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MMA_conducao - v3

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Sumário
Módulo 1 ............................................................................................................. 3
Introdução ...................................................................................................... 3
Pelos caminhos do turismo ............................................................................ 4
Ecoturismo ..................................................................................................... 7
Educação ambiental e lazer em áreas naturais ................................................ 9
Legislação pertinente ................................................................................... 10
Unidades de Conservação (UCs) ................................................................... 12
Encerramento .................................................................................................... 15
Referências ....................................................................................................... 16
Módulo 2 ........................................................................................................... 17
Introdução .................................................................................................... 17
Condução Ambiental: competências, responsabilidades e seu papel na cadeia 
produtiva local ............................................................................................. 17
Conhecendo a prática ................................................................................... 21
Boas-vindas: apresentação e comunicação .................................................. 23
Condução e multiplicação de valores ............................................................ 26
Papel do condutor ambiental como um agente da educação ambiental ......... 27
Técnicas de condução interpretativa, atividades recreativas e situações 
emergenciais ................................................................................................ 29
Referências ....................................................................................................... 33
Módulo 3 ........................................................................................................... 35
Introdução .................................................................................................... 35
Noções de empreendedorismo no campo da condução ambiental ................ 37
Desenvolvimento de parcerias ...................................................................... 39
Marketing pessoal e de destinos .................................................................. 40
Recapitulando .............................................................................................. 42
Referências ....................................................................................................... 47
3Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Noções Básicas de Condução Ambiental no 
Ecoturismo – Módulo 1
Introdução
Você já parou para prestar atenção em como o meio ambiente está presente na sua 
vida?
Seja por meio de notícias, seja no seu caminho para o trabalho; quer no lugar escolhido 
para passar suas férias, quer no seu dia a dia, o contato com a natureza sempre nos 
traz uma sensação de bem-estar. Além de garantir maior qualidade de vida, o meio 
ambiente proporciona uma alternativa de renda para muitas comunidades, por meio 
do uso dos recursos naturais e da visitação a áreas de natureza abundante.
PERGUNTAPERGUNTA?
As áreas naturais também são importantes refúgios para diferentes espécies que 
enriquecem nossa biodiversidade. Por isso, é muito importante ter em mente que 
devemos reduzir as ações que possam ser danosas ao meio ambiente. A partir do 
momento em que você vivencia ou usufrui dos recursos naturais ou, simplesmente, 
está presente em meio a esses recursos, você passa a ser um agente ativo na 
preservação desses lugares, ao mesmo tempo em que pode criar oportunidades de 
renda para você e sua comunidade.
É sobre as oportunidades de trabalho que vamos falar neste curso e, mais especifi-
camente, sobre os condutores ambientais e o que você precisa saber para se tornar 
um.
Este curso não tem o objetivo de formar condutores ambientais, pois, a depender da 
área em que você deseje trabalhar, poderá ser exigido um treinamento específico. 
Pretendemos apresentar a você um pouco mais do universo do turismo, o papel e 
as responsabilidades de um condutor ambiental e o que você precisará fazer caso 
opte por ser um.
4Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Nos dias atuais, enfrentamos alguns cenários de crises e, cada vez mais, ao procu-
rar opções de lazer, viajantes buscam contato com a natureza e apresentam uma 
tendência mais sustentável de consumo.
Escutamos muito falar sobre a importância da sustentabilidade, não é mesmo? Ela 
pode ser entendida como a qualidade daquilo que é sustentável. Ou seja, uma 
maneira de se produzir, comercializar, consumir e viver que respeita e valoriza o 
meio ambiente e a cultura local, assegurando a geração de renda e a sobrevivência 
das comunidades no curto, médio e longo prazos, ao mesmo tempo em que promove 
a conservação dos recursos naturais e dos patrimônios histórico e cultural.
Portanto, o condutor ambiental é um agen-
te essencial no desenvolvimento turístico 
sustentável de um destino. Nossa intenção 
é despertar seu interesse para essa ativida-
de que proporciona troca de experiências, 
geração de empregos e, principalmente, de-
senvolvimento de valores para sua comuni-
dade e para os visitantes.
Vamos começar entendendo um pouco mais sobre o que é o turismo, o ecoturismo e 
as normas a que você precisa estar atento caso queira trabalhar como um condutor 
ambiental. Vamos lá!
Pelos caminhos do turismo
Férias, feriados ou fins de semana, um tempo livre para descansar da rotina muitas 
vezes exaustiva de trabalho são coisas importantes para que se possa ter energia 
para seguir firme no dia a dia. Viajar é sempre uma ótima alternativa, pois propor-
ciona conhecer novos lugares e culturas, e, assim, o turismo cresce cada vez mais 
no mercado como uma boa opção de lazer, de entretenimento, de aquisição conhe-
cimentos ou, simplesmente, como forma de relaxar.
5Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Segundo a Lei Geral do Turismo (Lei Nº 11.771, de 17 de 
setembro de 2008), considera-se turismo as atividades rea-
lizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em 
lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período 
inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou 
outras. Nessa perspectiva, temos a dimensão de que ele é 
uma atividade ampla, pois, para o deslocamento e a perma-
nência em um lugar, demanda-se o trabalho de diversos setores.
Por esse motivo, o turismo se destaca na economia local, gerando emprego e renda 
onde ocorre. A renda que ele traz não se restringe aos trabalhadores diretos da área 
(como guias ou hoteleiros). Existem outros serviços que também ganham com a 
presença e o consumo de visitantes, como os setores de transportes, alimentação 
e o comércio em geral.
O efeito multiplicador do turismo, ou seja, essa capacidade que ele tem de ampliar 
as oportunidades para os trabalhadores, não se limita aos ganhos em termos de 
emprego e dinheiro. Quando o turismo é explorado “a partir de sua vivência de 
tempo livre, de ócio, de uma vivência lúdica e privilegiada do tempo livre, ele pode ser 
capaz de promover autoconhecimento, capacidade crítica e emancipação” (FAZITO 
et al, 2018). Logo, fazer parte da cadeia produtiva do turismo é uma chance para 
você adquirir uma nova visão sobre sua comunidade, sobre o patrimônio que existe 
nela e ainda contribuir para a ampliação de oportunidades para outros moradores 
locais.
A cadeia produtiva do turismo é formada a partir do produto turístico que será 
ofertado. De acordo com o Ministério do Turismo, podemos entender esse produto 
como “o conjunto de atrativos, equipamentose serviços turísticos acrescidos de 
facilidades, localizados em um ou mais municípios, ofertado de forma organizada 
por um determinado preço” (BRASIL, MTUR, 2007, p. 17).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm
6Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Veja abaixo um exemplo de um esquema de cadeia produtiva do turismo com os 
elementos mais comuns.
Perceba que, em geral, é necessário o trabalho conjunto de vários setores para que 
o turismo possa ocorrer. Antes de chegar ao destino, o turista já teve contato, de 
alguma forma, com o local por meio de propagandas ou indicações. Ele pode ter 
contratado os serviços de uma agência turística para facilitar sua experiência ou, 
simplesmente, ter escolhido um meio de transporte para se deslocar até o local. 
Ao chegar ao destino, o turista espera encontrar um conjunto de serviços que 
proporcionem a ele realizar a experiência almejada. Nesse momento, o receptivo é 
muito importante.
Além da hospedagem e da alimentação, caso o visitante queira conhecer melhor 
alguns aspectos específicos da região, o papel do condutor ambiental é um diferencial 
para que ele obtenha informações corretas sobre a cultura, a biodiversidade, o 
patrimônio local, e conheça as opções de lazer e entretenimento.
Durante todo esse processo, é importante estar atento aos impactos gerados 
no meio ambiente pelas atividades de cada um dos setores turísticos. Quando o 
turismo é praticado de forma predatória, ele pode trazer danos irreparáveis a um 
destino. Por isso, tente priorizar as virtudes do produto turístico, garantindo que a 
comunidade possa contar com a atividade para complementar sua renda ao mesmo 
tempo em que os recursos naturais, a fauna e flora local sejam preservados.
7Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Portanto, concentre seus esforços na promoção do Turismo Sustentável. Esse 
modo de realizar o turismo surge como uma alternativa que leva em consideração 
a garantia da conservação do meio ambiente, a equidade social e a eficiência 
econômica para o desenvolvimento do destino. Sua prática pode se tornar um 
importante vetor de bem-estar da população (COSTA, 2013; MCCOOL, 2016).
No turismo, trabalhamos com segmentos para facilitar a organização da oferta e da 
demanda turística. Existem segmentos do turismo que se aproximam mais desse 
viés de sustentabilidade. O principal é o Ecoturismo, já que sua realização ocorre em 
áreas de natureza abundante ou próximas à natureza, sendo essas áreas o atrativo 
principal ou o lugar de realização de alguma atividade. Por ser o segmento que mais 
concentra a atuação dos Condutores Ambientais, vamos falar um pouco mais sobre 
o Ecoturismo na próxima seção.
NOTANOTA
Ecoturismo
Segundo o Ministério do Turismo (2006), o Ecoturismo é o segmento turístico 
que “utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua 
conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da 
interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações” (BRASIL, 
MTUR, 2006, p.9).
NOTANOTA
8Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Ele é um dos segmentos que mais se destacam no Brasil pelo fato de o país contar com 
muitas áreas de ambiente natural, com grande diversidade na oferta de experiências. Tal 
fato faz com que o Brasil seja um destino com boas chances de rápida recuperação do 
cenário de crise. Atualmente, as tendências apontam para uma renovação no mercado, 
com um aumento do interesse por viagens domésticas, de curta distância, com maior 
contato com a natureza e feitas de forma mais consciente. A Organização Mundial do 
Turismo acredita que, pelo fato de o turismo ser capaz de reaproximar as pessoas, ele será 
um importante vetor de solidariedade nos próximos anos e pode, portanto, contribuir para 
a consciência ambiental e a preservação da natureza (UNWTO, 2020), tal qual é proposto 
pelo próprio conceito de turismo, como já vimos.
Os ecoturistas possuem um perfil específico, já direcionado para esse comportamento 
de preservação e respeito ao ambiente em que eles estão inseridos. Eles podem 
demonstrar interesse em conhecer melhor a biodiversidade local, inclusive buscando 
projetos voltados à preservação e conservação da fauna e flora. Porém, apesar 
de esse ser o padrão dos ecoturistas, ainda podemos encontrar turistas que não 
possuem hábitos e comportamentos voltados à preservação do meio ambiente. 
Isso faz com que a atuação do condutor ambiental seja muito importante. Enquanto 
condutor ambiental, você deve estar preparado para acompanhar um público de 
perfil diverso e aproveitar a situação para direcioná-lo ao aprendizado de práticas 
mais sustentáveis e de respeito aos patrimônios ambiental e cultural locais.
Aproveite os momentos de troca para compartilhar saberes e informações sobre a 
região, destacando a importância da manutenção do conjunto de recursos naturais 
e culturais em que você está presente. É interessante, ao longo do caminho a ser 
percorrido, que sejam dispostas placas de sinalização e materiais promocionais que 
induzam o visitante a absorver o quão especial é o lugar que ele está conhecendo 
é como esse lugar deve ser conservado. Entre em contato com os proprietários ou 
responsáveis pelo local para verificar a possibilidade de utilização e distribuição de 
materiais informativos.
Dessa maneira, você contribuirá diretamente com a educação ambiental de mais 
pessoas, um dos fatores principais para a prática do Turismo Sustentável.
9Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Educação ambiental e lazer em áreas naturais
O potencial didático e lúdico da visita em áreas naturais é um dos pontos-chave 
para a oferta de condução ambiental. Você pode explorar esse potencial lúdico por 
meio da promoção de atividades de lazer em áreas naturais, fazendo parcerias com 
outras pessoas que trabalham com esse tema. A educação ambiental não se faz 
de forma exclusivamente direta – você transmitindo informações de forma oral ou 
escrita e o turista absorvendo. Ela pode ser induzida por meio de outras atividades, 
como a prática de jogos e brincadeiras, visitação a cachoeiras e santuários, 
participação em modos de produção local e eventos culturais ou conversas com 
moradores locais e comunidades tradicionais. Portanto, é essencial que você esteja 
preparado para oferecer diferentes opções para o ecoturista.
O turista, ao contratar seus serviços, espera obter informações corretas, completas 
e que somem ao conhecimento prévio que ele possui. Fique por dentro dos eventos, 
situações e novidades da sua região e busque uma formação contínua para se 
destacar no mercado.
Ao ofertar tais experiências e incentivar a consciência 
ambiental, o visitante e os próprios moradores locais 
estarão mais propícios a exercer comportamentos 
considerados ambientalmente corretos. A postura ética 
adquirida ultrapassa as ações feitas durante a viagem 
e pode ser absorvida no cotidiano das pessoas que 
passam por essa experiência.
Durante a visita, podemos citar alguns comportamentos esperados: não jogar lixo 
em lugares indevidos; não entrar em contato direto (sem acompanhamento de um 
profissional local) com espécies da fauna e flora local; não colher amostras sem 
autorização; caminhar e permanecer sobre as trilhas definidas; carregar os resíduos 
produzidos consigo até o final do percurso proposto; dar preferência ao consumo 
de produtos locais; respeitar os horários de funcionamento e de movimentação da 
comunidade; respeitar especificidades da cultura local e tratar os trabalhadores 
com respeito e cordialidade.
10Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Como condutor ambiental, você também terá a oportunidade de lidar com um 
público mais amplo, que não se limita a turistas que residem em locais distantes do 
destino em que você atua. Visitações de escolas locais e regionais às áreas naturais 
também é um campode mercado interessante para se atuar, caso tenha interesse 
em intensificar seu trabalho junto à educação ambiental. Essa também é uma boa 
alternativa para que você não dependa de uma movimentação exclusiva na alta 
estação, ou seja, em temporadas específicas, quando há maior movimentação de 
turistas (geralmente nas férias escolares).
Vamos checar a seguir quais são as legislações que podem influenciar no seu trabalho 
como condutor ambiental. Ainda que não sejam específicas para a condução (estas 
nós veremos no módulo 2), você deve conhecê-las para melhor praticar a atividade 
turística.
Mas antes disso, que tal conhecer mais sobre o Ecoturismo e como ele é importante 
para a Educação Ambiental?
Assista ao vídeo e conheça a experiência que mostra a prática desse segmento no 
Rio de Janeiro.
SAIBA MAISSAIBA MAIS
Legislação pertinente
Agora que você já conhece melhor o campo de atuação do condutor ambiental, é 
importante que você fique atento às normas gerais que impactam o setor turístico.
https://youtu.be/48waORmA3d4
11Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
A principal lei que rege a atividade turística é a Lei Nº 11.771, de 17 de setembro de 
2008, também conhecida como a Lei Geral do Turismo. Ela não versa especificamente 
sobre condutores ambientais, mas pode direcionar você para entender melhor o 
papel das atividades inerentes ao setor, principalmente caso você queira se somar 
a outras iniciativas ou fazer parte de alguma empresa de prestação de serviços 
turísticos.
Outra legislação que você deve considerar é o Código de Defesa do Consumidor, Lei 
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Qualquer ação de compra, venda e contratação 
de serviços é submetida às normas desse Código. Assim, o turista pode recorrer a 
esse instrumento caso se sinta lesado em algum momento da experiência.
NOTANOTA
Um segmento com o qual você pode-
rá ter maior contato, pelo acompanha-
mento na oferta de práticas esporti-
vas e outrasatividades, é o Turismo de 
Aventura. Normalmente, a oferta desse 
segmento envolve atividades que apre-
sentam certo nível de risco (desde lesões até risco de morte) aos praticantes. Por 
isso, é importante seguir as normas que tratam dos itens e procedimentos de segu-
rança das práticas ofertadas (veremos mais detalhadamente no próximo módulo). 
Essas normas estão dispostas na Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Lembre-se sempre que o não cumprimento de normativas pode gerar autuação, 
mesmo que não tenham ocorrido acidentes. Fique atento!
Por último, além dessas normas, esteja a par das leis e decretos ambientais 
referentes ao seu lugar de atuação. Você pode estar trabalhando em uma área 
protegida, que detém diretrizes específicas para a conservação da biodiversidade 
e proteção das comunidades locais. Você pode encontrar essas legislações nos 
sites do Ministério do Meio Ambiente, do ICMBio e do IBAMA, e também, nos sites 
dos órgãos estaduais e/ou municipais da sua região. Vamos saber mais sobre as 
Unidades de Conservação na seção a seguir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/533814/cdc_e_normas_correlatas_2ed.pdf
https://www.gov.br/mma/pt-br
https://www.gov.br/icmbio/pt-br
https://www.gov.br/ibama/pt-br
12Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Porém, antes de passarmos ao tema seguinte, lembre-se que, mesmo que pareça 
muita informação em um primeiro momento, você pode contar com o apoio de 
algumas instituições que também são agentes importantes e trabalham em prol 
do desenvolvimento do seu destino, como os governos dos diferentes níveis: 
municipal, estadual (Secretarias) e federal (Ministérios), os quais acompanham o 
setor turístico, promovendo-o, monitorando seu fluxo, investindo em infraestrutura 
e capacitando pessoas interessadas em trabalhar no setor. Além deles, o Sistema S 
(SEBRAE, SENAC, SESI), Organizações Não Governamentais (ONGs) e Universidades 
acompanham o setor com projetos e pesquisas e são parceiros essenciais para 
o crescimento da atividade. Fique atento às oportunidades e os consulte quando 
necessário.
Unidades de Conservação (UCs)
No decorrer da história recente, especialmente a partir do século passado, as áreas 
urbanas se expandiram de maneira rápida, avançando sobre muitas regiões de 
natureza abundante para possibilitar a consolidação das grandes cidades. Durante 
esse processo, ocorreu uma intensa perda de biodiversidade fazendo com que 
perdêssemos muito das nossas riquezas naturais.
Para conter os impactos negativos promovidos pelo crescimento desordenado 
das cidades e com o intuito de preservar as áreas naturais restantes do Brasil, foi 
promulgada, em 2000, a Lei nº 9.985, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação, o SNUC. Esse instrumento serve como principal marco regulatório 
voltado à gestão e uso sustentável das unidades de conservação.
Busque identificar se sua área de atuação é parte de uma Unidade de Conservação, 
pois elas possuem regras específicas para a oferta de serviços em suas delimitações. 
Também esteja atento a possíveis leis estaduais e municipais que podem incidir 
sobre seu território. Procure os órgãos responsáveis da sua região para esclarecer 
seus direitos, deveres e restrições quanto ao uso da área.
13Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
As regras também mudam de acordo com cada tipo de UC. De acordo com o SNUC, 
elas estão divididas em dois grupos principais: Unidades de Conservação de Proteção 
Integral, que permitem, dependendo do caso, o uso indireto dos seus recursos, e 
Unidades de Conservação de Uso Sustentável, que permitem o uso sustentável de 
uma parte dos seus recursos naturais.
O conjunto das UCs de Proteção Integral é composto por: Estação Ecológica; Reserva 
Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural, e Refúgio de Vida Silvestre. Já as 
Unidades de Uso Sustentável contemplam: Área de Proteção Ambiental; Área de 
Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de 
Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável, e Reserva Particular do Patrimônio 
Natural (SNUC, 2011).
IMPORTANTEIMPORTANTE
Para organizar e possibilitar a prestação de serviços turísticos em Unidades de 
Conservação, baseado no SNUC e no Decreto nº 4340, de 22 de agosto de 2002, 
foram utilizados instrumentos de delegação de serviços de apoio à visitação. Como 
a maioria das UCs são áreas de domínio público (e não podem ser vendidas à 
iniciativa privada), tais instrumentos visam estabelecer deveres e contrapartidas 
para o uso de bens públicos pela iniciativa privada.
Contamos com três tipos de instrumentos: a autorização, a concessão e a permissão. 
Ainda que a forma mais conhecida seja a concessão de uso, ela é mais indicada 
para empreendimentos de grande porte. Por esse motivo, ela tem um processo 
mais lento de obtenção.
Para iniciativas menores, os instrumentos mais indicados são a autorização e a 
permissão. Eles possuem requisitos mais simples de serem obtidos e processos 
seletivos mais ágeis. Para a oferta da condução ambiental, percebe-se que ela se 
insere no escopo do Decreto nº 4.340/2002, que discorre sobre a autorização.
14Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Art. 25. É passível de autorização a exploração de produtos, subprodutos ou serviços 
inerentes às unidades de conservação, de acordo com os objetivos de cada categoria 
de unidade.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, entende-se por produtos, subprodutos 
ou serviços inerentes à unidade de conservação:
I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração e à 
implementação das atividades de uso comum do público, tais como visitação, 
recreação e turismo;
(BRASIL, Decreto nº 4340/2002)
LEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃO
Verifique em qual categoria de Unidade de Conservação você pretende atuar e 
busque pela possibilidade de obtenção da autorização. Veja se a iniciativa de que 
você fará parte já está adequadaàs normas locais e lembre-se de acompanhar as 
atualizações dos decretos e normativas que podem afetar sua oferta. Estude qual 
se adequa mais às suas necessidades e fique atento a chamadas e editais nos 
portais dos órgãos responsáveis por elas, como o ICMBio.
https://www.gov.br/icmbio/pt-br
15Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Encerramento
Este primeiro módulo concentrou um apanhado de informações sobre o campo de 
trabalho do condutor ambiental e buscou introduzir você no universo do turismo e das 
suas oportunidades. Prepare-se, pois, no segundo módulo, veremos mais a fundo a 
atuação do condutor ambiental, apresentando as competências e responsabilidades 
desse importante agente do setor.
NOTANOTA
16Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Referências
Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento 
responsável - WWF, disponível em http://www.ecobrasil.eco.br/images/BOCAINA/
documentos/didaticos/manual_ecotur_wwf_2003.pdf
Práticas para o ecoturismo de base comunitária em Unidades de Conservação 
do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, disponível em: https://
mamiraua.org/documentos/2e5638f2d0397658ec029464703c2abd.pdf
IFRN. Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Projeto Pedagógico do Curso 
de Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional em Condutor 
Ambiental Local na modalidade presencial no âmbito do PRONATEC. Disponível 
em: https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-qualificacao-profissional/
pronatec/condutor-ambiental-local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20
Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3B
VENTURAS VIAGENS. Prepare-se para as tendências: o turismo pós-pandemia 
aponta para os destinos de natureza no Brasil. Disponível em: https://blog.
venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-
de-natureza/
http://www.ecobrasil.eco.br/images/BOCAINA/documentos/didaticos/manual_ecotur_wwf_2003.pdf
http://www.ecobrasil.eco.br/images/BOCAINA/documentos/didaticos/manual_ecotur_wwf_2003.pdf
https://mamiraua.org/documentos/2e5638f2d0397658ec029464703c2abd.pdf
https://mamiraua.org/documentos/2e5638f2d0397658ec029464703c2abd.pdf
https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-qualificacao-profissional/pronatec/condutor-ambiental-local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3B
https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-qualificacao-profissional/pronatec/condutor-ambiental-local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3B
https://portal.ifrn.edu.br/ensino/cursos/cursos-de-qualificacao-profissional/pronatec/condutor-ambiental-local/view#:~:text=O%20Curso%20FIC%20em%20Condutor,tur%C3%ADsticas%20em%20%C3%A2mbito%20local%2Fregional%3B
https://blog.venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-de-natureza/
https://blog.venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-de-natureza/
https://blog.venturas.com.br/tendencias-pos-pandemia-no-turismo-apontam-para-turismo-de-natureza/
17Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Noções Básicas de Condução Ambiental no 
Ecoturismo – Módulo 2
Introdução
No primeiro módulo, vimos o quão importante é a relação ser humano-natureza e 
o papel do turismo nesse encontro entre as pessoas e o meio ambiente. Caso você 
tenha interesse em se tornar um profissional da área, esses temas devem estar 
presentes no seu cotidiano para que, assim, você exerça sua prática de maneira 
sustentável.
Vamos conhecer a seguir um pouco mais sobre as competências e a prática de um 
condutor ambiental.
NOTANOTA
Condução Ambiental: competências, responsabilidades e 
seu papel na cadeia produtiva local
Como apresentado no módulo anterior, a prática da condução ambiental está 
inserida na cadeia produtiva do turismo, que é composta de diversos setores, todos 
voltados à promoção e à viabilização da atividade turística em determinado destino. 
Ainda que a condução não seja um dos setores básicos do turismo, ela é uma parte 
da oferta essencial para o acompanhamento do visitante, fazendo com que a viagem 
seja mais completa.
O condutor de turismo é o profissional que 
deve, basicamente, acompanhar o turista em 
uma área específica no decorrer da sua viagem, 
provendo-o de informações sobre o local, dire-
cionando seu caminho por trilhas ou roteiros e 
prestando atenção aos cuidados necessários 
para garantir a segurança do visitante. O con-
18Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
dutor ambiental tem uma atuação mais voltada para os aspectos ambientais do 
destino, trabalhando, na maioria das vezes, em áreas de natureza abundante, como 
em Unidades de Conservação.
Da perspectiva legal, o condutor de turismo foi reconhecido como ocupação, em 
2015, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 5115). Ela ainda divide a 
condução em duas ocupações específicas: o condutor de turismo de aventura (CBO 
5115-05) e o condutor de pesca (5115-10).
Atualmente, o principal instrumento legal que versa sobre a atuação do condutor 
ambiental é a Portaria nº 769, de 10 de dezembro de 2019, do Ministério do 
Meio Ambiente/ICMBio. Essa Portaria dispõe sobre normas e procedimentos 
administrativos para autorização da prestação do serviço de condução de visitantes 
em Unidades de Conservação federais. Segundo seu artigo 2º, o condutor de 
visitantes é a:
Pessoa física autorizada pelo ICMBio a atuar na condução de visitantes na 
unidade de conservação, desenvolvendo atividades informativas e interpre-
tativas sobre o ambiente natural e cultural visitado, além de contribuir para o 
monitoramento dos impactos nas áreas de visitação.
Nesse momento, você pode estar se perguntando qual seria a diferença entre o 
condutor de turismo e o guia de turismo, já que, aparentemente, eles realizam o 
mesmo serviço. De fato, os dois possuem algumas atribuições idênticas, como o 
compartilhamento de informações e o acompanhamento do turista. Porém, o guia 
de turismo tem uma atuação mais abrangente, enquanto o condutor atua de forma 
específica e só pode exercer sua atividade em áreas limitadas, que precisam de um 
profissional dedicado exclusivamente a elas.
Segundo a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro 1993, que dispõe sobre a profissão de 
Guia de Turismo, o guia é “o profissional que, devidamente cadastrado no Instituto 
Brasileiro de Turismo (Embratur), exerça atividades de acompanhar, orientar e 
transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, 
municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas” (BRASIL, 
Lei Nº 8.623/1993). 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm
19Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
O artigo 8º da Portaria nº 27, de 30 de janeiro de 2014, do Ministério do Turismo, que 
estabelece requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo e 
dá outras providências, nos ajuda a entender melhor essa diferença: 
Art. 8º A atividade de guia de turismo não se confunde com o exercício das atividades 
de condutor de visitantes em unidades de conservação federais, estaduais ou 
municipais e de monitor de turismo.
§ 1º Nos termos da legislação pertinente, considera-se condutor de visitantes em 
unidades de conservação o profissional que recebe capacitação específica para 
atuar em determinada unidade, cadastrado no órgão gestor, e com a atribuição 
de conduzir visitantes em espaços naturais e/ou áreas legalmente protegidas, 
apresentando conhecimentos ecológicos vivenciais, específicos da localidade em 
que atua, estando permitido conduzir apenas nos limites desta área.
(BRASIL, Ministério do Turismo. Portaria nº 27/2014)
LEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃO
Ainda que a Portaria se concentre na condução devisitantes em UCs, por ser mais 
comum, o condutor não atua exclusivamente nelas. Como as UCs são áreas que 
demandam um cuidado maior, por comportarem recursos naturais que devem 
ser preservados; geralmente, elas se tornam os principais locais de atuação dos 
condutores. Seu serviço é fundamental para a manutenção da biodiversidade local 
ao monitorar o comportamento dos visitantes e orientá-los à promoção de boas 
práticas com o meio ambiente. Inclusive, o acompanhamento do guia de turismo 
junto a um grupo ou turista não exclui a necessidade do serviço do condutor, como 
mostra o inciso 3º do mesmo artigo:
§ 3º A necessidade ou obrigatoriedade de acompanhamento de 
condutor durante visitações deverá ser verificada pelo guia de 
turismo que se deslocar com o grupo de turistas a uma determinada 
unidade de conservação.
(BRASIL, Ministério do Turismo. Portaria nº 27/2014)
20Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Outra confusão comum é feita entre condutores e monitores de turismo. Os monitores 
têm uma atuação ainda mais específica que os condutores, podendo fazer o 
acompanhamento de visitantes em equipamentos e patrimônios histórico-culturais 
ou podendo, também, acompanhar grupos em atividades de lazer específicas, que 
não apresentem riscos de acidentes na sua execução. Neste último caso, caso a 
atividade seja de aventura, é necessária a contratação de um Condutor de Turismo 
de Aventura.
O quadro a seguir destaca as principais diferenças entre os três profissionais.
21Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Em qualquer um dos casos, é interessante procurar legislações específicas que 
atuem sobre seu território, pois podem trazer orientações direcionadas à prática 
da condução onde você deseja trabalhar. Os três profissionais são importantes na 
cadeia produtiva local por contribuírem na promoção da economia da localidade, 
na valorização do patrimônio histórico-cultural e no incentivo ao respeito ao meio 
ambiente.
Caso você tenha interesse em ser um condutor ambiental, procure, na sua cidade, 
onde é possível fazer um curso de formação e busque oportunidades na sua região. 
A seguir, vamos conhecer mais sobre as questões práticas e as responsabilidades 
do dia a dia de trabalho de um condutor ambiental. Vamos lá!
Conhecendo a prática
O trabalho do condutor ambiental não se resume à simples memorização de 
informações e sua transmissão para visitantes. Podemos entender o condutor 
como uma ponte entre a experiência turística e seu consumidor, tornando-se um 
elo da cadeia turística de destaque pelo seu potencial de agregar muito valor à 
viagem realizada. É necessário que você esteja preparado para o contato direto e, 
muitas vezes, contínuo com diferentes visitantes por longos períodos.
Dois tipos de condutores são especificados no CBO, como dito anteriormente: o 
condutor de pesca (CBO 5115-10), que é responsável por acompanhar turistas em 
regiões onde a pesca é autorizada (com a prática de “pesque e solte”) ou que é 
contratado para dar suporte à atividade de pesca privada; e o condutor de turismo 
de aventura (CBO 5115-05), que demanda um preparo especializado para o suporte 
às atividades ofertadas neste segmento específico do Turismo.
22Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Segundo a norma NBR 15285 da Agência Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, 
que versa sobre os condutores de turismo de aventura, o segmento é definido como 
o conjunto de:
Atividades oferecidas comercialmente, usualmente adaptadas 
das atividades de aventura, que tenham ao mesmo tempo o 
caráter recreativo e envolvam riscos avaliados, controlados e 
assumidos.
SAIBA MAISSAIBA MAIS
(Cf. ABNT NBR 15285:2015)
Logo, você deverá buscar capacitação com ênfase na garantia da sua segurança 
pessoal e dos praticantes dessas atividades, seguindo as orientações da norma. 
Caso tenha interesse nesse campo específico da condução, você pode entrar em 
contato com Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de 
Aventura (ABETA) para mais informações.
Independentemente da sua especialização ou da região em que irá trabalhar, todos 
os condutores desenvolvem habilidades e possuem responsabilidades e desafios 
comuns.
A seguir, vamos passar por alguns dos principais aspectos que fazem parte da rotina 
de trabalho dos condutores ambientais. Dividimos em três momentos para você 
acompanhar essa jornada pouco a pouco e entender melhor quais as expectativas 
em relação à atuação do condutor ambiental. Vamos começar?
http://abeta.tur.br/pt/pagina-inicial/
23Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Boas-vindas: apresentação e comunicação
A primeira impressão é a que fica, certo?
Podemos, sim, questionar essa frase que ouvimos diversas vezes durante a nossa 
vida, mas, quando falamos sobre atendimento ao cliente, ela pode estar bem correta. 
Pense nas vezes em que você estava no lugar do consumidor o que você esperava 
quando foi atendido por alguém? Como a pessoa se dirigiu a você? Você achou a 
postura da pessoa correta?
PERGUNTAPERGUNTA?
Quando trabalhamos com o atendimento a turistas, devemos ter em mente que, 
na maioria das vezes, o visitante não é um consumidor recorrente. Por mais que 
ele possa repetir a experiência, o retorno não é tão frequente como o de um cliente 
de um comércio comum. Dessa forma, você sempre deve estar preparado para, a 
cada novo turista ou grupo de turistas, se apresentar corretamente, informando seu 
nome e função no local e se colocando à disposição para auxiliá-los.
É importante que você fale de forma compreensível, demonstrando calma e 
gentileza, para que o visitante se sinta confortável e confie que você possa ser uma 
companhia agradável, somando positivamente à sua experiência turística.
Geralmente, os condutores ambientais vestem uma camiseta com a indicação da sua 
função e localidade (condutor ambiental, local) e seu nome. Caso a administração 
do espaço em que você trabalha não forneça uma camiseta, é interessante que você 
tente se identificar como condutor de alguma forma, por exemplo: com um crachá.
Espera-se que suas roupas estejam condizentes com sua função, sempre limpas e 
em bom estado. Você não precisa se vestir de maneira muito formal uma vez que as 
atividades exercidas demandam vestes mais flexíveis, leves e que favoreçam a sua 
movimentação, bem como calçados confortáveis. Porém, é importante que você 
mantenha um padrão adequado à recepção do público geral. Lembre-se também 
do boné, óculos de sol e protetor solar para caminhos com vegetação mais aberta. 
Carregue sempre sacos de lixo próprios para não deixar sujeira e recicláveis pelo 
caminho.
24Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Esses aspectos da sua apresentação são importantes no trabalho, pois são parte 
da comunicação que você estabelecerá com o visitante. O trabalho do condutor 
ambiental se concentra na comunicação que ele estabelece com o turista, seja ela 
verbal ou não verbal.
A comunicação verbal pode ser entendida como a troca de informações pela 
linguagem, escrita ou oral. Logo, os materiais impressos que você pode entregar 
(como mapas e cartilhas) e as placas informativas dispostas ao longo do caminho 
também fazem parte desse conjunto comunicativo. Organize-os devidamente e 
peça ajuda para revisá-los antes de distribuí-los.
A fala será seu principal meio de comunicação com os turistas, e, dessa forma, você 
acompanhará o caminho proposto (que pode ter sido organizado por você ou pelo 
projeto ou empresa de que você participa), munindo os visitantes de informações 
pertinentes sobre a história, a cultura e o meio ambiente local ou regional, além de 
atentá-los para o cumprimento das regras de comportamento esperadas.
IMPORTANTEIMPORTANTE
Lembre-se de sempre manter um tom agradável, que não seja agressivo e nem 
seja rápido demais. Exercite o volume da sua voz para ter certeza de que todo o 
grupo que o acompanha escutará o que você diz sem que seja necessário gritar e 
atualize-se quanto aosacontecimentos e eventos da região, acrescentando sempre 
mais informação e conhecimento ao seu repertório.
Quanto à comunicação não verbal, ela é composta dos meios de transmissão de 
informações que não são feitos pela linguagem (nem escrita nem oral). Por exemplo: 
os gestos, sua postura corporal, expressões faciais, toques, sua aparência e sons. 
Por isso, você deve estar atento e disposto no momento de trabalho. O contrário 
passa a mensagem de que você não está gostando do que está fazendo, o que inibe 
a participação dos visitantes nas atividades propostas e não os agrada.
25Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Essas orientações iniciais acerca da apresentação e comunicação são o básico do 
que se espera do comportamento adequado do condutor ambiental. Ser um condutor 
ambiental significa ser o elo entre pessoas e meio ambiente, ser humano e natureza. 
Portanto, você será o responsável por intermediar uma relação importante para o 
desenvolvimento sustentável local, uma vez que, em virtude da sua capacidade de 
transmissão da importância de valorizar os recursos naturais, você se torna um 
forte agente influenciador.
Preocupe-se em manter o estímulo à integração com a natureza, fazendo com que 
o turista repense as informações prévias que ele, de forma equivocada, possa ter 
obtido e conheça de fato a realidade local. Para que isso ocorra, espera-se que 
o comportamento do condutor seja sempre de atenção e de disposição em se 
adaptar aos diferentes perfis de visitantes, com diferentes históricos. Você pode 
se aproximar dos visitantes, mas mantendo o distanciamento necessário à relação 
ofertante–cliente, sempre sendo educado, entusiasmado e preparado para ser o 
diferencial da viagem. Mantenha também uma postura ética, sem tentar se valer 
sobre o poder de compra do turista e sem cobrar de forma abusiva pelos seus 
serviços.
Veja o exemplo do Luiz, condutor ambiental da Trilha do Darwin, localizada na Serra 
da Tiririca, entre Niterói e Maricá, no estado do Rio de Janeiro (apresentada no 
vídeo).
Mesmo sendo uma interação remota, ele demonstra estar disposto e empolgado 
a compartilhar o que sabe sobre a região para possíveis interessados. Repare 
que sua postura é ereta, sua fala é gentil e calma, com informações concisas que 
destacam o diferencial do atrativo. Luiz também demonstra, na sua fala, reconhecer 
a importância da valorização do patrimônio local.
Vamos aproveitar o gancho deste último tema e seguir para nosso próximo passo 
na jornada de ser um condutor ambiental. Agora que você sabe da importância de 
estabelecer uma boa comunicação com o visitante, vamos reforçar seu papel na 
promoção da educação ambiental e na valorização da história e cultura locais.
https://youtu.be/xip8SNIhdOE
26Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Condução e multiplicação de valores
Como vimos no primeiro módulo, o turismo é composto de diferentes setores que, 
ofertados de forma conjunta, garantem a realização de uma viagem por parte do 
cliente interessado. Existem setores básicos – que proporcionam o deslocamento, 
a hospedagem e a alimentação do visitante –, necessários para que o turismo possa 
ocorrer. Sozinhos, eles já detêm um valor estipulado que será recompensado pelo 
pagamento aos serviços prestados.
Entretanto, uma viagem ainda que realizada em seus 
aspectos principais, pode ser considerada incompleta 
sem a oferta de outros serviços. Dificilmente a expe-
riência de ter um condutor ambiental ao seu lado em 
uma trilha ou atrativo poderá ser substituída ou des-
cartada quando há o interesse de frequentar locais de 
natureza abundante. A visita a esses locais acompa-
nhada de um condutor que provê ao turista conheci-
mento sobre a região e garantindo sua segurança pode ser o ponto alto da viagem, 
fazendo com que o turista retorne mais vezes.
Entendemos, então, que o condutor ambiental pode agregar valor à viagem, sendo, 
muitas vezes, o fator diferencial do bem receber e um dos grandes responsáveis por 
acrescentar mais aspectos positivos à viagem.
O esquema a seguir mostra, de forma simplificada, como sua atuação pode 
impactar no valor final de uma viagem e fazer com que se tenha um retorno maior 
pela experiência completa.
27Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Esse valor não se reduz ao retorno financeiro estipulado pelo mercado turístico, ainda 
que este seja um dos objetivos. Com as informações repassadas, como sugestões 
de mais lugares próximos para conhecer, insumos locais para consumo, comércio 
local para se frequentar e cultura para vivenciar, o condutor se torna também um 
agente que aquece a cadeia produtiva local.
Papel do condutor ambiental como um agente da educação 
ambiental
Como já enfatizado anteriormente, você pode fazer a diferença no comportamento 
dos visitantes em relação às suas atitudes quanto ao meio ambiente. Muitas vezes, 
o mau uso dos recursos naturais ou o desrespeito à natureza e às comunidades 
tradicionais se dão em face do distanciamento em rela-
ção à realidade desses povos e da falta de conhecimen-
to sobre a importância de manter a cultura tradicional e 
de valorizar os patrimônios ambiental e cultural.
Reforce as práticas de respeito à natureza, chamando 
atenção para os seguintes pontos: a correta disposição 
dos resíduos (lixo) gerados durante as caminhadas; a 
não retirada de espécies da fauna e flora local sem a 
sua autorização ou de outra pessoa capacitada; e o respeito aos habitantes locais 
nos momentos de interação propostos.
28Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
O atual cenário de crises (econômica, ambiental, de saúde) que vivenciamos 
projeta uma mudança de comportamentos nos futuros viajantes, que buscarão um 
contato maior com a natureza. Isso amplia responsabilidade do condutor, pois seu 
público pode ser maior e mais diverso, e você deve estar a par dos procedimentos 
necessários para a recepção1 desse público.
A educação ambiental é um dos principais instrumentos para uma mudança 
efetiva na forma de condução do uso dos recursos naturais e da valorização das 
populações tradicionais. Lembre-se de que você, como condutor ambiental, pode 
fazer a diferença na manutenção da biodiversidade e dos recursos que garantem a 
sobrevivência de muitas pessoas da sua comunidade.
IMPORTANTEIMPORTANTE
O condutor também pode ser a ponte para a divulgação de projetos de pesquisa 
importantes para a conservação da biodiversidade da região e outros projetos que 
possam impactar a comunidade em que o atrativo está inserido. Acompanhe o que 
está acontecendo na sua região quanto aos projetos sociais e ambientais.
Para finalizar essa jornada, vamos ver algumas técnicas de condução e va-
mos falar sobre duas habilidades imprescindíveis para que você ofereça um 
serviço completo como condutor ambiental: organização e execução de ati-
vidades recreativas e preparação para situações emergenciais.
1 No momento, enfrentamos ainda o cenário de pandemia da COVID-19, fato que impactou na oferta de serviços 
turísticos no Brasil e no mundo. Para saber mais sobre como se adaptar aos novos procedimentos de segurança em 
ambientes naturais, veja as recomendações e orientações publicadas pelo ICMBio no seguinte documento.
https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_ambientes_naturais.pdf
29Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Técnicas de condução interpretativa, atividades recreativas 
e situações emergenciais
As atividades específicas do condutor não se limitam ao momento do acompanha-
mento direto ao visitante. Veremos que você pode ampliar sua carta de serviços 
trabalhando na elaboração e na organização dos seus roteiros e que você também 
pode ser responsável por monitorar os impactos da presença dos turistas. Mas, 
para aprendermos de forma cuidadosa todo o conjunto de ações necessárias para 
ser um condutor ambiental, vamos iniciar pela prática em si, paraa qual você pre-
cisará de técnicas e habilidades, a fim de garantir a fluidez e a segurança da expe-
riência. 
Técnicas de condução interpretativa
Após a apresentação pessoal, você dará início ao processo de conduzir os visitantes, 
o que, de certa forma, consiste em ser um intérprete, ou seja, aquela pessoa que 
vai mediar uma relação de produção de sentidos, de significados. Um intérprete 
ambiental é como um “tradutor”, que irá esclarecer o que aquele ambiente quer 
dizer para as pessoas que o estão conhecendo.
Quando falamos sobre interpretação ambiental, entendemos que ela “é um conjunto 
de estratégias de comunicação destinadas a revelar os significados dos recursos 
ambientais, históricos e culturais, a fim de provocar conexões pessoais entre o 
público e o patrimônio protegido” (BRASIL, 2018. p.14).
Estimular essa conexão é um dos seus principais desafios. Toda informação deve 
estar organizada para que você não as repita ou as diga em momentos errados. Por 
exemplo, não faz sentido você falar em detalhes de uma espécie de planta nativa 
em um ponto do caminho em que ela não pode ser vista ou tocada. Também não é 
adequado você omitir informações e repassá-las ao final do percurso.
30Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Distribua o que pretende repassar ao longo do caminho em locais estratégicos, onde 
a interação do visitante com a natureza possa ser mais direta, deixando-o atento e 
interessado por toda a experiência. Você pode se utilizar de outros recursos visuais 
como mapas, cartões, sinalizações dispostas pelo caminho, recursos gustativos 
como a experimentação da flora permitida ou recursos sonoros chamando atenção 
para o som de pássaros e outras espécies.
Tais recursos podem motivar os visitantes a conhecerem melhor e consumirem 
produtos da culinária local, bem como, evidenciar as propriedades do alimento e 
reconhecer sua importância para a biodiversidade local. Lembre-se de se prevenir 
quanto a possíveis reações alérgicas e ao consumo exagerado, para garantir o 
bem-estar de todos durante e após o percurso realizado.
Pensando em meios de favorecer o objetivo da interpretação ambiental e tornar 
sua oferta mais completa, o condutor também pode praticar algumas atividades 
recreativas com o público, estimulando a interação do grupo e o interesse pelos 
recursos naturais.
Atividades recreativas
A capacidade de aprendizado cresce quando é estimulada por elementos lúdicos. O 
lazer é o principal campo de obtenção dessa forma de aprendizado, pois contribui 
para a absorção de um conhecimento sem a barreira da obrigação. O encontro com 
o conhecimento vivo, real é, na maioria das vezes, mais interessante e preenche as 
lacunas deixadas pela transmissão oral e escrita, tornando mais rica a experiência 
de encontro com a natureza.
Dessa forma, você pode apostar em momentos, durante sua companhia com os 
visitantes, para praticar algumas atividades recreativas, por meio de brincadeiras 
como adivinhações, sorteios, experimentações, desafios ou jogos que podem, 
inclusive, ser parte da cultura local ou de comunidades tradicionais.
Alguns visitantes também podem buscar a prática de atividades físicas como 
caminhadas, escaladas, visita a grutas e sítios históricos. Como dito antes, você 
pode se especializar na oferta do turismo de aventura para proporcionar atividades 
de risco mais alto. Isso não limita você a oferecer seus serviços em atividades de 
baixo impacto.
31Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Uma atividade característica muito apreciada por quem quer conhecer mais sobre 
diferentes manifestações culturais é a dança. Você pode convidar os visitantes 
para aprender alguns passos ou para que assistam apresentações de grupos 
locais. Você também pode organizar breves oficinas de manipulação dos recursos 
utilizados pela comunidade e levá-los para presenciar o manejo ou produção de 
itens da cultura local.
Durante essas atividades, aproveite para contar as histórias presentes na comuni-
dade e compartilhar as tradições locais. Você pode narrar por meio de causos ou 
contos essas histórias, ou também convidar moradores para deixar mais diversa e 
interessante a experiência.
Esse conjunto de atividades é ótimo para a valorização do patrimônio histórico-
cultural e para a promoção da sua salvaguarda e celebração. Busque inserir 
moradores locais nessa dinâmica para que você contribua diretamente com a cadeia 
produtiva local ao mesmo tempo em que assegura a comunicação de informações 
verdadeiras aos visitantes.
IMPORTANTEIMPORTANTE
32Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Situações emergenciais
Para finalizar esse módulo, vamos a um exemplo real. Você se lembra sobre o que 
falamos a respeito de o condutor poder ser um diferencial? Vamos à Paraíba, ver 
o trabalho de Seu Tico, condutor do Parque Estadual Pedra da Boca. Você pode 
conhecê-lo neste vídeo. 
Ele é famoso na região pelo seu vasto conhecimento sobre a história local e é muito 
procurado pelos turistas, tendo participado de outros vídeos promocionais do 
Parque graças ao seu carinho em compartilhar as histórias e potenciais do lugar.
Repare como ele demonstra seu conhecimento de primeiros socorros, se utilizando 
de espécies locais para isso. No decorrer do trajeto, ele também propõe uma série 
de experimentações para os visitantes, como a degustação e o manejo de espécies 
locais. Exercite e busque saber com demais moradores das possibilidades de uso e 
demonstração das espécies para maior interação com os turistas.
SAIBA MAISSAIBA MAIS
Chegamos ao fim do segundo módulo e, com ele, esperamos que você tenha se in-
teirado um pouco mais sobre as competências e habilidades esperadas de um con-
dutor ambiental. Vamos seguir para o terceiro e último módulo, onde conheceremos 
mais sobre o mercado turístico e como você pode se inserir nele.
Alguns cuidados devem ser tomados para se evitar ao máximo que situações 
emergenciais ocorram. Sempre veja as notícias do dia para saber quais condi-
ções de clima você enfrentará e para saber se pode ter acontecido algum aci-
dente (desabamento, enxurrada, tromba d’água, raios, queimadas) na área pela 
qual você conduzirá o turista.
A depender do tamanho do grupo e da periculosidade da trilha, você poderá 
precisar do apoio de outros condutores ou ajudantes do parque para manter 
o grupo coeso, sem dispersões nem possíveis perdas. Atente-se sempre aos 
primeiros e últimos da fila que você organizará para que se estabeleça um ritmo 
contínuo seguindo a maioria dos participantes.
Tenha sempre com você água, lanches leves (frutas, por exemplo), mapa, 
bússola, lanterna, sacos de lixo e um kit de primeiros socorros para casos de 
acidentes. Esteja atento aos riscos do caminho e à acessibilidade dos espaços 
que serão percorridos. Algumas trilhas se dizem acessíveis, mas, muitas vezes, 
pessoas com dificuldades de locomoção ou com alguma deficiência não terão 
condições de utilizá-las. Analise as possibilidades e seja honesto quanto ao grau 
de dificuldade da caminhada e à sua condição. Você será o responsável pelas 
pessoas que a realizarão, portanto, tenha cuidado quanto aos riscos possíveis.
Um dos momentos mais importantes da sua capacitação será aquele em que você 
receberá as instruções de primeiros socorros. É interessante que, mesmo que 
você já tenha feito o curso, busque rever o conteúdo rotineiramente para que não 
se esqueça das técnicas apreendidas. Por mais que o local em que você trabalha 
não proporcione riscos altos para o turista, você sempre deve estar preparado e 
atualizado quanto aos meios de resgate, proteção e salvamento de si mesmo e das 
pessoas que estarão com você.
IMPORTANTEIMPORTANTE
Em casos de emergência, mantenha a calma, siga as instruções dadas em 
sua capacitação e tente estabelecer contato com sua base de apoio ou com a 
comunidade mais próxima. É interessante ter com você um sinalizador ou, caso 
possível, um rádio para comunicar e pedir apoio à administração do atrativo.
https://youtu.be/LqYHAGkDfeo33Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Referências
BRASIL, 2018. Interpretação ambiental nas unidades de conservação federais/
organizadores Antônio Cesar Caetano [et al.]; colaboradores Bruno Cezar Vilas Boas 
Bimbato [et al.]. – [S.l.]: ICMBio, 2018. Disponível em https://www.gov.br/icmbio/
pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/interpretacao_
ambiental_nas_unidades_de_conservacao_federais.pdf
BRASIL, 1993. Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993. Dispõe sobre a profissão de 
Guia de Turismo e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20
DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20
s o b r e % 2 0 a % 2 0 p r o f i s s % C 3 % A 3 o % 2 0 d e , e u % 2 0 s a n c i o n o % 2 0 a % 2 -
0seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20
profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei.
Manual de boas práticas de competências mínimas do condutor de turismo de 
aventura/ABETA e Ministério do Turismo. – Belo Horizonte: Ed. dos autores, 2009. 
56 p. (Série Aventura Segura)
Cartilha Noções Básicas para a Condução de Visitantes em Áreas Naturais. 
Ministério do Meio Ambiente. 2005. https://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_
proecotur/_publicacao/140_publicacao09062009023647.pdf
Curso de Capacitação para Guias e Condutores de Espeleoturismo – Módulo 
II / Edner Brasil e Márcio Rocha Dias (autores) / Patrícia Reis Pereira e Marcela 
Pimenta Campos Coutinho (orgs.). Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS / 
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas – CECAV / Tropical Forest 
Conservation Act - TFCA / Editora IABS, Brasília-DF, Brasil - 2013.
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/9CBD6E8F656E7D36832576B90042E775/$File/NT0004396A.pdf
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/norma-para-os-condutores-
de-turismo-de-aventura,5b166db725ad4410VgnVCM2000003c74010aRCRD
http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/o-papel-de-condutores-
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/interpretacao_ambiental_nas_unidades_de_conservacao_federais.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/interpretacao_ambiental_nas_unidades_de_conservacao_federais.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/interpretacao_ambiental_nas_unidades_de_conservacao_federais.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8623.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.623%2C%20DE%2028%20DE%20JANEIRO%20DE%201993.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20profiss%C3%A3o%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2%BA%20O%20exerc%C3%ADcio%20da%20profiss%C3%A3o,%C3%A9%20regulado%20pela%20presente%20Lei
https://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao09062009023647.pdf
https://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao09062009023647.pdf
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/9CBD6E8F656E7D36832576B90042E775/$File/NT0004396A.pdf
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/9CBD6E8F656E7D36832576B90042E775/$File/NT0004396A.pdf
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/norma-para-os-condutores-de-turismo-de-aventura,5b166db725ad4410VgnVCM2000003c74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/norma-para-os-condutores-de-turismo-de-aventura,5b166db725ad4410VgnVCM2000003c74010aRCRD
http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/o-papel-de-condutores-ambientais-locais-e-de-cursos-de-capacitacao-no-eco-desenvolvimento-turistico-e-as-expectativas-sociais-no-sul-do-brasil.pdf
34Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
ambientais-locais-e-de-cursos-de-capacitacao-no-eco-desenvolvimento-
turistico-e-as-expectativas-sociais-no-sul-do-brasil.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/
publicacoes-diversas/fundamentos_do_planejamento_de_trilhas.pdf
http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/
downloads_publicacoes/Ecoturismo_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
Sobre os procedimentos em relação a covid 19: https://www.gov.br/icmbio/pt-
br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/gestao-e-unidade-
de-conservacao/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_
ambientes_naturais.pdf
https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/copy_of_publicacoes/
atos-normativos/2014/portaria-no-27-de-30-de-janeiro-de-2014
PORTARIA Nº 769, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2019: Dispõe sobre normas e proce-
dimentos administrativos para Autorização da prestação do serviço de condução 
de visitantes em unidades de conservação federais. https://www.in.gov.br/en/
web/dou/-/portaria=-n769--de10--de-dezembro-de2019-232940702-#:~:text-
VII%20%2D%20Condutor%20de%20visitantes%3A%20pessoa,impactos%20nas%20
%C3%A1reas%20de%20visita%C3%A7%C
http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/o-papel-de-condutores-ambientais-locais-e-de-cursos-de-capacitacao-no-eco-desenvolvimento-turistico-e-as-expectativas-sociais-no-sul-do-brasil.pdf
http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/o-papel-de-condutores-ambientais-locais-e-de-cursos-de-capacitacao-no-eco-desenvolvimento-turistico-e-as-expectativas-sociais-no-sul-do-brasil.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/fundamentos_do_planejamento_de_trilhas.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/fundamentos_do_planejamento_de_trilhas.pdf
http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Ecoturismo_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Ecoturismo_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/gestao-e-unidade-de-conservacao/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_ambientes_naturais.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/gestao-e-unidade-de-conservacao/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_ambientes_naturais.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/gestao-e-unidade-de-conservacao/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_ambientes_naturais.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/gestao-e-unidade-de-conservacao/recomenadacoes_biodiversidade_e_covid19_ucs_e_outros_ambientes_naturais.pdfhttps://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/copy_of_publicacoes/atos-normativos/2014/portaria-no-27-de-30-de-janeiro-de-2014
https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/copy_of_publicacoes/atos-normativos/2014/portaria-no-27-de-30-de-janeiro-de-2014
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702#:~:text=VII%20%2D%20Condutor%20de%20visitantes%3A%20pessoa,impactos%20nas%20%C3%A1reas%20de%20visita%C3%A7%C
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702#:~:text=VII%20%2D%20Condutor%20de%20visitantes%3A%20pessoa,impactos%20nas%20%C3%A1reas%20de%20visita%C3%A7%C
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702#:~:text=VII%20%2D%20Condutor%20de%20visitantes%3A%20pessoa,impactos%20nas%20%C3%A1reas%20de%20visita%C3%A7%C
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-769-de-10-de-dezembro-de-2019-232940702#:~:text=VII%20%2D%20Condutor%20de%20visitantes%3A%20pessoa,impactos%20nas%20%C3%A1reas%20de%20visita%C3%A7%C
35Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Noções Básicas de Condução Ambiental no 
Ecoturismo – Módulo 3
Introdução
No Brasil, encontramos um cenário rico em belas pai-
sagens, núcleos de cultura tradicional e popular, ca-
minhos de natureza abundante, ampla biodiversidade 
da fauna e flora. Ou seja, há muito a ser explorado e 
oportunidades de trabalho no setor turístico não fal-
tam. Mas, para você se inserir nessa dinâmica, além 
de vontade, é necessário se organizar e, também, en-
tender melhor o mercado em que você atuará.
Como vimos no primeiro módulo, o turismo engloba um conjunto amplo de 
atividades que estruturam, de forma mais ou menos direta, a oferta do produto 
turístico. Quando direcionamos nossa visão para o contexto do mercado no qual 
o condutor ambiental está inserido, podemos identificar questões específicas 
relativas à atenção ao meio ambiente e à inserção da comunidade local.
Tal contexto se alia à renovação que estamos acompanhando no mercado mundial 
de turismo, o qual busca se adaptar a uma forma mais consciente de consumir. 
Dessa maneira, independentemente do seu local de atuação, você deve ter atenção 
à sua responsabilidade socioambiental. Ou seja, à responsabilidade por aquilo que 
você faz e como isso impacta o meio ambiente e a sociedade.
Toda ação e atividade deverá ser responsável e consciente, para que o retorno 
seja positivo e para todos. Sendo condutor ambiental, você estará em contato 
direto com comunidades locais e espécies da fauna e flora local, fazendo o 
papel de intermediação do impacto de outras pessoas também. Sua posição, 
portanto, é estratégica e pode ser desafiadora caso o turista não saiba da 
gravidade de seus impactos. É seu papel avisá-lo sobre a conduta certa a se 
ter durante a experiência.
36Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Caso você faça parte de uma empresa, associação ou outro tipo de instituição, bus-
que saber se ela possui ações compensatórias e um planejamento estratégico que 
contemple ações de responsabilidade socioambiental corporativa.
Existem parâmetros, como a ISO 14.000 (do inglês, Organização Internacional de 
Normalização 14.000), que dispõem de um conjunto de normas internacionais para 
orientar empresas que têm a intenção de se adequar a um modelo de gestão am-
biental. Porém, para obter o reconhecimento de que seu modo de gerir é ambien-
talmente correto, você não precisa somente buscar por certificações internacionais 
para se guiar. 
Se você quiser se inteirar mais sobre o debate acerca do empreendedorismo 
responsável em negócios de turismo, você também pode acessar as redes do 
Coletivo Muda! Eles são um coletivo de empreendimentos turísticos que se preocupa 
com sua atuação quanto ao desenvolvimento sustentável das localidades de seus 
membros. Confira as experiências no site.
Inspirar-se em casos de sucesso é um ótimo exercício para aprender novas 
estratégias e saber se situar em um novo mercado, especialmente quando ele está 
passando por mudanças. Porém, tenha cuidado com as empresas que fazem uma 
espécie de “lavagem verde” (em inglês, greenwashing) das ações promovidas.
SAIBA MAISSAIBA MAIS
Essa “lavagem verde” pode ser entendida como a prática de mentir sobre ou 
adulterar os comportamentos adotados pela empresa. O ato de compensação sobre 
os impactos não pode se limitar a ações pontuais ou ao marketing. Logo, não deixe 
que, na sua instituição, a consciência ambiental fique somente na retórica e nas 
propagandas. É imprescindível que ela vá além do material promocional e perpasse 
a rotina dos trabalhadores, até o monitoramento final das atividades.
Tendo apresentado a importância da constante atenção às ações e impactos 
socioambientais, vamos agora ver um pouco mais sobre noções de empreendedorismo 
para que você possa expandir sua carteira de serviços e, assim, possa conseguir 
desenvolver de maneira adequada seu negócio turístico, mesmo que ele se restrinja 
a seu exercício individual em primeiro momento.
http://www.coletivomuda.tur.br/
37Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Noções de empreendedorismo no campo da condução 
ambiental
Sabemos que, para atuar como condutor ambiental, é necessário que você, ao 
menos, seja cadastrado junto às instituições responsáveis pelas áreas naturais e 
que demonstre conhecer o lugar em que trabalhará. Esse conhecimento, além de 
poder já vir das suas experiências pessoais, pode ser obtido por meio de cursos 
de formação, nos quais você também aprenderá técnicas de primeiros socorros e 
interpretação ambiental.
Porém, seu trabalho não necessariamente se restringirá ao acompanhamento dos 
visitantes. Você pode ser responsável pela elaboração e promoção dos roteiros 
oferecidos. Tal material pode ser ofertado a outras empresas de organização de 
viagens (agências de viagem, por exemplo) a depender do grau de entrada de grupos 
externos no ambiente escolhido. Além disso, você também pode compartilhar seus 
conhecimentos em outras plataformas de interação via internet, gerando valor para 
sua comunidade, projeção para você e para o destino.
IMPORTANTEIMPORTANTE
A expansão desse caminho como condutor ambiental é permeada por um espírito 
empreendedor. Podemos entender o empreendedorismo como a “capacidade que 
uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções 
e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode ser um 
negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto 
no cotidiano das pessoas” (SEBRAE, 2016).
Caso você queira seguir por aí, é necessário ter força de vontade e organização. Para 
além da capacitação necessária, caso você não se configure como um empregado 
de alguma empresa turística e oferte o serviço de condução diretamente ao turista, 
existem algumas opções para se formalizar individualmente. As principais são:
38Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Microempreendedor Individual (MEI)
“Trata-se do “empresário individual com receita bruta anual até R$ 81.000,00 no ano 
(1º de janeiro à 31 de dezembro) ou R$ 6.750,00 em média por mês de atuação para 
o primeiro ano de exercício das atividades, optante pelo Simples Nacional e SIMEI” 
(SEBRAE, 2020). Um canal indispensável para quem optar por essa modalidade é o 
Portal do Empreendedor;
Empresário Individual
É aquele que “exerce em nome próprio uma atividade empresarial. Atua individual-
mente, sem sociedade. Sua responsabilidade é ilimitada (responde com seus bens 
pessoais pelas obrigações assumidas com a atividade empresarial). O empresário 
pode exercer atividade industrial, comercial ou prestação de serviços, exceto servi-
ços de profissão intelectual” (SEBRAE, 2020).
Para conhecer mais possibilidades de formalização e orientações sobre esse 
processo, você pode acessar o site do SEBRAE.
Esforce-se para se organizar cuidadosamente, planeje e 
projete metas que você gostaria de alcançar e monitore 
os resultadoscontinuamente. Para isso, você pode 
utilizar ferramentas que te auxiliam na materialização 
de sua ideia, como o Plano de Negócios, um instrumento 
de planejamento muito usado na abertura de novas 
iniciativas. Você pode encontrar modelos no portal do 
Sebrae e em outros portais de instituições de negócios 
e administração (como Fundação Instituto de Administração – FIA ou no site da 
Endeavor).
A formalização é um processo imprescindível para o sucesso da sua entrada no 
ramo turístico. Caso a iniciativa que você deseja gerar ou aquela de que você faz 
parte não esteja de acordo com a legislação pertinente, você não estará amparado 
judicialmente em caso de acidentes ou reclamações. Além disso, turistas sentem 
mais segurança na oferta de serviços que estão cadastrados junto aos órgãos de 
controle, buscando indicações, muitas vezes, em associações e grupos organizados 
do setor.
https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pr/artigos/categorias-de-formalizacao-de-empresas,4a0dca91c761e610VgnVCM1000004c00210aRCRD
https://fia.com.br/blog/plano-de-negocios/
https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/o-plano-de-negocios-business-plan/
39Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Verifique com órgãos municipais quais documentos e procedimentos você deve 
adotar. Esteja em dia com os parâmetros legais da atividade e busque saber se a 
empresa, projeto ou ONG que você atuará também está cumprindo as exigências 
legais.
Caso você queira trabalhar com o Turismo de Aventura, será necessário cumprir 
normas específicas devido aos cuidados demandados na execução das atividades 
propostas. Essas normas preveem a elaboração de um sistema de gestão da 
segurança, bem como contínuo monitoramento dos equipamentos e qualificação 
da equipe, por exemplo. Busque a certificação nas instituições pertinentes próximas 
a você ou entre em contato com a ABETA.
Antes de passarmos para a próxima seção, na qual falaremos sobre parcerias e 
marketing, que tal dar uma olhada no site do projeto Rota Baleia Franca? Lá, eles 
falam um pouco mais sobre a importância do Condutor Ambiental e a diferença 
de competência com a atividade de um Guia de Turismo. E, nesse mesmo projeto, 
podemos aprender um pouco mais sobre em quais atividades os Condutores podem 
atuar.
Desenvolvimento de parcerias
Ser condutor ambiental pressupõe que você faz parte do sistema turístico do 
destino em que você atua. Isso significa que você não trabalha sozinho, por mais 
que sua atividade possa parecer muitas vezes pontual. Como vimos no primeiro 
módulo, até o turista chegar a você, é necessário que ele percorra outras etapas 
antes, como garantir o deslocamento por meio de algum transporte, alimentar-se 
em algum restaurante ou lanchonete, e descansar em algum meio de hospedagem.
http://abeta.tur.br/pt/pagina-inicial/
https://www.rotabaleiafranca.com.br/condutores-ambientais-transformam-trilhas-em-ambientes-de-conhecimento-e-contemplacao/
40Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Para ampliar seu alcance no mercado (quanto mais pessoas souberem do seu 
negócio, mais ele será divulgado para potenciais consumidores), é importante tentar 
estabelecer parcerias. Para cada ação necessária à plena execução do seu trabalho, 
busque indivíduos ou empresas que tenham interesses ou um público comum ao 
seu e converse para acordar as contrapartidas. Por exemplo, você pode entrar em 
contato com agências de viagens receptivas locais para que o projeto de que você 
participa faça parte do portfólio de roteiros delas ou mesmo para oferecer seus 
serviços.
IMPORTANTEIMPORTANTE
Contatar hotéis também é uma boa opção já que boa parte da hotelaria se preza pelo 
bem receber se deu hóspede, focando na prática da hospitalidade em seus serviços. 
Ter como parceiro um condutor que pode gerar uma experiência positiva a partir da 
indicação do hoteleiro faz com que eles tenham um bom retorno e se multiplique o 
valor da viagem para aquele empreendimento e para aqueles visitantes.
Marketing pessoal e de destinos
Quando alguém se interessa por consumir deter-
minado produto, geralmente esse interesse não 
surge do nada. A todo momento estamos sendo 
influenciados por um conjunto de informações 
que pode chegar a nós por meio de diferentes ca-
nais de comunicação, como a televisão, o rádio, 
as redes sociais e principalmente, por meio da in-
teração direta com amigos e conhecidos.
Para despertar o interesse em conhecer algum lugar, muitas prefeituras, governos 
estaduais e, também, empresas receptivas se concentram na elaboração e 
ampla divulgação de materiais promocionais pelo país e no exterior, por meio de 
propagandas ou participando e promovendo eventos com atores do setor produtivo. 
Perceba que, nas propagandas, sempre se destacam os principais atrativos e as 
possibilidades de experiência que o destino oferece.
41Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Assim, é muito importante que se tenha cuidado na seleção do que será distribuído. 
Se o destino possui natureza abundante e uma culinária rica e diversa, por exemplo, 
os elementos que comporão a propaganda (como as cores, músicas, depoimentos, 
fotos) deverão ser condizentes com o que se espera ofertar.
Esse mesmo cuidado você deve ter para a sua promoção pessoal. Primeiramente, 
sendo honesto sobre suas habilidades, você pode se promover local e regionalmente 
por meio da elaboração de cartões de visitas que podem ser distribuídos a possíveis 
parceiros e potenciais visitantes. Sua publicidade pessoal se inicia já no primeiro 
contato. Portanto, tenha atenção ao seu comportamento, tente ser sempre educado 
e cordial, vista-se de maneira adequada para a ocasião e demonstre disposição e 
presteza para sanar dúvidas sobre o seu serviço.
Como você poderá ofertar seus serviços diretamente ao turista, um bom meio de 
alcançá-lo diretamente é dispondo seus serviços on-line. Se você quer ampliar seu 
alcance sem depender de empresas, invista na publicidade – atividade que tornará 
público seu nome. Isso fará com que a sua imagem, geralmente por meio de canais 
audiovisuais virtuais, alcance um público-alvo específico. Ela é importante para que 
você não se restrinja ao mercado local da sua comunidade e chegue a mais turistas 
potenciais. Nos espaços de divulgação escolhidos, como em um site pessoal, você 
também pode expor seus certificados, fator que transmite confiança para possíveis 
interessados.
IMPORTANTEIMPORTANTE
Mesmo que a indicação pessoal ainda seja uma ferramenta muito útil na promoção 
pessoal, hoje é possível ampliar sua voz por meio das redes sociais, sites ou blogs 
com indicações de viagens e experiências. Caso você não tenha o recurso inicial 
suficiente para investir em publicidade e propaganda, você pode também tentar fazer 
parcerias com empresas que divulgarão seu serviço ou fazer uso das ferramentas 
da internet.
42Noções Básica de Condução Ambiental no Ecoturismo
Atualmente, a internet é o canal mais utilizado por viajantes do mundo inteiro. 
Invista tempo e direcione esforços para sua entrada no mundo virtual. Você 
pode optar por diferentes plataformas, na sua maioria gratuitas, como redes 
sociais (Facebook, Instagram, Twitter e outras), site próprio (que passa mais 
credibilidade pela forma de disposição da informação e por aparecer mais 
prontamente nas buscas) e outras plataformas (como o AirBnB que além de 
hospedagem proporciona o encontro visitante – experiência).
Recapitulando
Chegamos ao fim do curso conhecendo um pouco mais sobre os desafios e 
possibilidades que o trabalho com a Condução Ambiental pode te proporcionar. 
Saiba que você pode contar com diversas instituições que fazem parte do sistema 
turístico nacional, regional e local. Busque mais informações sobre Ecoturismo, 
Educação Ambiental, condução, áreas protegidas e outros assuntos comentados 
nos canais do Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, IBAMA, Ministério do Turismo, 
SEBRAE e ABETA. 
Uma das ferramentas mais úteis

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