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CITOLOGIA Profa. Dra. Renata Bazante Livro para consulta: Biologia Celular e Molecular – 9 edição. 2012. Autores: Junqueira e Carneiro Escala Microscópio óptico e eletrônico Célula Menor unidade estrutural e funcional dos organismos vivos. Divisão: Unicelulares – única célula Pluricelulares – várias células Descoberta por Robert Hooke em 1663 – “cela” Citoplasma ou hialoplasma Função: Síntese, transporte e armazenamento de macromoléculas Movimento das células Produção de energia para as células Composição: Citosol – água, sais minerais, macromoléculas Organelas citoplasmáticas Citoesqueleto – movimentação e sustentação Citoesqueleto Formação do citoesqueleto Rede de sustentação de filamentos Ajuda na conformação celular e forma Movimentação da célula Movimentação de organelas – ¨trilhos¨ Composição: 3 tipos Actina e Miosina– proteína contrátil Constrição citoplasmática, célula muscular, pseudópodos e cliclose. 2) Queratina – cabelo, pele e unha (pluricelulares) 3) Tubulina – proteína que torna a célula muito rígidas e contrações – movimentação de cílios e flagelos. Formação de centríolos. Proteínas contráteis – microfilamentos Fagocitose Ciclose Célula Procariótica 1. Bacteriologia exemplos Célula eucariótica Célula eucariótica – Reino Fungi, Reino Protista, Reino Vegetal, Reino Animal Funções Complexo de Golgi Lisossomo Peroxissomo Mitocôndria REL RER Núcleo Centríolo Centríolos Formado por Microtúbulos Formação dos fusos – movimentação dos cromossomos Formação dos cílios Formação dos flagelos Ribossomo Função: síntese proteica RNA- ribossômico Reticulo Endoplasmático Rugoso ou granular ou ergastoplasma (sintetiza proteínas) Proteínas do RER serão enviadas para fora da célula Proteínas dos ribossomos livres ficarão na célula Transporte de substâncias dentro do citoplasma Protege as moléculas das reações Reticulo Endoplasmático Liso - agranular Síntese de: Lipídios Hormônios sexuais – testosterona e progesterona Colesterol Fosfolipídios para a constituição da membrana Desintoxicação celular Complexo de Golgi “empacotador de proteínas do RER” Modifica essas proteínas, empacotam e secretam por exocitose Ex: Células do pâncreas (glucagon e insulina) Formação de polissacarídeo – celulose e amido Forma os lisossomos Acrossomo (enzimas do esperma) Lisossomo Digestão celular – moléculas sólidas Autofagia (lisossomo digerem organelas) e autólise (silicose – negativo) e apoptose (destruição positiva) - (lisossomo destroem toda a célula) Peroxissomo Degradação da H2O2 Peróxido de hidrogênio – é tóxica Utiliza a enzima catalase Libera oxigênio Degradação do etanol (25% - também participam) Vacúolos Controle osmótico Armazenamento de Pigmentação Armazenamento de Substância tóxica - contra herbivoria Adipócitos em animais Células de gorduras Vacúolo Fagossomo (bactéria) lisossomo -----lisossomo primário ------lisossomo secundário (fagossomo + lisossomo) Vacúolo contrátil ou pulsátil Ex: protozoários Plastos – somente nos vegetais Leucoplasto – guardar o amido – amiloplastos Cromoplasto – cloroplasto (DNA próprio) Planta tem mitocôndria? Produção de ATP Respiração Celular Glicólise Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Organelas membranosas e não membranosas Possui membrana não tem membrana RER e REL Ribossomo Mitocôndria Centríolo Complexo de Golgi Peroxissomo Lisossomo Cloroplasto Bases Macromoleculares da Constituição celular Ácido Nucléicos São duas moléculas – DNA e RNA Estrutura Nucleotídeos Estrutura química do Nucleotídeo Fosfato Pentose (tipo) Base nitrogenada Tipo de Pentose Desoxiribose – DNA Ribose – RNA DNA São 4 bases nitrogenadas Bases nitrogenadas do DNA – ácido desoxirribonucleico Bases púricas A e G Bases pirimídicas T e C Dupla fita – pares de base G – C A – T Watson e Crick – 1869 DNA - 46 moléculas no núcleo na célula 3,5 bilhões de nucleotídeos na formação do DNA DNA se duplica – duplicação semiconservativa RNA – ácido ribonucleico Função: Está envolvido no desenvolvimento de proteínas Vírus DNA ou RNA – “controla” Composição: Nucleotídeos Nucleotídeo Fosfato Pentose – possui um açúcar a mais – a ribose Bases nitrogenadas Adenina Guanina Citosina Uracila (não tem timina) Pareamento: A-U e G-C 3 tipos de RNA 1) RNA- mensageiro – formado a partir do núcleo da célula e vai para o citoplasma TRANSCRIÇÃO 2) RNA-transportador ou transferência – atua no citoplasma da célula TRANSPORTE DE AMINOÁCIDOS 3) RNA-ribossômico – formado a partir do núcleo da célula ORIENTADOR e FORMADOR DA CADEIA POLIPEPTÍDICA PROTEÍNA TRANSCRIÇÃO FORMAÇÃO DE RNA-m, RNA-t, RNA-r A partir do DNA Enzima: RNA-polimerase TRADUÇÃO RNA-m tem a Trinca – códon RNA-t – anti-códon Proteínas 20 aminoácidos Essenciais não-essenciais alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina. Blocos constitutivos das células Grandes unidades das células AÇÚCARES POLISSACARÍDEOS ÁCIDO GRAXOS GORDURAS, LÍPIDEOS, MEMBRANA AMINOÁCIDOS PROTEÍNAS NUCLEOTÍDEOS ÁCIDOS NUCLÉICOS Bases macromoleculares – livro página 43 99% da massa das células são formados de: Hidrogênio Carbono* predominância absoluta Oxigênio Nitrogênio Seres inanimados: oxigênio, silício, alumínio e sódio (carbono é raro na crosta terrestre). Portanto, a primeira célula e sua evolução selecionaram os compostos de carbono (composto orgânico), cujas propriedades químicas são mais adequadas à vida. As células são constituídas de macromoléculas poliméricas Macromolécula – alto peso molecular Polímeros – repetições de monômeros Monômeros semelhantes = homopolímeros Ex: glicogênio (formado por moléculas de glicose)- Monômeros diferentes= heteropolímeros Ex: ácidos nucleicos Biopolímeros – são proteínas constituídas por aminoácidos; os polissacarídeos constituídos por monossacarídeos e os ácidos nucleicos constituídos por nucleotídeos Organização das macromoléculas Formação de complexos: lipoproteínas, glicoproteínas, proteoglicanas (proteínas + polissacarídeos) e nucleoproteínas (ácido nucleíco+proteinas) A molécula da água É a mais abundante em todas as células Melhor solvente. Ex: NaCl ------ Cl- (ânion) e Na+ (cation) Seus íons influenciam na configuração e propriedades biológicas das macromoléculas. É dipolo (atração positiva – H - e negativa - O) Assimétrica – forma ângulo estimado em 104,9 o Grupos de polímeros polares ou hidrofílicas Grupos de polímeros apolares ou hidrofóbicas Conceitos Hidrofílico – dissolve na água – possui afinidade à água – molécula que tem polaridade (proteínas e ácidos nucleicos) Hidrofóbico – possui aversão à água – não se dissolve em águas – moléculas apolares (gorduras – Lipídeos) Moléculas Anfipáticas – associa-se simultaneamente à água e compostos hidrofílicos, por uma das extremidades, e a compostos hidrofóbicos pela outra extremidade. Ligação forte: covalente com grande gasto de energia. Ex: ligações peptídicas Rompimento por Hidrólise em ácido forte Ligação fraca: pouco gasto de energia. Ex: pontes de hidrogênio Rompimento por aquecimento e mudança de concentração de meio iônico Ex: NaCl ------ Cl- (ânion) e Na+ (cation) Conceitos fisiológicos do metabolismo Anabolismo – fase do metabolismo concernente às reações de biossíntese e dependente de energia dos componentes celulares a partir de moléculas precursoras menores e mais simples. Catabolismo – fase do metabolismo em que ocorre a degradação pelo organismo das macromoléculas nutritivas, com liberação de energia Classificação das proteínas Simples – formada apenas por aminoácidos Conjugadas – formada pela presença, em suas moléculas, de uma parte não proteica – o grupo prostético Ex: lipoproteínas. Qual é o grupo prostético? Lipídio Hemeproteínas. Qual é o grupoprostético? Grupo heme = ferroporfirina Metaloproteínas. Qual é o grupo prostético? Metal Configuração nativa das proteínas É a forma tridimensional que a molécula irá apresentar dentro do organismo vivo Ela está ligada as condições de pH e temperatura Ex: o sangue (pH=7.3 a 7.5 a 38 graus) As moléculas proteicas se mantem devido a estabilização de: Ligação peptídica (covalente) Interação hidrofóbica Pontes de hidrogênio Ligações de dissulfeto (ligação covalente do aminoácido cisteína) Moléculas chaperonas São proteínas com a função de se unir as cadeias polipeptídicas novas (ou nascentes) Função: minimizam a agregação errada Desfazem agregações defeituosas Promovem a eliminação por hidrólise das moléculas incorretas Proteínas destinadas à mitocôndrias não podem enovelar Há gasto de ATP para essa tarefa. Ex: hsp60 e hsp70 kDa (quilodálton) Chaperonas – dama de companhia Macromolécula Carboidratos São hidratos de carbono ou glicídios São moléculas formados por carbono e água. São representados como CnH2nOn Ex: C6H12O6 Maior parte de origem vegetal e tem função principal gerar energia Monossacarídeos – apenas uma unidade. Ex: glicose, frutose e galactose Dissacarídeos – duas unidades de monossacarídeos – Ex: sacarose (açúcar da cana-de-açúcar) e a lactose (açúcar do leite) 3) Oligossacarídeos – até oito unidades de monossacarídeos. Ex: maltodextrina, produzida industrialmente a partir do amido 4) Polissacarídeos – acima de oito unidades de monossacarídeos. Ex: amido e celulose, ambos de origem vegetal. Carboidratos - CHOs Nutriente mais importante no que se refere ao aumento do desempenho esportivo. A constituição química garante sua facilidade de digestão e absorção pelo organismo (Carbono, hidrogênio e Oxigênio). Classificados quanto ao número de unidades que os constituem: Tipos Frutose – conhecida como açúcar das frutas, é um monossacarídeo com os carbonos dispostos em anel. Galactose – é um açúcar monossacarídeo. Encontrado como componente do dissacarídeo lactose que existe no leite. É obtido pela hidrólise da lactose. Maltose – é a principal substância de reserva da célula vegetal, é também a junção de duas moléculas de glicose. Ao realizar a digestão o amido passa ser primeiramente maltose e depois glicose. Sacarose- conhecido como açúcar de mesa, é um tipo de glicídio formado por uma molécula de glicose e uma de frutose (dissacarídeo) produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese. Maltodextrina – é o resultado da hidrólise do amido ou da fécula, normalmente se apresentando comercialmente na forma de pó, composto por uma mistura de vários oligômeros da glicose (5 a 10 unidades). Amido – é um carboidrato constituído principalmente de glicose com ligações glicosídicas. Este polissacarídeo é produzido pelas plantas servindo como reservatório de energia. Armazenamento Animais Maior reserva: glicogênio Fígado – manutenção da glicemia Tecido muscular – obtenção de energia durante o exercício físico. Vegetais Glicose na forma de amido Produtos de origem animal Quantidade mínima de CHOs Exceção são: lactose (açúcar do leite) e pequena quantidade de glicogênio nas carnes. Função dos carboidratos Seria pela classificação química? Ex: velocidade de digestão/absorção de um CHOs – dependeria do tamanho de sua molécula Qual a quantidade de hidrólises? A insulinemia seria mais rápida em CHOs mais simples? Nomenclatura antiga: CHOs simples e complexo Atual: CHOs simples e complexos podem atuar no organismo da mesma forma Ex: purê de batata = efeito sobre a glicemia imediato quanto a glicose pura. Nova forma de classificação: índice glicêmico (IG) Padrão de glicose= 100 Ex: consumo de 50g de cenoura (IG=92) é capaz de, após 2 horas, promover 92% da resposta da glicose no mesmo período, mas quantas cenouras serão necessárias, sendo que a cenoura não tem apenas CHOs? Alimento Classificação pela estrutura química Classificação pelo índice glicêmico banana simples Baixo Mel Simples Alto cenoura Simples Alto Batata-doce complexa Alto - médio Macarrão integral Arroz integral Complexa Complexa Baixo Baixo - médio alimentos % em relação à ingestão 50g de glicose Cenoura 92 Mel 87 Arroz 72 Batata 70 Banana 62 Princípio fisiológico que suporta o IG Qual tem uma elevação mais rápida da insulinemia e glicemia? Baixo IG Alto IG Lipídios – página 61 Importância: Formam reserva nutritiva Papel estrutural nas membranas celulares Isolante térmico São solúveis em éter, clorofórmio e benzenos Lipídios informais – transportam informação – funções especializadas) Vitaminas A, E e K são lipídios Hormônios esteroides (estrogênio, progesterona, androgênios) 1,25 di-hidroxicolecalcifero (substância ativa a partir da vitamina D) Hidrocarbonetos – Terpenos (C5H8)n Lipídios de reserva nutritiva Triacilglicerois (triglicerídios) Formados por ácidos graxos combinado com glicerol São ligações ésteres com remoção da água Reserva nos adipócitos Aspecto saturado: seria o ácido graxo que não apresenta ligações duplas entre seus átomos de carbono e não podem receber mais átomos de H. Podem ser sólidos ou semi-sólidos em temperatura ambiente – gorduras (ANIMAIS) Triglicerídios (triacilgliceróis) Derivado de vegetais são líquidos ou sólidos Ex: óleo vegetal – soja, girassol, canola, palma e coco Produção do biodiesel Ceras Cera de abelha Epiderme Ouvido Lipídios compostos Fosfolipídios Ex: lecitinas (produzida pelo fígado = membrana plasmática) * Lecitina da soja = reduz LDL (colesterol ruim) ** efeito ruim na tireoide Glicolipídios Ex: gangliosídios (nas células ganglionares do sistema nervoso – terminações nervosas) Lipoproteínas Ex: lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), baixa densidade (LDL) e alta densidade (HDL) Ácidos graxos saturado e insaturado Saturado: contém somente ligação covalentes únicas entre os átomos de carbono; todas as ligações restantes se fixam ao hidrogênio. Ex: Insaturados contém uma ou mais ligações duplas ao longo da cadeia de carbono principal. Cada ligação dupla reduz o número de locais potenciais para a fixação do hidrogênio. Um ácido graxo monoinsaturado contém uma ligação dupla ao longo da cadeia principal do carbono. Ex: óleo de oliva, óleo de amendoim, abacate, canola Um ácido graxo poli-insaturado contém duas ou mais ligações duplas. Ex: óleo de soja, girassol, milho, açafrão **Tendência a permanecer moles. Ácido carboxílico Hidrogenação Processo químico que transforma os óleos em compostos semissólidos. Acarreta efervescência do hidrogênio liquido e transforma em óleo vegetal, o que reduz as ligações duplas no ácido graxo insaturado para ligações únicas, a fim de capturar mais átomos de hidrogênio ao longo da cadeia de carbono. Isso produz uma gordura mais resistente, pois o acréscimo do hidrogênio eleva a temperatura de fusão do lipídio. Óleos hidrogenados se comporta como gordura saturada. Ex: margarina Perspectiva da nutrição – triglicerídeos Triacilgliceróis (TG) constituem a principal forma de gordura presente na dieta humana. Revisão: na estrutura do TG encontram-se o glicerol e três moléculas de ácidos graxos. Divisão dos ácidos graxos Ácido graxo de cadeia curta (AGCC) – 2 a 4 carbonos Ácido graxo de cadeia média (AGCM) – 6-12 carbonos (fonte rápida de energia) Ácido graxo de cadeia longa (AGCL) – acima de 12 carbonos Absorção: Intestino delgado Na membrana do enterócito por difusão Solubilização micelar para garantir a absorção Na célula – transportados no líquido do plasma AGCL – retículo endoplasmático liso – ressíntese dos TG para lipoproteínas, fosfolipídios e colesterol – formam lipoproteínas de muita baixa densidade (VLDL) Sistema linfático até ducto torácico – circulação sanguínea AGCC e AGCM absorvidos no cólon de duas formas: Difusão não iônica Absorção da forma dissociada, por troca iônica Após passarem pelos enterócitos, atingem a circulação que irápara o fígado e se ligam com a albumina. Parte também fica solúvel no plasma. Digestão dos lipídios Início no estômago e pré-intestinal Intestino delgado – completa São insolúveis – formato de grandes gotas de lipídios Enzimas lipolíticas apenas na superfície A vesícula biliar libera a bile que contém ácidos biliares, colesterol, lecitina e pigmentos biliares. Este é um agente de emulsão Ação da bile + contrações do estômago diminuem o tamanho da gota e a ação das enzimas envolvidas na digestão Enzimas lipolíticas Glândulas serosas produzem enzima lipase lingual – onde? Orofaringe, esôfago e duodeno Lipases pré-duodenais e lipase gástrica – onde? Estômago e mucosa gástrica Lipase pancreática, fosfolipase A2 e colesterol esterase Digestão duodenal Atua sobre os TG Lipase pancreática – grande quantidade Metabolismo Incorporação Onde? Membrana plasmática Oxidação mitocôndria Armazenamento Tecido adiposo Os destinos metabólicos das gorduras Dependem de vários fatores: Nível de atividade Qualidade da gordura Disponibilidade de substrato Armazenamento endógeno Representa 90.000 – 100.000 kcals de energia 70-80% dos estoques de energia do corpo 2-3% está na fibra muscular esquelética como TG intramuscular TG intramuscular é importante para o exercício de longa duração porque é fonte de lipídio imediato ao músculo. Quase toda a gordura endógena é armazenada no tecido adiposo como TG. AG – substrato energético para muitos órgãos – especial fígado e músculos. AG são produzidos pela lipólise e transportados pela albumina no plasma e captados pelos tecidos em um processo mediados pela membrana plasmática. AG são convertidos em TG ou em fosfolipídios de membrana ou ainda oxidados a CO2 e H2O. Principal função dos AG Células do músculo No coração Tecidos periféricos É o fornecimento de energia Oxidação do AG No fígado ocorre um papel diferente. Há uma produção de precursores de corpos cetônicos – são solúveis em água – liberados para a circulação. Qualquer produção destes compostos é chamada de cetogênese, e ela é necessária em pequenas quantidades. Mas, quando corpos cetônicos em excesso se acumulam, é chamado de cetose este estado anormal (mas não necessariamente perigoso). Quando ainda mais corpos cetônicos se acumulam de forma que o pH do corpo é baixado a níveis ácidos perigosos, este estado é chamado de cetoacidose, o que é comum no diabetes mellitus. Beta-oxidação – processo da maior parte de oxidação do AG Principais organelas: Mitocôndrias Peroxissomos Ciclo glicose e ácido graxo Redução dos estoques endógenos de CHO (glicogênio) – aumento da mobilização e oxidação do AG. Isto reduz a utilização de glicose. Quando o estoque de CHO é reposto, há redução de AG no plasma em resposta à menor mobilização a partir do tecido adiposo. Passos limitantes para maior consumo de gordura Enzimas oxidativas Disponibilidade de CHO São determinantes para a via metabólica que a gordura seguirá após a ingestão Acúmulo e patologias: Doenças cardiovasculares Diabetes Obesidade Estudos em pessoas sedentárias e longo consumo de Gorduras saturadas Será que em atletas a maior ingestão de gordura causaria os mesmos efeitos deletérios? Será que maior ingestão de gordura poderia beneficiar o desempenho destes atletas? Fat loading – carregando gordura Esquimós 1920-30 Fator limitante: consumo de CHO - redução do consumo de glicogênio pelo fígado e tecido muscular Induzir adaptações metabólicas para otimizar a oxidação de ácido graxos – recurso das dietas hiperlipídicas. 1970 Estudo da elevação aguda de ácidos graxos no plasma de humanos e ratos. Uso de heparina*- reduz a utilização de CHO Considerada * doping Dietas hiperlipídicas Com a prática de exercícios de longa duração não prejudica Adaptações metabólica específicas Exercícios intermitentes – não há estudo – o principal substrato é o glicogênio hepático e muscular Omega-3 São encontrados em peixes de água fria Estudo em população de esquimós Está relacionado com a diminuição da viscosidade do sangue Redução de agregação plaquetária Regulação do fluxo sanguíneo por meio da síntese da prostaglandinas Maior oferta de oxigênio e nutrientes Poucos estudos em relação ao desempenho com esse suplemento Albumina A albumina produzida pelo nosso corpo é a chamada soroalbumina. Funções A albumina é uma proteína intrínseca – ou seja, produzida pelo nosso corpo – que compõe grande parte do plasma sanguíneo (ela consiste em 70% dos elementos “sólidos” dele) e é essencial para o funcionamento do organismo. Ela é produzida pelo fígado e exerce diversas funções que asseguram o bom funcionamento do corpo. Quais funções? Grande parte de sua função é atuar como uma “carregadora” de substâncias, se ligando a compostos hidrofóbicos – que não se ligam facilmente com a água – e colaborando para que eles sejam transportados pela corrente sanguínea. Assegura que o equilíbrio de água entre os tecidos e o sangue seja adequado. Mantém a água dentro da circulação - propriedade osmótica Quando a produção de albumina diminui, a água escapa das veias, extravasa para os tecidos que estão debaixo da pele e produz inchaço, Serve de meio de transporte, na corrente sanguínea, para outras substâncias, como lipídios, hormônios, pigmentos e drogas. são proteínas ligadas ao processo de coagulação do sangue. A albumina suplementar melhora essas funções do organismo, evitando sangramentos, eventos hemorrágicos graves e melhorando a cicatrização. Como nos indivíduos saudáveis a função da coagulação está preservada, esse benefício é considerado visando portadores de doenças crônicas que envolvem essa atividade. Se o fígado não está trabalhando bem, o nível dessas substâncias baixa e aumenta a probabilidade de sangramentos abundantes, que podem ser provocados por ferimentos ou ocorrer espontaneamente pelo nariz (epistaxe), pelas gengivas, pela urina ou em menstruações exageradas. Funções Aumenta a saciedade As proteínas já tem essa característica de diminuir a vontade de comer por terem uma digestão mais lenta do que outros nutrientes da dieta. A albumina, por ser de média – lenta absorção entre todas as proteínas, aumenta ainda mais esse período de saciedade. Recomendações Aproximadamente 1.5g até 3g /Kg para o total de proteína da dieta somando-se suplementos e alimentos. É uma proteína “time release” Efeito colateral Entre o mais comuns estão o acúmulo de gases e diarreia, causados por uma reação do sistema gastrointestinal em algumas pessoas suscetíveis e mais sensíveis. Apesar de ser desagradável, ele não é grave e pode ser evitado com o uso de medicações com orientação médica. Entre os efeitos colaterais graves – porém mais raros – estão as alergias e distúrbios renais que já foram descritos com o uso em excesso e sem critério do suplemento da albumina. Precauções Evitar o excesso é importante, pois o aumento de proteínas plasmáticas pode causar sobrecarga ao rim, diminuindo sua função de filtração e causando danos – muitas vezes irreversíveis – ao corpo. Para quem é recomendada a suplementação? Por ser um produto natural, que é produzido pelo nosso corpo, a suplementação de albumina pode ser feita pela maioria das pessoas saudáveis (consulte seu médico antes de iniciar o consumo!), visando aumentar a força muscular e a recuperação após exercícios físicos extenuantes. Ela também é indicada em casos específicos de portadores de doenças crônicas, que perderam a função hepática e, por isso, se beneficiam da suplementação com essa proteína que está em falta no seu sangue e em alguns casos, para a melhora da função da coagulação. Vitaminas 1. vitaminas lipossolúveis – solúveis em lipídios Ficam armazenadas na gordura dos organismos A D E K Vitaminas Hidrossolúveis – solúveis em água B (complexo B) C P Vitamina A – Retinol Ricos em beta caroteno Leite integral – tem mais vitamina A Fígado Manutenção do tecido epitelial Formação de proteínas da células da visão– visão noturna A carência vai acarretar: Ressecamento da pele Ressecamento das córneas – xeroftalmia ou Cegueira noturna Funções: Atua no transporte do cálcio para os ossos Fortalecimento dos ósseos e dentes Carência – doença chamada de Raquitismo Má formação óssea Raquitismo Funções Combate os radicais livres – moléculas instáveis que modificam o DNA Previne o aparecimento do câncer Está diretamente ligada a formação do espermatozoide no homem Vitamina K Coagulação do sangue Vitaminas hidrossolúveis Complexo B - estão envolvidas na respiração celular e produção de energia * Vitamina B1 (tiamina) * Vitamina B2 (riboflavina) * Vitamina B3 (niacina) * Vitamina B5 (ácido pantotênico) * Vitamina B6 (piridoxina) * Vitamina B7 (biotina) * Vitamina B9 (ácido fólico) * Vitamina B12 (cobalamina) Carência de vitamina B – tipo B1 Vitamina B2 A vitamina B2 (Riboflavina ou vitamina G) é muito importante para o equilíbrio da pele, metabolismo das enzimas, olhos, células nervosas. A falta de vitamina B2 Causa arriboflavinose. Os sintomas podem incluir rachaduras na boca, alta sensibilidade à luz solar, estomatite angular, inflamação da língua, dermatite seborréica, pseudo-sífilis, faringite, hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local) e edema da faringe ou mucosa oral. Vitamina B3 Vitamina B5 Ela é percursora do ácido pantotênico que é essencial na síntese da coenzima A Ajuda a controlar a capacidade de resposta do corpo ao estresse e no metabolismo (energia) das proteínas, gorduras e carboidratos. Ajuda na produção do colesterol, hormônios e hemácias Essa vitamina pode ser encontrada em alimentos como carnes frescas, couve-flor, brócolis, cereais integrais, ovos e leite a deficiência pode provocar sintomas como cansaço, depressão e irritação frequente. Vitamina B6 Deficiência de vitamina B6 pode ocasionar anemia, depressão, dermatite, hipertensão, retenção de líquidos e níveis elevados do aminoácido homocisteína, a qual é fator de risco para doenças isquêmicas do coração e outras desordens vasculares. Homocisteína alta A homocisteína alta é provocada pelo consumo excessivo de proteínas, principalmente da carne vermelha, que pode provocar lesões nas paredes dos vasos sanguíneos, levando ao surgimento de doenças cardiovasculares. Além disso, a homocisteína alta também pode ser acontecer devido a: Baixa ingestão de alimentos com vitamina B6 ou 12; Doenças, como hipotireoidismo ou doença renal Uso de alguns remédios. B7 A biotina fortalece unhas e cabelos é necessária para o crescimento celular, bem como apoiar o sistema neuromuscular. Ela desempenha um papel fundamental no de aminoácidos, hidratos de carbono e metabolismo da gordura. Gemas de ovos, acelga, castanhas (amendoim, amêndoas, nozes), sardinha, soja, legumes, couve-flor, cogumelos, bananas, levedura de cerveja. Falta: Perda de apetite, depressão, fadiga, insônia, perda de cabelo, pele seca, rachada nos cantos da boca, olhos secos, convulsões, perda de coordenação, perda de tônus muscular, cãibras musculares. Ácido fólico A carência provoca a anemia megaloblástica É um tipo específico – falta de B9 Diferente da anemia ferropenica Esta diretamente ligada com a má formação de fetos Anencefalia Ácido ascórbico Vitamina C – ácido ascóbico 1 copo de suco de laranja natural – supre Formação do colágeno Carência da vit. C gera doença é o escorbuto Gengiva sangra e raízes dos dentes ficam expostos Bioflavonóides - vitamina P é uma vitamina solúvel em água e composta de citrina, rutina e hesperidina, assim como flavonas e flavonóides. Importante para a perfeita absorção e funcionamento da vitamina C no organismo, assim como para aumentar a resistência dos vasos capilares e regular a absorção. Alimentos: vinho, chá e mel Principais alimentos que tem todas vitaminas Fígado – principalmente A e D Ovo – gema de ovo Sardinha, salmão e vegetais de cor verde escura Sais minerais – composto inorgânico São micronutrientes – baixa quantidade no organismo Ferro – fígado rico em ferro – 10% de absorção Aumentar absorção: associar leguminosas com vitamina C (50-60%) Anemia ferropenica – 60% da pop. Mundial Redução do glóbulo vermelho Cálcio 1 litro de leite – leite desnatado – suprir toda necessidade de cálcio O café diminui a absorção do cálcio Formação de ossos e outras funções: 1) Contração muscular 2) Coagulação do sangue Carbonato de cálcio – nos ossos Iodo Formação de hormônios – tiroxinas que são produzidos na tireóide Sal iodado – 1 colher de sal Hipotireoidismo – carência de iodo Cretinismo – Bócio A tireóide aumenta de tamanho Sódio e potássio Regulação osmótica na célula Principalmente pela transmissão dos impulsos nervos (bomba sódio e potássio) Magnésio Importante constituinte da clorofila O magnésio é um mineral encontrado nos alimentos com várias funções importantes no organismo, como a contração muscular. É recomendada a ingestão de 320 a 420 mg de magnésio diariamente o que é facilmente alcançado e mantido com uma alimentação nutritiva. Há suplementos de magnésio que podem ser aconselhados pelo médico, ou nutricionista, e, geralmente, se encontram na forma de magnésio quelato e magnésio dimalato. Sementes de abóbora e girassol; Amêndoas, avelã, castanha-do-pará, caju, amendoim; Espinafre, beterraba, quiabo; Iogurte, leite.
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