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Estágio I- A Arte e seu Papel como Promotora da Inclusão


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PROGRAMA: Acessibilidade e Inclusão Educacional 
 
PROJETO DE EXTENSÃO: A Arte e seu Papel como Promotora da Inclusão 
 
 
RESUMO: 
 
O projeto tem como objetivo conduzir por meio da Arte, a sensibilização e reflexão crítica 
sobre possibilidades de inclusão na sociedade e na escola. Para tanto, será elaborado 
como produto uma cartilha pelos acadêmicos dos cursos de bacharelado, licenciatura, 
formação pedagógica e segunda licenciatura a fim de apresentar propostas de atividades 
contendo obras que abarcam os conhecimentos acerca da Arte, utilizando os recursos 
tecnológicos. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Arte. Inclusão. Competências e Habilidades 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A elaboração de uma cartilha ou Trilha Pedagógica da Arte atrelada à inclusão 
pelo acadêmico deve contemplar as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 
no atendimento dos direitos de aprendizagem a partir dos eixos estruturais e do 
componente curricular previsto para os segmentos da Educação Infantil (Interações e 
Brincadeiras); Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais a partir das seguintes áreas do 
conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e 
Ensino Religioso). 
Para tanto, o acadêmico deverá ter em mente a área de concentração da disciplina 
do Estágio Curricular Obrigatório em que estiver matriculado. 
O psicólogo Lev Vygotsky que viveu entre 1896 e 1934 na Bielorrússia, já se 
dedicava ao estudo e pesquisas sobre pessoas com deficiência. Inclusive, Casarin e 
Castanho (2016) nos mostram que a perspectiva vygostkyana já aliava a Arte à inclusão. 
 
 
 
 
 
 
Ainda que política de inclusão tenha aumentado as possibilidades de participação 
social das pessoas com deficiência, é perceptível que a disponibilidade de vagas nas 
escolas regulares para o dito público da educação especial não é suficiente para efetivar a 
inclusão propriamente dita (CASARIN; CASTANHO, 2016). 
Nesse sentido, a Arte pode ser significativamente contributiva, já que, dá margem 
para a expressão das emoções, sentimentos, interação interpessoal, com a possibilidade 
de gerar efeitos positivos, ainda, na autoestima e na autoconfiança das pessoas (CASARIN; 
CASTANHO, 2016). 
Neves (2017) expôs três modelos de trabalhos que articulam Arte e inclusão. O 
primeiro deles corresponde a uma tese de doutorado que discorre sobre a oficina realizada 
numa ONG de São Paulo, envolvendo crianças com paralisia cerebral e as Artes visuais. O 
segundo pressupõe um livro que sintetiza quinze anos de trabalho com projetos de Arte e 
educação voltados às pessoas com ou sem deficiência, num instituto do Rio de Janeiro. 
Quanto ao terceiro deles, também abrange uma ONG, na qual oficinas de Arte foram 
desenvolvidas tendo como participantes estudantes de escolas regulares e especial em 
Belo Horizonte. É válido destacar que essa última experiência é um exemplo de iniciação 
científica. 
Temáticas relativas à Arte e à educação dizem respeito a toda a esfera educacional, 
abarcando todos os níveis de ensino, podendo ser trabalhadas por todas as disciplinas. 
Isso porque, crianças com deficiência ou com necessidades educacionais especiais não 
são atendidas apenas por professores com formação específica para tal. Ademais, inclusão 
é um assunto que não se volta apenas para pessoas com deficiência. Pode-se e deve-se 
abordá-lo nas mais variadas situações no meio escolar. 
No que toca à Arte associada à educação, é válido ressaltar que há relevância nessa 
combinação, não só por aspectos da estética, como também, da política. Tanto é, que um 
dos frutos do movimento Arte-Educação aqui no Brasil, é a obrigatoriedade desta, como 
disciplina dos currículos da Educação Básica (NEVES, 2017). 
Neves (2017) deu realce à visita de crianças em espaços culturais e exposições. 
Além disso, foi estimulado o conhecimento de obras de artistas e o contato com artistas 
convidados para trabalhar com elas na sala de aula. Pode-se, assim, trabalhar a relação do 
corpo no espaço e a convocação dos sentidos, com vistas à inclusão cultural. 
 
 
 
 
 
 
Vale esclarecer que a educação estética pode ser trabalhada por meio de todas 
linguagens artísticas: educação plástica/visual, literária/poética, musical/auditiva e cênica 
(NEVES, 2017). 
Portanto, é necessário que os futuros profissionais ainda no processo de formação, 
tenham a oportunidade de desenvolver a capacidade de aplicar estratégias e metodologias 
de ensino aprendizagem acerca da Arte e da inclusão. 
Levando em consideração os efeitos da pandemia vivenciada em 2020 no sistema 
escolar, substituindo temporariamente as aulas presenciais pela aprendizagem em 
ambientes virtuais, por meio da internet, é válido pensar em formas de abordar esses temas 
na modalidade à distância. O desafio desse projeto consiste, portanto, em propiciar 
situações em que a sensibilidade individual e coletiva possa ser desenvolvida mesmo à 
distância. 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
a) Objetivo geral: 
✓ Elaborar uma cartilha ou Trilha Pedagógica relacionando uma das linguagens 
artísticas com a inclusão, a fim de compor um espaço virtual de socialização de 
informações. 
 
b) Objetivos específicos: 
✓ Elaborar uma cartilha ou Trilha Pedagógica relacionando uma das linguagens 
artísticas com a inclusão, adequado ao componente curricular selecionado, conforme a 
área de concentração da disciplina de estágio curricular obrigatório em que estiver 
matriculado. 
✓ Abordar a relação entre Arte e inclusão de forma socioeducativa, com vistas à promover a 
sensibilização e reflexão crítica sobre possibilidades de inclusão na sociedade e na escola. 
✓ Cooperar para que os integrantes da instituição escolar tomem conhecimento sobre 
inclusão, educação estética e linguagem artística, por meio da socialização de informações 
virtuais. 
 
 
 
 
 
 
✓ Contribuir para a divulgação dos benefícios oriundos da Arte e da inclusão por intermédio 
de um espaço virtual de socialização de informações. 
✓ Organizar, sob a forma de cartilha ou Trilha Pedagógica, materiais e métodos coerentes 
com as competências a serem atingidas. 
✓ Abordar uma das linguagens artísticas: educação plástica/visual, literária/poética, 
musical/auditiva e cênica. 
✓ Promover processos reflexivos atinentes à Arte, no que concerne à expressão e à liberdade 
criadora. 
✓ Estimular o desenvolvimento dos sentidos, propondo atividades e conhecimentos a partir de 
recursos tecnológicos. 
✓ Aplicar o conhecimento acadêmico para o benefício da comunidade. 
 
2 OBJETIVOS 
 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
A UNIASSELVI possui uma política de extensão instituída e consolidada, que 
garante a promoção do processo educativo, tecnológico e cultural, que articulado com o 
ensino e a iniciação científica viabilizam uma interação transformadora entre a Instituição e 
a sociedade, conforme orienta o plano nacional de extensão. 
Associada à política de extensão, a Instituição também institucionalizou o Núcleo de 
Programas de Extensão –NUPEX –, com vasta experiência e atuação junto à comunidade 
acadêmica e à sociedade. Assim, as atividades de extensão permitem aos acadêmicos o 
aprofundamento acerca das teorias discutidas em sala e complementam a aprendizagem 
com a aplicação prática, inclusive de forma não presencial, dada sua experiência com o 
uso de meios e tecnologias de informação e comunicação, sobretudo nos cursos da 
modalidade EaD, além disso, divulga o conteúdo e a experiência aprendida à comunidade, 
prestando-lhe serviços e assistência, ao mesmo tempo que gera oportunidades de 
aperfeiçoamento e engrandecimento de saberes da própria sociedade. Esse intercâmbio 
 
 
 
 
 
 
favorece a revisão e a renovação dos conteúdos curriculares e ações da IES, orientando-a 
para o atendimento das comunidades onde está presente, nos vários municípios brasileiros, 
de norte a sul do país. 
Neste sentido, acredita-se que as atividades de extensão corroboram naformação 
de profissionais de nível superior especializado, na sua formação integral, objetivam o bem-
estar e a valorização do ser humano, o desenvolvimento de competências, habilidades 
socioemocionais e técnicas, bem como sua aproximação com o futuro ambiente de trabalho 
e aplicação dos conhecimentos acadêmicos de forma concreta. Além disso, são essenciais 
para a efetiva interação da IES com as demandas da sociedade. 
 
Na contrapartida, a comunidade beneficia-se com as ações planejadas pela IES, ao 
tempo em que alimenta e incita a mudança nos currículos, tendo em vista que os 
acadêmicos, ao finalizarem as ações extensionistas, trazem consigo perspectivas que vão 
da satisfação à inquietude. 
 
4 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS 
 
A Cartilha ou Trilha Pedagógica deverá ser elaborada, tendo em vista as 
orientações previstas no anexo Template da Cartilha ou Template da Trilha Pedagógica 
 
 
5 RESULTADOS OU PRODUTOS ESPERADOS 
 
A elaboração da Cartilha ou Trilha Pedagógica deverá auxiliar: 
 
• no enfrentamento das dificuldades percebidas por muitas escolas públicas de 
Educação Básica, durante o período de isolamento social, ao apresentar aos 
professores propostas de atividades não presenciais, elaboradas pelos acadêmicos 
matriculados na disciplina de Estágio Curricular Obrigatório; 
• na realização de atividades pedagógicas não presenciais, mediadas por tecnologias 
digitais de informação e comunicação, enquanto persistirem restrições sanitárias 
 
 
 
 
 
 
para presença de estudantes nos ambientes escolares, garantindo ainda os demais 
dias letivos que previstos no decurso dos mínimos anuais/semestrais; 
• na realização de atividades pedagógicas não presenciais, para que se evite o 
retrocesso de aprendizagem por parte dos estudantes e a perda do vínculo com a 
escola o que pode levar à evasão e abandono. 
 
 
6 RECURSOS FINANCEIROS, HUMANOS E FÍSICOS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS 
 
 Como o projeto contempla a elaboração de uma Cartilha ou Trilha Pedagógica, 
não haverá custos, sendo necessário apenas que o acadêmico tenha acesso a computador 
desktop ou notebook. 
 
7 CRONOGRAMA DE 2020 
 
A submissão da Cartilha ou Trilha Pedagógica deverá ocorrer até o final do 
cronograma da disciplina Estágio Curricular Obrigatório no qual o aluno estiver matriculado. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). 
Ministério da Educação, Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: 
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p
df.>. Acesso em: 29 abril 2020. 
 
CASARIN, Sonia; CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. Síndrome de Down e Arte: 
contribuições de Vygotsky. Bol. - Acad. Paul. Psicol., São Paulo , v. 36, n. 90, p. 31-
47, jan. 2016 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
711X2016000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 maio 2020. 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI. Resolução n. 019-C. 
Aprova a Política de Extensão do Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI. 
Indaial, 18 de abril de 2018. 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
 
 
 
 
 
 
NEVES, Libéria Rodrigues. Contribuições da Arte ao Atendimento Educacional 
Especializado e à Inclusão Escolar. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 23, n. 4, p. 489-
504, Dec. 2017 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
65382017000400489&lng=en&nrm=iso>. access 
on 01 May 2020. http://dx.doi.org/10.1590/s1413-65382317000400002. 
 
 
PARECER SOBRE REORGANIZAÇÃO DOS CALENDÁRIOS ESCOLARES E 
REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS NÃO PRESENCIAIS DURANTE O 
PERÍODO DE PANDEMIA DA COVID-19.

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