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FISIOPATOLOGIA (1) Má perfusão tecidual (2) Liberação deficiente de O2 para mitocôndrias (3) Aumento do metabolismo anaeróbico (4) Aumento do ácido lático (5) Morte celular (seguida por insuficiência do órgão). ---- Desequilíbrio orgânico grave = pressão sanguínea e débito cardíaco serão insuficientes para manter a pressão periférica; Desequilíbrio não-grave (perda de até 20% da volemia) = mecanismos de compensação para manter a perfusão tecidual; Choque compensado = perfusões cerebral e miocárdica preservadas, órgãos menos críticos hipoperfundidos. ---- HIPOVOLÊMICO Tentativa de manter o débito cardíaco Vasoconstrição periférica Taquicardia Sangramento persistente - diminuição da pressão de pulso (PAS – PAD, fisiológico > 30mmHg): fenômeno causado pelo aumento da vasoconstrição periférica (PAD aumenta!) - hipotensão - morte celular CARDIOGÊNICO Perda da bomba Diminuição do volume sistólico, IAM, ICC OBSTRUTIVO E CONDIÇÕES QUE SIMULAM CHOQUE Tamponamento cardíaco Pneumotórax hipertensivo Reflexo vagal NEUROGÊNICO Lesão medular ALTA – perda do tônus simpático Perda de resistência vascular periférica Hipotensão sem taquicardia SÉPTICO Raro no politraumatizado CLASSIFICAÇÃO o Hipovolêmico (depleção do volume vascular); o Restritivo (compressão do coração e grandes vasos); o Cardiogênico (falha da bomba); o Neurogênico (perda do controle autonômico – fenômeno hemodinâmico vasomotor); o Séptico (resposta inflamatória sistêmica grave por infecção). SINAIS CLÍNICOS HIPOVOL. SÉPTICO CARDIOG. NEUROG. Estase Jugular Não Não Distendida Não Cor da pele Pálida Rosada (vasodilatação) Pálida Rosada T °C Fria Quente Fria Quente FC Aumentada Aumentada Aumentada Diminuída ou Normal Sensório Ansiedade Ansiedade Ansiedade Ansiedade Diurese Diminuída Diminuída Diminuída Diminuída MARCADORES CLÍNICOS DO ESTADO DE CHOQUE A. Hipotensão Pouco sensível (porém específico) de choque; PAS < 90 mmHg = CHOQUE; Hipotensão postural (queda de 10 mmHg por período superior a 30 segundos ao adiquiri posição supina). B. Pressão diferencial (pressão de pulso) Choque Diferença entre PAD < 20 mmHg = choque. C. Taquicardia/bradicardia e taquipneia Taquicardia: manifestação evidente; Taquipneia: para compensar a acidose. D. Hipoperfusão cutânea Devido à descarga adrenérgica e vasoconstrição. E. Alteração nível de consciência Fluxo cerebral inadequado – distúrbios do sensório (sensível, porém não específico); Politraumatizados – álcool e drogas podem confundir. F. Oligúria Mais sensível e específico dos sinais de choque. G. Isquemia miocárdica Choque – sinais ECG de isquemia – problemas primários ou secundários. H. Acidose metabólica Aumento da frequência respiratória e redução do excesso de base. DIAGNÓSTICO – CHOQUE HIPOVOLÊMICO o Taquicardia e vasoconstrição; o Pele fria e diaforética; o Redução do débito urinário; o Taquipneia; o Alteração dos níveis de consciência; - Perda > 40% da volemia o Frequência cardíaca considerada taquicardia. LACTENTE: > 160 bpm PRÉ-ESCOLAR: > 140 bpm PÚBERE: > 120 bpm ADULTO: > 100 bpm CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE CLASS E I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV perda sanguí nea < 15% 15-30% 31-40% > 40% FC normal nl/aume ntada aumenta da aumentada /muito aumentada PA normal nl nl/baixa baixa pressã o de pulso normal baixa baixa baixa FR normal normal nl/aume ntada aumentada diures e (ml/h) normal normal baixo muito baixo ECGlas gow normal normal baixo baixo déficit de base 0-2 mEq/L -2 a -6 -6 a -1 - 10 mEq/L reposi ção volêmi ca monito rizar possível sim protocolo de reposição maciça Reposição de sangue/derivados: - Concentrado de hemácias (indicado para perda >30%); - Classe III: sangue tipo específico com prova cruzada; - Classe IV: O Rh negativo e hemoderivados; ATLS 10ª edição: administrar ác. tranexâmico nas primeiras 3h. AVALIAÇÃO INICIAL DO CHOQUE NO POLITRAUMATIZADO (1) Permeabilidade da VA e ventilação adequada; (2) Exame físico e sinais vitais – identificar origem do sangramento. MEDIDAS AUXILIARES Sonda nasogástrica – reflexo vagal; Monitorização da diurese por sonda vesical. IDENTIFICAÇÃO DO SANGRAMENTO Tórax e pelve radiografia; Abdome lavado peritoneal diagnóstico e USG Fast. TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO o Reposição volêmica de cristaloides (RL 39°C – 1L); o 2 acessos venosos periféricos – mínimo n° 18; o Tipagem sanguínea/exames laboratoriais; o Monitorização; o Parar sangramento; o Monitorização da diurese 0,5 ml/kg/h (adultos) 1 ml/kg/h (crianças) o Infusão do ácido tranexâmico – 1G SANGRAMENTO EXTERNO A conduta é a compressão! Torniquete apenas na amputação traumática! *Condições especiais: torniquete até 1h. HIPOTENSÃO PERMISSIVA A reposição maciça antes do controle da hemorragia reverte a vasoconstrição, desaloja trombos e aumenta o sangramento; Indicação: retardo da reposição agressiva até controle da hemorragia; PA sistólica até 90 mmHg; Contraindicação absoluta: TCE. RESPOSTA À REPOSIÇÃO VOLÊMICA rápida transitória sem resposta sinais vitais retorno ao normal recidiva dos sinais de choque continuam anormais perda de sangue 10-20% 20-40% >40% necessidade de + soro baixa alta alta necessidade de sangue baixa moderada ou alta imediata necessidade de cirurgia possível provável muito provável AVALIAÇÃO INVASIVA MONITORIZAÇÃO DE PVC (PCTE JÁ ESTABILIZADO) o PVC inicial alta: DPOC; Vasoconstrição generalizada; Reposição volêmica rápida; Uso de vasopressores. o PVC baixa: Perda volêmica contínua. o Aumento rápido da PVC: Reposição volêmica completa ou função cardíaca comprometida. o Aumento excessivo da PVC: Hipertransfusão; Disfunção cardíaca; Tamponamento cardíaco ou pneumotórax. PROBLEMAS NO ATENDIMENTO DO PCTE COM CHOQUE o Idade Alterações fisológicas do idoso; Diferentes respostas; Atitude de monitorização mais agressiva. o Atletas Volume sanguíneo aumentado; Débito cardíaco aumentado; Frequência cardíaca baixa. o Hipovolemia fisiológica; o Medicamentos e marca-passo.
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