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0 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU JULIA CARVALHO DE ARAUJO A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SOB O PRISMA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 SÃO PAULO 2020 0 JULIA CARVALHO DE ARAUJO A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SOB O PRISMA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 Artigo apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de Direito, da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU. Orientador: Professor Dr. João Roberto Gorini Gamba SÃO PAULO 2020 1 A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SOB O PRISMA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 Julia Carvalho de Araujo 1 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso inicia-se apresentando a proposta, objetivos e intenções que este artigo irá desenvolver e trazer aos leitores. Visto isso, serão citados aspectos como, conceito, finalidade, particularidades, dentre outras características do instituto da desconsideração da personalidade jurídica. Iniciam-se os estudos pela origem do tema, discutindo questões históricas, origem, importância e o crescimento dessa área dentro do cenário jurídico, bem como, no Brasil, introduzindo fundamentações legais e jurisprudenciais, para melhor absorção. Posteriormente, será adentrado no âmbito que o presente estudo se concretiza: o incidente de desconsideração da personalidade jurídica no âmbito do Novo Código de Processo Civil de 2015. Dessa forma, haverá discussões acerca da posição processual traga especificamente nos artigos 133 a 137. Importante citar que, será destacado sobre as questões que trouxeram mudanças nesse instituto e seu impacto nos processos. Um exemplo, é que ele irá assegurar o contraditório e o devido processo legal no que diz respeito à desconsideração da personalidade jurídica, além de processualizar tal instituto garantido a segurança jurídica. Outro ponto que será objeto de estudo é a questão da citação do sócio antes que seja bloqueado os seus bens, para que possa praticar sua defesa, porém, sempre comportarão execções, e essas por sua vez serão tratadas neste estudo. A mais, também há a possibilidade de se requerer a desconsideração em qualquer fase processual, bem como, em segundo grau, entre outras observações que serão amplamente discutidas. Por fim, será demonstrado o quão importante foi integrar esse instituto, e o impacto que ele reluz no meio empresarial, cível e jurídico. Palavras-chave: Personalidade Jurídica; Novo Código de Processo Civil; Intervenção de Terceiros; Preceitos Constitucionais. ABSTRACT The present course conclusion work begins by presenting the proposal, objectives and intentions that this article will develop and bring to readers. In view of this, aspects such as, concept, purpose, particularities, among other characteristics of the institute for disregarding legal personality, will be cited. The studies begin with the origin of the theme, discussing historical issues, origin, importance and the growth of this area within the legal scenario, as well as, in Brazil, introducing legal and jurisprudential grounds, for better absorption . Subsequently, it will be entered into the scope that the present study materializes: the incident of disregard of the legal personality within the scope of the New Code of Civil Procedure of 2015. Thus, there will be discussions about the procedural position bring specifically in articles 133 to 137. Important mention which will be highlighted on the issues that brought about changes in this institute and its impact on the processes. An example, is that it will 1 Graduanda no 8° semestre do curso de Direito da Universidade São Judas Tadeu. E-mail: julia.caarvalho0411@gmail.com 2 ensure the adversarial and the due legal process with regard to the disregard of the legal personality, in addition to processing such an institute guaranteed legal security. Another point that will be the object of study is the question of the citation of the partner before his assets are blocked, so that he can practice his defense, however, they will always involve executions, and these in turn will be dealt with in this study. Furthermore, there is also the possibility of requiring disregard at any procedural stage, as well as in the second degree, among other observations that will be widely discussed. Finally, it will be demonstrated how important it was to integrate this institute, and the impact it shines on the business, civil and legal environment. Keywords: Legal personality; New Code of Civil Procedure; Third Party Intervention; Constitutional Precepts; 1 INTRODUÇÃO Ao falarmos de pessoa jurídica, brevemente podemos dizer que é um sujeito fictício criado pelo Estado, e este por sua vez oferece direitos e deveres para esse ente, desde que, seja devidamente registrado no órgão que lhe compete, dentre outras formalidades. Umas das principais importâncias de ter uma empresa registrada, é a autonomia/responsabilidade processual, é um benefício que possibilita a separação patrimonial, no caso criando um capital social para empresa e separando-a do patrimônio dos sócios. A desconsideração da personalidade jurídica é um benefício extremamente importante no âmbito jurídico, tendo em vista que, possibilita e amplia as formas de buscar a satisfação de seu direito, quando a outra parte se olvida. Referido instituo gerou muita polêmica e discussão nas doutrinas e jurisprudências, visto que não havia uma processualização da desconsideração da personalidade jurídica. Um exemplo fático, é que: antes, não havendo tratamento explícito do tema no Código de Processo Civil, era necessário o ingresso de uma ação autônoma especificamente para requerer a desconsideração da personalidade jurídica e atualmente isso não é mais um problema, ou melhor, um questionamento. O tema que será discutido iniciou-se com o advento da edição do Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015), e mesmo que já tenha se passado cinco anos dessa novidade, ainda há muitas considerações e análises a se fazer sobre essa questão. O antigo diploma processual civil não havia regulamentação própria e específica acerca da desconsideração da personalidade jurídica, sendo assim, a forma que esta era aplicada se dava de maneira simples e superficial, pois era apenas necessário que existisse uma decisão bem fundamentada nos autos do processo sob aquele que cometeu determinadas 3 infrações previstas perante a pessoa jurídica. Visto isso, o novo diploma legal nos traz meios em que terceiros venha a fazer parte do processo, de acordo com as novas alterações, além de ter excluído algumas formas de intervenção de terceiros, incluiu algumas outras formas, sendo uma delas o objeto de estudo do presente trabalho. Estudaremos o conteúdo e suas subjetividades presentes, buscando sempre o apoio doutrinário e jurisprudencial para esclarecer as questões que aparecerem no decorrer da pesquisa. Ademais, o foco principal se pauta nas alterações advindas no novo código, dessa forma o referencial teórico que será utilizado se objetivará nos artigos do Código de Processo Civil de 2015, propriamente ditos, em doutrinas de cunho empresarial e cível, bem como em artigos científicos, para embasamento formal e material do presente trabalho. 2 OBJETO DO ESTUDO A temática em torno da desconsideração da pessoa jurídica é amplíssima, apresentando uma gama de questões polêmicas, encaradas com afinco pela doutrina e pela jurisprudência. O objetivo em prosseguir com essa pesquisa e este tema é justamente, demonstrar que tal assunto ainda gera vertentes diferentes, principalmente com o advento do Novo Código de Processo Civilde 2015, sendo assim, aqui será tratado as possíveis problematizações desse instituto, entendendo melhor a questão processual, a aplicação da desconsideração pelo magistrado observando as novas regras, bem como, qual a finalidade que o legislador quis em incluir esse instituto. Visto isso, podemos claramente identificar, que uma das preocupações estabelecidas, é o que já foi dito anteriormente, a questão de um preceito constitucional que é o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório. Ao realizar esse trabalho cientifico, busca-se, esclarecer todas as novidades tragas pelo NCPC de 2015, a questão material e processual, as exceções que rondam sob a desconsideração da personalidade jurídica, sua verdadeira intenção e importância que isso gerou e gera para aqueles que fazem parte do âmbito empresarial, ou seja, os sócios e demais sujeitos dentro de uma empresa, além das suas características no processo, dos seus requisitos e seus efeitos quando aceito pelo magistrado. 3 ASPECTOS HISTÓRICOS O primeiro caso histórico existente da aplicação da Desconsideração da Personalidade 4 Jurídica se deu diante o processo de Salomon x Salomon & Co. em 1897 na Inglaterra, dessa forma, o direito anglo-saxão chamava o instituto da disregard of the legal entitty, disregard doctrine ou lifting the corporate veil. O processo supracitado resultou com a condenação da pessoa física de Salomon referente às obrigações da pessoa jurídica, pois a mesma tinha sido usada de maneira oposta à Lei. Quais seriam então, as formas vedadas pela lei? Conforme disciplina o art. 50 do Código Civil, para que haja a desconsideração da personalidade jurídica deve haver abuso da personalidade, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. Sendo assim, aquele sócio ou administrador que cometer tais ações citadas, terá seu patrimônio pessoal afetado. Ocorre que, a chegada ao Brasil deste instituto deu-se de uma forma prolongada, pois, incialmente não havia previsão legislativa expressa, porém já era sido aplicada e principalmente defendida por Rubens Requião (1960 em diante). Posteriormente, com o advento e avanço do uso da desconsideração, as outras leis foram integrando e prevendo expressamente o seu uso, como por exemplo, no âmbito do Direito do Consumidor, Ambiental, Tributário, Trabalhista, Administrativo, entre outros. Ocorre que, trata-se de leis especificas e sem cunho de norma geral, mas, conforme verificaremos adiante, o Código Civil em seu art. 50, adotou a posição de norma principal e norteadora para o uso deste instituto. 4 A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E SUAS TEORIAS De acordo com o art. 50 do Código Civil vigente, para que a personalidade jurídica seja desconsiderada é necessária à comprovação de abuso da personalidade jurídica, que se substancia no desvio de finalidade na confusão patrimonial. E, ainda, dispõe o artigo 1.080 do Código Civil que “as deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram”. O abuso da personalidade jurídica, sob o aspecto do desvio de finalidade, ocorre quando existe a malversação da pessoa jurídica, com o esvaziamento deliberado de seu patrimônio a fim de frustrar os credores e terceiros. Nestas circunstâncias o patrimônio dos sócios poderá ser alcançado para a satisfação dos créditos com os credores prejudicados com o uso abusivo e distorcido da personalidade jurídica. A esse respeito é ilustrativo trazer à baila as abalizadas palavras do Professor Flávio 5 Tartuce acerca da matéria: Tal instituto permite ao juiz não mais considerar os efeitos da personificação da sociedade para atingir e vincular responsabilidades dos sócios, com o intuito de impedir a consumação de fraudes e abusos por eles cometidos, desde que causem prejuízos e danos a terceiros, principalmente a credores da empresa. Dessa forma, os bens particulares dos sócios podem responder pelos danos causados a terceiros. 2 Por analogia, importante citarmos a súmula 435 do STJ a qual preleciona que: “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio- gerente.” Sobre a desconsideração da personalidade jurídica por abuso de personalidade, os tribunais superiores já se consolidaram: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. MUDANÇA DE ENDEREÇO. NÃO ATUALIZAÇÃO NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E NA RECEITA FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE BENS PASSÍVEIS DE PENHORA. RESPONSABILIZAÇÃO DOS SÓCIOS PELAS DÍVIDAS DA EMPRESA. NECESSIDADE DE CITAÇÃO. DECISÃO REFORMADA. 1 - Havendo evidências de fraude ou exercício abusivo de direito por parte de Empresa devedora, mormente se a sociedade muda seu domicílio sem promover a atualização do endereço tanto na Junta Comercial quanto na Receita Federal, além de não serem encontrados em seu nome bens passíveis de penhora, imperioso reconhecer o uso abusivo da personalidade jurídica, o que autoriza a aplicação da “disregard doctrine”, prevista no artigo 50 do Código Civil. 2 – Cuidando-se de sociedade limitada, a desconsideração da personalidade jurídica alcançará todos os sócios da empresa, haja vista a interpretação que deve ser conferida aos artigos 50 do Código Civil e 591 do Código de Processo Civil (REsp. 1169175/DF). 3 – “Impõe-se a citação do sócio nos casos em que seus bens sejam objeto de penhora por débito da sociedade executada que teve a sua personalidade jurídica desconsiderada. (REsp 686112/RJ). Agravo de Instrumento provido. (TJ-DF - AGI: 20150020163370, Relator: ANGELO CANDUCCI PASSARELI, Data de Julgamento: 28/10/2015, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 04/11/2015 . Pág.: 345) Agravo de Instrumento. Direito Civil. Decisão que indefere pedido de desconsideração da Personalidade Jurídica. Inadimplemento da pessoa jurídica. Mudança de endereço sem informação aos órgãos competentes. Ausência de patrimônio e declaração de imposto de renda da sociedade ré embora ativa junto a Receita Federal. Possível encerramento das atividades sem observância das formalidades legais. Aplicação do entendimento da Súmula 435 do Superior Tribunal de Justiça. Abuso da personalidade jurídica. Provimento do recurso para deferir-se o pedido de desconsideração da personalidade jurídica. (TJ-RJ - AI: 00103277720158190000 RIO DE JANEIRO CAPITAL 4 VARA CIVEL, Relator: CLAUDIO BRANDÃO DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 10/12/2015, SETIMA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/12/2015) AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE - DESPERSONALIZAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA - PRESENÇA DOS REQUISITOS - DECISÃO 2 Tartuce, Flávio. Manual de Direito Civil, Editora Método, São Paulo, 2011, p. 135. 6 REFORMADA - RECURSO PROVIDO. 1.É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respectivos cadastros junto aos órgãos de registros públicos e ao Fisco, incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos e especialmente, os referentes à dissolução da sociedade. Precedentes da Corte Superior. 2. A impossibilidade de localização da pessoa jurídica pelo credor no endereço fornecido como domicílio fiscal constitui indício suficiente do encerramento das atividades e consequente dissolução irregular, o que autoriza a desconsideração da personalidade jurídica e o redirecionamento da execução à pessoa dos sócios (art. 50 do CC), a quem caberá o ônus de provar não ter agido com dolo, culpa, fraude ou excesso de poder. (TJ-MS - AI: 14058550920168120000 MS 1405855-09.2016.8.12.0000, Relator: Des. Fernando Mauro Moreira Marinho, Data de Julgamento: 09/08/2016,3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 15/08/2016) Observamos assim, o que é a desconsideração da personalidade jurídica, com o apoio de doutrina e de jurisprudências, as quais se demonstram muito completas, principalmente em relação a particularidades como a questão da dissolução irregular e ausência de endereço. Ao falarmos das teorias, estas são defendidas e fundamentadas a priori, pela doutrina, gerando efeitos nas jurisprudenciais atuais, sendo elas: teoria maior ou subjetiva e teoria menor ou objetiva. É plenamente importante citá-las, pois, é através das mesmas que se discute sobre a incidência da desconsideração, sendo assim, vejamos sobre cada uma delas. Podemos dividir que a teoria maior se refere a aplicações em relação ao âmbito civil de maneira ampla, pois a mesma determina que, para a apreciação da desconsideração deve-se comprovar os elementos contidos no art. 50 do CC, e não apenas sua irregularidade como pessoa jurídica. A teoria menor por sua vez, esta pacificada nos âmbitos consumeristas e ambientais, o qual prevê que a desconsideração poderá ser provada apenas com a irregularidade/insolvência da empresa, não sendo essencial comprovar acerca do desvio ou confusão. Para finalizarmos este tópico, vejamos jurisprudência a seguir para complementar o dito acima: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. CÓDIGO CIVIL. TEORIA MAIOR DA DESCONSIDERAÇÃO. CÓDIGO DO CONSUMIDOR. TEORIA MENOR, ART. 28, § 5º, DO CDC. 1. A desconsideração da personalidade jurídica só tem lugar quando demonstrado o abuso da personalidade pelos sócios ou administradores da pessoa jurídica, seja por meio de desvio de finalidade ou em decorrência de confusão patrimonial, de acordo com o que dispõe o art. 50, do Código Civil. 2. Contudo, nas relações de consumo regidas pelo CDC, aplica-se a chamada teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica para alcançar os bens da parte devedora, nos termos do art. 28, § 5º, do CDC. Nesses casos, autoriza-se o levantamento do véu da pessoa jurídica nas hipóteses em que sua personalidade se constitui em empecilho à reparação dos 7 prejuízos experimentados pelo consumidor. 3. Agravo de instrumento não provido. 3 5 A PROCESSUALIZAÇÃO DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DE ACORDO COM O NOVO CPC E SEUS IMPACTOS Enfim, o CPC de 2015, nos trouxe diversas questões amplamente importantes em sua processualização, e uma delas é extremamente importante no judiciário brasileiro, o consagrado princípio do contraditório, possibilitando que o sujeito seja devidamente intimado a se contrapor. Conforme preleciona o doutrinador André Pagani de Souza: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é uma novidade trazida pelo CPC/2015. Trata-se de uma espécie de intervenção de terceiros que não era encontrada no CPC/1973 e que recebeu disciplina processual expressa pelo novo diploma legal com o objetivo de harmonizar a desconsideração da personalidade jurídica com o princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV, e CPC/2015, arts. 7º, 9º e 10). 4 Previamente podemos citar que uma mudança efetiva acabou visando evitar decisões precipitadas quanto à desconsideração da personalidade jurídica, na grande maioria sem que o sócio fosse ouvido. De tal forma, sendo devidamente seguido o que preleciona o artigo 9º do CPC, o qual estabelece que: “não se proferirá decisão contra uma das partes sem que esta seja previamente ouvida.” Igualmente, observa-se que o incidente além de titular mais ainda os princípios constitucionais supracitados e conceder ao sócio ou administrador que seja ouvido em 15 (quinze) dias conforme artigo 135 do CPC, também, acabou garantindo maior efetividade a economia e celeridade processual, tornando fundamental que haja uma pesquisa sobre ele, para que, nos ofereça melhor compreensão quanto à eficácia desse incidente. Reitera ainda que a citação da empresa não garante a citação dos sócios, sendo assim ambos deverão estar cientes do incidente. O doutrinador Fredie Didier Júnior ainda complementa dizendo: Muito se discute a respeito do problema do cerceamento de defesa e da ofensa ao princípio do contraditório, nas hipóteses em que se busca dar efetividade à 3 TJ-DF 07100987020198070000 DF 0710098-70.2019.8.07.0000, Relator: ARNOLDO CAMANHO, Data de Julgamento: 18/03/2020, 4ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 04/05/2020 . Pág.: Sem Página Cadastrada. 4 SOUZA, André Pagani de. Código de Processo Civil anotado. Sob a coordenação de José Rogério Cruz e Tucci, Manoel Caetano Ferreira Filho, Ricardo de Carvalho Aprigliano, Sandro Gilbert Martins, Rogéria Fagundes Dotti. Curitiba: AASP, OAB/PR, 2015. p. 227. 8 desconsideração da personalidade jurídica. O cerne da questão é o seguinte: é possível desconsiderar a existência da pessoa jurídica sem prévia atividade cognitiva do magistrado, de que participem os sócios ou outra sociedade empresária, em contraditório? A resposta é negativa: não se pode admitir aplicação de sanção sem contraditório. 5 Quanto à legitimidade, é vedado ao juiz, de ofício, determinar a inclusão do sócio ou do administrador no polo passivo da demanda, quando fora instaurar referido incidente. Sendo assim, o art. 133 do CPC se relaciona claramente com o art. 50 do CC, uma vez que, é expresso o requerimento do Ministério Público, ou da parte que possui interesse na lide, que postule o incidente, não permitindo intervenção ex officio do magistrado. Desta feita, o Executado possui plena capacidade de exercer sua defesa, e esta por meio de agravo de instrumento, por se tratar de decisão interlocutória (art. 136 CPC). Porém, Guilherme Rizzo Amaral cita em sua doutrina que: Há casos especiais em que a legislação permite adoção de medidas de ofício pelo juiz em decorrência da desconsideração da personalidade jurídica, como ocorre no art. 82, § 2º, da Lei nº 11.101 (regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária). Trata-se, contudo, de exceção à regra geral estabelecida no CPC. 6 Visto isso, recentemente, o Supremo Tribunal Federal se pronunciou sobre uma questão muito importante envolvendo o tema aqui discutido, que não é preciso demonstrar a insolvência da pessoa para instaurar e dar andamento a um requerimento de desconsideração da pessoa jurídica. Conforme julgado a seguir temos a exposição desse pensamento: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. REQUISITOS. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. A desconsideração da personalidade jurídica é medida de caráter excepcional que somente pode ser decretada após a análise, no caso concreto, da existência de vícios que configurem abuso de direito, caracterizado por desvio de finalidade ou confusão patrimonial, requisitos que não se presumem em casos de dissolução irregular ou de insolvência. Precedentes. Rever os fundamentos do acórdão recorrido relativos à análise dos requisitos autorizadores importaria necessariamente no reexame de provas, o que é defeso nesta fase recursal ante o óbice da Súmula 7/STJ. Agravo interno não provido. 7 Além das questões acima, muito se discute em relação à desnecessidade de uma ação de conhecimento para interpor este incidente. 5 DIDIER JÚNIOR, Fredie. Aspectos Processuais da Desconsideração da Personalidade Jurídica. P. 10. 2018. 6 AMARAL, Guilherme Rizzo. Comentários às alterações do novo CPC (livro eletrônico). 1. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. P. 362. 7 STJ, 4ª Turma, AgInt no AREsp 1275976/MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 05/06/2018, publicado em 13/06/2018. 9 Ora, durante uma ação de execução, em face da pessoa jurídica,é plenamente impossível que se busque ou verifique bens, daqueles sócios da empresa, tendo em vista, que eles não são parte do processo, bem como, possuem seu patrimônio apartado e protegido pela pessoa jurídica. Porém, quando todos os meios cabíveis para executar são insuficientes, bem como, ao analisar o processo, denota-se que estão presentes os requisitos para desconsiderar a personalidade jurídica, deve o Exequente requerer a desconsideração nos autos principais ou cumprimento de sentença. Anteriormente no antigo CPC, era plenamente possível que uma decisão do magistrado fosse proferida durante o processo de conhecimento, confirmando a não necessidade de ação autônoma, vejamos entendimento do STJ nesse sentido: “a providência prescinde de ação autônoma. Verificados os pressupostos e afastada a personificação societária, os terceiros alcançados poderão interpor, perante o juízo falimentar, todos os recursos cabíveis na defesa de seus direitos e interesses”. 8 Ocorre que, com o advento do novo CPC, foi determinada nos artigos 133 até o 137, a processualização e a instauração via incidente da desconsideração, e importante lembrar que esta pode se dar em qualquer fase do processo (Novo CPC – art. 134). Outro ponto a se considerar é a questão da responsabilidade patrimonial, consagrada no art. 790, VII do CPC. Em regra, não haveria como os sócios se responsabilizarem, justamente porque não são partes do processo. Mas com o artigo citado, é previsto referida responsabilidade. Como estamos falando sobre questões processuais, importante questionar sobre o requerimento de tutela provisória de urgência nos casos de desconsideração da personalidade jurídica de forma suscinta. Bom, será plenamente possível tal requerimento tendo em vista que o Executado (os) pode estar diluindo o patrimônio e com uma tutela, evitaria que tais bens desaparecerem, bastanto comprovar tal situação. Na mesma linha de raciocínio, Rubens Requião, ao comentar a doutrina do disregard of legal entity esclarece que: O ponto mais curioso da doutrina é que sempre os Tribunais que lhe dão aplicação declaram que não põem dúvida na diferença de personalidade entre a sociedade e os seus sócios, mas no caso específico de que tratam, visama impedir a consumação de fraudes e abusos de direito cometidos através da personalidadejurídica, como, por exemplo, a transmissão fraudulenta do patrimônio do devedor para o capital de 8 STJ - REsp: 228357 SP 1999/0077664-0, Relator: Ministro CASTRO FILHO, Data de Julgamento: 09/12/2003, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 02.02.2004 p. 332RDR vol. 30 p. 425RNDJ vol. 52 p. 111RSTJ vol. 196 p. 297. 10 uma pessoa jurídica, para ocasionar prejuízo a terceiros. Não temos dúvida de que a doutrina, pouco divulgada em nosso país, levada a consideração de nossos Tribunais, poderia ser perfeitamente adotada, para impedir a consumação de fraude contra credores e mesmo contra o fisco, tendo como escudo a personalidade jurídica da sociedade comercial. 9 Por fim, em analise de julgados recente, verificou-se o instituto da “sucessão processual”, ora, é sabido que a extinção da pessoa jurídica equipara-se à morte da pessoa natural, sendo cabível o pedido de sucessão processual, nos termos do artigo 110 do CPC. Ademais, no caso de regular encerramento da sociedade empresária sem o pagamento das obrigações, poderão os “sócios” virem a responder pelas obrigações no limite do eventual saldo recebido na divisão. Nesse sentido, conforme importante lição de Fábio Ulhôa Coelho: “Se a liquidação não foi completa e regular a ponto de restar pendente uma ou mais obrigações, isto não é ato imputável à sociedade, mas aos sócios e ao liquidante, que responderão, pessoalmente, pelos atos da liquidação irregularmente feita.” 10 Igualmente, conforme demonstro abaixo, foi verificada a possibilidade, em caso de inexistência da pessoa jurídica: Compra e venda - Cobrança- Cumprimento de Sentença - Débito de empresa que foi dissolvida, com anotação na JUCESP, sem pagamento da dívida - Inviabilidade de desconsideração de personalidade jurídica de empresa que não mais existe - Possibilidade, porém, de afetação direta dos sócios, no limite de sua responsabilidade pessoal - Agravo provido. 11 Enfim, nos casos de empresa que já se encontra baixada e extinta não há que se cogitar a questão da desconsideração. Destarte, ante a dissolução regular da sociedade executada, é cabível a responsabilização dos seus sócios, com a sucessão direta nos autos da execução, não prejudicando o Exequente. 6 OS EFEITOS QUE A PESSOA JURÍDICA E OS SÓCIOS ESTÃO SUJEITOS Primeiramente, importante relembrar que a personalidade jurídica é única, não a relacionando com a dos sócios. Porém, ela também não é absoluta, permitindo exceções. Sobre esse aspecto, Fábio Ulhoa Coelho ensina que: Por vezes a autonomia patrimonial da sociedade comercial dá margem à realização 9 REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial, Saraiva, 21ª edição, 1993, vol. 1, p. 282. 10 COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa, 20ª edição, Saraiva, 2008, p. 179. 11 TJSP; Agravo de Instrumento 2155535-58.2018.8.26.0000; Relatora: Silvia Rocha; 29ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 10/10/2018. 11 de fraudes. Para coibi-las, a doutrina criou, a partir de decisõesjurisprudenciais, nos EUA, Inglaterra e Alemanha, principalmente, a 'teoria da desconsideração da personalidade jurídica', pela qual se autoriza o Poder Judiciário a ignorar a autonomia patrimonial da pessoa jurídica, sempre que ela tiver sido utilizada como expediente para a realização de fraude. Ignorando a autonomia patrimonial, será possível responsabilizar-se, direta, pessoal e ilimitadamente, o sócio por obrigação que, originariamente, cabia à sociedade. 12 O que resta claro demonstrar e citar, é que os efeitos que são acarretados pela desconsideração apenas se limitam ao caso específico, ou seja, a pessoa jurídica não será extinta, ela continurará a produzir seus efeitos não havendo sua despersonalização, apenas será desconsiderada para o caso em concreto. Visto isto, o Superior Tribunal de Justiça, se manifestou no sentido de: Recurso especial. Direito civil. Artigos 472, 593, II, e 659, § 4.º, do Código de Processo Civil. Fundamentação deficiente. Incidência da Súmula 284/STF. Desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária. Medida excepcional. Observância das hipóteses legais. Abuso de personalidade. Desvio de finalidade. Confusão patrimonial. Dissolução irregular da sociedade. Ato efeito provisório que admite impugnação. Bens dos sócios. Limitação às quotas sociais. Impossibilidade. Responsabilidade dos sócios com todos os bens presentes e futuros nos termos do art. 591 do CPC. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, improvido. (…) IV – A desconsideração não importa em dissolução da pessoa jurídica, mas se constitui apenas em um ato de efeito provisório, decretado para determinado caso concreto e objetivo, dispondo, ainda, os sócios incluídos no polo passivo da demanda, de meios processuais para impugná-la. (…). 13 Ainda, esclarece que, os sócios serão atingidos no limite dos bens que geraram a confusão patrimonial, e claro, aqueles sócios que foram beneficiados pelo uso da pessoa jurídica de forma abusiva, conforme o que preleciona o art. 50 do CC, responderão pelos atos praticados. Outra questão polêmica a ser abordar, é em razão do ex-sócio, e qual sua responsabilidade perante a pessoa jurídica. Como é cediço, o instituto ora estudado possui como característica principal a globalização da responsabilidade perante terceiros, ou seja, sócios ou administradores. Desta feita, o Código Civil em seu art. 1.003e 1.032, prelecionam que mesmo que o sócio se retire da sociedade ele permanece responsável pelas obrigações e dívidas por até dois anos. A partir de quando é contado este prazo? Verifica-se que será a partir da data de averbação do contrato social, que fora devidamente modificado perante a Junta Comercial. Em continuidade do dito acima, o doutrinador Marcelo Filho dispõe que: A responsabilidade do sócio retirante não se estendem ad eternum, vez que ela está delimitada a dois aspectos: “no âmbito temporal, sua vigência respeitará o prazo de 12 COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, Saraiva, 1988, p. 96. 13 REsp 1.169.175/DF, Rel. Min. Massami Uyeda, 3.ª Turma, j. 17.02.2011, DJe 04.04.2011. 12 dois anos, contando sempre da data em que for requerida a averbação no Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica. No âmbito material, ela abrangerá as obrigações do cedente, já existentes na data da cessão, derivadas da aplicação do contrato plurilateral e transmitidas ao cessionário. 14 Tal situação pode ser prevista abaixo, no agravo de instrumento n° 1.0024.07.769457- 8/001 que previu tal responsabilização do sócio retirante, desconsiderando assim a personalidade e incluindo no polo passivo da ação todos os sócios que compunham o quadro societário na data da emissão do título, visto que, tratava-se de ação monitória, vejamos: Compulsando os autos verifica-se às fls. que o pedido de desconsideração acolhido em primeiro grau foi direcionado a todos os sócios que constavam no contrato social da empresa despersonificada no momento da emissão do título (20/07/2006), a teor do que se infere às fls. 44-TJ, compreendendo desta feita os bens particulares de Josilis Mendes Castro Veloso, ora agravante. Entretanto, o levantamento do véu societário neste caso não poderá estender os seus efeitos ao patrimônio do recorrente, pois este se retirou da sociedade devedora em 22/08/2006, a teor do que se infere da quinta alteração contratual trazidas às fls. 32/36-TJ, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais em 01/09/2006, conforme certidão de fls. 36- TJ.(…) Mostra-se relevante, ainda, salientar que o fato de a sociedade empresária ter sido dissolvida em 23/10/2008, por permanecer irregular por prazo superior a 180 dias, conforme se infere da certidão de fls. 78, não possui o condão de alargar o prazo previsto na legislação civil para compreender os bens do sócio retirante”. 15 7 CONCLUSÃO De acordo com os posicionamentos dos tribunais e da doutrina vistos até o momento, podemos verificar que a desconsideração da personalidade jurídica possui como principal objetivo a questão da responsabilidade patrimonial pessoal dos sócios perante a pessoa jurídica, quando assim se configurar abuso, confusão patrimonial e desvio de finalidade. Este instituto prevê uma forma de sanção corretiva para coibir a prática de atos abusivos e fraudulentos, daqueles que utilizam a pessoa jurídica como benefício próprio. Sendo assim, a autonomia patrimonial existente acaba por ser atingida, tendo em vista que o patrimônio pessoal dos sócios ou dos administradores é atingindo, não possuindo mais limitação. Analisamos que tal instituto já é utilizado há muitos anos, mas anteriormente ao NCPC de 2015, não havia sido determinada sua processualização. 14 FILHO. Marcelo Fortes Barbosa. Código Civil Comentado, Doutrina e Jurisprudência. Barueri: Manole, 2007, p. 840. 15 Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 13.ª Câmara Cível. Relatora: Claudia Maia. Julgado em 08/07/2010. 13 Discutimos que, para tal instituto ser instaurado, este agora possui formalidades mais rigorosas, com o fim de proteger a personalidade jurídica e principalmente garantir os princípios mais importantes no âmbito processual, que é a ampla defesa, o contraditório e a segurança jurídica. Visto isso, devem os sócios ou administradores serem citados e não apenas intimados, após a distribuição de um incidente distribuído por dependência ao processo principal, gerando uma ação autônoma, por parte do Exequente e nunca de ofício pela magistrado. Verificamos ainda que, a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil, Lei 13.105/2015, garantiu mais segurança jurídica para que o instituto fosse aplicado, com os procedimentos previstos nos artigos 133 a 137. A aplicação das teorias por sua vez, orienta de certa maneira a aplicação da desconsideração. A teoria maior necessita incondicionalmente que seja comprovado o desvio, abuso, confusão, bem como, a insolvência da sociedade ora composta na lide existente. Em contrapartida a teoria menor, apenas necessita de comprovação quanto a insolvência, não exigindo provas mais generosa, por tal razão que sua aplicação se limita a esfera consumerista, trabalhista e ambiental. O intuito do presente artigo foi adentrar sob o prisma que é a desconsideração da personalidade jurídica sob a ótica da sua importância nas relações jurídicas que envolvam as empresas, bem como, buscando esclarecimentos quanto à resposabilidade patrimonial, os efeitos a ela inerentes e as formas de aplicação. Atualmente, o mundo jurídico e suas relações estão em constante mudança e evolução, o que nos permite dizer que referido artigo é fruto dessas inovações, e que elas são constantes e infinitas, cabendo a nós sempre estarmos atualizados e atentos às novidades, principalmente no cerne processual. Conforme estudado, restou claro que a corrente majoritária jurisprudencial, utiliza-se de forma incisiva os preceitos da teoria maior, ou seja, os entendimentos que se vislumbrou deixa claro que para o deferimento da desconsideração da personalidade jurídica é extremamente necessário que se comprove todos os requisitos presentes no art. 50 do Código Civil, o qual se caracteriza através da intenção dos sócios de utilizarem a pessoa jurídica para fraudar terceiros, bem como, causar confusão patrimonial e abuso. Por fim, conclui-se que, a pessoa jurídica possui obrigações e deveres e a aquisição da sua personalidade é um reflexo disto, e se os sócios e administradores não agirem de acordo com o cerne estabelecido pela lei, responderão pelos seus atos de maneira ímpar e ilimitada. 14 BIBLIOGRAFIA AMARAL, Guilherme Rizzo. Comentários às alterações do novo CPC (livro eletrônico). 1. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. BRASIL. Presidência da República. 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