre elas era bom, mas não se apostava em 
ações conjuntas. 
A partir de 1998, a Domus tomou um novo impulso quando passou a criar 
comitês de trabalho formados por profissionais das empresas associadas. Eles 
constituíram a mola propulsora da associação, que passava a se focar em 
resultados e em tornar o sistema de venda direta mais democrático e 
transparente. 
Gradativamente, as empresas passaram a compartilhar informações sobre 
seu trabalho, seu volume de vendas e produção. Começaram também a definir 
conjuntamente as boas práticas nas relações trabalhistas e governamentais, de 
modo a evitar equívocos que pudessem afetar a indústria como um todo. A ideia 
era firmar uma nova imagem da venda direta, mostrar o quanto a atividade gera 
oportunidades de renda para milhões de pessoas, o quanto seu sistema é 
confiável, formal, legal e penalizado por uma onerosa carga tributária, sem 
esquecer os fundamentos dessa atividade, baseados na ética das relações 
comerciais entre a empresa que vende o produto e o revendedor autônomo. Um 
claro código de ética dos revendedores e um bem definido código de ética das 
empresas viriam a solidificar mais ainda a seriedade e a credibilidade da 
atividade. 
Em 2001, a Domus simplificou seu nome para ABEVD, Associação 
Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, e alcançou o estágio onde hoje se 
encontra: uma associação profissional, formada por executivos atuantes, 
orientados e focados em resultados, empenhados em fazer com que o segmento 
de venda direta no Brasil tenha o reconhecimento e a importância que merece 
junto ao público e ao governo. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
4. MARKETING DE REDE OU MULTINÍVEL 
 
4.1 Definição 
 
O marketing de rede é um método para venda direta em que os clientes 
podem tornar-se vendedores do produto. 
 
“O Marketing de Rede é um sistema de distribuição direta, que 
movimenta bens e/ou serviços, do fornecedor para o consumidor, por 
meio de uma cadeia de contratantes independentes” (MEIRA;GHISI, 
2009, p.1). 
 
Antes de abranger o marketing de rede, é imprescindível compreender sua 
relação com o marketing tradicional. Neste, o produto passa por um processo de 
distribuição do fabricante até os consumidores por etapas (os atacadistas e 
varejistas), sem contar que a empresa precisa desenvolver estratégia de 
comunicação como propaganda, promoção, relações públicas e/ou venda 
pessoal, para que os consumidores estejam sabendo da existência dos produtos 
nos pontos de venda e se interesse em compra-los. Todo esse conjunto de 
atividades é administrado no fabricante por uma equipe de executivos, 
disseminado em vários níveis hierárquicos desde a diretoria até a gerencia. 
Cabendo a um de esses gerentes controlarem de forma direta os distribuidores e 
vendedores. 
Já no marketing de rede é bem diferente, primeiro que não existem lojas, 
segundo não contêm investimento em ações de comunicação para manter os 
consumidores informados da existência dos produtos, não há controle direto a 
respeito dos distribuidores (eles criam sua própria equipe de vendas de forma 
independente). Para que funcione, é preciso ter pessoas contratadas de forma 
livre para gerenciar o sistema de distribuição, somente ele podem comprar 
diretamente do fabricante e repassar ao consumidor final. A grande diferença é 
que esses distribuidores independentes do mesmo jeito que divulgam a ideia para 
que outras pessoas façam o mesmo, utilizando a propagando boca-a-boca ao 
invés das propagandas usadas em mídias. 
Peterson & Wotruba (1996) pessoas que praticam venda direta, apesar do 
pouco estudo realizado para definir suas características, percebe-se que 
geralmente são mais arrojadas, entusiastas, aventureiras e expansivas. Ao qual 
 
17 
 
 
 
se arremetem na sua grande maioria o pensamento de ser seu próprio patrão. No 
entendimento de Ottesen, et. AL (2004) o MultiLevel Marketing (MLM) passou por 
diversos progressos desde então, com aprimoramentos no sistemas e empresas 
profissionais ocasionando novos conceitos ao mercado, ele cresceu sobretudo no 
inicio dos anos 90 visto que apresenta saída simples para as empresas que 
buscam oferecer inovação, qualidade e melhor preços nos produtos, serviços 
operacionais e atendimento personalizado aos clientes. 
 
“O marketing de rede é uma junção do marketing de relacionamento, 
que tem o objetivo de buscar a qualidade do relacionamento com o 
cliente, com o marketing direto, pelo relacionamento direto entre 
vendedor (distribuidor) e cliente final” (ROCHA, A.; CHRISTENSEN, 
1999). 
 
A ABEVD considera empresas de distribuição multinível aquelas que 
comercializam produtos por intermédio de comerciantes ou distribuidores que, por 
sua vez, patrocinam outros, recebendo pagamentos baseados sobre as vendas 
realizadas pelos patrocinados. As leis brasileiras não proíbem tal sistema de 
distribuição, sujeitando-se quem dele se utiliza às normas legais a que estão 
sujeitas as empresas em geral. Os pagamentos correspondentes às vendas feitas 
pelos patrocinados estão sujeitos ao recolhimento do imposto de renda na fonte, 
bem como, no caso de pessoa física, à contribuição para o Instituto Nacional de 
Seguridade Social. 
A vantagem do multinível é a possibilidade de se construir uma 
organização de vendas e receber uma porcentagem pelas vendas realizadas 
pelos revendedores indicados, além de bônus e royalties sobre a venda de 
produtos e/ou serviços. Os ganhos não se dão de maneira fácil, já que o 
revendedor que faz parte de uma rede de marketing multinível precisará construir 
seu negócio da mesma maneira que um empresário do varejo tradicional. Ou 
seja, deverá vender produtos e/ou serviços diretamente a seus clientes, indicar 
novos revendedores, capacitar sua equipe e gerir seu negócio. 
O marketing multinível oferece a mesma oportunidade a todos os 
revendedores para desenvolver seu negócio. Os ganhos são proporcionais ao 
esforço de cada um, pois variam de acordo com o volume de vendas pessoais e o 
desenvolvimento da rede. Os revendedores com perfis mais empreendedores, 
 
18mais engajados e com mais tempo de dedicação ao negócio podem ter ganhos 
maiores do que aqueles que participam há mais tempo. 
O Marketing de Rede, conhecido também como Multinível, é um método 
para venda direta que os clientes podem torna-se vendedores do produto ou 
serviço que estão adquirindo, por meio de recrutamento, encaixando-se em uma 
nivelada estrutura de distribuição, abaixo do nível de seu recrutador que, por 
consequência, obterá ganhos sobre vendas realizadas pelos novos vendedores 
(KISHEL; KISHEL, 1995). 
 
4.2 Origem 
 
Segundo Funiel (2014), o marketing em rede, propriamente dito, surgiu 
com a empresa Watkins Brothers em 1903. A empresa permitiu que seus clientes, 
além de comprar por atacado, pudessem comercializar os produtos pra outros 
divulgadores, obtendo ganhos sobre toda a rede. Possibilitou também a criação 
de um negócio dentro de um já existente, e isso causou o nascimento de vários 
empreendedores. 
Outro personagem lendário da Indústria do Marketing de Rede é o médico 
e químico Dr. Carl Reheborg que, dedicado ao estudo da nutrição, adaptou o 
modelo do plano de compensação quando decidiu iniciar sua própria empresa de 
nutrição. Na década de 30 para a de 40, por não se sentir satisfeito com o sistema 
de distribuição da época, onde distribuidor só ganhava aquilo que vendia, 
desenvolveu um método onde o revendedor ganharia um percentual sobre o 
desempenho de outros distribuidores. Sua importância para a fundação do 
sistema multinível deu-se quando ele pensou numa forma diferente de distribuição 
e comercialização dos produtos de sua empresa Nutrilite Products Inc. (COSTA, 
2001, p. 75). 
A Nutrilite Products mudou sua estratégia de venda direta, devido aos 
problemas da grave crise nos EUA, na qual os bancos e as empresas faliram, 
assim como o desemprego assolou massivamente a população. Rehnborg 
percebeu que a indicação de conhecidos e de pessoas que já consumiam o 
produto dava maior credibilidade às vendas e promovia a marca por meio do boca 
a boca (NUTRILITE, 1999). 
 
19 
 
 
 
Para Richard Poe (2002) o desenvolvimento do marketing de rede pela 
historia se descreve por quatro ondas que são elas: 
A primeira onda teve inicio no começo da década de 40 por Carl Rehnborg, 
ao introduzir o plano de comissões de múltiplos níveis na, Nutrilite Products, Inc. 
Nascendo assim neste momento, múltiplas empresas. Após um período de trinta 
anos de competição, com as empresas que se aproveitaram do sistema para 
formar pirâmides. A confusão chegou ao seu fim em 1979, quando a Comissão 
Federal de Comercio, decidiu que o marketing multinível era um negócio legitimo. 
Segunda onda começa na década de 80 com o surgimento de centenas de 
empresas. O surgimento do computador facilitou para calcular os fluxos de 
comissões e, a produção de uma linha de produtos, as empresas recrutaram 
milhões de pessoas. A segunda onda tinham longas jornadas de trabalho. Onde 
os distribuidores tinham que acumular estoques, falar perante multidões em 
reuniões, atender aos pedidos de produtos, treinar novos recrutas e passando as 
noites inteiras atendendo telefonemas da sua rede. Além de serem obrigados 
pelas empresas a comprarem grandes quantidades de produtos, para poderem 
subir no plano de carreira, fazendo os distribuidores ficar com grandes stocks, 
muitas vezes parados em suas casas. 
Terceira onda tem seu inicio na década de 90, com o grande problema da 
segunda onda a ser resolvido. Uma nova geração de executivos surge 
melhorando processo do Marketing de Rede, tornando-se mais amigável para os 
seus distribuidores. Tornar o negócio rentável para todos era o novo objetivo seja 
para quem o façam tanto em part-time como e full-time; essa onda se destaca no 
uso de computadores e sofisticadas estratégias de administração e os mais 
modernos sistemas. O uso das tecnologias é a principal característica da Terceira 
Onda, que as usa para automatizar e unificar a tarefa outrora vagarosa. 
Quarta onda surge a partir do ano 2000 com os principais especialistas 
econômicos afirmando que o marketing de rede será a maior força de negócio do 
séc. XXI. Encorajadas pela crescente respeitabilidade do Marketing Multinível, as 
empresas então finalmente começam a investir em multinível ou em programas 
próprios de Marketing de Rede. Mediante acordos de distribuição, fusões e 
aquisições, começam então a se integrar nas estratégias globais das maiores e 
mais poderosas corporações do mundo, centenas de empresas importantes já 
distribuem os seus produtos através de Marketing Multinível. 
 
20 
 
 
 
4.3 Pirâmides Financeiras 
 
A mídia vem abordando alguns assuntos a respeito de empresas que 
trabalham com o MMN, como por exemplo, a Amway, que está em constante 
crescimento e em 2012 passou a ser a maior companhia de vendas diretas do 
mundo, quando suas vendas atingiram USD 11,3 bilhões entre diferentes 
mercados como chinês, indiano e japonês. Da mesma forma, organizações que 
trabalham com o sistema piramidal financeiro são foco de reportagem, que por 
sua vez, enfatizam temas como, por exemplo, a prisão dos donos de uma 
empresa sob suspeita de crime contra a economia popular (AYRES, 2013; 
ALVARENGA, 2013; TRIBUNA DO NORTE, 2013; CONTILNET, 2013). 
A prática das pirâmides financeiras em larga escala teve início em estados 
da antiga União Soviética, onde, devido ao precário acesso da população ao 
mercado de ações, as pessoas acabavam acreditando que estes altos ganhos 
eram possíveis. Assim, quanto mais integrantes estivessem nesta estrutura 
piramidal, mais ganhos e comissões seriam recebidos por quem às indicou 
(Tecno Curioso, 2014). Segundo Pimenta (2013), “Pirâmide financeira ou 
esquema piramidal é um modelo comercial que depende basicamente do 
recrutamento de outras pessoas em níveis insustentáveis”. 
A ABEVD informa que no esquema piramidal os produtos e serviços não 
têm valor comercial e muitas vezes, nem existem. Normalmente, os participantes 
são remunerados somente pela indicação de outros indivíduos ao esquema, sem 
precisar vender nada. Nesse esquema, o recrutamento é estimulado ao máximo, 
com a promessa de dinheiro fácil e rápido, mas quem ganha realmente são os 
primeiros que entraram no negócio, independentemente do esforço realizado. Por 
isso, é considerado ilícito. Para que elas se sustentem, se faz necessária à 
entrada de novas pessoas a fim de que esta estrutura continue operando, uma 
vez que, se este modelo comercial deixa de recrutar pessoas novas, torna-se 
insustentável. 
De acordo com Mello (2014) A internet acaba sendo um ótimo lugar para 
disseminação do esquema conhecido como pirâmide financeira – um modelo 
comercial que depende basicamente da troca de dinheiro pelo recrutamento 
progressivo de outras pessoas até torna-se insustentável. Segundo Silva (2013), 
Esquema Piramidal “Trata-se de um modelo de negócio onde não há relação de 
 
21 
 
 
 
consumo, ou seja, paga-se certa quantia em dinheiro apenas com o intuito de 
receber mais lucros no futuro”. 
 Em seu site a ABEVD informa que existem algumas características que as 
pessoas devem atentar, pois a maioria dos esquemas de pirâmide tem: não 
vende nada ou mascaram a inexistência de produtos ou serviços cobrando por 
eles valores muito acima daqueles praticados no mercado, sempre a pessoa que 
entrar primeiro é quem vai ganhar mais, não há continuidade, não existe 
pagamento de imposto e nem emissão de nota fiscal, nem sempre existe garantia 
de devolução ou possibilidade de desistir do negócio, foco no desconhecido e 
apenas no enriquecimento rápido e fácil, não existe treinamento, esquemas 
ilegais não cumprem o código de ética de associações do setor, podem ser 
enquadrados em crimes como: estelionato, crime contra a economia popular, 
evasão de divisas entre outros. 
Pirâmides financeiras são práticas que lesam as pessoas, principalmente 
as que estão na baseda mesma. Além de ser crime contra a economia popular, 
segundo o Ministério da Fazenda, em seu site, o Brasil proíbe qualquer tipo de 
negócios em pirâmide. A lei 1.521 de 1951 aponta que é crime com possível 
punição de seis meses a dois anos de detenção. Não há leis específicas no Brasil 
que regulamentem o modelo comercial de vendas em redes, mas há o Código de 
Ética da ABEVD, que segue o modelo mundial adotado pela WFDSA (World 
Federation of Direct Selling Associations), cujo cumprimento requer um nível de 
comportamento ético que excede requerimentos legais nacionais. As empresas 
associadas à ABEVD comprometem-se a cumprir e a difundir seus códigos de 
ética e conduta. 
Corroborando, o PROCON (2010, p. 1) explica que: 
O golpe da pirâmide é uma artimanha comercial não sustentável que paga 
valores pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema, sem que 
qualquer produto ou serviço seja entregue. E ele é considerado ilegal pelo 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
 
4.4 Regulamentação 
 
A história da legitimidade do Marketing Multinível começou no meio da 
década de 70 nos EUA, quando a Comissão de Comércio americano acusou a 
Amway como um negócio ilegal. Após quatro anos de debate, a corte decidiu que 
 
22 
 
 
 
o programa de MMN da Amway era um negócio legítimo e não esquema de 
pirâmide que é crime (Petição Publica 2014). 
Segundo Marcoke (2014) À exceção da Lei n 6.586/78, do Código de 
Defesa do Consumidor e do Convênio ICMS 45/99, não existe uma legislação 
específica acerca da venda direta em âmbito federal, estadual ou municipal, a 
exemplo do que ocorre em outros países do mundo. 
Conforme art. 170 da Constituição Federal Brasileira, a ordem econômica é 
fundada nos princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Assim, o sistema de 
vendas diretas não é proibido no Brasil. Segundo Uipi (2014), “Foi instalada pela 
Câmara dos Deputados a Comissão Especial da Regulamentação do Marketing 
Multinível, que analisará o Projeto de Lei 6667/13”. 
Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei 6667/2013 de autoria 
do Deputado Federal Acelino de Freitas sobre a prática do MMN no Brasil. A 
proposta tem como base regulamentar o marketing multinível, estabelece normas 
de proteção aos empreendedores de marketing de rede, e dá outras providências. 
O PL 6667/2013 buscar também trazer uma segurança jurídica para as empresas 
que atuam neste segmento e garantir que os divulgadores possam trabalhar e ter 
seus direitos resguardados. 
Segundo Marques (2014), existem outros dois projetos sobre o MMN que 
tramitam da câmara dos deputados: O PL: 6170/2013, de autoria do deputado 
Silas Câmara, que regulamenta as atividades do marketing em formato de rede 
no Brasil, o projeto relata que se trabalhar neste segmento é preciso ser maior de 
18 anos, não possuir problemas com a justiça, ou seja, penal, comercial ou civil, 
estar em dia com serviço militar, além de ter um contrato de trabalho com a 
empresa que atua neste ramo. Existe também o PL: 6206/2013, de autoria do 
deputado Giovani Cherini, busca acrescentar no segundo parágrafo da lei 1.521, 
de 26 de dezembro de 1951 um inciso sobre as empresa que, nas hipóteses 
descritas no inciso IX, não compreenderem as atividades comerciais 
desenvolvidas através de plano de remuneração de colaboradores, pessoas 
físicas e jurídicas, baseado em comissões de venda e remuneração por equipe 
organização multinível de divulgação e comercialização de produtos ou serviços, 
com comprovada sustentabilidade econômica e financeira, e qual trata dos crimes 
contra a economia popular. 
 
 
23 
 
 
 
5. POR QUE EMPREENDER NESSE MODELO DE NEGÓCIO? 
 
5.1 Robert Kiyosaki 
 
5.1.1 Pai Rico, Pai Pobre 
 
No livro, o auto Robert Kiyosaki, conta sua infância no Havaí onde morava 
com pai e mãe que sempre se dedicaram aos estudos, tinha uma carreira 
acadêmica incrível, o pai de sangue conseguiu chegar a grandes patamares no 
governo havaiano dentro da área de educação. Pessoa que tinha mestrado, 
doutorado, todo tipo de curso, tinha seguido a carreira que a sociedade impõe a 
todo mundo que é o certo: nascer, estudar, tirar boas notas e conseguir um bom 
emprego, coisas que o seu pai de sangue tinha seguido a riscas. Já o pai do 
amigo do Robert, que ele apelidava de pai rico, não tinha estudado nem metade 
do que o pai de sangue tinha estudado porem, era um dos homens mais ricos do 
Havaí. 
O livro conta a historia dos ensinamentos do pai pobre, que era uma 
pessoa estudada, porem não conseguia construir grandes resultados financeiros, 
e os ensinamentos do pai rico, que ele adotou como mentor quando o assunto era 
riqueza. Explicando os conceitos que ambos os pais colocaram na vida dele. 
 
Conceitos do Livro: 
Corrida dos Ratos (correr, correr, correr, sem sair do lugar): 
A maioria das pessoas está na corrida dos ratos, onde vive uma rotina de 
acordar, ir para o trabalho, sair para almoçar, voltar para o trabalho e depois ir 
para a faculdade ou para casa, e no dia seguinte continuar na mesma rotina. 
Trabalham cinco dias por dois, de segunda a sexta para folgar sábado e domingo, 
e acabam caindo em uma rotina financeira e trabalhista, onde trocam horas de 
trabalho por dinheiro, para pagar seus custos e gastos. Já o pai rico ensina que 
antes de adquirir mais gastos, devem poupar para investir em uma forma de 
renda em que não é preciso trocar horas por dinheiro. Pois as horas é uma 
questão limitadora, por conta que um dia ter 24 horas. 
 
24 
 
 
 
O livro conceitua passivo como dividas e ativo como geradores de renda, 
nele ensina que as pessoas comuns constroem passivos, exemplo: ganham 
salario, e compram carros, pagando parcelas de casa, comprando roupas, bens 
que não geram renda diferentes de pessoas com habilidades empreendedoras, 
onde antes de construírem passivos investem em algum ativo que lhe gere renda 
para que consiga pagar seus custos e só depois comprarem bens e aquilo que 
tanto almejam. 
 
Conceito de Riqueza: 
O livro fala que riqueza antigamente estava conectada a quanto às 
pessoas tinha de ativos no banco, quais seus patrimônios e seus bens, ele mostra 
que atualmente riqueza está totalmente conectada ao tempo, Robert para 
descobrir se uma pessoa é rica ou não, faz as seguintes perguntas “por quanto 
tempo você consegue ficar sem trabalhar e continuar recebendo dinheiro?” e “por 
quanto tempo você consegue viver tendo dinheiro sem se dedicar a essa 
atividade?”. 
 
Quadrante de Fluxos Financeiros: 
Com esse quadrante as pessoas começam a entender o verdadeiro 
conceito de liberdade financeira. 
 
 Esse quadrante representa quatro tipos diferentes de pessoas, no canto 
esquerdo de cima temos o quadrante E que significa empregados, a grande 
maioria da população mundial vive nesse quadrante, e a sociedade está 
programada para ensinar e propagar as regras desse quadrante, nele as pessoas 
valorizam segurança e conseguem através de um salario mensal que cai no dia 
certo em sua conta, pacotes de benefícios, planos de aposentadoria e um bom 
 
25 
 
 
 
sindicato para defender o seus interesses. No mesmo lado esquerdo da folha no 
canto inferior temos o quadrante A que representam o profissional autônomo, as 
pessoas assim como os empregados trocam o seu tempo por dinheiro, vivem 
ocupadas, pois elas são excelentes especialistas na sua área, sabem tudo sobre 
o seu assunto, mas acham que devem fazer e executar tudo sozinho, exemplos 
são médicos e advogados. 
No canto superior direito, temos a letra D, donos de negócios, essas 
pessoas são proprietárias de sistemas de negócios que funcionam sem que eles 
tenham que necessariamente micro gerenciar, essas pessoas são boas em 
construir equipes e relacionamentos, o dono de negócio segundo o autor é uma 
pessoa que pode se ausentar tirar ferias quando desejar e sua fonte de receita 
não vão parar. Ainda no lado direito no canto inferiortemos a letra I, dos 
investidores pessoas com grande inteligência financeira e que conseguem fazer o 
próprio dinheiro trabalhar para elas, geralmente quem se encontra nesse 
quadrante também é um dono de negócios, você pode estar em mais de um 
quadrante ao mesmo tempo, por isso é uma questão de mentalidade e valores 
sobre o que se acha mais importante. 
 Resumindo, as pessoas do lado esquerdo dão valor à segurança e não se 
importam em ter o direito de decidir o que fazer com o tempo da sua vida, já do 
lado direito às pessoas dão valor à liberdade, têm a opção de decidir o que irão 
fazer com o seu tempo. Cerca de 90% da população está do lado esquerdo do 
quadrante e os outros 10% está do lado direito, porém, 90% do dinheiro do 
mundo estão no lado direito e os outros 10% está no esquerdo. 
O conceito de liberdade financeira no livro diz que sua primeira prioridade é 
construir seus ativos, porém, demora certo tempo, mas quando esse ativo 
começar a gerar uma renda que seja superior ao seu custo de vida e seus gastos 
é a hora que você é livre financeiramente. 
 
5.1.2 O Negócio do Século XXI 
 
O livro Negócio do Século XXI, também escrito por Robert Kiyosaki, 
começa falando sobre regras comerciais que mudaram, mostrando que regras 
que funcionavam antigamente não iram durar para sempre, cada vez mais as 
 
26 
 
 
 
empresas vão pagar seus funcionários por produtividade ao invés de horas 
trabalhadas. 
Exemplos, duas pessoas produzem a mesma quantidade, sendo que uma 
leva oito horas e há outra uma hora, elas iram ganhar a mesma quantia por 
produtividade. Para algumas pessoas esse conceito pode soar estranho ou não 
muito justo, mas ele nos mostra com muita propriedade que é a maneira mais 
justa de você remunerar alguém, exatamente por quanto ela produz e não 
necessariamente por quanto tempo ela demora pra produzir. 
 Cada vez mais os ganhos das pessoas vêm diminuindo com relação ao 
custo de vida e o aumento de pessoas acima de 65 anos que precisam trabalhar 
para manter seu padrão de vida. O lado positivo da crise é que naquele momento 
pessoas empreendedoras geram uma oportunidade, para solucionarem 
problemas que surgiram naquele momento e consegue crescer os seus 
faturamentos e consolidar suas empresas. 
 Tanto a Microsoft quanto a Disney, empresas que atuam em seguimentos 
completamente distintos, cresceram de forma considerável em épocas de crise. 
Na lista de empresas da bolsa de Nova York, o Down Jones Industrial, a grande 
maioria delas construiu suas riquezas e cresceu em épocas de recessão. Robert 
aconselha cada vez mais as pessoas a se tornarem empreendedoras, por dois 
motivos, os empreendedores ganham mais e na maioria das vezes têm a vida 
melhor que a maioria das pessoas que trabalham como empregados ou 
autônomos, por motivos de terem renda residual e alavancagem no seu negócio, 
ele enfatiza e diz que ser rico não é uma condição temporária, é um estado, você 
precisa ter conhecimentos e uma educação financeira, além de saber se 
comportar mediante o momento do seu país, da economia a nível mundial. 
Robert nunca se envolveu na atividade e também não é dono de nenhuma 
empresa no segmento, então por que ele fala tanto do modelo apoia e divulga 
tanto no livro? Ele explica que o importante não é a renda em si, mas sim os 
ativos que geram renda, numerando em oito ativos que segundo ele são os 
principais pontos pelos quais ele indica esse modelo de negócio. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
Os Oito Ativos que Geram Renda 
1) Educação Empresarial: 
Esse modelo é o negócio que mais educa as pessoas comuns empregados 
e autônomos, sobre as habilidades necessárias para terem sucesso do mundo 
empresarial, principalmente porque você tem pessoas que já tem sucesso e que 
tem interesse financeiro no seu resultado e por isso vão te ajudar com muita 
vontade. 
2) Caminho Lucrativo Para o Desenvolvimento Pessoal: 
Essa é uma atividade que permite ganhar dinheiro enquanto você se 
desenvolve soma habilidades entre as pessoas da equipe. 
3) Circulo de Pessoas que Compartilham Sonhos: 
No mercado tradicional é muito difícil você ver os funcionários 
compartilhando os seus sonhos e seus anseios e dentro dessa atividade você tem 
a possibilidade de compartilha essas metas e sonhos com as pessoas da nossa 
equipe e assim traçar os objetivos em comum. 
4) Poder da Rede: 
O livro bate bastante na tecla que a maioria das pessoas não entende o 
poder da rede, ao analisar todas as empresas grandes a nível mundial eles 
trabalham em redes, pulverizando seus produtos e serviços capitalizando mais e 
tendo um alcance maior através das suas redes, tendo um custo muito baixo 
dentro do marketing de relacionamento. 
5) Possibilidade de Ser Algo Duplicável e Escalável: 
Duplicável, é aquilo que qualquer pessoa pode fazer. Escalável, aquilo que 
proporciona escala que depois de um trabalho bem desenvolvido os ganhos 
começam a aumentar baseados na produtividade de outras pessoas e não 
somente sua. 
6) Habilidades de Liderança: 
Dentro dessa atividade você vai desenvolver atividades de liderança 
incomparáveis com qualquer outra atividade, pois aqui as pessoas precisam 
estimular outras a agirem sem pagar salários como acontece no tradicional. 
7) Mecanismo que Possa te Gerar Riqueza Verdadeira: 
Nesse livro, assim com no Pai Rico, Pai Pobre ele mede a riqueza em 
tempo, a pergunta que ele faz para o leitor é: “se você parar de trabalhar hoje, por 
 
28 
 
 
 
quanto tempo você mantem o mesmo estilo de vida?”. A grande maioria não 
consegue nem por um mês. 
8) Possibilidade da Realização de Grandes Sonhos Dentro Dessa 
Atividade: 
Depois de um trabalho bem desenvolvido, ensinando pessoas a se 
tornarem lideres você consegue forma uma organização que mesmo sem você 
atuar diretamente, você gera renda e está ai a possibilidade da realização de 
grandes sonhos, você agora tem uma renda considerável junto com a liberdade 
de tempo para realizar seus sonhos. 
 
Kiyosaki entrevista John Fleming, um distribuidor extremamente bem 
sucedido e hoje editor chefe do jornal Direct Selling Association, durante a 
entrevista John alerta que uma pessoa ao querer se associar e torna-se um 
distribuidor de alguma empresa que atua no segmento, ela deve atentar para 
algumas questões. 
 
Questões Importantes: 
1) Quem comanda o “barco”? 
Bom saber quem é o corporativo, se eles já tiveram alguma experiência na 
indústria, ou estão se aventurando pela primeira vez no segmento. 
2) Existe um plano de ação comprovado? 
Como quaisquer outras atividades existem empresas que quebram, e você 
precisa analisar se realmente o plano de ação que essa empresa te propõe é 
comprovado. Se alguém já colocou aquilo em pratica e teve sucesso. 
3) A empresa que irá representar está se preocupando com o 
desenvolvimento pessoal quanto com as habilidades de negócio? 
Muito importante prestar atenção nesse ponto, à empresa que você 
representa precisa se preocupar também com o desenvolvimento pessoal dos 
distribuidores envolvidos na atividade. 
4) A linha de produtos tem muita qualidade? Os seus produtos são 
extremamente comercializáveis? 
Esse é o tipo de critério que você tem que levar em consideração para 
saber se a empresa tem longevidade. A obrigação do distribuidor é levar produtos 
 
29 
 
 
 
ou serviços para o consumidor final, para isso é necessário um serviço ou produto 
de altíssima qualidade, e altamente comercializáveis. 
 
O livro descreve em especifico quais são as habilidades características que 
a pessoa tem para desenvolver esse tipo de atividade, muita pessoa se 
preocupam e acabam não entrando nessa atividade por medo, acreditando que 
você precise ter alguma habilidade especifica, sendo bastante claro dizendo que 
não precisa ter MBA, nem de empréstimos, sem precisar largar o trabalho para 
desenvolver essa atividade, pelo contrario, o mais indicado é iniciar essa atividadeem paralelo a sua atividade principal, pois durante o processo você vai 
desenvolver habilidades, se moldar e torna-se um profissional dessa área. 
Ao longo do livro, o autor bate muito na tecla dizendo que ser rico não é o 
dinheiro em si, mas sim as habilidades. Conhecidamente empreendedores de 
sucesso que já faliram e tiveram altos e baixos, sempre conseguem reconstruir 
suas empresas e fortunas, tudo isso por conta de suas habilidades. O livro 
termina argumentando que o Marketing de Rede é algo justo, democrático, 
socialmente responsável pela geração de riqueza verdadeira. 
 
5.2 Influências na Economia 
 
A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) fez o 
levantamento sobre a performance do setor durante o primeiro semestre de 2017. 
De acordo com a entidade, o segmento movimentou R$ 20,9 bilhões no período, 
volume de negócios 2,73% menor que o registrado nos primeiros seis meses de 
2016, quando foram registrados R$ 21,5 bilhões. Segundo a associação, o 
número de revendedores também teve uma leve retração, quando comparados os 
semestres: totalizavam 4,27 milhões e, agora 4,19 milhões, um recuo de 1,8%. 
Ainda que o cenário macroeconômico do Brasil tenha se mantido instável, 
devido ao ambiente de recessão, com queda em diversos índices no período, 
como produção industrial (-5,9% segundo a Confederação Nacional da Indústria, 
CNI) e atividade comercial (-1,5%, segundo a Serasa Experian), além do aumento 
do desemprego (taxa de 13% em junho, segundo o IBGE), o setor de Vendas 
Diretas continua tendo relevância e importância para a economia brasileira, já que 
 
30 
 
 
 
seu volume de negócios corresponde a cerca de 8% do PIB da indústria da 
transformação. 
A diretora presidente da ABEVD, Ana Beatriz Macedo da Costa, conta que, 
apesar de o setor de vendas diretas ter sentido o efeito da economia no 1º 
semestre de 2017, o Dia das Mães – que é a segunda principal data do comércio 
tradicional – teve importante papel na performance do segmento no período. “A 
data impulsionou os negócios não só no mês de maio, mas também em abril de 
2017”, revela. Ela lembra que o setor contribui para geração ou complementação 
de renda de muitos brasileiros: “As Vendas Diretas são um canal importante para 
a manutenção da saúde financeira de muitas famílias Brasil afora, pois 
contribuem em 40% no orçamento familiar”. 
Valeria Rossi, presidente executiva da ABEVD, complementa: “As 
empresas associadas à ABEVD têm reiterado o compromisso de oferecer 
condições para que os revendedores se desenvolvam na atividade, seja com 
treinamentos sobre os produtos, sejam com cursos para gerir os seus negócios, o 
que só reforça o caráter empreendedor deles. Num cenário de recessão, 
iniciativas assim contribuem significativamente e ainda mais para o 
profissionalismo da atividade, o que, em última instância, é também um serviço de 
cunho social”. 
De acordo com levantamento da ABEVD, em fevereiro de 2017 - o setor 
registrou R$ 40,4 bilhões em volume de negócios durante o ano passado. Ainda 
que o cenário macroeconômico do país tenha apresentado números negativos, 
evidenciados pela retração do PIB (-3,5, segundo indicador Serasa Experian*) e 
do consumo das famílias (-4,4%), o desempenho do setor, apesar da leve 
retração em volume de negócio (-2,4%), foi considerado dentro do esperado. 
Já o número de revendedores diretos – profissionais autônomos – 
apresentou estabilidade, encerrando o ano com aproximadamente 4,3 milhões de 
empreendedores atuantes nas vendas diretas. “Temos trabalhado no 
fortalecimento dessa rede, pois o objetivo, além de fomentar a economia, é 
possibilitar a essas pessoas chances reais de empreender, por meio de um 
modelo de negócio que ofereça oportunidades concretas de crescimento”, explica 
Roberta Kuruzu, diretora executiva da ABEVD. A executiva acrescenta 
“Constatamos também que a venda direta se apresentou melhor que outros 
canais ao longo de 2016″. 
 
31 
 
 
 
A entrada de novas empresas para o canal reforça a relevância do setor. 
“Em 2016, confirmamos mais uma vez que a distribuição de produtos por canal de 
vendas diretas tem sido uma tendência para empresas já consolidadas em outros 
canais e categorias, o que mostra respaldo e confiança neste modelo de negócio”, 
concluí Kuruzu. As vendas diretas seguem como um dos setores mais 
representativos para a economia do país, sendo responsável pela renda de 
milhões de famílias brasileiras. 
A ABEVD refina metodologia de pesquisa, amplia seu foco e identifica 
interessante mudança no mix de produtos comercializados pelo canal. Após um 
longo e complexo trabalho de pesquisa, finalizou um estudo sobre o mercado 
nacional de vendas diretas, com vistas a dimensionar o seu tamanho. A pesquisa 
contou também com a aplicação de nova metodologia, com o objetivo de 
aprimorar o processo de levantamento de dados. Como resultado, a entidade 
concluiu que o volume de negócios em 2016 foi 13% superior que o considerado 
anteriormente. Ou seja, as vendas diretas movimentaram naquele ano, R$ 45,7 
bilhões, montante R$ 5,3 bilhões maiores que os R$ 40,4 bilhões antes apurados. 
O número de revendedores mantém-se o mesmo: 4,3 milhões de 
empreendedores. 
A diretora executiva da ABEVD, explica que antes desse aprimoramento, 
os números das vendas diretas eram balizados basicamente pelos setores que 
tradicionalmente adotam esse modelo. “A nova metodologia apontou que houve 
melhoras decorrentes da maior contribuição dos players. Mas, além disso, 
ampliamos o olhar para além do mercado de cosméticos, que era de onde 
extraíamos boa parte da nossa base de dados. Houve ainda refinamento de 
outras categorias: saímos a campo e nos aprofundamos nas outras classes de 
produtos e serviços que estão migrando ou adotando as vendas diretas – um 
processo que vimos observando há algum tempo e que também passa pelo 
fenômeno da multicanalidade, na qual empresas adotam diversos meios para 
comercializar seus produtos ou serviços”, diz. A executiva complementa: “A 
entrada de novas empresas para o canal reforça a relevância do setor e mostra 
respaldo e confiança neste modelo de negócio”. Com o dimensionamento foram 
avaliadas 11 categorias principais de produtos seguindo a classificação 
internacional da WFDSA – World Federation of Direct Selling Associations. 
 
32 
 
 
 
As categorias e suas participações no total de vendas são: cosméticos, 
perfumaria e higiene pessoal 40,4%; vestuário 11,8%; acessórios 10,3%; 
alimentos 6,6%; cuidados da casa 6,1%; utilidades domésticas 4,6%; livros, 
brinquedos, CD, DVD, software, games 4,1%; telefonia, internet, TV por 
assinatura 3,3%; serviços de reforma da casa (sistema de segurança, 
aquecimento, refrigeração, reformas e etc.) 3,3%; produtos financeiros (títulos de 
capitalização, seguros, investimento, cartão de crédito e etc.) 2,7%; vinhos, 
comida congelada 2,3% e outros 4,4%.Os dados do 1º quadrimestre de 2017, 
ainda trazem um cenário de dificuldade comparando-se com 2016, cujo histórico 
também foi devidamente atualizado com a nova metodologia de pesquisa. No 
acumulado do ano (janeiro-abril), o volume de negócios apresentou queda de (-
2,8%), fechando em R$ 13,7 bi. 
A World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), entidade que 
agrega mais de 60 associações de empresas de vendas diretas e da qual a 
Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é associada, 
divulgou os resultados do setor em todo mundo em 2016. O Brasil manteve-se na 
sexta posição do ranking, atrás de Japão, Alemanha, Coreia do Sul, China e 
Estados Unidos. O mercado brasileiro representa 5% do segmento mundial e 
continua sendo o mais importante da América Latina. 
 
Gráfico 1 – O percentual de participação dos países no setor de venda direta em 2016: 
: 
Fonte: World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA). 
 
33 
 
 
 
 Ranking do Setor 
 
Desde2004, a Direct Selling News se dedica a contar histórias focadas em 
relacionar as melhores oportunidades para os vendedores diretos. A partir de 
2010, eles passaram a reconhecer, anualmente, as principais empresas de 
vendas diretas no mundo e realizar a DSN Global 100. 
A lista oferece uma perspectiva única sobre o impacto global da indústria 
de domínios econômicos e sociais, além de ter como objetivo divulgar as 
conquistas das organizações e a magnitude do nosso mercado em todos os 
continentes. Confira o top 20 do ranking DSN Global 100,com base na receita de 
2015, que traz as maiores empresas de vendas diretas do mundo. 
Quadro 1 – Empresas que atuam no mercado: 
N Nome da Empresa Receita de 2015 
1 
Amway $9.50B 
2 
Avon $6.16B 
3 
Herbalife $4.47B 
4 
Vorwerk $4.00B 
5 
Infinitus $3.88B 
6 Mary Kay $3.70B 
7 
Perfect $3.58B 
8 
Natura $2.41B 
9 
Tupperware $2.28B 
10 
Nu Skin $2.25B 
11 
Tiens $1.58B 
12 
Primerica $1.41B 
13 
Ambit Energy $1.40B 
14 
Oriflame $1.35B 
15 
Belcorp $1.20B 
16 
Telecom Plus $1.17B 
17 
New Era $1.16B 
18 
Jeunesse ++ $1.09B 
19 
New Avon + $1.01B 
20 
Young Living $1.00B 
Baseado no ano fiscal de 2015. Fonte: Direct Selling News, 10/17. Valores em “bilhões de dólares” 
 
34 
 
 
 
5.3 O Profissional de Marketing de Relacionamento 
 
O trabalho de um profissional de marketing de relacionamento é criar um 
mercado consumidor de uma marca especifica que venda produtos ou serviços 
exclusivos, recrutando pessoas para se tornarem distribuidores dessa marca junto 
a você, para fazerem parte da sua rede de distribuidores. Empresas oferecem 
cadastros e Home Oficce para os divulgadores a fim de que eles possam 
gerenciar seu próprio negócio de diversos lugares e com uma liberdade de tempo 
que nenhum outro serviço oferece. 
Outros pontos importantes que o divulgador precisa buscar em novos 
divulgadores são: carisma, motivação, personalidade cativantes e, brilho nos 
olhos. 
Segundo Santos (2006). 
O trabalho do bom profissional de multinível não é apenas o de vender e 
recrutar, como apregoam diversas vertentes dentro deste mercado. É muito 
mais ampla. Requer uma grande dose de amor pelo que se faz e também 
pelo ser humano, na forma de clientes e prospectos. 
 
No universo do MMN o divulgador precisa amar o que faz, principalmente 
quando se fala em trazer novas pessoas para seu projeto, visto que não é apenas 
colocar uma pessoa na sua rede, tão pouco vender um produto ou serviço, mas 
sim ajudá-las a crescer junto com a rede para que todos ganhem mutuamente. 
 Outro papel importante é aumentar a produtividade da rede de 
distribuidores e profissionalizando pessoas da sua equipe, tornando-os lideres 
para duplicarem essa liderança em suas organizações. Como aumentar a 
produtividade da sua equipe de vendas e transforma-las em lideres? 
Os mais importantes são: ser produto do produto (usar todos os produtos 
da sua empresa, afinal nenhuma empresa quer que você divulgue algo que não 
usaria) e liderar pelo exemplo, pois as pessoas da sua organização vão fazer o 
que ti verem fazendo, outras formas não menos importantes são os treinamentos: 
de venda, sobre os produtos da empresa a qual você representa (como usa-los, 
benefícios, vantagens sobre os concorrentes do mercado, valor agregado, 
exclusividade), crença na indústria, desenvolvimento pessoal, prospecção, 
recrutamento, liderança e etc. Tudo isso de forma simples e duplicável, para que 
qualquer pessoa consiga fazer. 
 
35 
 
 
 
O treinamento é ministrado, muitas vezes, pelos próprios empresários e 
idealizadores do projeto, promovendo ainda mais credibilidade e interesse, por 
partes dos interlocutores, agora distribuidores na rede. Os distribuidores, por sua 
vez, tornam-se replicadores no processo de treinamento, quando estenderem a 
oportunidade a outros interessados aos novos entrantes. (ZIGLAR; HAYES, 
2001). 
Entre as vantagens para os distribuidores independentes, que por 
característica principal da atividade são seus próprios patrões e tem a autonomia 
para gerir o negócio à sua maneira, estão: estipular metas particulares, 
determinar a área de atuação, estabelecer sua carga horária e promover evento e 
treinamentos visando expandir sua própria rede. Estes e outros elementos têm 
tornado o MMN num grande atrativo para quem pretende montar seu próprio 
negócio e ser um empreendedor. Obviamente, que tudo isso alinhado à estrutura 
organizacional, respeitando as regras e as normas de conduta das empresas 
(KISHEL; KISHEL, 1993; ZIGLAR; HAYES, 2001). 
O objetivo do profissional do marketing de relacionamento, é criar uma rede 
de consolidada de distribuidores profissionais, competentes e produtivos onde na 
maioria das vezes o importante é a qualidade dos profissionais e não a 
quantidade, e obvio e mais importante construir um grande mercado consumidor 
fiel à marca e aos produtos, através marketing boca a boca, fazendo a empresa 
crescer de forma espontânea e exponencial. 
Os níveis de enquadramento da rede de MMN possuem duas vertentes, a 
horizontal, ou lateralidade, que remete as pessoas da rede ligadas diretamente ao 
primeiro distribuidor e a vertical, ou profundidade, referenciando as pessoas 
ligadas aos primeiros indicados horizontal ou lateralmente, em todos os níveis 
abaixo (ZIGLAR; HAYES, 2001; ARAGÃO, 2009). 
 
Para Ziglar (2001, p.110). 
No marketing de rede os distribuidores (Divulgadores) podem influenciar sua 
remuneração, eles ganham de diversas formas, qualificando-se para 
comissões e bonificações. A renda dos profissionais do marketing de rede é 
residual, não linear, por isso eles recebem várias vezes pela mesma 
transação. Eles não são pagos somente pelos próprios resultados, mas 
também pelos resultados de sua organização de vendas. 
 
 
36 
 
 
 
O profissional de MMN influencia direta e indiretamente sua remuneração, 
ou seja, sua bonificação não é baseada apenas no que ele vende, mas também 
no que sua rede vende isso é um resultado devido à rede ser residual. Existem 
diversas formas que o profissional recebe, tanto é que o mesmo recebe diversas 
vezes e até mesmo por anos, devido um trabalho bem feito que sua rede faça. 
 
 O Sistema em Rede Gera Alavancagem? 
 
Para o marketing em rede, fazer ou pertencer a uma rede é de importância, 
visto que quando a mesma é construída com o intuito de crescer e se manter em 
longo prazo, os divulgadores que fazem parte dela serão melhores remunerados 
que outros que só entraram com o intuito de ganhar dinheiro e curto prazo. 
Para Ziglar (2001). 
Se na downline (Linha descendente) estiverem 100 pessoas 
trabalhando 4 horas por dia, no fim do dia terão 400 horas 
trabalhadas, ao contrário acontece, se o distribuidor não se empenhar 
em construir uma rede, ele terá no fim do dia suas horas trabalhadas. 
 
Para se ter uma rede crescente a todo vapor, é necessário que seus 
líderes sempre estejam ensinado às pessoas a pensar diferente, mostrar a elas a 
visão do negócio sobre uma nova perspectiva e evidenciar a todos que, quando 
mais tempo elas destinarem para a rede, mais ganhos terão no futuro próximo, 
passando de apenas um membro da rede para um líder a ser seguido. 
Os divulgadores começam pela oportunidade de complementar sua renda 
no final do mês, no decorrer do tempo, começam a conhecer o segmento, suas 
ramificações, o modelo de execução ao ponto de se capacitarem aos mais altos 
níveis, com isso cria-se uma expectativa positiva de seguir carreira nesta área 
que é ampla e rentável, tanto para as empresas que atuam no MMN como para 
os divulgadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O MMN trata-se de um sistema legal de vendas diretas, que utiliza o 
relacionamento dos seus distribuidores independentes para estreitar a distância 
entre os fabricantes e os consumidores finais, através da divulgação, promoção e 
distribuição dos produtos destas instituições.Evidencia-se que o conteúdo da 
pesquisa contribua aos interessados, respondendo eventuais duvidas a respeito 
do sistema de MMN e sua aplicabilidade, bem como diferenciá-lo da pirâmide 
financeira. Ressalta-se ainda que, mesmo havendo semelhança entre a forma de 
aplicação do MMN dentro da organização, essas possuem a liberdade para definir 
os parâmetros de entrada e treinamento de revendedores em sua rede, formular e 
desenvolver seus planos de negócios, bem como os planos de compensação 
destinados aos distribuidores independentes, de modo que estas ações são 
tomadas para atender a demanda de mercado e padronizar a forma de trabalho 
dentro da empresa. 
Denotamos que por meio do marketing de rede, empregam como atrativos 
buscar por liberdade e a facilidade de riqueza. De acordo com Torres; Cozer 
(2000) sabe-se que as ações de marketing bem projetadas tem bons resultados, 
entretanto é imprescindível um bom serviço. Observamos então que o marketing 
de rede funciona e que o patrocinador contém papel fundamental, pois ele logo 
tem esse conhecimento e um dos pontos mais importantes é procurar 
aconselhamento com sua linha ascendente. 
Tanto os divulgadores como as empresas que trabalham com MMN estão 
dando o sinal evidente que este ramo é rentável, sustentável e benéfico a todos 
os países que aceitam este novo conceito de negócio. E necessário que haja um 
trabalho articulado entre empresas e divulgadores para levarem informações 
seguras às autoridades, bem como a sociedade, dos benefícios que ambas 
poderá ter ao conhecer o MMN. Vários empresários e educadores financeiros 
nacionais e internacionais, com credibilidade e resultado, aconselham esse 
modelo de negócio para pessoas que procuram adquirir habilidades para serem 
empreendedores de grande sucesso, e claro construírem riqueza genuína, 
através de ativos que lhe gerem renda residual (redes), com qualidade de vida. E 
claro pelo baixo valor de investimento inicial, risco quase zero, sem ter 
funcionários ou espaços físicos e a possibilidade de alavancagem. 
 
 
38 
 
 
 
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