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RESENHA CRÍTICA (DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM PEDIATRIA E UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL
Resenha Crítica de Caso/Artigo
Thaís Silva Souza Rigoleto
Trabalho da disciplina Didática do Ensino Superior
 		 
São Paulo 
2021
EDUCAÇÃO POPULAR E ENSINO SUPERIOR EM PAULO FREIRE 
Referências: BEISIEGEL, Celso de Rui. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 44, e104010, 2018.
Disponívem em http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/supportMaterialDetails/support. Acesso em 30 de Mar. De 2021.
No artigo o autor solidifica, durante seminário internacional, a importância de Paulo Freire e suas contribuições para a educação escolar, abrangendo a diferença entre os termos Educação popular e Educação das elites, descrevendo os avanços que ocorreram na educação escolar brasileira desde meados do século XX. Tendo o intuito de apresentar como foi formada a educação de adultos e adolescentes e o desenvolvimento do ensino superior.
No Brasil a diferença entre educação popular e educação das elites era evdente. Existindo duas divisões distintas no que se refere a escolaridade, sendo uma voltada para a formação das minorias pvilegiadas e a outra à maioria subalternas da população. Esses dois padrões de escolaridade definia na prática o acesso ao antigo ensino secundário que era ilimitado.
A educação popular era dominada pela antiga escola primária e pelas escolas profissionalizantes, e no outro extremo, a educação das elites, era definida pelo ensino secundário, sendo um degrau para o ensino superior.
Ainda no século XX a educação começou a dar sinais de mudança, quando estrategicamente os poderes públicos, começaram a apoiar a educação os adultos não alfabetizados quando crianças, dando oportunidade de matricular no ensino primário.
Foi identiicado que por volta do ano 1940, a maioria da população acima de 15 anos eram analabeta. Foi a partir dessa evidência que foi adotado a atuação de educadores e instituições comprometidas a abranger a escolaridade básica a todos os habitantes, incluindo crianças, jovens e adultos.
Naquela época as iniciativas ainda eram limitadas, mas já mostravam alguns sinais de avanço. O maior incentivador foi o Exército Nacional que fundou uma escola regimental para permitir que os recrutas que não tiveram acesso à escola, fossem alfabetizados. 
Com a necessidade de obter uma política mais abrangente que prestasse uma educação básica para todos, foi criado o INEP no ano de 1938.
Nos últimos anos do Estado Novo, a União recomendou que as unidades federais ampliassem o atendimento escolar aos jovens e adultos iletrados.
No ano de 1947, foi inaugurado o Serviço de Educação de Adultos, pelo Departamento Nacional de Educação, estabelecendo a Camapnha Nacional de Educação de adultos e adolescentes analfabetos. Foi reconhecido e consolidado pela União, o compromisso de incorporar os recursos humanos e administrativos já disponíveis nas redes escolares para oferecer a alfabetização aos adultos em todos os país.
A Campanha Nacional de Educação Rural, criada em 1956 e a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo, criado em 1958, foram alguns dos empreendimentos importantes da União, que focavam na educação de jovens e adultos iletrados. 
Por volta da década de 1950, o ensino supletivo de conteúdos elementares da escola primária, foi amplamente questionado, por depender da promoção do desenvolvimento nacional e pela introdução de novas organizações e particpantes estranhos no campo profissional da educação escolar, como por exemplo os jovens da Juventude Universidade Católica (JUC), da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da União Nacional de Estudantes (UNE), substituindo então os professores, educadores, administradores oficiais do ensino primário das secretarias de educação.
O termo “educação popular” era extensivamente utilizada para constituir as orientações e características dos conteúdos e práticas dadas como fundamentais à educação das classes populares, porém na verdade essa educação era necessária para toda população e não apenas para uma classe específica.
É importante destacar que as inicitativas de promoção da educação de jovens e adultos anlfabetos não fugiu das várias burocracias criadas para o ensino infantil naquela época.
O processo de alfabetização para adultos fundamentava basicamente em repassar para esses alunos no período noturno, os mesmos conteúdos ministrados pelos professores do ensino primário, ofertado as crianças no período diurno, fazendo a transmissão de conhecimentos elementares de leitura, escrita e cálculo, acrescentando história, geografia, ciências e noções básicas de saúde e higiene.
A oportunidade de alfabetização de jovens e adultos iletrados, teve impacto iportante em outros setores, coomo por exemplo, o direito ao voto, que esses não possuiam, e com a chance de serem alfabetizados, poderiam exercer seu papel de cidadão nas disputas eleitorais. Muito mais que isso, o processo de alfabetização possibilitaria que o cidadão se tornasse ativo na sociedade, sendo importante para o desenvolvimento nacional.
Freire pontuou em seus primeiros trabalhos publicados, vários exemplos dessas mudanças que ocorreram na educação popular, o qual foi percebida através do seu método como uma educação com foco em conscientizar.
A alfabetização era o principal objetivo da atividade educacional, que não implicavam substituições radical de antigas práticas adotadas pelaa duas modalidades típicas da educação popular, que eram a “educação popular tradicional” (regular ou supletiva) e a “educação popular conscientizadora”.
É possível encontrar na legislação e na historiografia educacional, diversas referências de esforços públicos impostos pelo exercício dos direitos e deveres educacionais, inseridosprogressivamente em nossa legislação.
Ainda existia muita resitência das pessoas, principalmente os de idade mais avançada, no processo de alfabetização, porém a necessidade de estender a escolaridade era fundamental. Essa expansão do ensino, mesmo tendo atrasos em algumas regiões do país, foi de suma iportância na ruptura dos limites que separavam a educação das massas populares e da educação das eilites.
A população em idade escolar teve um marco importante com a crescente de ginásios com aulas noturnas, a reforma do ensino do Estado de São Paulo (1967) e a lei federal de reforma do ensino de primeiro e segundo graus (1971), que consolidou a exigência de uma escolaridade básica de 8 anos.
A lei de diretrizes e bases incluiu na escolaridade básica todos os degraus anteriores necessários até o ensino superior.
Nos anos 60 ainda não existiam insituições suficientes de graduação superior, e isso gerava conflito nos alunos que gostariam de ingressar em tal ensino. Essas procuras geralmente vinham de jovens e adultos já alfabetizados, inseridos no mercado de trabalho e que já tinham a possibilidade de pagar as mensalidades em insittuições privadas. Conforme aumentava a expansão da rede superior, a procura por matrículas também crescia consideravelmente.
Mesmo tendo vagas abertas em universidades, as desiguladades sociais, ainda se fazia presente no ensino superior. Os alunos de com baixa renda que vinham de rede públia de ensino, teriam que ingressar em universidades da rede privada, com o ensino enferior as universidades públicas que eram reservadas aos alunos de classe média e alta.
Paulo Freire, conforme descreve neste artigo, formou em Direito (1947), mas desistiu de exercer a profissão, assumindo então o setor de educação do SESI de Pernambuco. Dedicou desde muito cedo à área da educação, tanto no ensino secundário como no superior. Lecionou mais de uma disciplina em escolas do Brasil e no exterior, após 1980.
Em seu primeiro livro, Freire mantinha suas críticas em relação as práticas tradicionais da educação que ele se referia como envelhecida e eincompatível com as exigências do Brasil e da nova sociedade.
Apesar de não existirem muitas obras a cerca do ensino superior, Freire divulgava ideias e procedimentos envolvidos no métodode alfabetização de adultos, onde ele acentua a imagem de um educador dedicado ao trabalho educativo junto aos menos favorecidos. Apesar do magistério, ele relata que via a necessidade de criar um serviço de extensão cultural na universidade, sendo designado como primeiro diretor quando o serviço foi instituído.
Juntando as didáticas do ensino superior, e outros estudos no campo das Ciências Humanas e da Educação, participação da criação e direção do Movimento de Cultura Popular (MCP) e instituições culturais que criou e o método de alfabetização, foram bem harmonizados ao longo do caminho de educador que decidiu seguir.
Na maioria das suas obras, Freire destaca o foco que tinha em questões educacionais e sua luta pelos oprimidos, onde buscava a emancipação desses indivíduos e reforçava que a eliminação da opressão só poderia ocorrer através da atuação dos oprimidos.
Freire era analítico e deixou isso devidamente claro em suas obras, reorçnado o compromisso que nós como cidadãos deveríamos ter perante a educação, de como a universidade deve identificar prontamente o interesse do povo, de como a universidade pode colaborar com a escola pública de ensino básico, o respeito e assistência àqueles qye sçai de trablho ao corpo docente da rede de ensino.
Freite também revela sua preocupação em relação a qualidade do corpo docente e da pesquisa cintífica, dando exemplo aos casos de greves de professores reivindicando melhores salários e alunos reivindicando custos mais baixos. A demanda crescente exigiria cada vez mais de uma educação de qualidade e Freire já observava há tempos.
Após ser percebida a necessidade da conquista de um diploma de ensino superior e se deparar com as dificuldades colocadas pelas condições de vida, como a competição nos exames, que acaba selecionando os jovens mais preparados, a frequencia nas aulas – principalmente no período noturno, o custo das mensalidades, escolha do curso, tudo isso deveria ser visto com um sracifício de quem teve a oportunidade de se alfabetizar e hoje busca por melhores condições de vida, a começar pela degrau da educação e da obtenção de conhecimento.
A luta individual de jovens e adultos não era ignorada no conjunto de seus trabalhos. Paulo Freire sempre defendeu a importância da presença popular na escola, inclusive dentro da escola pública, mesmo quando estas ainda não atendiam as necessidades da população. A qualidade do ensino ministrado em escolas precárias, por professores nem sempre bem qualificados, aos jovens ainda sem preparação para o ingresso em um nível superior de escolaridade, centralizava as críticas às mudanças feitas por Freire.
Todas as críticas e práticas reforçadas pelas obras de Paulo Freire, defendiam o maior envolvimento do ensino público de nível superior junto as reivindicações educacionais dos jovens trabalhadores.
Em resumo, o processo de ensino e aprendizagem não é algo estávem e imutável, altera-se com o passar dos anos, com a chegadas das novas gerações e tecnologias, e tudo isso influenciará e afetará a didática e o método de ensino do professor e do sistema de ensino com um todo. Dessa forma, o método Paulo Freire vem estabelecer um novo processo de ensino, partindo-se das expectativas vividas do indivíduo, sua contextualiazação e a inserção no meio social e, posteriormente, a aquisição efetiva do conteúdo cultural da alfabetização.
 
 
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