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Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Staphylococcus e Streptococcus • São bactérias muito prevalentes em infecções humanas. • Possuem a capacidade de causar infecções em múltiplos sítios do organismo. Caracteríticas microbiológicas do Gênero Staphylococcus • São bactérias esféricas que se organizam em cachos ou sarcinas. • São coco gram positivo. • Imóveis, se flagelo. • Crescem muito bem em meios simples. • Resiste muito bem ao oxigênio e até 10% de NaCl. • Não forma esporos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Staphylococcus_aureus Foto por <a href="https://pixnio.com/pt/ciencia/imagens-de-microscopia/staphylococcus- aureus/fotomicrografia-esferica-firmicutes-gram-positivo-staphylococcus-aureus- bacteria-ampliada-320-x">Dr. Richard Facklam, USCDCP</a> de <a href="https://pixnio.com/pt/">Pixnio</a> • Todas as bactérias desse gênero (há 47 espécies) produzem a enzima catalase – enzima que destrói água oxigenada. Isso é muito útil quando a bactéria é fagocitada, pois o primeiro mecanismo de ataque do neutrófilo ao fagocitá-la é produzir espécies reativas de oxigênio – dentre as quais a mais importante é água oxigenada. Logo, estão aptas a resistir a esse mecanismo do neutrófilo, pois sua enzima catalase vai transformar água oxigenada em água e oxigênio. • Essa característica da catalase é utilizada para identificar em laboratório se uma bactéria pertence a esse gênero ou não. Imagem retirada do site da UNIRIO. Disponível em: http://www.unirio.br/ib/dmp/nutricao- integral/aulaspraticas/Tecnicas%20de%20Semeadura%20-%202019.2.pdf. Se reagir, pertence. Se morrer, não. • Há algumas bactérias que produzem a enzima coagulase (nem todas produzem). Imagem retirada do site: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/04/provas-para- identificacao-de-bacterias.html. • A única espécie que produz coagulase e possui relevância clínica é a Staphylococcus aureus. • Todas as outras espécies de Staphylococcus que não produzem a enzima se apresentam clinicamente da mesma forma: infectam o mesmo tipo de paciente e o tratamento é igual. Por isso, muitas vezes não é importante reconhecer a espécie, apenas saber se é coagulase positivo. • A coagulase coagula o plasma. Essas bactérias coagulase positiva, ao entrar em contato com o plasma humano, é capaz de converter o fibrinogênio do plasma em fibrina, levando à formação de um coágulo. Ativa a cascata de coagulação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Staphylococcus_aureus Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • O S. aureus é muito virulento, ou seja, tem uma série de enzimas e proteínas que são capazes de causar uma infecção grave. Podem desencadear infecções superficiais e profundas (onde normalmente não ocorrem) em crianças e adultos, infecções hospitalares e comunitárias, além de intoxicação alimentar. • Já as espécies que não apresentam essa enzima, tendem a ser pouco virulentas, ou seja, não são capazes de causar tantas infecções e muito menos infecção grave em pessoas saudáveis. Para causar infecções, normalmente o hospedeiro tem que ser muito debilitado. É possível encontram espécies coagulase negativas em bebês prematuros, idosos e pacientes hospitalizados por muito tempo. Pessoas saudáveis normalmente não são infectadas. Staphylococcus aureus https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/estafilococos-aureus-mrsa/ • É muito patogênico: uma das principais causas de infecções no mundo, tanto comunitária (em pessoas normais) quanto hospitalar. • Carreia muitos fatores de virulência. • Possui grande facilidade de adquirir resistência aos antibióticos. • Está presente em vários locais. • Têm longa permanência em ambientes e superfícies. • É facilmente transmitida, via contato, fômites e alimentos. Distribuição no corpo humano https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/17574/1/Castanheira_Vanessa_Ramos.pdf • Distribui-se em toda a superfície do corpo, podendo ser encontrada em maior concentração nas narinas e a partir delas se distribui no períneo e nas mãos. • Se ele for eliminado das narinas, some do resto do corpo. • A narina é o reservatório. Fatores de virulência • Virulência é a capacidade de uma bactéria de desencadear uma infecção, ou seja, ela possui algumas características que ajudam a ela permanecer no hospedeiro, escapar da resposta imune... • Possui adesinas: proteínas que se ligam aos componentes da matriz (colágeno, elastina, vitronectina e fibrinogênio). Contribuem na adesão. • Tem fatores relacionados à evasão da resposta imune: - Coagulase: converte fibrinogênio em fibrina, formando um coágulo onde a bactéria fica escondida e se multiplica. - Cápsula: dá proteção contra a fagocitose, anticorpos e sistema complemento, pois é formada de açúcares, que dificulta o reconhecimento do patógeno pelo sistema imune. - Proteína A: liga-se à Fc do complemento. - Catalase: cliva água oxigenada. - Pigmentos carotenóides: protegem a bactéria dos radicais livres liberados durante a fagocitose. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Além de fatores que colaboram na adesão, possui enzimas extracelulares que realizam a degradação de tecidos para que ela possa entrar no organismo. - Elastase - Hialuronidase - Lipase - Colagenase • Consegue destruir o coágulo formado a partir da coagulase, assim que percebe um meio favorável (com grande proliferação), por meio da estafiloquinase ou fibrolisina. • Podem produzir toxinas, substâncias que afetam diretamente a célula humana. - Citolisinas: Hemolisina – toxina que destrói hemácias; Leucocidina – toxina que degrada leucócitos. - A leucocidina de Panton Valentine (PVL) não só destrói leucócitos, consegue formar poros e destruir macrófagos, monócitos células epiteliais... ela causa uma necrose tecidual extensa e muito rápida/choque e pode causar a morte. - Superantígenos: moléculas com capacidade de estimular intensamente a resposta imune, gerando uma resposta exacerbada. - Toxina TSST: Pode gerar síndrome do choque tóxico. - Enterotoxinas estafilocócicas (SE): Há 15 tipos; desencadeia quadros de intoxicação alimentar; Causa irritação quando liberada sobre a pele. - Toxinas esfoliativas: são importantes porque geram a separação das células da epiderme – elas descolam. Separam a epiderme da derme de forma intensa, gerando a síndrome da pele escaldada. Parece que a pele é queimada. Infecções causadas por S. aureus • Podem ser superficiais: na pele e epiderme. • Profundas: atingem áreas do corpo que normalmente não têm bactérias/ estéreis. • Intoxicação alimentar. • Síndrome do choque tóxico: doença causada por toxinas. • Síndrome da pele escaldada. Desenvolvimento da infecção • Todos os tipos de infecção começam com a aquisição dessa bactéria. Normalmente ela se localiza no nariz – portador nasal. • O indivíduo estará com o nariz colonizado pela bactéria. Pode ser que ela nunca cause problema/infecção. • Ela penetra na pele através de microfissuras, por picadas, cortes, feridas etc. • A bactéria se multiplica e provoca a degradação do tecido, tentando escapar do reconhecimento pelo sistema imune. • É desenvolvido um processo inflamatório e a formação de pus – pois ela é uma bactéria pirogênica. Atrai muitos neutrófilos, os quais fagocitam, vão morrendo etc. • Na maioria dos casos, termina com a eliminação da infecção pela resposta imune. Esse tipo de infecção é a infecção superficial. • Pode acontecer que o indivíduo estoure o furúnculo com pus. Com isso, promove o contato da bactéria com a corrente sanguínea. Isso gera um processo de bacteremia. Com sorte, o sistema elimina as bactérias dosangue sem problemas. • Sem sorte, a bactéria pode utilizar todos os fatores de virulência para conseguir se multiplicar no sangue, se disseminando para outros órgãos. Além disso, só o fato de ter a bactéria no sangue pode evoluir para o choque – inflamação e infecção generalizada, com grande descarga de citocinas. Esse processo pode começar a partir de uma infecção superficial ou por meio de procedimentos invasivos, onde a parte interna do corpo fica exposta e as bactérias da cavidade nasal entram, seja pela cicatriz, respirador, invasão direta na cirurgia. • Se for respiração artificial, a bactéria pode ser carreada para os pulmões e desenvolver uma pneumonia. Esses casos caracterizam uma infecção profunda, pois não está limitada à pele. Infecções superficiais por S.aureus • Imagem 25:36 • Quase todas as infecções com pus na pele são causadas por essa bactéria. - Não confundir com espinha, causada normalmente pela bactéria Propiorum bacterium acnes. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Provocam grande migração de neutrófilos e dor. Foliculite https://blog.laserfast.com.br/como-acabar-com-a-foliculite/ http://jornalexempplar.com.br/saude/foliculite-sintomas-tratamento-e-prevencao/ • É uma piodermite (infecção purulenta na pele). • É uma infecção simples. Não doi quando é bem limitada. • Infeção do folículo piloso – a bactéria consegue chegar por meio dos poros. • É muito restrita, caracterizada por pontos de pus na pele. • Sintomas: lesão indolor, pequena, purulenta, limitada, circunscrita por uma área inflamada. • Não é contagioso enquanto a pele estiver íntegra. • Regride espontaneamente (quando não é mexida ou quando é tratada) ou evolui para o furúnculo. Furúnculo e abcesso https://www.curapelanatureza.com.br/elimine-furunculos-e-carbunculos-com-estes-12- remedios-caseiros/ • Agravamento da focilulite. • Sintomas: a área afetada e o acúmulo de pus são maiores, forma-se um nódulo e a lesão é dolorosa. • Pode formar crostas. http://www.ghorayeb.com/files/Neck_Abscess_400_SQ.jpg • Pode parar ou evoluir para um abcesso – furúnculo com mais pus, mais bactérias. Sinal de que a bactéria está se espalhando na pele. • Se ele não for doloroso, é melhor não espremer, porque isso carreia alto risco de disseminar para o sangue. • Costuma requerer antibióticos. • Caso evolua para abscesso, haverá uma maior secreção purulenta. É uma evolução de uma infecção menor. Torna-se necessário drenar pela grande quantidade de bactérias. Apresenta febre e outros sintomas. Urgente atendimento médico e drenagem por um profissional. Impetigo https://wellnessizdoma.ru/pt/rastyazheniya/zabolevanie-impetigo-impetigo-diagnostika-i- lechenie-zabolevaniya-foto-raznyh.html • Outro tipo de piodermite. • Difere da foliculite porque não são lesões limitadas nem pontos de pus. Normalmente são Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez áreas com crosta amarronzada, localizadas no rosto – pois a bactéria se loja no nariz. • Sintomas: lesões não dolorosas nem delimitadas que se espalham pelo rosto ou mãos, com aspecto de crosta e cor mel. • Bastante contagioso pois são feridas abertas. • Comum em crianças. • Pose regredir espontaneamente. Se o indivíduo começar a apresentar febre, precisa ter intervenção médica e administração de antibióticos, pois esses sinais indicam que a bactéria pode se encontrar no sangue. Impetigo bolhoso https://wellnessizdoma.ru/pt/rastyazheniya/zabolevanie-impetigo-impetigo-diagnostika-i- lechenie-zabolevaniya-foto-raznyh.html • Causado pela produção da toxina esfoliativa, que provoca descolamento da epiderme. • Sintomas: formação de vesículas no rosto e próximo ao umbigo, que ao estourar expõem a pele lesionada. • Comum em bebês. • Aparece perto do umbigo e áreas genitais – pessoas com a bactéria a infectam e transmitem a bactéria. • Infecção dolorosa. • Requer antibióticos. • Taxa de mortalidade baixa. Celulite https://www.tuasaude.com/celulite-infecciosa/ • Infecção do tecido subcutâneo/adiposo. • Nos idosos, é comum que se encontre nos membros inferiores, principalmente pés. Nas crianças muito pequenas, é comum no rosto e na região ao redor dos olhos (celulite periorbital). https://www.tuasaude.com/celulite-orbital/ • A celulite periorbital é um quadro muito grave na criança, pois a infecção se aloja no olho, parte próxima aos nervos óticos e ao cérebro. • Sintomas: a região afetada se torna inchada avermelhada e muito dolorida. Após alguns dias assume aspecto descamativo. • Requer tratamento com antibióticos, pois possui elevado risco de disseminação. Infecções profundas por S.aureus • Podem ser resultado da disseminação de bactérias a partir de uma infecção superficial ou de procedimentos invasivos. • Bacteremia: presença de bactérias no sangue, não necessariamente desenvolve sintomas. • Sepse: evolução da bacteremia -> síndrome resposta inflamatória sistêmica (SIRS) desencadeada por infecção. Quantidade grande de bactérias no sangue, que toma conta de todo o organismo. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Sintomas da SIRS: Febre maior que 38 graus; leucócitos maiores que 12.000; FC: maior que 90 bpm; FR: maior que 20 irpm. Osteomielite Fig.1. HEITZMANN, Lourenço Galizia et al . Osteomielite crônica pós-operatória nos ossos longos - O que sabemos e como conduzir esse problema. Rev. bras. ortop., São Paulo , v. 54, n. 6, p. 627-635, Dec. 2019 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 36162019000600627&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Apr. 2021. Epub Dec 13, 2019. https://doi.org/10.1016/j.rbo.2017.12.013. • Infecção nos ossos • Infecção grave • Sintomas: febre moderada, dor intensa na região afetada, pode ocorrer formação de fístula. • A febre é moderada pois a bactéria não está presente no sangue, logo, não há detecção contínua. • Em crianças acontece na extremidade dos ossos longos. Em adultos, na vértebra. • A infecção começa na extremidade do osso, se espalha, aumenta sua produção, até que se forma uma fístula – ponto purulento por onde o pus sai. • Originada a partir de infecções superficiais ou por cirurgia ortopédica. Endocardite http://enfermeiropsf.blogspot.com/2009/10/endocardite.html • Formação de vegetação bacteriana nas válvulas cardíacas. Fica alojada ao longo da válvula toda. • Sintomas: febre alta, alterações no ecocardiograma e sinais cutâneos de embolia séptica. • Quando coloniza toda a válvula, é necessário substituí-la por uma válvula superficial. • É uma infecção grave que requer uso de antibióticos, hospitalização e pode necessitar cirurgia. • Originada a partir de infecção superficial, procedimentos invasivos ou drogas endovenosas. Pneumonia estafilocócica Jeanes, Annmarie & Owens, Catherine. (2002). Imaging of HIV disease in children. Imaging. 14. 10.1259/img.14.1.140008. • Ocorre quando a bactéria chega no pulmão. • Não é muito comum, pois o maior causador da pneumonia é o Streptococcus. • Pode acontecer em idosos ou pessoas submetidas a uma ventilação mecânica. A partir do pulmão pode chegar ao sangue ou pelo contrário, ser consequência de bacteremias. • Sintomas: febre alta, dispnéia, tosse com expectoração (catarro), dor torácica. • Empiema: coleção purulenta na pleura. • Alta taxa de mortalidade, pois os fatores de virulência levam a necrose do tecido. • É uma infecção grave, pode causar necrose extensa. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Infecções causadas por toxinas Síndrome da pele escaldadahttps://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/05/Bact%c3%a9rias-associadas-%c3%a0s- infec%c3%a7%c3%b5es-de-pele-e-tecidos-moles.pdf • Causada por amostras produtoras de toxinas esfoliativas. • Afeta crianças de até 5 anos, principalmente recém-nascidos. • Sintomas: vesículas extensas, disseminadas pelo corpo, que ao romper expõem a derme (aspecto escaldado). Progride para descamação. • Mortalidade baixa, porém requer hospitalização. • A toxina está no sangue e afeta toda a derme da criança. Caso clínico 47:30 • É uma doença muito dolorosa e angustiante. Síndrome do choque tóxico https://historiascomvalor.com/mulher-de-24-anos/ • Causado pela TSST-1 • As taxas de ocorrência são baixas. • Não é choque séptico, pois a bactéria não está no sangue. A toxina que está no sangue. • Raramente há isolamento da bactéria no sangue. • A toxina se liga a várias células do sistema imune, desencadeando uma resposta muito exagerada e produção excessiva de citocinas. Essas citocinas vão levar ao quadro de choque. • O quadro de coagulação intravascular disseminada é comum – todos os microvasos do corpo começam a coagular, podendo evoluir para necrose das extremidades das mãos e pés, sendo necessário amputação. • Sintomas: febre acima de 38 graus, exantema macular difuso, descamação nas palmas, plantas e dedos, hipotensão e envolvimento de múltiplos órgãos e sistemas. Intoxicação alimentar • Causada pelas enterotoxinas estafilocócicas presentes no alimento contaminado. • É uma toxina termoestável, ou seja, o cozimento não destrói. • Transmitidas por meio dos vetores: manipuladores de alimentos colonizados ou com feridas na pele, úberes de vaca apresentando mastite ou superfícies contaminadas. • Principais alimentos: carnes, sorvetes, doces e alimentos que exijam manipulação como sanduíches. Alimentos com baixa infecção por outras bactérias, pois não são bons competidores. • Manifestação rápida, com período de incubação de 30 min a 8 horas. Dentre vários agentes, nesse tipo de infecção a Staphylococcus aureus é a que possui um menor tempo de incubação, podendo aparecer em até 30 min depois de entrar em contato. • Não precisa de hospitalização. • O tratamento é quase sempre feito a partir de penicilinas. Contudo, atualmente praticamente todas as amostras dessa bactéria possui beta- lactamases. Com isso, utilizam-se penicilinas resistentes às beta-lactamases, a meticilina e oxacilina. Essas 2 possuem custo baixo, pouca toxicidade, podem ser tomadas por via oral sem necessitar hospitalização, eficazes no tratamento de infecções em diferentes órgãos. • Porém, existem cepas resistente à meticilina, por causa de seu amplo uso. Elas adquiriram o gene mecA que resulta em uma PBP alterada.(MRSA) • Por essa resistência, é necessário o uso de antibióticos mais caros, mais tóxicos e menos eficientes, como a vancomicina. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Tratamento • Ao tratar infecções hospitalares como bacteremias, pneumonias, osteomelite, a vancomicina é o primeiro antibiótico de escolha, podendo combinar com algum outro antibiótico. Ex: osteomelite: vancomicina + sulfa/trimetoprim. • Para tratar infecções de pele comunitárias, utiliza- se sulfa/trimetoprim, macrolídeos ou clindamicina. Atualmente existe uma alta taxa de bactérias resistentes à meticilina, as quais ficam passando entre os pacientes nas infecções hospitalares e causam várias infecções. Ao se tornar resistente à meticiina, adquire a capacidade de se tornar resistente a vários outros antibióticos disponíveis. Fora do ambiente hospitalar, é raro encontrar bactérias resistentes. Vigilância microbiológica • Pacientes em UTIs, neonatal e com outros fatores de risco devem ser submetidos à swab nasal para verificar a presença de colonização por S. aureus. • Pacientes MRSA + devem ser descolonizados com mupirocina tópica e banhos de clorexidina. Além disso deve haver o isolamento de contato. Ao remover a bactéria reduz o risco de desenvolver uma infecção. • Os profissionais de saúde devem prezar pela lavagem de mãos, troca de luvas e epi a cada paciente, evitar o uso de acessórios que possam ser contaminados. Isso tudo para precaução e evitar a transmissão do MRSA dentro do ambiente hospitalar. Diagnóstico • Cultivo em ágar sangue. Nele, a bactéria se desenvolve formando colônias grandes que degradam as hemácias. • Testa da catalase. • Teste da coagulase. • A partir daí, depois de reconhecer a bactéria, faz- se a determinação da resistência aos antimicrobianos. • No pagar manitol salgado, a amostra passa de rosa a amarelo.
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