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"É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou- se. A experiência social só pôde tornar-se entre os gregos objetos de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida." VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1989, p. 94. Com base nessa citação, é correto afirmar que a filosofia nasce da experiência política grega de debate, argumentação e contra-argumentação, que põe em crise as representações míticas. após o declínio das ideias mitológicas, não havendo nenhuma linha de continuidade entre estas últimas e as novas ciências gregas. das representações religiosas míticas que se transpõem nas novas representações cosmológicas jônicas. da experiência do espanto, a maravilha com um mundo ordenado e, portanto, belo. da revelação dos deuses e a experiência do sagrado. Quest.: 2 2. A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, ¿[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional¿. SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32. Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta. A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos. A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático fundamental para a vida cotidiana. A filosofia rompe radicalmente com o mito, negando-o e substituindo-o pelo pensamento científico. A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens. A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia. Quest.: 3 3. Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na relativização do saber verdadeiro. valorização da argumentação retórica. sustentação do método dialético. javascript:alert('Quest%C3%A3o%20com%20o%20c%C3%B3digo%20de%20refer%C3%AAncia%20202105999985.') javascript:alert('Quest%C3%A3o%20com%20o%20c%C3%B3digo%20de%20refer%C3%AAncia%20202105999977.') contemplação da tradição mítica. investigação dos fundamentos da natureza. Quest.: 4 4. A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré- socrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é: Leucipo de Abdera. Sócrates de Atenas. Platão de Atenas. Parmênides de Eléia. Tales de Mileto. Quest.: 5 5. O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento. MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado). O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias. compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais. reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético. conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento. associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade. javascript:alert('Quest%C3%A3o%20com%20o%20c%C3%B3digo%20de%20refer%C3%AAncia%20202105999962.') javascript:alert('Quest%C3%A3o%20com%20o%20c%C3%B3digo%20de%20refer%C3%AAncia%20202105999966.')
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